domingo, 28 de setembro de 2014

Nem preciso de gatinhar na Escuridão




A noite oferece o silêncio das certezas.
Invade-me de aromas frescos agora que o Verão se vai, deixando rastilhos repousantes para desanuviar o peso que o cérebro farta-se de transportar. Sejam alegres ou banhadas em tristeza, dependendo da força dos abraços que me invadem nas saudades da distância.
Do amor todos sentimos falta
É ele que me aproxima da perfeição da conquista. Diversas vezes comprimida em suspeitas sufocadas em inverdades, que de tanto serem repetidas viram certezas convencidas.
O amor não pode ser soletrado por cada suspiro dado.
Esses suspiros são muitas das vezes chamas de intenso calor,
E para calor é saborear o retido no asfalto.
Asfalto amortalhado de trilhos viciados, desviando para o seu interior a ansiedade em descarregar, os desejos bem evidentes em rostos transparentes.
Preciso de gritar bem alto, a necessidade de possuir o amor.
Necessito de arreguilar os olhos, para o ver tão perto, que mesmo roçando nele o deixo escapar pelo meio dos dedos.
E nem preciso de gatinhar na escuridão porque a noite embora escura, possui a lua que oferece a claridade de o acolher.

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