quarta-feira, 25 de abril de 2012

Onde está o 25 de Abril


Onde está o 25 de Abril!
Onde está a alegria de todos os anos expandirmos a nossa alegria, na comemoração desta data que nos tirou da mordaça sempre instalada.
Onde estão os cravos na lapela de todos nós, quando saiamos á rua e íamos logo bem cedo à missa e agradecermos a Deus por afastar os que nos oprimiam as opiniões e a liberdade das decisões.
Onde estão os palcos montados, nas praças de todas as cidades, para numa tarde, recordar trinta e oito anos, numa manifestação festiva, com gritos de viva a liberdade e 25 de Abril sempre.
Onde estão os comandantes de Abril, para nos incentivar e fazer acreditar que o 25 de Abril, veio para ficar e comandar os ideais dos homens que deram a vida por um país livre e democrático.
Custa ver os nossos políticos, a maioria dos quais, aquando de Abril de setenta e quatro ainda usavam fraldas (de pano), estilhaçar em cacos irrecuperáveis as conquistas ardorosamente tomadas e deixar o povo sem alegria em vir para a rua e com um brilhozinho nos olhos, cantar as melodias primaveris que marcaram Abrir e descobrir que uma gaivota voava, seja no mar, ou perto de nossa casa.
 Ou que Grândola vila morena, era uma localidade bem no profundo Alentejo, que pouco de nosso já tem, vendido ao desbarato aos estrangeiros, que fazem de nós gato-sapato.
Ou que lembrar Abril, é lembrar Zeca Afonso, cantando de mãos nos bolsos, mostrando que não tardava nada, que mais cedo ou mais tarde nos iam aos bolsos.
Custa ver os nossos políticos, muitos deles brotaram com o 25 de Abril, fazerem discursos de circunstância e não conseguindo esconder que o povo, lê nos seus olhos que o 25 de Abril, é hoje a Troica, que nos sufoca e nos afasta dessa conquista a cada dia que passa.
Onde está o 25 de Abril, sem homenagens a Salgueiro Maia. Sem homenagens aos militares de Abril que trocaram as balas por cravos no cano das espingardas.
Será que o 25 de Abril de 1974, morreu em Abril de 2012, numa profunda nostalgia que afasta o povo de acreditar que 25 de Abril é sempre!

Onde está o 25 de Abril?   

terça-feira, 24 de abril de 2012

Para Que Serve um Blog


Criamos um blog para penso eu, escrevermos o que nos vai na alma!
Porque a nossa vida é feita de momentos que nos fazem caminhar de encontro à Sociedade em que estamos inseridos e como tal à que registar: as opiniões, as sensações, as desilusões e as alegrias.
É neste contexto que guio o meu blog!
Escrevo sobre politica embora hoje não tenha muito para escrever já que ao longo dos anos se assiste ao mais do mesmo, num sucessivo carrossel de erros, onde os grandes culpados não são os políticos, mas quem os coloca nesses lugares de destaque. E como somos nós, temos que levar com as culpas.
Desde adolescente que me infiltrei, filiando-me num partido e numa central sindical. E desde aí, logo presenciei, que os cordelinhos eram enrolados ao sabor dos oportunistas e dos sanguessugas. E como se constata, não fazem parte da minha maneira de estar na vida, logo tratei de me desvincular dessa matilha.
Escrevo sobre figuras que estão na voga. Por feitos que engrandecem a Sociedade, ou que engrandecem a pessoa em causa, num misto de valor e de no fundo gostar de que essa mesma pessoa com os seus actos possa ser uma referência para mim. E quem sabe para quem me vasculha.
E também sobre figuras que deixam muito a desejar, na maioria dos casos por acontecimentos que lesam o país, ou então que se afundam em atitudes sem perdão.
Escrevo muito sobre mim!
Da minha infância. Que me deixa uma nostalgia penetrante.
Lembro-me dos amigos, que muitos já se foram num embrulhado de decadência viciosa, ou em acidentes fatais. Das brincadeiras que duravam todo o dia, do futebol enorme paixão.
Da minha juventude. Onde os namoricos deixavam-me de olhos em bico. Da minha actividade profissional iniciada, ainda eu era um garotito. Dos estudos interrompidos pela maluquice do futebol.
Da minha família onde me entrincheirei, num autêntico “mãe galinha”. E casa trabalho, trabalho casa. Era a correria do costume.
Dos meus íntimos momentos, num misto de anos dourados, das poucas mas marcantes namoradas, que eram e ainda são, recordadas como se santas se tratassem.
Em alguns casos, vou longe demais, já me buzinaram se não tinha vergonha. Mas eu sou assim, sinto prazer em rever bons e marcantes momentos.
Enfim é isto o que pinto no meu blog, não imagino quem me segue, não devem ser muitos. Ninguém está para aturar o que esparracho aqui, neste cantinho que me liberta de mansinho.
Deverá ser interessante, daqui a alguns anos, rever um a um o que aqui exponho. Só quero bater a esta porta sempre que me dê ganas em escrever o que me vai na alma e em algumas situações, a angústia gera apreensões. É sinal que continuo em pé e junto de quem mais quero.






