Rumávamos a casa pensando no imenso trânsito
que tínhamos mais uma vez que aguentar e, fartos de nos aparecer gajos (ou gajas),
com as orelhas furadas e nelas caber um vedante de um tubo de WC.
Com anilhas de vários tamanhos pelas pálpebras
e nariz. Não esquecendo os lábios descobertos e encobertos.
Tatuagens a tapar as côdeas incrustadas como mexilhões
colados às rochas.
Crânios rapados dos lados, sobressaindo as orelhas enormes e o que restava do
cabelo, mesclado com as cores patriotas.
Nisto mesmo em nossa frente, surgiu esta
imagem que logo parou o trânsito.
Não era um TIR, que nos bloqueava a passagem.
Nem um bus, parado. Para receber e deixar viajantes.
Era um selim almofadado, com um rabo de esboroar
os olhos.
E a vista originou, que pela primeira vez, não
ultrapassássemos os trinta!
Deu para animar a malta!
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