terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Eu Quero um Ano Novo, Que Encha um Sorriso!


Eu quero um Ano Novo, que me traga a alegria de sentir no ar que respiro, mudanças capazes de encher um sorriso!•
Eu quero um Ano Novo, sem Demagogia!
Ainda por cima Demagogia saloia e repetitiva. Lançada eufóricamente em momentos do caça ao voto (estamos no ano da caça), pelos senhores do "quero posso e mando", agarrados ao sistema do poder. Que se altera só nos rostos dos governantes, mantendo a mesma política, dado assistirmos a um simples passar de testemunho.
Eu quero um Ano Novo, que me liberte deste sufoco angustiante!
Onde sou o bombo da festa juntamente com milhões, para acorrer aos sucessivos aumentos tipo escadaria sem fim, com que os nossos investimentos de longa duração (não existe Duracell capaz de ombrear), são mimoseados.
Eu quero um Ano Novo, que me brinde com o optimismo de soluções desanuviadas!
Para fazer frente à conjuntura mundial e manter-me convicto que manterei o meu nível de vida conseguido com elevado esforço, até este momento.
Eu quero um Ano Novo, que abra o futuro da geração (dos meus filhos)!
Que num tempo não muito distante irão a tomar o meu lugar. E lhes proporcione os mecanismos essenciais para lhes garantirem o futuro que nós ingloriamente tanto lutamos e que eles (nova geração), irão dar forma e globalizar.
Eu quero um Ano Novo, que me orgulhe do meu país e de quem o comanda!
Um país que não viva só do Futebol pouco transparente. Das promessas angustiantes para pagar os milagres de Fátima. E do Fado cantado ao virar da esquina.
Eu quero um Ano Novo, mais solidário!
Onde a riqueza não se esconda em paraísos fiscais e sirva para aliviar os idosos do saquito de plástico com que diáriamente transpõem a porta da farmácia para lhe aliviar as dores do corpo e da alma.
Eu quero um Ano Novo……. Não, não quero pedir mais!
Isto chega-me para me sentir feliz o ano inteiro. Sei que me irão acusar de não ser pobre a pedir. Mas desculpem qualquer coisinha. Pedir não é pecado. Pedir é um gesto nobre, principalmente quando pedimos para todos e principalmente para os que mais sofrem!

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Ser Amigo ou ter Amigos




Uma senhora de setenta e seis anos, amiga de longa data, ofereceu-me um livro muito simples, de guardar no bolso do casaco, bem junto ao coração.
Comprado nas barraquinhas de Natal, para angariar fundos, na ajuda dos mais carenciados, com uma dedicatória simples e ternurenta.
"Ao Nuno desejo um Feliz Natal,
na companhia de todos os que são caros!
Tero e Lú"

A nossa amizade não tem limites! Esta senhora vive a sua vida com um drama sem cura, que lhe está aos poucos a secar um filho devido ao vicio indestrutível.Mas luta com todas as forças e a ajuda dos amigos.
E para realçar o que nos une, ofereceu-me este livro.
Do qual destaco o prefácio!
"Amizade: argumento difícil, pouco popular nos tempos que vão correndo; termo incrementado, desperdiçado, explorado, destruído, mal utilizado.
E, no entanto, para mim, importante, importantíssimo, quando considerado na sua verdadeira dimensão, a original, a primeira de todas.
Na realidade, nunca chamei amigo a uma pessoa que não conhecesse e que não amasse profundamente.
Nem nunca chamarei.
Menos ainda confundi um conhecido, uma pessoa simpática,alguém que atraísse, por quem sentisse estima, um irmão, um companheiro, com um amigo.
Nem nunca vou confundir.
Só agora escrevo sobre a amizade, porque ela é, para mim, se a considerarmos na sua dimensão amadurecia e responsável, fonte de prazer e de bom senso.
Não é privação, vazio, hábito, rotina, normalidade, comodismo ou interesse.
É uma capacidade.
É a fonte onde se pode ir beber a vida a partir das raízes mais recônditas, profundas e misteriosas.
É uma fonte milagrosa.
É uma fonte de vida eterna.
Assim concebida, a amizade é uma contínua viagem interior, fascinante, ainda que por vezes dolorosa.
Para atingir a amizade na dimensão que eu entendo correcta, é necessário limpar o nosso coração de todos os mecanismos prejudiciais da personalidade, que ludibriam, tornam irresponsáveis e impossíveis as relações com a verdade, logo com nós mesmos, com os outros, com o Mundo e com Deus.
Ser verdadeiramente amigo significa acordar continuamente para uma vida nova".

Valerio Albisetti

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

O Natal sempre Natal


O Natal mexe com o mundo!
Pára guerras, aproxima ferozes inimigos.
Amansa as multidões
E eleva os nossos corações!

O Natal faz tremer os mais indiferentes.
E cobre-os de nobres sentimentos!
ilumina-lhes o caminho da amizade.
Para que a bondade seja permanente.

O Natal tem que ser mesmo para todos!
E principalmente para os que mais sofrem.
Porque o sofrimento torna-se mais suportável
Devido ao calor piedoso, que o natal embala.

O Natal é sempre grandioso, tão belo e maravilhoso!
Que nos eleva ao limite da felicidade!
Comemos rabanadas, aletria, mexidos. Tudo tão delicioso.
Que só pedimos que volte mais esplendoroso.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Tive Um Sonho!


Tive um sonho!
Um sonho bem claro, cheio de certezas quanto à resposta que nós simples cidadãos, que tudo pagamos para alimentar a ânsia dos poderosos em açambarcar a riqueza que deveria ser distribuída por todos, mas só alguns, os rapinas besuntados de chantilly, a sugam para proveito próprio. Porque como dizia alguém “O critério de vida é vencer, o que significa derrotar e liquidar os outros. Quem vence tem razão porque vence.”
Nesse sonho, milhões que tudo pagam. Unem-se em volta de uma luz (estrela que voltou para lhes indicar o caminho) e deslumbrados pela sua intensidade, pelos raios afrodisíacos que lança de encontro à imensidão de pessoas extasiadas. Sentem que chegou finalmente a hora da solução que tenazmente procuram para aliviar a permanente subjugação e escalpelizaçao aos poderosos, que nasceram como qualquer um de nós, mas por uma conjugação de factores obscuros e não muito transparentes, transportam a bandeira do poder bem na frente do pelotão submisso e curvado pela humilhação continua.
E num chamamento tipo SMS, onde todos dão inicio pelos quatro cantos do mundo, de encontro ao destino programado.
Uns que pertencem a longínquas paragens, depositam uma fé inacreditável no rumo a seguir, que ganham asas para voarem pelo céu infinito rumo ao encontro!
Outros, igualmente audazes navegam em milhares de canoas invisíveis pelos oceanos sem fim, rumo ao encontro!
Finalmente os menos destemidos, caminham por montes e vales, serras íngremes e florestas encantadas, rumo ao encontro.
E milhões. Vezes milhões! Dão vida ao paraíso terrestre indicado pela estrela que passados dois mil anos voltou a indicar o caminho para o encontro da distribuição da riqueza (riqueza humana, riqueza material, riqueza espiritual), que é de todos e para todos.
Onde necessariamente uns terão um pouco mais, mas serão esses os mecenas que do pouco mais que justamente foram contemplados, pelo seu brilhantismo na capacidade de criar riqueza. Abriram o caminho para que a riqueza abrace os restantes esfomeados pela ansiedade em obterem o essencial da vida. A partilha do mesmo sol que, quando nasce é mesmo para todos nós.
E o encontro prolongou-se por dias a fio. Onde se repartiu o pouco que cada um possuía, para saciar a necessidade de todos!
E então, ao fim de varias noites onde a companhia das estrelas iluminava milhões de rostos. A luz no cérebro desses milhões de esfomeados concluiu “Se vivemos tão mal, porque carga de água o medo de morrer é tão grande?”
E todos juntos, milhões de almas saciadas pela luz do acolhimento que os confortou das amarguras de uma vida cheia de chagas impossíveis de estancar. Regressaram comandados pelo estandarte da união terrestre e invadiram os corações da riqueza do planeta.
Enfrentaram e derrubaram barreiras de gás lacrimogéneo e balas que abatiam meia dúzia, mas que dúzia e meia se levantava para abafar os atiradores.
Enfrentaram cães raivosos com ou sem trela, dando o corpo ao manifesto (como quem diz, o corpo ás feras), elas rasgavam a carne de meia dúzia que tombavam no asfalto salpicado do sangue mártir. Mas logo se levantavam dúzia e meia, saciados com o sangue dos colegas caídos, para torturar as feras e os seus latidos.
Os poderosos senhores, vendo o seu infindável pecúlio poder cair nas mãos dos agitadores esfomeados. Arremessaram a artilharia mais sofisticada que possuíam, através de humanos fardados de viseiras e escudos. Aparelhados a fatos que descarregavam volts a cada contacto com os iluminados, fazendo-os tombar como pardais indefesos. Comandados de dentro de um bunker impenetrável, visionados por câmaras colocadas estrategicamente, que tudo gravavam para mais tarde incriminar os líderes da insurreição. Onde a covardia era rei, numa força aparente que tudo derruba ao menor ruído de agitação. E refugiada nos galões dos espiões que num leva e trás de informações, faziam hora a hora o ponto da imprevisível e audaciosa agitação!
Até que……. Porra onde é que estou!
Acordei banhado em suor, pelos raios solares que invadiam o meu quarto, através dos furitos do resguardo da janela mal fechado!
Tomei o pequeno-almoço, liguei a televisão e estupefacto percebi, que o meu sonho estava prestes a ter lugar.
Mas! Abrindo bem os olhos ainda inchados de uma noite agitada, tamanha a perfusão de acontecimentos contidos no meu cérebro. Desoladamente entendi que o infindável pecúlio dos banqueiros e dos seus comparsas e os amigos dos comparsas, depositados em paraísos fiscais sobre as aguas calmas das ilhas paradisíacas. Que tinham sido esventrados pelo guiar da estrela iluminada de há dois mil anos e repartidos pelos milhões subjugados e escalpelizados, depois de uma luta titânica derrubando mentes penosas, sistemas ditatoriais e governos poderosos e imperiais.
Afinal não passou de um sonho impossível de ser realizado, onde a pura ilusão, não tem espaço a desenvolver um sonho!
A realidade está bem expressa no momento actual que o mundo travessa. Os milhões e milhões de euros, dos banqueiros e dos…………. E dos…………. Sempre voaram!
O vento empurrou durante a noite de lua cheia, milhões e milhões de notas, mais parecendo a migração dos flamingos. Pousando no longínquo e imenso oceano desaparecendo nas vagas de dez metros, da ganância de muitos e no lirismo (consentido pelos responsáveis financeiros), dos mestres na arte de criarem instituições financeiras indestrutíveis. Que afinal ruíram como castelos de areia.
Só que o mundo uniu-se para travar o descalabro! E os governos, que não tinham fundos para mandar tocar o sino de uma simples igreja. Logo surgiram as garantias de largos milhões para salvar a banca, da banca rota e a economia da previsível recessão!