quinta-feira, 19 de abril de 2012

A Realeza e os Tiros no Escuro


Em poucos meses a casa Real Espanhola é tema pelos piores motivos, num país que cresceu a olhos vistos com uma economia brava, que lançavam os Espanhóis à conquista da Europa, com a sua pujança económica.
 Nossos primeiros parceiros nas compras do que melhor tínhamos e como se não bastasse, principal sustento de milhares de portugueses que para lá correram, depois de o nosso país se afundar no desespero da construção, deixar de erguer o betão, com que pintou a paisagem urbana.
Vê-se hoje a braços com os problemas que nós portugueses já infelizmente abraçamos e como já não fosse o mal dos seus pecados, ainda surge a Família Real a chegar achas à fogueira da crise, incendiando ainda mais a já pouca resistência dos Espanhóis à nuvem negra que aí vem.
 Primeiro foi o genro do Rei, Iñaki Urdangarin formalmente constituído arguido por fraude e enriquecimento ilícito. Homem habituado a jogar com as mãos a bola que lhe deu enorme notoriedade. Logo que se casou e se tornou figura real, deixou os remates às redes adversárias e como tinha um jogo de mãos impressionante, tratou de o pôr em prática e toma lá desvia para cá, a massa que me faz falta, mas que era de toda a malta Espanhola.
Ainda não pediu desculpas ao povo Espanhol, será que espera que seja o Rei a pedi-las por ele!
Há uns dias atrás, Felipe Juan Froilán, neto mais velho do Rei de Espanha dá um tiro no pé. Estava a treinar tiro ao alvo e o tiro saiu-lhe pela culatra, ou seja entrou-lhe na pata.
Aqui o petiz de certeza que pediu desculpas aos pais e avós e já recuperou para não voltar a fazer o mesmo. Só espero que mais tarde não se vire para caçar em África.
Por fim, o Rei vai numa caçada e logo ao elefante um animal enorme, que o mais difícil era não acertar e presumo eu, com a força do disparo, o rei desequilibrou-se e…….
Nada lhe valeu, tombou redondo e cheio de dores, lá teve que ser evacuado para o hospital e como um mal nunca vem só. A dor foi a dobrar porque logo loguinho, o povo espanhol, disparou em várias frentes, não ao elefante africano mas ao protector da bicharada (pensávamos nós), sua Alteza Real.
Os disparos foram de raiva!
 Inadmissível bradava o povo. Nesta época de crise o Rei gozar à grande e à francesa com os dinheiros de todos os contribuintes espanhóis, que ameaçam os depenar nos próximos tempos. E atingiram o rei na sua dignidade, que acredito lhe doeu mais do que a queda nas planícies africanas.
Findo o restabelecimento hospitalar sua alteza real, agradeceu à equipa médica que prontamente o assistiu. E não perdendo tempo, pediu desculpa ao povo espanhol e prometeu não mais repetir tamanha insensatez, já que enquanto o povo geme, o rei divertia-se em caçadas de grande porte. 
Estou para ver se o Rei pediu desculpas à Rainha Sofia pelas caçadas mulherengas que ao longo dos anos se refastelou nos cubículos luxuosos, com fêmeas de nomeada e que eu saiba sem quedas a pedir internamento.

