sábado, 4 de julho de 2015

É essa força




Já confessamos tudo o que nos amordaçava.
Já sentimos os desejos que ao longo do tempo se eternizavam no nosso corpo, ameaçando evaporarem-se com o fim das nossas vidas.
 Por fim sabemos, como podemos chegar tão perto de cada um de nós e usufruir da imensidão dos nossos desejos, onde paramos o tempo, só para nos dar tempo, para gritar as incontroláveis emoções que os nossos toques aliviam por alguns momentos.
E descobrimos ao partilhar essa aventura consciente que é amar-nos, a felicidade que nos oferece para que as nossas vidas. Se envolva numa adrenalina maravilhosa, oferecendo a quem nos rodeia e mesmo nas nossas tarefas diárias, uma adrenalina inolvidável.
Por vezes pensamos tocar o céu!
Por largos momentos sonhamos com a beleza do paraíso.
Por dias (já são dias), caminhamos com um largo sorriso rasgado, que espanta quem se cruza, que maravilha quem faz parte da nossa vida.
Por vezes a ausência cria-nos uma ansiedade impossível de suportar.
Por vezes os dias que se acumulam sem a nossa presença, assemelham-se a meses de enorme impaciência.
Por vezes gritamos para bem dentro de nós num estrondo tenebroso devido á injustiça de estarmos bem longe um do outro, mas ainda com imensas forças para que, perante os outros, esse grito seja tão simples como um sorriso de felicidade.
É a força do nosso amor.
É essa força que consola uma semana terrível, debaixo de um sol abrasador (mais de 40graus), sob as ordens de um maníaco que utiliza a seu belo prazer pessoas como escravos e unta-los o corpo e o espírito de cortes profundos que nunca o tempo irá curar.
Uma pessoa sem filhos, sem esposa, rejeitado pelos pais, sem amigos. Vive completamente só!
Constantemente embriagado e sistematicamente perseguindo quem chega ao seu pé para ganhar o sustento.
Como trabalhar é o seu único prazer que tem na vida, inicia o dia mal ele nasça e só termina quando os seus escravos dão mostras de tremendo cansaço.
 Vá lá que foram só uns dias. Tenho pena de quem lá fica.
Agora é descansar e esperar que regresse à civilização laboral.

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