sábado, 21 de fevereiro de 2015

Dezasseis Anos




Foste o último a nascer, quando nada o fazia prever.
O Diogo e a Bárbara que já se sentavam à mesa com o próprio pé, enchiam a casa e pensávamos também, os nossos corações.
Mas tu vindo de um amor ainda crente no futuro, saltaste da bolsa agasalhada e ocupaste o teu lugar no berço já arrumado!
Cresceste num abrir e fechar de olhos. Foi-se a idade da fralda, da pré-primária e já caminhas no Secundário como se fosses ali e logo voltasses.
Hoje estás com dezasseis anos e não paras de crescer.
já te olho debaixo para cima, encontrando um rosto belo como o meu. E um olhar próprio da idade.
Tens a beleza dos pais, miúdas a não te largar os calcanhares, mas os teus passos direcionam-se: ora para o cesto (basquetebol repentina paixão), ora para os estudos, tão difíceis como saborear um hambúrguer!
Sei que tens sonhos, uns cor-de-rosa.
 Outros, que ambicionas,  tingir na cor da esperança.
Mas como falas pouco, fica sempre a incógnita para quem quer respostas.
Nada mais me apetece dizer, a distância faz sofrer!
E escrever isto já obrigou a algemar as emoções.
Mas como mereces tudo. Logo, logo faremos uma festa. Só tu e eu, como dois grandes amigos, que oferecem e desabafam desejos. Por entre brindes de sumos tropicais e prendas almofadadas.
Espera-me!


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