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Os Deputados e as Escapadelas do Hemiciclo



Ser deputado é um privilégio ao alcance de poucos, dado que a maioria assenta arraiais no hemiciclo, vindos de listas pré fabricadas com nomes mais ou menos aconselhados pelos manda chuvas do partido (tirando os históricos banhados em muitos anos de apego á causa e ao que dela usufruem, com intervenções regulares). Onde um grosso da maioria do povo, nem conhece e nem quer perder um pouco de tempo em saber quem são os deputados que poderão ser eleitos do partido em que vão votar.

Ser deputado é ser portador de regalias financeiras. São bem remunerados, com ajudas de custo para custear deslocações quanto mais longe mais gratificantes, mesmo tendo residência perto do local do parlamento. E em alguns casos (sempre bem justificados pela ajuda dos colegas ligados à questão) abrangendo a família.

Regalias sociais. É sempre prestigiante ser deputado. Na minha pequena cidade existem dois, são cicerones em tudo quanto é evento social cá na terra. São bandeiras arremessadas na sinalização de um favor ou de uma cunha bem metida nos anais da minha sociedade regional. Não chegam para todos, mas favorecem quem é amigo, ou amigo do amigo.

Só que uma grande maioria dos nossos deputados, passam os seus mandatos para que foram eleitos, numa grande e insuportável seca. Ocupando a sua cadeira com o jornal em frente. Deixando correr as horas que não passam, a ler e reler o jornal e acredito depositando toda a sua energia, no descobrir a maneira de desvendar os passatempos que em muitas secções deve ser a única satisfação, que os envolve.

Ou então como é apanágio, murmurar a frase vezes sem conta “muito bem”, contornando a boca na entoação para que o líder da sua bancada sinta que o rebanho está junto, atento e unido.

Aquando das interpelações dos seus colegas. Abanando a cabeça num gesto de negação e sorrindo de orelha a orelha, na altura que o seu partido é confrontado com provas de anos atrás, mas que eles mostram desse modo que a defesa é sempre com os mesmos argumentos.

E são forçosamente abrangidos pelas escapadelas dos fins-de-semana, de semana curta no desempenho das suas infindáveis secas dentro do parlamento.

Em situações de normalidade essas escapadelas nem se fazem notar! A televisão não passa pelo hemiciclo e assim sendo o telespectador não se confronta com as despidas bancadas dos partidos, mais parecendo as bancadas dos jogos de futebol no Restelo.

Acontece que desta vez foi difícil de esconder a debandada dos deputados e ainda por cima quando estava em causa a votação da avaliação dos professores, que tanta celeuma originou e ainda origina, correndo todo este processo em carris oscilantes autentica linha do tua, onde os professores (sindicatos) tudo arriscam mesmo podendo serem lançados no abismo e o Ministério continuar, com razão ou sem ela, desafiar as íngremes encostas da aflição.

Mas os nossos deputados, dos quais a maioria do partido da oposição, que aproveitou essa guerra professores/ministério da educação, para tirar dividendos no ataque ao governo. Foram os que mais faltaram, inclusive grandes figuras do partido, que em ocasiões não muito distantes assumiam responsabilidades nos destinos do nosso país.

Deram-lhe a eles próprios, tolerância de ponto. O sol do Algarve convidava a esticar um pouco o cabedal, para um pouquinho de sol, batendo nos estômagos bem regados, ou no cérebro para aliviar o stress, da crise séria que alguns desesperados com o seu dinheiro que depositado nos bunkers das ilhas paradisíacas, voaram para local inacessível (tipo papagaio de papel quando o garotito deixa fugir o cordel) devido aos bancos falidos.

Ou mais popular e centro de toda a informação! A neve que caía, como chuva miudinha, nos locais mais altos do nosso pequeno cantinho. Levou alguns a proporcionar aos filhotes o encontro com a nossa neve que há alguns anos não nos brindava com tanta intensidade.

Só que essas faltas foram escalpelizadas pela comunicação cá do burgo, até á exaustão. Alimentou jornais, televisão, debates, bloggs e as celebres conversas de café do povinho que toca a desancar nos deputados e com razão, que conseguem manchar ainda mais o prestígio já de si nas ruas da amargura.

Procurou-se justificações cara a cara com os faltosos. Todos eles fugiam a sete pés dos holofotes da ribalta, depois de serem chamados a capítulo pelo partido, fechados a sete chaves no gabinete da concórdia.

Nos dias que se seguiram lá surgiram as poucas justificações e quase todos elas delirantes levando o mais simples cidadão a desconfiar do injustificável.

Procurou-se como sempre proteger os mais famosos. E como esses já são velhas raposas da politica entravam por uma porta e zás a fuga por outra, fintando tudo e todos, (mais parecendo o Cristiano nos celebres ziguezagues que lhe valeram o paraíso futebolístico do ano). Sobrou para os mais desprevenidos que lucravam mais estando quietinhos no seu canto a invernarem no aconchego da lareira e não mandarem cá para o adro dos esfomeados jornalistas desculpas esfarrapadas, como a dizer “não olhem para o que eu faço, mas sim para o que eu digo”. Pondo em causa e brincando até, com o cada vez mais caótico dia-a-dia dos portugueses, sem amarras de sustentação para proporcionar uma qualidade de vida, que esta malfadada crise sanguessuga, teima em chupar até aos ossos.

O sistema implantado tipo doutrina partidária de levar cegamente os deputados a seguirem este catecismo politico, leva à imagem do deputado como uma mera figura decorativa do parlamento (salvo as excepções), que forçosamente desgasta o próprio deputado e o alheamento cada vez mais vincado por parte da população Portuguesa.

domingo, 14 de dezembro de 2008

O Natal é Magia


O Natal obriga-nos a ser generosos
Mas custa descobrir, que seja só nesta quadra!
Oferecemos presentes e muita amizade,
Disfarçamo-nos de Pai Natal e os Filhos ficam deliciados!