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terça-feira, 17 de abril de 2012

Os Beijos e os seus Desejos


Ainda estão tão frescos os teus beijos, junto aos meus!
Que maravilhoso foi beijar-te! Não te queria largar, apetecia-me muito continuar. Apetecia-me dizer-te para não pararmos!
Eram beijos repletos de um mar infinito de sensações. Que por momentos ofuscaram os meus. Pequenos demais, perante os teus.
Beijos intensos. Afogando-me em ondas revoltosas, empurrando-me para terra de ninguém. Arremessando a areia para me cobrir, resguardando-me para ti!
Beijos ardentes, de uma chama intensa que me abanou as entranhas, de tal forma que me vi às aranhas, para acalmar o alastrar do teu fogo.
Beijos apaixonados! Deixando-me inanimado de um amor tão profundo, que nunca terá fundo!   
Beijos que eram proibidos, mas há tanto tempo devidos. Que nem houve tempo. De recuperar esse tempo!
Beijos carnudos, em toque de línguas famintas. A desejar os corpos despidos, para os cobrir de gritos fluidos.
Beijos quando interrompidos davam lugar, ao encaminhar das minhas mãos brotando aromas perfumados, que foram depositados pelas tuas mãos abençoadas.
Queríamos mais...por breves instantes sentistes a minha mão tocar o teu peito...sentistes uma chama invadir o teu e o meu corpo, deixei-te com um fogo ardente, desejoso de me sentires, de me tocares, de me continuares a beijar....
E de as encaminhar, sim as minhas mãos. Para acariciarem o teu corpo, que se sentia acorrentado por um vestido...sentiste-te uma menina, faminta mas pequenina, incapaz de ser audaz...de me tocar e impedir de parar...todo o teu corpo estava a vibrar...que vontade tiveste de estar num lugar seguro... Para me poderes amar!
Por instantes pediste-me que  nestes momentos seja o racional!
Como poderei! Quando sentes que te invado de paixão, e não consegues pensar...só te apetece deixar-te amar. Mesmo quando te invado de paixão não te cansas de o repetir. Porque te sentes a perder a razão...precisando da minha orientação...
Ainda sinto a tua respiração ofegante,  fechando os olhos e pedindo os meus beijos, o carinho da minha mão. Perante o meu olhar penetrante... 
Ao fim de tantos anos revelei o quanto gosto de ti, por favor não me magoes, quero ser velhinha e  continuar a ser a tua gordinha! Foi o apelo, a anunciar a nossa partida.
Por fim partimos, como o fazemos todos os dias. Deixando que o sabor desses beijos guiasse o nosso destino. Abrindo caminho para mais beijos rasgarem as vestes que escondem sexos de se fundirem, que nem a alma aguentará os orgasmos tão oprimidos.

