O ensino privado, mamava que se fartava!
Estavam se cagando, para as amarguras do
ensino público
Enquanto uns, aprendiam sob baldes para
aparar as gotas das chuvas
Eles aprendiam resguardados sob caleiros
esmaltados
Chuchavam na teta viscosa, dos que tinham que
levar os filhos por caminhos de cabras.
Para eles, eram albergues de luxo. Para os
filhos da pátria madrasta, sala de aulas a cair aos bocados.
No público, os professores iam para o
desemprego!
No privado iam de sorriso rasgado.
No público iam de Fiat a pagar aos bocados.
No privado de Ferrari amarelado.
Finalmente, acabou-se a mama!
Veio abaixo o Carmo e a Trindade!
As almofadas acolchoadas deixaram de produzir
o sono sossegado. Já que saltou á vista o fim da mama que era prevista.
Toca a marchar para manifestações imbecis. Na
tentativa de a mama continuar a encher os cântaros do privado.
Nada adianta! Quem quer ter os filhos no
privado que pague! É tão justo como sensato.
Eu não vou pagar mais para os meninos dos
papás, irem para o privado mostrar quem é mais rico e preocupar-se pela hora do
ténis e do golf. Logo ali, ao sair da sala de aula.
Eu vou continuar a pagar para os meus meninos
irem para o público, a pé ou em autocarros apinhados.
Jogar basquete em pavilhões, onde se misturam
grandes e pequenos, numa confusão farta de atropelos.
Pagar para visitas de estudo com o farnel
preparado pela madrugada!
É para isto que vou pagar! Não para privados
habituados à mama!!
A verdade nua e crua!
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