O Natal aproxima ódios intransponíveis,
Amolece-nos a raiva e abre-nos o coração
Junta famílias há muito tempo divididas,
Por isso pedimos que o Natal fosse todos os dias.

O Natal reacendo-nos a já adormecida paixão,
Infiltra-nos o desejo e desafia-nos para a aventura
Deixa-nos reaver os sonhos há muito tempo perdidos
O Natal é magia! Por isso muda-nos da noite para o dia.

O Natal também nos mostra as grandes desgraças,
Lembra-nos os pobres, os doentes e os condenados.
Dar um pouco de nós, pouco nos custa e é de graça
Uma simples oração, é o alivio da dor que os amordaça.

O Pinheiro de Natal da Mata





ZÉ mosca preparava o seu Natal com todos os cuidados e vivia-o intensamente, procurando seguir as tradições que trazia da infância. Por isso era um regalo ver o cuidado, o carinho com que construía o presépio.
Quinze dias antes lá estava ele de machadinha na mão, à procura do pinheiro mais vistoso na mata do costume e do musgo com que o seu presépio ganhava aquela imagem real, que o enchia de orgulho e alegria.
O dia estava bastante frio e cinzento, apesar de a tarde ainda mal ter começado. Mas ele lá se embrenhou pela mata dentro na procura do pinheiro que lhe enchesse as medidas.
Conseguido o pinheiro bem vistoso por sinal, toca a prende-lo no suporte da bicicleta e arrancar com o saco de linhagem na procura do musgo bem húmido, indispensável , para colocar as ovelhitas, os pastores, os reis magos e toda a bonecada que ornamentavam um presépio que só Zé mosca era capaz de arquitectar.
Tudo pronto, lá montou na bicicleta satisfeito, dando as primeiras pedaladas. Com o pinheiro atravessado no suporte e o saco cheio de musgo entre os braços, a caminho de casa que ficava uns minutos bem distante e onde os catraios o esperavam impacientes.
O dono da mata Justino Tinoco, já há uns dias que andava de olho nos ladrões de pinheiros. E mesmo a chegar para mais um vigília na cata dos malfeitores, dá de caras com Zé mosca pronto para abalar dali com o pecúlio necessário para o seu presépio.
Enche-se de raiva, mas contem-se para não fazer o mínimo de ruído! Corre no seu alcance afastado uns bons metros, pela parte de cima do monte, mas lado a lado com Zé mosca, que ignorando o perigo de levar uma saraivadas lá ia assobiando pelo caminho apertado e cheio de pedras que ligava a bouça à estrada de caminho a casa.
Nisto! O Zé apercebe-se do Justino! Meu Deus estou tramado pensa ele! Começa a tremer como varas verdes e pedalar com mais força.
O Justino aos berros uns metros acima da cabeça de Zé mosca, ameaça-o.
-Meu gatuno duma figa, a roubar pinheiros! Meu safado, se te apanho desfaço-te aos bocadinhos, vais sentir o peso do pinheiro que roubastes.
O Zé totalmente em pânico, pedala com toda a força que tem naquelas pernas.
A bicicleta roda em ziguezagues para fugir às pedras. O Tinoco a correr atrás dele cortando caminho para o apanhar mais à frente no final do caminho pedregoso, antes de ele chegar à estrada.
O mosca transpira por todos os lados, mas não desiste e lá segura como pode a bicicleta. Nesta altura Zé mosca não andava, Zé mosca voava!
Nisto…. Pum, catrapum! O mosca dá um salto e tomba da bicicleta! Como a velocidade devido ao medo era muita na descida do caminho estreito. Fez com que o pinheiro, como ia atravessado, tocasse nos galhos de outros pinheiros e a bicicleta dá duas voltas atirando o Zé ao chão, levando com a bicicleta em cima e espalhando o musgo pela mata fora, que tanto arranhão lhe tinha custado nos dedos cheios de frieiras.
Mas a hora era de fuga ao animal Tinoco e não havia tempo para lamentações do perdido.
Montado novamente na bicicleta, já com a roda feita num oito. Com arranhões por todo o corpo, as calças rasgadas mostrando as ceroulas de perna comprida. Fugiu por ali fora sem pinheiro nem musgo de encontro à estrada, onde podia despistar o malfadado Tinoco.
O Justino Tinoco apercebe-se do acontecido em cima do morro que ladeia o caminho. Pára abruptamente e fica uns segundos pasmado a ver o estado em que ficou o mosca (e foram esses segundos que o salvaram, de levar uma saraivadas). Mas mau como as cobras, não desiste continuando a perseguir e a gritar:
-Bem feito seu perna de boi! Vais para casa bem quente e se me apareces mais aqui, nem as ceroulas levas metidas nesse cu dentro. Desistindo de o apanhar, porque este entretanto entrava na estrada e seguia velozmente a caminho de casa.
Zé mosca parou cabisbaixo e deprimido à entrada do portão da sua casa. Pensava no que lhe tinha acontecido. Tanta gente vai apanhar pinheiros e logo havia de ser eu apanhado por aquele gorila do Tinoco berrou ele já resignado.
Cheio de vergonha e dorido em todo do corpo jurou! Pinheiros da bouça nunca mais. A mulher que fosse comprar os artificiais lá na loja do tio Esteves, que já vinham com luzinhas e piscas. Assim com chocolates pendurados nos ramos, os catraios acabavam por esquecer o musgo e rezavam para que o Natal chegasse para devorarem os chocolates. Mas enquanto o Natal não chegasse, contentavam-se a olhar para os chocolates, comendo-os com os olhos.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Sócrates e o Indesejável


O grande problema é infelizmente os dois grandes partidos serem os responsáveis pela nossa governação!
Quando um é derrotado, o outro vinca a sua defesa nos erros cometidos por quem governava. E vice-versa.
E perante este jogo do empurra nenhum dos dois consegue resolver os erros de quem saiu derrotado (porque cometeu os tais erros) e enquanto governa não consegue evitar cometer novos erros (perante a oposição que era governo anteriormente).
Isto é, prática comum nestes já longos anos de governação dos dois maiores partidos do país. Que nós definimos como fazendo parte do sistema que infelizmente se instalou e para mal dos nossos pecados vai ganhar raízes, por muitos mais anos.
É neste contexto que surgem as "ovelhas negras" (consideradas pelos responsáveis partidários entre dentes, para não criarem ondulações mais alterosas), para lutar contra o sistema instalado dentro desses partidos, tentando dar um murro na mesa, para alertar a opinião pública e para ganhar protagonismo na esperança, quem sabe de conseguir apoios para liderar uma possível candidatura, dentro do seu partido ou mesmo fora dele.
Tivemos o Luís Filipe Meneses e foi o que toda a gente assistiu!
A sua incapacidade de gerir os ataques teleguiados de fora para dentro do PSD, por gente histórica do partido. Que utilizando os “paus mandados”, sempre prontos para apanharem um lugar, que lhes eleve o nome na política de trazer por casa que diariamente nos entra pelos olhos dentro. Obtiveram a recompensa já que conseguiram levar Meneses a renunciar e mais frustrante fazerem de Meneses “gato-sapato” como o nosso povo gosta de pronunciar.
E mais recentemente temos, o indesejável para o PS, Manuel Alegre!
Histórico Socialista, lutador contra a ditadura, poeta reconhecido e Candidato à Presidência. Com um resultado que poucos acreditavam, mas muitos no final deram graças e alguns mais, lamentaram-se do seu voto ser inútil em Mário Soares, porque dariam a possibilidade de Alegre estar presente numa segunda volta e quem sabe……………………!
Só que, Manuel Alegre não é Luís Filipe Meneses!
Alegre é um touro enraivecido da nossa vida política! É pau para toda a obra! Faz a festa, lança os foguetes e corre a apanhar as canas, no meio de dezenas de foguetes (atenção aos paus mandados, á os, em todos os partidos), prontos a caírem-lhe em cima na curva descendente depois de cumprirem a missão para que foram destinados.
Manuel alegre pode até nem vir a ocupar nenhum lugar de destaque! Porque neste momento o objectivo dele é alertar para a mudança de rumo do seu PS, nos ideais que consagram o Socialismo.
Pode até nada trazer de novo para a mudança de política enraizada neste país. Já que pelas opiniões dos entendidos na matéria, alegre é uma pessoa ultrapassada.
Mas poderá continuar a arrastar apoios, como já aconteceu!
E se os portugueses (são milhares) lhe derem apoio, lhe derem a força em lutar pelos seus princípios, que de certa forma são os desses milhares. Alegre pode derrubar as barreiras que o estão silenciosamente a barrar os movimentos, de uma forma que ele pode ainda não se ter apercebido (espero que sim). E encher o peito, pronto a ir à luta e aproveitar-se do momento periclitante da governação PS. Ou seja:
O clima de instabilidade na Educação! Onde se prenunciou abertamente contra a atitude da ministra, que valha a verdade só conquistou a impopularidade ganhando o galardão de todos saberem o seu nome “a Lurdinhas”, honra que nenhum ministro deste país que por cá apareceu se pode gabar!
A já famosa crise dos bancos privados, que originou o que nenhum Ministério Publico se dignou a investigar e nem nunca o faria. A descoberta dos corruptos (até agora, era só especulações entre dentes, não vá o diabo tece-las, mas certezas com prisões), onde o governo está pronto a injectar o dinheiro que é de todos nós, mas que não existia para os mais carenciados. E milagrosamente (como se de petróleo se tratasse num jazigo descoberto nas nossa costas), reluziu para assegurar a liquidez desses bancos e a certeza dos prevaricadores assegurarem o que parecia impossível de concretizar: o seu dinheirinho investido no submundo das grutas de Monte Cristo.
O desemprego, drama social de contornos dramáticos, principalmente terminando o subsídio de desemprego, levando milhares de pessoas a viverem de caridade e rezas, para que deus faça o milagre de atenuar o sofrimento dos que pouco tiveram e hoje nada possuem. Mas que o PS, poucas alternativas lançou para criar empregos e melhorar a economia.
E como dizia, se alegre for à luta e aproveitar-se do momento periclitante da governação PS. Pode tirar daí, imensos dividendos e quem sabe funcionar como uma espécie de oposição de tirar o sono a Sócrates (porque a oposição PSD e companhia é inércia e pontual, sem efeitos práticos). Trazendo graves inconvenientes para a continuidade da Maioria Socialista no poder.
Claro que Sócrates não vai deixar Alegre, chegar ao esticar da corda!
Já lhe chegou o dissabor das Presidenciais. Existe sempre compromissos de cavalheiros na política para atenuar divergências. Porque Alegre poderá ser um bom Presidente da Republica num futuro não muito distante.
Uma certeza é clara! Sempre houve ovelhas tresmalhadas num rebanho! Alegre é uma delas! No momento que atravessamos, onde a politica é gerida sobre os acordos dos tratados (o ultimo em Lisboa), não haverá espaço para Alegre distanciar-se muito do rebanho, existe sempre o lobo perto para abocanhar quem descole.
E mudando de governo como é apanágio em Portugal, mais cedo ou mais tarde, para o partido que se segue o PSD, alegre voltará ao seu lugar. Esperando uma nova oportunidade para voltar a teimosamente deitar os corninhos de fora, porque pessoas como Alegre, não se acomodam aos simples cargos que ocupam na vida política portuguesa.

