segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Momentos Únicos


Quando amamos alguém, num amor profundo, que roça a alma e apodera-se do coração. Entregamo-nos totalmente naqueles momentos tão íntimos, tão nossos. Que tudo pára à nossa volta e o olhar de cada um é o guiar para a plenitude da paixão.
Paixão poderosa, que une dois corpos num só!
Onde cada toque, cada beijo, cada impulso é acompanhado por um leve sussurro que aumenta com o clima da relação. E somos incapazes em nos conter devido à intensidade e ao fervor dos lábios tocando.
Da boca falando, porque a boca fala com as partes do corpo onde pousa e sussurra-lhe palavras misteriosas, mas tão penetrantes que todo o corpo treme, em arrepios escaldantes, emocionantes, loucos. Terminando em orgasmos impossíveis de controlar tamanho o prazer que o corpo se encheu. Libertando uma enxurrada incontrolável que nos deita por terra, num coma extraordinário de duração momentânea.
Ora um, ora outro. Tocamo-nos, beijamo-nos, penetramos os orifícios do prazer.
Olhos nos olhos faíscados de ternura, misturada com luxúria.
Olhos no céu. Seja a dois metros de nós, salpicado de várias cores. Já que a visão está turva devido à loucura do momento. Ou com o céu azul, lançando o sol radioso como testemunha, que entra pela janela abrilhantando os corpos suados pela transpiração.
Olhos no dorso. Numa visão apoteótica onde desfrutamos do auge de uma penetração, conseguida com o ardor que oferecemos com amor. E caímos no amparo do corpo ainda dentro dele mesmo, junto à alma, que quase lhe tocamos e no botão dourado que nos foi oferecido.
E assim ficamos largos minutos num silêncio profundo. Recuperando de um sonho que se tornou real, devido ao intenso amor que brota dos nossos corações.


domingo, 25 de dezembro de 2011

Natal é todos os Dias

O Natal está a ir-se, mas como todos dizem que Natal é todos os dias, ficamos maravilhados com este aroma natalício a saborear-nos o resto dos dias do ano que está mesmo à portinha.
A lareira continua com largos troncos para durar a tarde e noite que já se instalou e tornou a meter a gente nos lares, de onde poucos se atreveram a sair.
Com os cafés encerrados, só uma fugida à beira-mar para apanhar um pouco do sol que nos brindou, levou a que alguns deixassem o calor da lareira e o sofá para curar a noitada e inspirassem o ar das praias cá do norte.
Já me cheira vindo da cozinha o aroma do frango caseiro que irá dar um arroz de cabidela de comer e pedir mais.
O Natal é lindo, é fantástico é intimo!
É lindo porque se enche de luz e ilumina os caminhos da esperança e da vontade em ajudar o próximo.
É fantástico porque nos enche o coração de alegria e junta a família num cenário maravilhoso e harmonioso.
É intimo porque nos eleva o amor numa intimidade tão nossa.
O Natal é magia! Tão pura e verdadeira, que ameniza conflitos.
 Junta famílias desavindas.
 E obriga ao estender da mão a vizinhos que odiosamente voltavam abertamente as costas.
Haja Natal todos os dias, porque assim não há crise que nos derrube nem políticos a acordar todos os dias com o pensamento de como podem tirar ainda mais aos coitados do costume.
Até já, porque senão lá se vai o arroz e eu adoro quando ele está soltinho e o cheiro já me eleva para a mesa rodeada de doçaria.



sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

A Bola era tudo o que Queria


O Natal era a alegria imensa do meu tempo de criança.
Esperava por ele o ano inteiro. Já que me realizava e enchia-me de alegria, que se ia diluindo a cada dia e só acabava no Natal, que chegava.
Lembro-me de ir consoar à minha avó. E numa casa pequena juntava-se: os filhos, as noras e os netos. Quanto mais pequena, mais juntos estávamos e mais alegria passávamos uns para os outros.
A minha avó não saia do fogão!
Preocupava-se simplesmente de lhe meter lenha para aquecer a cozinha e manter a cafeteira do café sempre quente, para distribuir pela gente.
Aos netos distribuía os pinhões que ela com aqueles dedos tão calejados, os tirava de dentro das pinhas acabadas de assar e nós sentados à sua volta de mão estendida, esperávamos pela vez de, de uma só vez engolirmos os que caiam na nossa mão.
Os tios jogavam às cartas. As tias conversavam de coisas sem interesse, já que nenhum de nós ia para o pé delas. E nós só queríamos pinhões e chocolates, que não eram muitos.
O mais custoso era o regressar. Pela madrugada tínhamos que vir para casa, já que a da avó era pequena para lá dormir. E sair do quentinho do fogão sempre a pedir lenha para nos aquecer e, enfrentar o frio era o tormento que o Natal, oferecia.
Normalmente só pela manhã é que abria-mos as prendas, porque o Natal era no dia seguinte e logo que o dia despontava, era a correria para a árvore natalícia e desembrulhar os presentes (não eram muitos, os tempos eram difíceis), era o clímax ardente.
Lembro-me de um Natal que me marcou de forma brutal!
Logo pela manhã, saltei da cama e corri para o pinheirinho à procura da minha prenda.
Claro, logo a encontrei. Grande, a encher os meus braços ainda pequenote e de uma golpada rasguei a papelada e dei de caras com o que mais queria. Uma bola de futebol!
Naquele tempo eram de plástico forte e bem redondinha, era essa bola que eu queria!
Então como ainda era muito cedo para vir cá para fora jogar e mostrar aos meus amigos a minha prenda tão ansiada. Pus-me a dar uns chutos no corredor da minha casa.
De um lado tinha os quartos. Do outro, a sala e a cozinha, divididos por um corredor, desde a porta da rua, até ao fundo onde se situava a casa de banho.
Grandes chutos estava eu a dar tão feliz, vendo a bola a ir e a vir, encontrando o meu pé pronto a mandá-la ir, num vai e vem constante.
Só que… desfaleci de tanta angústia. A minha bola tinha-se furado num abrir e fechar de olhos, que me deixou aterrado e chorei amargurado.
A minha bola tinha-se furado no prego que segurava a cortina que resguardava a casa de banho.
Então num dos meus chutos, a bola foi parar precisamente ao prego e tal a violência do remate, que entrou mesmo pela cabeça do prego e lá ficou muchinha, depois do estrondo, como um balão quando rebenta.
Chorei largos minutos e nem o consolo do meu pai dizendo que me oferecia outra, aliviou a minha tristeza.
Como mais tarde vim para a rua e juntei-me aos amigos do bairro que alguns deles também tiveram uma bola de prenda. Deu para uma jogatana de bola nova e para desanuviar a tristeza de ter ficado sem a minha.
Nunca mais me esquece da visão da bola tão pedida e tão sonhada, naqueles dias que antecederam o Natal de à muitos anos. Amarrada ao prego, tão muchinha depois de a ter na mão rechonchuda e maravilhosa.


quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

O Natal da Crise


O Natal da crise une mais as pessoas.
Desvia-as do consumismo,
acabou-se o encher os carrinhos,
para evitar alarmismos.

Foram-se as prendas em excesso,
que atulhavam os pinheirinhos.
Agora as que se oferecem,
são alvo de muito esforço e carinho

Os cortes são evidentes,
mas não travam a quadra natalícia.
O amor de Jesus por nós é tão grande.
Que só lhe podemos agradecer, dando-lhe graças.

A ceia será sempre farta.
Porque nos esmeramos para comemorar tal data.
Passamos as horas bebendo e comendo,
Até que a meia-noite, nos enche a sala de papelada.

O Natal será infinitamente Natal,
porque se cobre num manto de palha divina.
Logo se transforma em magia,
quando nós distribuímos amor ao virar da esquina.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Humor Natalicio


http://cronicasdorochedo.blogspot.com/2011/12/humor-fim-de-semana-especial-natal.html
A família jantava tranquilamente quando, de repente, a filha de 12 anos comenta:
-Tenho uma má notícia ... Já não sou virgem!

