A noite era um mar de
estrelas depois de um banquete de bebidas e desafios.
As horas avançavam e o
prazer da companhia, aumentava com o sem número de estrelas, que surgiam a cada
olhar ao céu, que nos benzia.
A longa estrada não impedia
a vontade de terminar com horas de caricias e confissões que ficam nas
entrelinhas.
Calaram-se os gritos dos
animais das redondezas e saboreou-se o silêncio do planalto da intensa beleza.
Um beijo por uma estrela!
Dizias tu, para ficarmos
colados até o dia nascer na esplanada da beleza da natureza.
Recolhemo-nos no negro da
noite, para evitar as sentinelas nocturnas, como beatas coladas ao vidro, das
janelas vizinhas.
Não te via, mas sentia-te!
Não te ouvia, mas
balouçavas-me!
Por fim, ainda mais o silêncio
tomava conta de tudo e por momentos senti. O desalento a invadir-me e apregoei
aos deuses, uma vontade suprema de parar o tempo para te ter longo tempo.
Voltei com a estrada deserta
e com as lanternas que rodeiam a longa estrada de regresso, a amparar o meu intenso
desejo daqui para a frente, de te levar, para onde o destino me reserva.