A Neve Que Cortou a Estrada












Neve que me fez parar duas horas!
Foi a cortina branca da euforia
Originando recordações de magia

Neve que me fez parar duas horas!
De tão fina bloqueou o meu destino
Num misto de alegria e desatino

Neve que me fez parar duas horas!
Cobrindo a estrada de um manto branco
Desenhando figuras num cenário de espanto!

Neve que me fez parar duas horas!
Fez-me sorrir e barafustar a cada lançamento
Senti-me criança estatelado no branco cristalino
Que parti, sem deixar rasto, apagado por ti!

sábado, 6 de dezembro de 2008

Escrever Refresca o Espirito




Gosto muito de escrever! Adoro passar para o papel, (agora o computador) fazes importantes da minha vida. Possuo autênticos diários, que registam momentos que marcaram a minha vida.
Acontecia que, via-me a tomar café e a pegar num guardanapo e escrever sentimentos que nesse momento me ocorriam (ainda guardo guardanapos com frases que nessa altura elucidavam o meu estado de espírito).
Escrevi muitos artigos divertidos e simples, durante cinco anos e meio, para o jornal da empresa onde trabalho. Onde os personagens fictícios criados nos meus artigos, eram facilmente identificados com algum trabalhador, devido às características narradas, que criavam um clima agradável e de boa disposição.
Adoro escrever, adoro sentir a frase a ganhar vida e registar o que nesse momento sinto.
E quando escrevo realmente o que me vai na alma, no final sinto uma sensação de alívio, porque tirei o que me pesava da consciência e guardei-o numa folha de papel, ou então no computador.
Mas ao escrever dou-lhe um rumo, dou-lhe uma direcção. E é isso que me faz aliviar o espírito, porque dentro de mim, posso não concretizar tudo o que necessitava e no papel dou-lhe forma, dou-lhe vida. E é essa vida que me comanda as sensações.
O que escrevo pode nada dizer aos mais entendidos, o fim não é esse, porque o fim fica comigo, para guardar e acompanhar o percurso da minha vida e engrossar os que ainda virão de certeza.
E nos anos que a solidão, a nostalgia da velhice chegar. As recordações que registei, sejam no papel, ou no computador, serão uma lufada de ar fresco para recuar o tempo e voltar a viver todos esses momentos.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Obama ligado umbilicalmente a Clinton!



Obama venceu Clinton, num duelo empolgante, cheio de excitações a cada estado calcorreado freneticamente. Onde os dois candidatos esgrimiam argumentos, qual espada pronta a picar o que mais frágil cada candidato ombreava.
Mas a vitória de Obama sobre a mulher que à partida seria a vencedora pela lógica. Não foi totalmente clara, porque deixou Obama, com a obrigação de incluir Clinton na sua futura equipa para governar a América.
Os rumores iniciaram-se ainda durante o grande duelo, que foi as primárias!
Todos nos lembramos, quando a imprensa anunciava a grande vitória de Obama perante Hillary Clinton. Mencionar na possível nomeação de Hillary, para vice-presidente. Confesso que me deixou com a sensação de que Hillary Clinton, depois de reconhecer tardiamente a derrota, ficasse com um prémio de consolação.
O de vice foi por água abaixo, apostando Obama na experiência e no apoio bem precisos para enfrentar as tumultuosas águas que não param de alagar a economia Americana.
Mas a imprensa, depois da vitória histórica, sistematicamente lançava, o nome de Hillary para a ribalta dos meios políticos americanos, nomeando-a para cargos na equipa de Obama. Talvez esperando alguma confirmação, que chegou agora, nomeando-a Secretária de Estado.
Portanto é fácil de concluir, que Obama, praticamente depois de vencer Hillary. Comprometeu-se a incorporar Hillary, na sua futura equipa. Porque ter a família Clinton do seu lado no combate contra John McCain, seria a mais-valia para uma vitória histórica e mais importante na altura: a união dentro dos Democratas.
E acredito que Hillary sabia desde essa altura que seria a futura Secretária de Estado. Dado o seu empenho na recta final, de umas eleições aguardadas com elevadíssima excitação pelo mundo, que carece de heróis para idolatrar.
Pergunto: Hillary é senhora do seu nariz, com uma personalidade forte.
Superou escândalos mediáticos de proporções gigantescas, que a tornaram mais forte e lhe deram a força para atingir o seu lugar dentro da política Americana.
Perante tudo isto posso pressentir um braço de ferro com Obama em diversas decisões, que poderão pender para a senhora Clinton (não esquecer que o marido foi presidente por dois mandatos). O que poderá gerar um incomodo nada agradável para Obama abraços com o milagre que todos (liricamente) lhe pedem.