E começa a chorar convulsivamente, com as mãos no rosto. Silêncio sepulcral na mesa!! De repente, começam as acusações mútuas:

-Tava-se mesmo a ver! - diz o marido à mulher . É por te vestires como uma p...barata e arregalares o primeiro imbecil que vês na rua. Claro que isto tinha que acontecer, com o exemplo de mãe que a menina vê todos os dias!
De seguida aponta para a outra filha, de 25 anos

- E tu também, que ficas no sofá a lamber aquele palhaço do teu namorado que tem é pinta de chulo, na frente da menina?
A mãe não aguenta mais e grita:

- Ai é?!...E quem é o idiota que gasta metade do ordenado com putas e se despede delas à porta de casa? Ou pensas que eu e as meninas somos cegas? E, ainda por cima, que belo exemplo dás desde que assinas esta maldita TVcabo! Passas os fins de semana a ver pornografia de quinta categoria e depois acabas na casa de banho com gemidos e grunhidos...

À beira de um colapso, com os olhos cheios de lágrimas e a voz trémula, a mãe pega na mão da filhinha e pergunta-lhe baixinho:
- E como isso aconteceu, minha filha?
Entre soluços, a menina responde:
- Foi a professora !
- A professora? - reagiu a família incrédula em uníssono
-Sim, a professora! Foi ela que disse que agora a Virgem do Presépio era a Luísa. Eu este ano vou fazer de Vaquinha.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Os Restaurantes Enchem-se


Sexta-feira, véspera de fim-de-semana, mas com um dia repleto de chuva, vento e cinzento.
Imagino os jantares de Natal nesta noite que junta amigos de formações, colegas de trabalho. Enchendo os restaurantes para atafulhar as barriguitas de comida, a cheirar à quantidade em detrimento da qualidade.
Abusam da doçaria enquanto relembram episódios recentes e mexericando em assuntos alheios.
O Natal agrupa desavindos. Fazendo por momentos esquecer e até sanear desentendimentos.
Emerge a alegria camuflada nos desiludidos, porque o Natal é magia.
E nada como os jantares natalícios, para espernear a vontade em divertir ao som dos conjuntos presentes, com musicas da moda onde todas mexem o corpo em curvas e gestos que dão nas vistas, originando contactos que se julgam inocentes, mas que trazem desejos ardentes.
E como sou filho do mesmo Deus. Lá estarei no final do dia no meu jantar de Natal, na companhia de um grupo de pessoas (quase todas mulheres) e recordar alguns momentos de uma ligação que fez passar o ano num abrir e fechar de olhos, que me leva a ficar mais velho e de braços abertos para receber o próximo.
    


quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Os Camelos do Concurso

http://barbearialnt.blogspot.com/
Mais uma iniciativa, até ao próximo dia 15 de Dezembro a decorrer como concurso de Natal na Barbearia do senhor Luís.
Depois das ovelhinhas, com lá pronta a tosquiar e antes o burrito, besta de carga ainda se vêem no interior do nosso país. Agora é a vez do camelo!
Animal imponente, com uma ou duas bossas.
Um mouro de carga, numa zona tão inóspita como o deserto.
Consegue aguentar vários dias sem beber o que o torna num animal excepcional, nessa zona do globo, que muda de cenários a cada dia que passa, em constantes tempestades de areia, onde só o camelo consegue descobrir o caminho de volta.  
Desta vez, subordinado ao tema Camelos de Presépio. Já que somos todos uns camelos para nos sujeitar às medidas que nos impõe e que não irão ficar por aqui.
Como os meus camelos do presépio ainda não chegaram bem junto do menino, fiz questão de lhes arranjar transporte, para ver se chegam a tempo de aquecerem o menino e a marcarem presença no concurso da barbearia do Senhor Luís, já famosa por estas iniciativas.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Uma Mão atrás da Outra bem Firme,


