domingo, 24 de junho de 2018

Parabéns aos Dois




São dois, que hoje vivem o dia de forma bem diferente.
Quis o destino, juntar neste dia, duas gerações tão distintas!
Avô e neta.
Hoje separados por muitas metas, vão cada um, descobrindo o seu caminho.
Acredito, que cada um deles, já colocou o cadeado da sorte, em qualquer ponte que atravessasse.
E, do desejo expresso, brotou a certeza de iluminar os seus caminhos.
Um, já atravessou pontes. Que se as juntar, o levaria à outra parte do mundo.
Setenta e nove anos. Os últimos bem chatos de aturar!
A jovem encontra-se no meio dela!
A certeza de a ultrapassar em passo firme, está dar-lhe a segurança para continuar a descobrir mais e mais. E de ponte em ponte, tem na mão o destino do seu caminho!
Parabéns Barbara e pai Diogo!

sábado, 23 de junho de 2018

Os sonhos regados e o coração Refrescado


Mandei uma mensagem, pelo pombo correio da vizinha. Bem resguardada e amarrada. Dizendo, que não desejo morrer sem te conhecer!
O morrer é da ansiedade!
Que transforma os minutos em horas e as horas, em infinitos dias.
Já findo os dias, numa cadeira de praia a olhar o infinito.
E mandei a mensagem com uma escrita desenhada. Onde sobressaía, no início de cada frase, a letra em maiúscula, digna de estandarte.
A mensagem descrevia tão simples e tão emotiva, a única vez que trocamos palavras, onde descrevemos a nossa tarde. Tão longe e tão perto que sentíamos o nosso olhar, preso na desejosa descoberta.
Jardim piscina. Lanche piscina. Bebida exótica e um balde de pipocas.
Tremoços, amendoins. Por entre frases minhas que elevou a adrenalina, num dia de autêntica canícula.
A conversa deu para a risota, num ambiente de bola cá, bola lá. E só um mergulho num fôlego sem fim, acalmou a febre de eu estar longe.
Pelo meio, soube-se os gostos de cada um.
E a dúvida era só na cor do vinho. Porque camarões da costa, é ver quem os encosta à mesa.
Por fim um voltou ao jantar de fim de semana
E ela ficou a terminar de cortar a relva.
Jurou-se, se existir empatia, lutaremos pelo nosso destino.
O banho do final do dia, que nos levará para a noite de cada um. Mantém os sonhos regados e o coração refrescado!


domingo, 17 de junho de 2018

A distãncia que me Separa



Deitei-me no passadiço e olhei o céu!
A distância, que me separa da entrada do céu, azul celeste salpicado de nuvens brancas. É igual, à que me separa de casa.
São muitos quilómetros para me levar à entrada do céu e à chegada a casa.
Se entrar no céu, serei um anjo ancorado, esperando que alguma alma terrestre, solicite a minha proteção.
Se chegar a casa, serei a alegria dos miúdos. Que brincam comigo, como crianças mimadas e eu, um adolescente entusiasmado.
Vou chegar a casa!
O céu espera pela minha chegada.
Tenho todo o tempo do mundo, para ir lá ter.
Preciso primeiro, de vê-los continuar a crescer.
Sozinhos, podem escorregar no seu caminho!

domingo, 10 de junho de 2018

Sem pinturas


Estendi a toalha, na relva aparada. Esticando o corpo, para o mesclar com o sol dourado.
Nisto uma nuvem negra, surge do cimo da montanha e descarrega um lençol de água.
Abrigo-me no alpendre das casas de banho e cinco minutos depois, o sol surge. Levando que todos nós, voltassemos para os mesmos lugares. Agora com a relva encharcada.
Mergulho meia dúzia de vezes, com os peixes tão próximos.
Um pouco ao longe, alguém montou umas tendas índias, dando um colorido selvagem em redor do lago tão sossegado.
De lá surgiu a jovem sem pinturas, nem gravuras. Quase tão nua como a imaginação a via.
Afinal sempre existem sereias fora de água!

Estou na Lua!




Os meus olhos sossegam, admirando a Natureza e tudo o que ela me oferece. Tão perto de casa e bem junto ao meu equilíbrio emocional.
Recuperam a cor original e libertam-se das impurezas diárias, que os ferem sem piedade.
Recupero a visão de miúdo e brilham com a beleza do que me rodeia, o brotar da vida todos os dias!
O meu corpo recupera neste local. Onde alguém montou um bar e algumas atividades de lazer, para que quem cá relaxa, não viva só de banhar-se no lago.
Oferece-te a custo de nada. Vólei em areia tratada, espreguiçadeiras para curar as noitadas, pranchas para suavizares nas águas calmas do lago e olhares escondidos, estendidos nas toalhas coloridas!
O meu cérebro flutua com os pensamentos lá embrenhados.
Deixo-o vaguear pelos trilhos frescos, neste dia bem quente e o céu azul transforma-se em imagens recentes, de momentos maravilhosos. Onde o saciar das emoções, era o auge do acreditar que tudo é possível.
E as horas voam como as aves atarefadas no adorno dos ninhos para que nada falta à futura ninhada.
Será que estou na lua?
Só posso!