quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Do carro não Saio




Podes decidir o que bem entenderes, do carro não saio!
Foi assim nesta encruzilhada que perante um frio terrível, depois de abandonar o calor da sala onde fui recebido como família. Despertei para a realidade.
Ela queria ter a noite só para nós!
Ela planeou carinhosamente a noite para me ter e juntos, recebermos o novo ano envolvidos no amor que cada dia nos acorrenta numa ansiedade tão real.
E decidi!
Como sempre em prol de momentos felizes e como tal, fui buscar forças para receber o nascer do dia. Ciente, que o novo ano será revestido de adrenalina desde o nascer ao terminar cada dia.
Foi uma longa noite de vidrações corporais.
Cada toque.
Cada oscilação dos nossos corpos. 
Cada palavra sussurrada na barafunda da alegria que queriamos sentir, para afastar um ano velho farto de rugas bem vincadas. Eram foguetes a rebentar de luz e cor nos nossos corações, bem visíveis nas palpitações.
As horas voavam.
Os desejos acentuavam-se.
 Os nossos olhos brilhavam imenso, em períodos onde a noite nos cobria de negro.
Era a nossa festa!
Num lar simples onde a simpatia contagiou a família.
Na noite tão fria, mas quem possui corações quentes, fornece o calor para calcorrear as ruas, que nos levam para continuar a festa, num bailado harmonioso e maravilhosamente ritmado.
No terminar quando o nascer do sol nos benzia.
Agarrados aos estilhaços do prazer, que nos encobria de olhares que não existiam, e ter por companhia o silencio que nos protegia.
Agora depois de umas horas a despistar o sono, respiro a beleza de uma noite perfeita. Ansioso para terminar o cabrito que ficou à minha espera. E a roupa velha que bem sabe, é o meu petisco para fazer desaparecer com o velho ano.

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