domingo, 15 de abril de 2012

Uma Vitória Sem Glória para Mim


Sentei-me no sofá vendo a bola rolar.
 Mas a minha vontade era juntar-me ao comboio de imensos pneus, que rolaram duas centenas de quilómetros rumo ao sonho, que só não se tornou em milhares de sorrisos indescritíveis, porque uma chuteira heróica se esqueceu de tapar o caminho da bola. Encontrando um jogador benfiquista há tanto tempo escondido no amparo de um banco, composto por sete jogadores, só eles (os sete) superam infelizmente o orçamento dos valentes Gilistas do momento. 
O Benfica é a minha tendência desde que descobri o futebol como uma paixão!
Aprendi a gostar deste clube. Da sua grandeza, das suas históricas vitórias, numa longevidade que nunca terá idade.
O Gil-Vicente é o clube da terra onde nasci e onde vivo. É o clube onde me filiei como jogador e onde deixei ainda no pelado amarelado, tantos salpicos de suor com gosto a adrenalina futebolística, que eram a minha vida.
Onde rasguei imensas vezes o corpo, em choques violentos com adversários corpulentos, ou em cortes corajosos, para evitar jogadas desconsoladas.
A final é disputada por duas equipas que me dizem muito e como tal, estava curioso por medir as sensações e descobrir qual delas trará mais emoções.
Os primeiros minutos deixaram antever que tudo poderia acontecer.
O Gil estava a corresponder e o Benfica na expectativa de mais cedo ou mais tarde puxar dos galões.
A primeira meia hora é a altura de se fazer um balanço e já todos tiravam ilações quando o Gil num grande galo, do galo. Deixa escapar da capoeira a galinha (bola) que entra na baliza certeira.
Nem festejei nem me manifestei. Sabia que o Gil não era pêra doce e como a procissão ainda ia no adro, os foguetes continuavam guardados.
Os últimos minutos do primeiro tempo deram para ver dois guarda-redes a evitar a festa e o virar do resultado, que se manteve com a fuga da galinha, até ao intervalo. Deixando tudo em aberto, nos corações dos barcelenses.
Os minutos foram passando na segunda metade, com o Gil mais afoito no ataque, para recuperar a galinha desgarrada. E o Benfica mais confiante, dando a sensação que a vitória se concretizava a cada minuto que passava.
Os quinze minutos finais era o tempo que restava. Num jogo que pedia mais emoção e era esperar do Gil o derradeiro canto do galo, porque ainda era cedo para perder a esperança.
O cantar do galo ouviu-se nas bancadas de Coimbra. Estava recuperada a galinha e era a hora, porque estava quase no fim, de sentenciar o Benfica nos penaltis, que também nos levaram até a este frenesim.
Poucos minutos o Galo cantou, porque um argentino já dispensado resolveu se encostar ao lado, (já habituado ao encosto do banco) e tanta sorte teve (porra o homem já tem o futuro traçado), que a bola foi ter com ele e claro, foi só rebentar novamente com o galinheiro, já a escolher as galinhas para os penaltis certeiros.
Fiquei sem emoção!
Foi a primeira vez que não festejei uma vitória do Benfica. E sei porquê!
Porque descobri que o Gil era quem eu mais queria que ganhasse aquela taça, desenhada cá na terra e devia ter como poiso a cidade de Barcelos.
O feito foi conseguido! Afinal somos os vice campeões da liga, carago!
Viva o GiL!


   
   

sábado, 14 de abril de 2012

Os Meus Dedos


Conheço a tua voz como os meus dedos!
Os meus dedos, antes de te conhecer, já te iam beijar a casa.
Os meus dedos guiam os meus sentimentos. Em cada toque deixam a marca do meu amor, para te relembrar o poder que exercem, na fuga ao teu mundo trivial e encontres o sorriso feliz, para descobrires o nosso mundo bem perto de ti. 
Os meus dedos fazem de ti um piano, para te infiltrar as melodias maravilhosas, que te elevam ao cume da perfeição, brotando desse teu corpo sedento de amor, as baladas que fazem a nossa história.
Os meus dedos apontam o nosso caminho. Já definido há tanto tempo perdido.
Os meus dedos esperam por ti, para te dar a mão e levar-te para o leito do perdão.
E são esses dedos que desejam tocar, cada parte do teu corpo. Cada batimento do teu coração. Cada suspiro de paixão.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Fiúza e os Sem Abrigo


