sábado, 19 de julho de 2014

O Domingo da Piscina autêntica Romaria




Sábado choveu, estava frio. Dia desagradável, mas ótimo para descansar.
O futebol envolve a noite e horas mais tarde o dia nasce.
Domingo dia repleto de sol (é o clima por aqui), brilhando o verde em redor e como a montanha é a guardiã desta povoação, o verde é a esperança de belos dias para a região.
A esplanada enche-se de famílias. Os garotos brincam ao pé da Catedral paredes meias, nesta zona a abarrotar de história.
A cerveja e o vinho branco, são o mata-bicho usual, num Domingo onde todos se juntam, porque todos se conhecem.
Tenho o jornal em frente e não é difícil ler o essencial que corre por este país.
Na política pouco difere da nossa.
São os cortes nas despesas sociais e em povoações com menos de vinte mil habitantes, os Centros de Saúde serão deslocalizados para aglomerados mais povoados e quem sofre com isso são os idosos que enchem os bancos de jardim e as consultas do médico de família
No desporto, o mundial enche metade do jornal. E cá como lá, o futebol é rei de barrigas fartas de ar de bola.
Somos novos por estas bandas e a curiosidade aguça os comentários.
Uns pegam-me no isqueiro e acendem a cigarrilha e vai um “grácias” perturbante.
Regresso a casa passando pelos bares que de porta em porta só terminam no fim da rua. Onde o Domingo enche de alegria as esplanadas que se envolvem num misto de cor e muitas bebidas.
Uns rojões com arroz branco e uma salada que mete agriões, é o almoço que me leva a uma sesta regalada e de volta ao povoado em meia hora tudo está visto.
A algazarra da pequenada desta vez vem da piscina. É lá que se concentra o povo.
Os pequenotes estão nas nuvens. Saltam para a água como pinguins e as mães bronzeiam-se para que o sol dê colorido ao branco, que as envolve dos pés á cabeça.
É o Domingo que anuncia a semana que me vai levar a casa.
É o Domingo que dá o descanso para enfrentar a semana, depois de mais uma onde as marcas já se foram.
Está calor e apetece mesmo um mergulho na piscina.
Tenho calções e toalha para dois. Mas tem tanta gente que vou esperar pelo cair da tarde.
Um mergulho e esperar pela final do Mundial com um bacalhau assado e batatas a murro, mais o vinho Don Simon. Fazem a festa e caio num sono profundo, até que o despertador me traga de volta para uma semana que voe como as garças e me coloque em casa, para dois dias de acerto de contas, para quem anda com ideias na cabeça.


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