Enlaço a minha força nos meus braços,
multiplicando-os.
Só assim faço frente à enorme corrente, que
me estilhaça!
É necessário enlaçar a minha crença, para suportar
a incredulidade de alguém que se desfaz em exageros exacerbados, para
manifestar a estupidez de me tentar alcançar, no limite do mais fervi exagero.
Já não basta a dureza de uma vida, longe de
quem me deseja. Martelando os dias, para os enterrar no calendário que não se
despeja.
E surge-me de premeio a dor de quem partiu,
ainda com tanto tempo para sorrir.
Então, caminho sem cessar o destino. Sabendo
de antemão, as paragens que ele mesmo, me anuncia.
Paro só na segunda, que me abre a porta
branca que se mistura com os restos da neve que teimosamente não derrete.
Lá dentro encontro a bagunça da mudança. De quem
quer virar a página, a um destino cruel, que amordaça.
Parto repentinamente para me juntar ao
presente e deixar para trás imagens que não abonam, com a certeza na minha vitória.
É a força que carrego, enlaçada no meu cérebro!