domingo, 23 de novembro de 2008

A Avaliacão dos Professores é Inevitavel



Os professores contestam o sistema de avaliação implantado pelo ministério da educação.
Alegam o sistema no seu todo, cheio de imprecisões e bastante burocrático.
Contestam serem avaliados pelos próprios colegas, colegas esses que partilham da mesma opinião deixando-os num embaraço social, prevendo que a avaliação negativa de um seu colega transforme-o no principal responsável pelos danos causados (morais, familiares, económicos…. enfim).
Então lutam com todas as forças para que o ministério volte atrás e anule o sistema de avaliação que tem dado tantas dores de cabeça entre quem o implantou e quem o quer ver retirado, levando já diversas escolas a informar que não vão cumprir com a maldita avaliação, enfrentando possíveis consequências de impacto ainda não quantificado por quem assume tamanha decisão.
E assistimos a grandes manifestações de professores (milhares), percorrendo o centro nevrálgico da luta (a capital) empunhando cartazes com frases bem claras das suas reivindicações e gritos de revolta para quem os quer abafar na busca de manter a sua profissão. Fruto de vários anos de estudo e de milhares de quilómetros percorridos de ensino, a milhares de alunos para concretizarem o futuro dos seus objectivos.
Por trás dos milhares de professores nesta luta sem fim à vista por menos a curto prazo, estão os sindicatos, autênticas ventosas no jogo do gato e o rato com o ministério.
Com tendências políticas que os ligam aos partidos tanto de esquerda como da direita, lutam por apoiar os seus filiados no principal objectivo: Da retirada do sistema de avaliação, mesmo já com o recuo da ministra em alguns pontos, mas que para os sindicatos não aquece nem arrefece (opinião minha), já que quem pede o fim de algo, não pode contentar-se com remendos para aceitar o que penso inevitável a avaliação dos professores.
Só que nesta fase já muito crítica, com “ameaças” de parte a parte. Assistimos até à exaustão, alertar que quem não cumprir a lei será responsabilizado por isso (Primeiro Ministro).
E os sindicatos intransigentes em fazer finca-pé. Reclamam o fim da avaliação, ou a luta sem fim à vista.
No meio desta “guerra”, surge uma sanguessuga pronta a chupar para si os louros desta contenda. A oposição ao governo socialista!
Fazem deste conflito Professores/Ministério da Educação, o garante das suas intervenções contra o governo.
Aproveitam a luta dos professores e o duelo Sindicatos/Ministra, para usar a arma, que não possuíam até então nos confrontos com o governo.
Pedem a demissão da ministra! Comparando com o ainda fresco, mas com decisões drásticas (a troca de ministro da saude), como a solução natural para a resolução dos problemas. Comparação sem sentido, dado a matéria tão diferenciada e de contornos totalmente díspares.
Enfim, com uma oposição, nomeadamente do grande partido da oposição tão ténue. Sem argumentos para contrariar a governação socialista, porque não conseguem ultrapassar os diferendos internos. Surgem apegados ao conflito dos professores para se porem em bicos de pé, disparando interpelações ao governo, para tentarem mudar o rumo, que felizmente para os resignados (porque não existem alternativas) e infelizmente para muitos portugueses, os socialistas voltarão a governar por mais uns anos este país.
Em relação à opinião pública, os professores não podem esperar muito apoio, dos comuns cidadãos deste país (e são milhões). Porque esses mesmos cidadãos também são avaliados diariamente e por colegas. Sendo essa avaliação o garante da continuidade dos seus postos de trabalho, do seu salário no final do mês e do seu prémio de produção.
Porque quando os cidadãos como eu, ouvem o sindicato afirmar alto e em bom som, que querem o fim da avaliação no seu todo, não em retoques. Não podem ir de encontro a esse princípio. Porque todos nós, que trabalhamos, somos diariamente avaliados. Por isso os professores têm que assumir que a avaliação é inevitável.
Quem nos dera, a nós trabalhadores por conta de outrem, podermos contar com sindicatos com a força, com a capacidade dos sindicatos dos professores.
Só a avaliação consegue separar os mais capazes. Porque são esses, os mais capazes, que poderão garantir o futuro do nosso ensino. O futuro dos nosso filhos e das gerações que virão nos próximos anos.
Agora os professores podem exigir: Uma avaliação justa, independente (fora da esfera dos professores) e simplificada, sem muitas burocracias que não trazem nada de produtivo na avaliação da capacidade do professor.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

O Dramatismo em Directo Do nosso Futebol


A crise estende-se pelo horizonte do drama e com ela abraça o futebol, empurrando-o para um abismo que perigosamente está a rebentar com as amarras que ainda sustentam a esperança ténue de uma salvação que muitos anseiam, mas poucos (clubes) ainda mantêm.
Os jogadores fartam-se de acreditar nas promessas de dirigentes nascidos para uma vida adequada aos seus perfis, mas que trepam no mundo que anos antes, criou os novos-ricos, emergidos do betão e da têxtil de mão-de-obra barata.
Mas as promessas sistematicamente adiadas com subterfúgios já preparados, deixam de fazer sentido, quando o desespero da falta do dinheiro, fala mais alto levando a tomada de posições extremas para receberem o que um profissional íntegro e cumpridor tem direito devido ao contrato que estipula com determinado clube.
Os jogadores do Estrela da Amadora, extravasaram o seu desespero perante a comunicação social, que desta vez levou a solidariedade ao seu encontro oferecendo o horário nobre das notícias das várias televisões.
Então as boas novas surgiram! Talvez para atenuar as notícias que as televisões, levavam a milhões de portugueses e deixavam esses milhões com a percepção de que valeu a pena levar este drama dos Estrelitas até à exposição mediática. Um mês seria pago no final da semana!
Para quem não recebe desde que a época se iniciou, um mês pode ser a gota para tapar os buracos que já não poderiam ter espaço para remendo.
Mas no dia seguinte o semblante carregado do capitão do Estrela voltava a comunicar rodeado de microfones que o tão necessitado dinheiro foi mais uma vez uma promessa adiada e como o dinheiro não cai do céu, os jogadores partiram junto com o sindicato (que no futebol não tem cores partidárias, penso eu!), para a medida mais drástica o pré-aviso de greve.
Pré-aviso esse, que incluiu o pagamento dos meses em falta dando um prazo de quinze dias, senão os próximos jogos onde o Estrela entra como adversário, terá o impensável: a falta dos jogadores para esses desafios.
Agora todos questionamos!
De onde virá o dinheiro? Do céu não é de certeza absoluta.
Do estado não virá, que o Estrela não é nenhum Banco, nem tinha depósitos no BPN!
Outros clubes estão como o Estrela da Amadora!
Apesar de se saber que devem dois, três, ou mais meses de salários em atraso. Os jogadores ainda não tomaram a posição dos jogadores do Estrela. Vão acreditando nas promessas da direcção dos seus clubes.
Imaginemos só, três ou quatro clubes, dos vários que não cumprem os compromissos com os seus profissionais. Onde os jogadores enveredassem pelo mesmo caminho dos colegas do Estrela.
Seria o caos para o nosso Futebol! Ou do caos nasceria, um novo modelo de gerir o futebol português, com dirigentes competentes, organizações nos clubes altamente profissionais, para vencer no rectângulo de jogo e nos compromissos assumidos com os seus profissionais.
Porque o futebol nunca deixará de existir! Se já conquistamos títulos de campeões da Europa e do mundo, mais cedo ou mais tarde voltaremos a tornar a conquistá-los, demore o tempo que demorar!

domingo, 16 de novembro de 2008

Obama Venceu! Es os Cépticos Emergiram


Agora que as eleições americanas tiveram o seu final e por sinal com um resultado que deixou o mundo a acreditar na mudança e principalmente na capacidade de um homem que inevitavelmente a levará para caminhos rodeados de esperança e fé, na concretização de uma vida melhor, para muitíssimos que a perderam (quase irreversivelmente) e milhões que a estão a ver fugir pelos dedos das mãos.
Surgem os cépticos que já vaticinam uma grande desilusão mundial e conclui que a Presidência de Obama está condenada ao desastre. Os cépticos irão sempre emergir de qualquer buraco. A unanimidade de opiniões nunca existiu, nomeadamente em acontecimentos que mudaram a história como o foi a eleição de Obama. Mesmo que numa infinidade de seres humanos a percentagem seja mínima.
Só que no meio destes dois lados, porque são sempre bem-vindos, já que o confronto de pontos de vista, mesmo de euforia por um lado e pessimismo de quem (não todos), estão neste mundo só para criticar autenticas pragas. Originam forçosamente a aparecer mais um lado de opiniões, dando espaço para os moderados.
E são esses moderados como eu, que acreditando em Obama desde o primeiro dia. Tem a noção da enorme responsabilidade que Obama carrega sobre os ombros.
Ainda mais com o significado da sua vitoria, que levou milhões e milhões de pessoas à euforia elevando Obama a um ser mítico, salvador de todos os problemas, quando o homem é um simples ser humano, embora com grandes capacidades politicas e intelectuais.
Portanto depois da euforia, mãos à obra e como diz Obama, a grave crise não se dilui de um momento para o outro e alertou que poderá de necessitar mais que um mandato presidencial, para reencaminhar a economia americana para os carris do sucesso de encontro à estabilidade de uma nação, que será o tónico essencial para todas as economias mundiais.
Resumindo, que ninguém pense que Obama terá todo o poder de elevar uma grave recessão económica de um dia para o outro!
A multidão de pessoas que o vitoriou (nos quatro cantos do mundo) e acredita piamente na força deste homem, tem que toda junta criar uma corrente positiva que se eleve no ar, abrace o céu e desça em forma de fé para penetrar nas almas da equipa de Obama, fortalecendo ainda mais a crença deles em vencer a crise, porque acredito piamente, que Obama será o único pelas suas características intelectuais e humanas que poderá inverter este ciclo que nos aglutina a vida. Basta ver, o empenho com que ele está a formar a sua equipa, rodeando-se de homens (mulheres) inteligentes, expert na matéria, mesmo tendo que recorrer a ouvir adversários de ontem, mas aliados no mesmo fim.
Basta acompanhar a imprensa diária, que nos mostra a impaciência de Obama em que a tomada de posse chegue o mais rapidamente possível. para que mais depressa o seu trabalho se inicie na rápida fuga desta, até há bem pouco tempo incontrolada recessão, para a curto prazo apresentar os primeiros sinais da tão aguardada recuperação!

