terça-feira, 24 de maio de 2016

Não vou Pagar




O ensino privado, mamava que se fartava!
Estavam se cagando, para as amarguras do ensino público
Enquanto uns, aprendiam sob baldes para aparar as gotas das chuvas
Eles aprendiam resguardados sob caleiros esmaltados
Chuchavam na teta viscosa, dos que tinham que levar os filhos por caminhos de cabras.
Para eles, eram albergues de luxo. Para os filhos da pátria madrasta, sala de aulas a cair aos bocados.
No público, os professores iam para o desemprego!
No privado iam de sorriso rasgado.
No público iam de Fiat a pagar aos bocados.
No privado de Ferrari amarelado.
Finalmente, acabou-se a mama!
Veio abaixo o Carmo e a Trindade!
As almofadas acolchoadas deixaram de produzir o sono sossegado. Já que saltou á vista o fim da mama que era prevista.
Toca a marchar para manifestações imbecis. Na tentativa de a mama continuar a encher os cântaros do privado.
Nada adianta! Quem quer ter os filhos no privado que pague! É tão justo como sensato.
Eu não vou pagar mais para os meninos dos papás, irem para o privado mostrar quem é mais rico e preocupar-se pela hora do ténis e do golf. Logo ali, ao sair da sala de aula.
Eu vou continuar a pagar para os meus meninos irem para o público, a pé ou em autocarros apinhados.
Jogar basquete em pavilhões, onde se misturam grandes e pequenos, numa confusão farta de atropelos.
Pagar para visitas de estudo com o farnel preparado pela madrugada!
É para isto que vou pagar! Não para privados habituados à mama!!
A verdade nua e crua!

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