António Fiúza presidente do Gil-Vicente, anda numa euforia que contagia todos os que o rodeiam.
E não é, para menos!
Quem em tantos anos de história, só agora é que entra numa final, tao perto do céu como, rapidamente descer à terra. Pode sonhar até o árbitro der o jogo por terminado.
Depois do que ele passou com o "caso Mateus". Onde praticamente lutou contra tudo e contra todos, em anos sucessivos a apregoar a sua razão. E hoje a razão é a certeza da sua incansável obstinação. Esperando o Gil e também o seu presidente, serem-lhes feita justiça, pelas matreirices imperdoáveis que os senhores da Federação, tentaram impor sem razão.
 E de uma assentada, teve o Gil-Vicente na primeira liga. Numa subida que não deixou dúvidas, onde foi o campeão e trouxe a verdade dentro do campo, à injustiça que lhes causaram na secretaria.
Agora praticamente livre da descida, tanto o presidente como todo o staff Gilista só pensam no momento único para o clube e para o vasto concelho, a primeira final.
Perante todo este cenário, a derramar tantas emoções, só podia dar um extravasar de sentimentos, talvez exagerados, talvez excessivos. 
 António Fiúza, figura de proa em Barcelos. Lidera o futebol de uma forma muito sui generis.
Dedica-se a causas humanitárias de uma forma voluntária, mas quando é um momento único neste clube da minha terra, tudo se perdoa a um presidente, que como ele diz; ganhou ao Porto, ao Sporting, ao Braga. Porque não ao Benfica!
Venha o champanhe com moderação, junto da equipa e dos que ajudam este clube. E se a vitória for o que todos os Gilistas esperam, o champanhe jorrará na casa de cada Gilista. E haverá sempre uma taça para que algum sem abrigo lá passe.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Abra ou a deixe Fechada


A Páscoa abre a porta para entrar a ressurreição e por isso a janela ficou fechada nesta quadra.
Não te vi, não te senti!
Assim sendo, carreguei a cruz aos ombros na esperança de que Cristo ao ressuscitar, ressuscitasse a tua imagem.
Eu bem sei que estás ao pé de mim meu anjo e quando te quiser sentir é só fechar os olhos e deixar-me fluir!
Também sei, que o mesmo se passa contigo, beleza racional, que foge a sete léguas para não se deixar embrenhar pela paixão que uma presença obriga.
Tens a tua vida, onde a minha imagem te consome grande parte do dia. Dá-te o longo sorriso, que não o queres partilhar com ninguém, ciumenta de uma figa, por isso te ris para dentro, porque te sentes tão feliz, que ninguém merece partilhar esse sentimento.
Percorre-te o corpo de tremuras, abanando-te o coração, obrigando-o a sugar todo o sangue para si, não vá rebentar perante o fluxo de adrenalina.
Eriça-te os pêlos, dilatando-te os poros desse desejoso corpo. E num êxtase paradisíaco não abres os olhos, imaginando-te no meu colo, é tão bom dizes tu, é tão bom….
 Mas há mais!
Passeamos longe de tudo e de todos, pelos caminhos que se abrem à nossa passagem. A natureza contempla o amor e cede-lhe a passagem por mais que a floresta se mostre impenetrável.
Abres os braços, chamando-me quando eu dou um passo atrás, para colher a orquídea que apresso-me a oferecer-te.
Que loucura sentir o teu corpo tocar o meu!
A orquídea que originou este transformar de dois corpos num só, serve agora de almofada para que a tua cabeça repouse, enquanto a minha se encosta ao teu peito e houve o som do prazer, brotando como uma chama, incendiando tudo em redor, num vermelho tão vivo que em vez de se alastrar e denunciar a nossa presença. Contem-se em nosso redor, formando um círculo impenetrável que obriga o dia a não ter fim.
 Adormecemos pelo cansaço deste estonteante cenário. Que sensação deliciosa!
Acordas ouvindo-me cantar, uma canção tão linda. Que te embala neste porto de abrigo delicioso!
A melodia estende-se e salta de árvore em árvore. Que se vergam à sua passagem.
Por fim regressamos. A nossa roupa cheira à relva fresca e os nossos corpos estão pegajosos de amor real. O seu suco regou a nossa sede, tão visível nos nossos olhos, que só nos saciou porque o amor é inesgotável.
Abra ou a deixe fechada, a janela sente-se abençoada!