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Os Professores Dos anos Oitenta



Eu confesso que me desleixei na compra do livro de Ciências da Natureza, não interessa o porquê, ainda por cima era quase o único da turma que não o tinha. E quando o fiz já as livrarias assinalavam esgotado e a demora iria ser superior a quinze dias!
Faço aqui a minha auto-avaliação. Mas todo o conceito do professor em relação a mim ultrapassou a barreira das suas competências!
A avaliação que esse mesmo professor fazia de atingia os píncaros da humilhação e era frequente aproveitar-se de eu não possuir o livro (nos primeiros quinze dias de aulas) e perante a turma, murmurar “ Como se pode aprender e ser alguém se nem livro possuiu!”
Ou então- “ Você, assim vai ser um estorvo para a turma”.
Enfim, o professor logo nos primeiros dias, de um ano muito custoso para mim, assumiu a avaliação que iria seguir para comigo, baseada nos efeitos da sua informação!
O livro chegou e o professor sossegou um pouco!
Mas estava escrito que eu iria ser o alvo das suas preferências e era normal, ele depois de avaliar oralmente um aluno bom (era o seu prazer, os alunos bons), seguidamente, avaliar-me, criando assim um efeito de avaliação que lhe permitisse mostrar as suas razões perante a turma, da imagem que tinha criado sobre mim no começo do ano.
Mas havia um senão! Eu, apesar da imagem que ele tinha, era um aluno com potencialidades! E ele sabia-o, porque optava sempre por me confrontar com os melhores, optando por uma ordem de avaliação do seu interesse, e quando assim é, eu acabava por ficar inferiorizado!
Durante os dois períodos, a avaliação do professor sobre mim, baseava-se nos critérios que ele criou logo no começo, o preconceito!
E devido aos longos anos que já levava de ensino (no nosso seio era conhecido pelo cavalo branco devido a ter o cabelo todo branco), assumia a vincada Estereotipia, dado que não tinha em conta a evolução, que eu apesar de tudo sentia que estava a conseguir. E a prova era que nas outras disciplinas o meu grau de aprendizagem era bom (com média de quatro).
Dava-me em todos os testes que eu fazia a nota dois.
Eu estudava, estudava e nada adiantava. E como a disciplina era de perguntas de desenvolvimento, a nota a cada pergunta, era sempre “inc” (abreviação de incompleta). Fazia questão de entregar os testes pessoalmente e quando chegava a minha vez, secamente dizia “Sem evolução”.
Ele sabia que nas reuniões de fim do período, a nota mais baixa que eu obtinha era a dele e claro nem lhe passava pela cabeça, que eu, se fosse avaliado numa outra turma, de certeza que a nota iria ser diferente.
A avaliação que muitos alunos ficam sujeitos ao longo do seu processo de aprendizagem, está dependente em muitos casos, de professores petulantes como este.
Passava as aulas a olhar pelas janelas!
As aulas eram dadas no rés-do-chão do corpo de aulas em forma de quadrado, com as salas viradas para o exterior e ele dava a aula falando e explicando muitas vezes, virado para o exterior focado em qualquer ponto de referência, tão longe de nós, mas tão perto de qualquer movimento feito por nós.
Mas como em tudo na vida, à sempre uma ocasião para o aluno que se sente injustiçado poder fazer valer os seus direitos.
Essa oportunidade terá que ser dada para que o aluno seja “convidado” a fazer uma avaliação ao seu desempenho. No meu caso o professor deu-me essa chance convicto, que nada alterava a informação prévia que possuía de mim. E pensando que eu me acomodava ao silêncio, ou à concordância da sua visão de pensamento critico sobre mim. E de semblante carregado bem no fundo da sala esperou que eu dissesse algo.
Agarrei-a com as duas mãos e joguei-lhe na cara, tudo isto:
“ O problema dos livros, não é minha culpa, é culpa dos meus pais que pouco interesse mostram no acompanhamento dos meus estudos! O objectivo deles é pôr-me a trabalhar o mais cedo possível para ajudar no orçamento do lar!
O professor não tem o direito de me avaliar praticamente antes de o ano começar, por uma situação que me ultrapassa e fazer disso um cavalo de batalha até hoje. E deixar-me numa situação de grande desvantagem perante os meus colegas, criando situações de quase humilhação perante eles, quando sistematicamente me confronta com os mais capazes e não dando oportunidade de fazer o mesmo com os menos capazes.
Sei que nunca me irá dar positiva, porque o seu sistema de correcção é sempre o mesmo e como tal a minha avaliação será sempre igual. Já incutiu em mim o factor de resignação a não passar a esta disciplina e como só falta um período, por sinal o mais curto com pouco peso na nota, já sei o que me espera. Só peço que me deixe em paz até lá.”
O professor, ficou deveras incomodado! Tossiu, uma vez e mais outra, esta já virado para a janela depositando o olhar num ponto tão distante, que demorou uns longos segundos a recomeçar a aula.
Não comentou! E até final não se referiu uma única vez ao assunto. E eu desatei um nó que trazia dentro de mim que me estava a sufocar a cada dia que passava.
A relação professor/aluno a partir dali, não mais foi a mesma. Os critérios adoptados para mim já eram iguais aos restantes colegas. Os poucos dias de aulas que compõem o terceiro período foram passados entre o único teste que eu fiz e aí o professor passou a ter critérios comuns em relação a todos e deu-me positiva (três), o que me deixou feliz da vida, (talvez ele se fosse nesta altura corrigir os outros testes, novamente iria detectar a infidelidade que possuía em relação a mim). Mas infelizmente de pouca duração porque na pauta afixada na janela do polivalente lá estava o número 2 que reflectia os efeitos da informação que o professor sempre julgou possuir sobre mim!

Será que José Sócrates tem razão em questionar que a avaliação dos professores devia ter inicio à trinta anos?

sábado, 8 de novembro de 2008

John McCain Nunca Venceria!



