quinta-feira, 13 de maio de 2010

O Papa vem de Visita e os Oportunistas Evitam o enorme Alarido



Recebemos a visita de Sua Santidade que ainda decorre e claro, estamos um pouco sensibilizados com tamanha presença cá neste cantinho, resguardado pelo mar que bate na areia e deixa mil histórias a cada onda que se estende areia fora. E pela Espanha vizinha, sempre desconfiada, procurada pelo contrabando ainda não muito distante bastando para isso atravessar os caminhos pedregosos que dividem os dois países.
O Papa deixa-nos contagiados pelo clima que o rodeia, mesmo para os menos crentes e associado ao 13 de Maio mais apegados ficamos à fé e a tudo que rodeia o séquito papal e esperamos que algo se transforme enquanto o homem cá permanece, não tirando a vista de cima dele, para apanhar quem sabe num gesto do simples levantar da sua mão um abrir de um milagre tão ansiado, como já sem esperanças.
Mas enquanto o dia corre com o Papa em grande destaque, outros aproveitam-se disso e lançam covardemente azagaias venenosas, aproveitando o povo nostálgico com o seguidor da doutrina de Cristo. Para infernizar ainda mais a vida dos portugueses.
E lá estão, a subida de impostos para amenizar os erros dos que nada sofreram na pele e pouco sentiram pelo assentar de arraiais desta praga crise. Para nos enfiar neste buracão sem fundo!
E deixam o Papa fazer o seu papel juntando o seu rebanho em prol da estrema necessidade em valorizar os valores humanos e acreditar que o mundo será melhor. E vão por trás das suas costas apunhalar o povo com estas medidas gravosas, enquanto ele se desfaz em acreditar que poderemos encarar o futuro com mais optimismo.
O Papa irá perceber que a sua visita foi usada para ponte de lançamento de medidas que vão causar feridas na gente e não sei não, como irá reagir a tamanho desrespeito.
Mas os nossos governantes estão se marimbando para o Papa.
Até Passos Coelho acabado de ser eleito líder da oposição e por conseguinte a esperança de melhores dias para o país, mas tão favorável com o primeiro-ministro, embarcou nesta jogada mostrando aquilo que todos já sabemos que são farinha do mesmo saco.
O cerne da questão, é resolver o mais rapidamente possível o valor do défice e nada melhor do que medidas, com resultados logo palpáveis para se reflectir na descida de tão grande papão que ensombra a união europeia.
Vai-se o Papa e vai-se também a sua mensagem, porque logo, logo os portugueses irão enfrentar uma realidade mais penosa, que nem a fé que move montanhas poderá aliviar muitos de nós que não irão ter força para lutar perante tamanha realidade de serem sempre os que menos têm. A pagar as favas dos principais causadores destas desgraças.

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