Na minha opinião, a grande vitória de Obama foi quando venceu Hillary Clinton!
Foi a vitória da consagração de Obama para presidente. A vitória que mexeu com a sociedade americana, levando-a a acreditar no surgimento de um homem diferente (de cor), para, por incrível que pareça, comandar os destinos da grande nação americana.
Porque vencer um opositor favorito (Hillary Clinton), com as grandes figuras a ampará-la, como o marido, Al Gore, entre outros de renome. Conferiram-lhe à partida uma vitória que com o decorrer da campanha seria um dado adquirido.
Mas nada se passou como Hillary sonhava e conforme os dias avançavam, avançava também a confirmação de Obama e a custosa renúncia de Hillary, incrédula com a derrota.
A partir daqui é McCain que surge no caminho de Obama!
Sinto que McCain, depois de umas primárias cedo resolvidas, preparou-se para enfrentar Hillary e nem pensou em Obama. Deixou correr o tempo e quando se mentalizou que Obama venceria, correu em busca de argumentos para o enfrentar, mas um pouco tarde para o derrotar!
John McCain sentiu que a América podia optar por um presidente de cor, porque mais cedo ou mais tarde as barreiras infernais que mancham um país serão ultrapassadas. E usou a arma que melhor sabia manejar! O herói em que os americanos o tornaram. O seu amor à pátria vincado nos imensos e terríveis dias que passou em cativeiro. E vezes sem conta onde se encontrasse repetia com um apego, uma emoção, que contagiava os apoiantes que o escutavam. As peripécias angustiantes porque passou na guerra do malfadado Vietname.
Mas como todos presenciamos, não chegou!
Nada que McCain usasse como um golpe de magia, ou um trunfo só ao alcance dos predestinados. O levaria à Casa Branca.
A conjuntura americana no seu todo, era-lhe bastante desfavorável. E tinha o seu dedo no engrossar da grave crise que os Americanos atravessam e infelizmente todos nós!
John McCain cometeu erros, já demasiado evidenciados pela critica após a vitoria de Obama. Mas com erros ou sem erros, McCain perdia estas eleições, não havia volta a dar!
São erros, penso eu, quase de desespero em conseguir inverter a tendência negativa da sua campanha perante Obama.
Tenta tudo por tudo e neste “sufoco”, os erros são mais evidentes e quando se perde, eles vem à tona e são escalpelizados até à exaustão.
Nada melhor do que analisar o discurso de McCain quando se deu por vencido. Onde demonstrou pelo opositor uma postura assinalável, aconselhando os seus apoiantes a olharem para Obama como o seu presidente.
Senti aqui que McCain já se tinha dado como vencido muitos dias antes. Se não! Um homem que acredita piamente na vitória, luta por ela até ao último segundo e quando a derrota surge como um dado adquirido, sente um desconsolo bem lá no fundo que o impede de elogiar o adversário (é a natureza humana), embora o felicite como é aconselhável.
Portanto vitória, vitória foi vencer Clinton! Porque até aí, poucos ou nenhuns analistas vaticinavam o percurso deste homem que a história irá se encarregar de perpetuar. O chegar a presidente vem das suas enormes capacidades, que essa vitória despontou e das capacidades físicas (cor), que finalmente quebraram um infernal tabu que martirizou todo o ser humano de cor ao longo de duzentos anos.
E cá para nós, que agora toda a gente nos pode ouvir! Todos os analistas e projecções americanas vaticinavam a vitória para Obama.
Porque mudar era fulcral para a AMÉRICA e o mundo!
Quem muda Deus ajuda! E como diz Obama no seu discurso de vitória. “….Sim, somos capazes. Obrigado. Que Deus vos abençoe. E que Deus abençoe os Estados Unidos da América.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Obama Venceu! E o Mundo Suspirou.


Afinal ainda existe espaço para nascerem heróis!
Obama foi o herói da longa noite, para os Americanos e para o resto do mundo.
Os Estados Unidos da América, renderam-se a este homem que emergiu do fundo de um berço de cor, para abraçar com todo o poder a politica mundial. E com a sua eleição, quebraram um infernal tabu que martirizou todo o ser humano de cor ao longo de duzentos anos. Por isso não espantou toda a alegria estampada nos milhões de rostos de cor, quando os sinos espalhados pelos diversos estados badalaram ruidosamente a vitória de Obama.
Obama é o espelho do homem como imagem!
Retratado pelos quatro cantos do mundo, fazendo dele o salvador de uma crise sem precedentes, que amortalhou uma América demasiadamente egoísta e petulante, pensando que tudo dominava, mas que ruiu como um castelo de cartas.
É jovem!
Um dos presidentes mais jovens neste país democrático, de todas as cores e de todas as religiões!
É elegante!
Com ar simples, que cativa mesmo os que não são Democratas. Ao falar parece que está a sorrir. Um sorriso de orelha a orelha (e elas são bem vistosas). A alegria espelha-se no rosto, quebrando assim qualquer barreira que impeça a comunicação a quem quer que seja.
Obama será uma figuraça, símbolo de uma América rejuvenescida. Uma América com uma nova mentalidade de soluções, que irá aprender com os erros que cometeu e voltar a posicionar este multifacetado país, no lugar que é seu por direito de conquista do seu povo.
Todos nós nos interrogamos como é possível, que praticamente todo o mundo aguardasse ansiosamente pela vitória deste homem!
Porque o mundo sente que só este homem, poderá com a sua mensagem de esperança, de mudança. Elevar a confiança do povo Americano, ao mudar a sua politica e melhorando a sua economia. E conseguindo essa confiança, vital para relançar os índices económicos ,ela encorajará o resto do mundo e elevará os índices de optimismo, para que todos vivam sem pessimismos.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

O Fim De um Sonho



Perante estes sucessivos dias que Obama mantém-se acima dos 50%, só apetece dizer que John McCain, se sente agarrado ao dilema da derrota como consequência natural da figura de Obama.
Apetece-me conjecturar que, John McCain perdendo como tudo leva a querer, irá no aconchego da almofada, chegar à simples conclusão que nem mesmo uma vida de heroísmo, fazendo menção onde quer que fosse nomeadamente (“no cativeiro vietnamita é que amei o meu país e darei tudo por ele”) que nesta campanha roçou a quase histeria, chegou para bater Obama.
Dando voltas nessa mesma almofada, questionará vezes sem conta, o porquê da derrota!
E irá rever todos os passos desde que entrou na corrida.
Como a sua nomeação foi um dado adquirido desde muito cedo, dada a pouca oposição dos outros republicanos. Aqui imperou a sua experiência nos longos anos que já leva de senador e o herói como praticamente é visto no seio dos Americanos, abriram-lhe o caminho para se preparar e enfrentar o opositor democrata que por esta altura se perfilava para ser mais uma figura de prestígio vindo de uma família com provas dadas nos destinos dos Estados Unidos.
Mas ao fim de uns meses depara que o adversário com quem tem de esgrimir o grande combate rumo ao sonho de uma vida, para surpresa de meio Mundo, é um até então pouco conhecido, homem, que categoricamente venceu a super favorita Clinton, vergando-a à custosa retirada, num ambiente de mostras de tardia rendição.
Mas o seu moral estava em alta! Venha quem vier, o velho John cá estará para o vencer, pensou ele parafraseando o velho ditado militar “a velhice é um posto”.
Amargurado e já altas horas da noite, sem posição numa cama onde se virou e revirou, vezes sem conta. Chegou à única conclusão que os homens com passado servindo a pátria e dando tudo por ela (mesmo a própria vida), que tudo fez para ser o próximo presidente Americano. Que outro republicano no seu lugar não conseguiria melhor desempenho, porque lutar contra:
• Um democrata que sendo comparado e até mesmo um seguidor de ilustres figuras históricas americanas tais como Luter king, Jonh Kennedy. Era um handicap, impossível de ultrapassar.
• Um democrata de cor! Onde todos começaram a acreditar que seria o primeiro negro da história a ocupar a Casa Branca. - Meu Deus, barafustou Jonh! Como fui ingénuo pensar que este homem de cor pudesse chegar onde chegou! Eu que sou do tempo em que negro era humano de segunda.
• Um democrata que o mundo desde muito cedo apoiou e abertamente rezava para vencer. Até votações simulavam, para mostrar aos republicanos americanos que para eles, Obama era o vencedor natural. -Era lutar contra tudo e contra todos, desabafou Jonh!
• Claro que toda a crise em que a América mergulhou e a baixíssima popularidade do compatriota George. Que sempre pensei ser a minha mais-valia e que me levou no último terço da campanha a distanciar-me dele. -Porquê que George ganhou e todos os analistas escrevem que foi um dos piores presidentes americanos e eu não ganho! Desabafou John, uma vez mais!
• A nomeação da Sarah Palin! Funcionou nos primeiros dias, trouxe o empurrão que era necessário nesta fase da campanha. Mas cedo se percebeu a sua inexperiência para assumir tamanha responsabilidade. Só trouxe dissabores e a descoberta de conflitos que em nada abonaram para a sua campanha. -Apercebi-me que a minha vice, cedo mostrou que eu não tinha hipóteses, porque no fundo se estava já a preparar num futuro não muito distante, ocupar o meu lugar para lutar em ser a primeira mulher presidente. Não me chegava o primeiro negro, agora vislumbrava a primeira mulher. Mais um lamurio de John!
Finalmente o sono chegou com o dia a despontar. John o herói americano, cheio de condecorações por bravura e amor à pátria. Mazelas para toda a vida no corpo e na alma. Perdeu o grande combate que deu tudo de si para o ganhar.
Mas bem lá no fundo daquele corpo já um pouco vergado a uma vida nada fácil. Sente que nada podia fazer para vencer o Democrata, que surgiu da penumbra, enviado por uma força divina e passo a passo autentico profeta da boa aventurança, espalhou a mensagem da boa nova, que não é mais do que a promessa da América recuperar a saúde económica para o bem-estar do povo americano e como consequência aguardada como uma salvação, a economia mundial.

sábado, 1 de novembro de 2008

Dois Candidatos Um Só Vencedor

A América enche-nos as medidas!
Sonhamos com esse país, desde miúdos!
As histórias que nos contavam (os nossos pais) deixavam-nos zonzos da grandeza desse país.
Até me lembro dos livros de cowboys, que engrandeciam toda aquela imensidão de terra pronta a ser desbravada para lá se encontrar o imenso filão de riqueza que realizava os destemidos conquistadores que elevaram a América a maior potência mundial.
Sonhamos em lá viver!
Ora a estudar! O que não é para todos. Mas os que conseguem, têm as portas abertas para um futuro de conquistas promissoras.
Ora a tentar um trabalho, seja muitas vezes em que condição for. Para usufruirmos, de toda aquela riqueza, que mesmo com toda a crise que atravessa, não à furacão que a descubra e a deixe à mercê da penúria.
E nos dias de hoje, perante as eleições deste país, o mundo une-se na procura de conhecer e mostrar a tendência pelo candidato que melhor levará os destinos Americanos aos quatro cantos do mundo.
Porque o mundo vive em função da política Americana e da sua economia, que tem um peso gritante na conjuntura económica, balançando ao menor ruído da cotização do dólar.
Hoje mais do que nunca, a América necessita de mudança!
Mudança da politica desastrosa de um presidente (felizmente por poucos dias) casmurro e incompetente!
Um presidente que leva a guerra a outro país e a guerra financeira ao seu próprio país.
Por isso, acho que todo o ser humano (uns mais que outros) vive o desenrolar diário, destas eleições. Elas entram-nos pela casa dentro!
Fora da América, se o voto tivesse importância, Obama seria coroado presidente. Na América é aconselhável a prudência. Embora a tendência seja a vitória de Obama.
É muito útil e enriquecedor seguir passo a passo o desenrolar desta campanha, autentica maratona, tendo acesso a blogues destinados a este fim.
Eles injectam-nos informação dia a dia, por parte de pessoas especializadas neste assunto e ficamos a par das projecções de empresas vocacionadas para esse fim, descobrindo em alguns casos disparidades perante as diferenças, algo insustentáveis, talvez quem sabe, para iludir os mais indecisos.
Mostram-nos como nestas eleições, estados tradicionalmente fiéis aos republicanos. Mas possivelmente, virando para o lado democrático, atraídos pela capacidade de Obama, que tem sobre si todos os condimentos para fazer história, juntando-se aos grandes lideres americanos que em determinados períodos da história, fizerem valer toda a sua capacidade e inteligência.
Apercebemo-nos a dado momento, da melhoria de um candidato. Enquanto outro desce uns pontos em virtude da pouca segurança em temas fulcrais do país, aquando dos debates sempre aguardados com ansiedade.
A escolha dos vice, esperando os candidatos uma jogada de cartola, para assegurar a vitoria no duo mais capaz de convencer os Americanos. De um lado surge uma mulher com sangue na guelra, mas evidenciando uma inexperiência que com o desenrolar das aparições e entrevistas, levam os analistas a por em causa se foi a melhor opção dos republicanos (McCain), levando a considerar que essa mulher Sarah Palin, foi uma aposta que desde muito cedo se mostrou incapaz de fortalecer a candidatura de Jonh McCain.
Enfim, os blogues iluminam a clareza das tendências.
Participamos consoante as nossas capacidades no assunto, para entabularmos um debate que só nos enriquece e neste caso ajuda a conhecer melhor um grande país, ainda por cima com pessoas que lá passaram um período importante das suas vidas e que estão á vontade para se debruçarem sobre o assunto!
Parabéns a quem partilha os blogues connosco.
Parabéns, a quem participa de forma construtiva nesses mesmos blogues.
E que vença o mais capaz! Aquele que conseguir levar a sua mensagem ao encontro do povo, que sempre espera (muitos deles, mesmo no caminho que percorrem para exercer o seu dever cívico), que lhe clarifique na certeza do seu voto contribuir para a prosperidade do seu país!

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

O Pesadelo Que Nos Envolve

O sistema financeiro implantado em todo mundo seguindo o modelo americano, foi durante estes largos anos o modelo elogiado, defendido, idolatrado, pelos expert da matéria.
Era assistir ás enumeras conferencias. Ás sucessivas entrevistas todas elas bem pagas. Ás variadíssimas opiniões dos vários economistas da nossa praça, na defesa e no incentivo em como investir as poucas ou muitas poupanças. E no lucro relativamente fácil na aquisição de empréstimos para obter bens de primeira necessidade (habitação), ou como milhões, em luxos que se esfumavam numa velocidade vertiginosa, mas como tudo era permitido através dos empréstimos, a realidade dava azo à" loucura" de podermos agarrar com as duas mãos, este mundo e o outro.
E foi assim que uma enormíssima camada da população mundial VIVEU!
Entretanto a recessão começou a minar o sistema económico mundial. Qual polvo, estendendo os seus tentáculos nas varias direcções, sugando as reservas ainda existentes de uma forma a não deixar esperanças de qualquer tipo de salvação. Criando um enorme buraco sem fundo, de dimensões incalculáveis que engole o globo numa queda vertiginosa a uma velocidade estonteante deixando-o à deriva num inferno negro que infelizmente para aqueles que ainda lá chegarem, vão poder acreditar que afinal o inferno existe E QUE INFERNO!
Esse mesmo inferno já fés vitimas!
Países falidos, outrora com uma economia de fazer inveja aos países poderosos.
Falências de instituições autênticas caixas fortes. Que petulantemente criavam slogans “ É mais fácil deixar de correr as águas dos rios, que secar o nosso dinheiro”!
Presidentes que declaravam guerra a países inimigos, com o argumento de armas químicas (que afinal eram armas de trazer por casa) e hoje cabisbaixos e quase com a lágrima no olho, confessam o desastre económico e pedem ao congresso que aprove medidas para salvar o que eles praticamente destruíram.
Neste momento todos são unânimes em parar o inferno! Deixa-lo a digerir as vítimas (muitas delas levadas pelas utopias dos especuladores) que já amortalhou.
Asseguram a pés juntos que ninguém ficará sem as suas poupanças (um certo alivio para os que mais possuem). Para isso criam alianças entre grandes bancos de alguns países (França, Espanha, Bélgica).
O Banco Central baixa a taxa de juro! Excelente noticia! Logo os editores de economia prevêem, que a taxa Euribor desça no dia seguinte, deixando milhões que possuem empréstimos para a habitação com um ligeiro sorriso. Puro engano! Em vez de descerem, claro sobem.
O petróleo desce para nível que, pensam os mais afectados (como eu) lhes dará alguma poupança para que os míseros euros sirvam para tapar um buraco no orçamento. Mas é pura ilusão! Os combustíveis mantém-se inalteráveis e pior de tudo a taxa Euribor sobe, sobe para derrubar as prestações que com este andar deixarão de ser pagas e iremos todos viver como antigamente, juntando avós, pais, filhos, netos na mesma barraca, com contornos sociais impensáveis.
Ninguém prevê onde tamanho eclipse social, irá parar! Os entendidos de outrora, que pensavam na altura serem donos da razão, vincando as suas teses do alto do pedestal do sucesso. Hoje com o rabo entre as pernas, escondidos por entre as amarguras que também lhes caíram em cima, reconhecem não existir neste momento antídoto para estancar a infecção económica.
Vivemos no temor da recessão com contornos inimagináveis.
Uma certeza tenho! Os países ricos voltarão dentro de algum tempo a serem ricos. Os países que laboriosamente conseguiram atingir um patamar de nível sustentável, demoraram décadas a voltar a atingir tamanho crescimento. E os países pobres irão ser desgraçadamente mais pobres!

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

O Rei Voltou


Maradona era o maior!
Brincava com a bola no meio de meia equipa adversária, como nós com os carrinhos, mas sozinhos.
Elevava equipas banais (Nápoles), a VENCEDORAS mesmo perante gigantes mundiais do futebol.
Ganhou tudo o que havia para conquistar!
A admiração de uma geração que vivia o futebol como fazendo parte do seu dia-a-dia, foi o expoente máximo, que até hoje nenhum futebolista conseguiu imitar e infelizmente ninguém irá ter esse privilégio.
Esta nomeação é a grande homenagem que um país (que o idolatra) lhe oferece.
Acredito que neste momento MARADONA sabe o grande desafio que tem pela frente. e ele até hoje sempre os venceu. não será a bem amada Argentina que o vai ofuscar na arte que ele também desempenhou.
Força El pibe, a selecção finalmente veio ao teu encontro, como seleccionador!