Abri os olhos repentinamente para acreditar no sonho que acabava de assolar a minha mente. Acho que levitei com o desenrolar do mesmo, tamanha a verdade com que me surgiu, por entre um sono que até não estava a cumprir a sua obrigação de me relaxar como é a sua obrigação.  
E olhando o tecto branco do quarto bem grande, mas não largo, pus-me a rever as imagens que largos momentos ocuparam a minha mente.
E então vi uma enormíssima massa humana portuguesa e não só, de todos os pontos, mesmo naqueles onde só vivem meia dúzia de idosos, insurgirem-se contra as medidas terríveis que nos violam diariamente.
E numa cadeia, que se iniciou quando eu num gesto simples, estendi a mão, não para pedir algo, mas para amarrar a que estava mais próxima. Por agradável coincidência uma freira, por sua vez, a estendeu à irmã mais próxima e essa irmã à outra…. E chegou ao Prior, que considera todos filhos de Deus, que a estendeu ao sacristão. Estantes depois, toda a gente que assistia à Celebração da Eucaristia, pedindo acredito eu a todos os santos, que foram homens e mulheres para iluminar o caminho da salvação nacional. Se unia num apertar de mão que não se resumiu à Matriz e como autêntico tentáculo guiou-se pela porta de entrada e logo apanhou uma mão que entretanto numa de turista visita o templo, que logo assumiu a da companheira, de cajado na mão pronta a iniciar os caminhos de Santiago.
E calcorreando as ruas estreitas da cidade velha, encontrou bem perto dali a Câmara Municipal e como por artes mágicas, a mão guiadora ainda livre colou-se à do Presidente do Município, sentindo um calor (o homem é quente dos pés à cabeça) e que calor, firmando a certeza, num aperto de confiança, que o subsidio seria entregue a todos na totalidade. E com isso mais mãos de todos os funcionários felizes da vida pela confirmação de tamanha noticia, se acotovelavam para engrossar o dar a mão.
Lá seguiu uma mão atrás da outra bem firme, num cordão já sem oposição para o rebentar. A força já era colossal que rebocava qualquer petroleiro ameaçando uma catástrofe ambiental. Partindo para fora da cidade, encontrando o Campus Universitário, a abarrotar de estudantes sedentos de ajudas, que logo ao primeiro que estendeu a mão. Logo dezenas deles estavam ligados como elos de correntes inquebráveis, que apoderaram-se das mãos dos professores descontentes pelos cortes inerentes e funcionários impacientes pelos contratos a prazo ainda pendentes.
Mas a corrente ambicionava mais muito mais!
 Galgou Concelhos apinhados de desempregados desesperados por trabalho que não existe, são milhares e milhares que deram uma amplitude tal, que se formou um anel do tamanho do mundo, que se avistava do espaço, via informação da estação espacial da NASA. Para tolher os movimentos daqueles que de uma maneira ou de outra, fizeram com que o país navegasse nestas ondas revoltas que estão a despedaçar e a espalhar as desgraças como um vírus contagioso.
Por fim, depois de dar a volta a um país entrelaçado num estender a mão sem fim, cercou o Hemiciclo, no debate quinzenal, onde lá dentro se debatia o mesmo do costume. Com a oposição a interpelar contra as medidas gravosas, mas sabendo de antemão que tudo ficaria como antes (fraca oposição, o umbigo deles é mais importante que o cordão umbilical que asfixia o povo). E o governo (mas que governo, a cada dia que passa, sempre pronto a anunciar desgraças), até se ria que desplante!
Ao mesmo tempo que repetidamente apregoava como alertas religiosos: não há dinheiro, não há dinheiro.
A segurança entretanto chamada para proteger o Hemiciclo, eram polícias descontentes sem papel higiénico para limpar o alívio ainda sem imposto. Mas com armas ferozes, sejam de dentes ameaçadores de animais treinados para o efeito.
Ou armas prontas a disparar a qualquer leve movimento. Pensavam fazer frente à marcha em constante movimento, ligadas por mãos coladas firmemente por convicções prementes.
Nada mais lírico! Tudo foi derrubado, como se um enorme muro de Berlim se tratasse e o Hemiciclo veio a……………
Abri os olhos repentinamente para acreditar no sonho que acabava de assolar a minha mente.   


  

  

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O Povo morde a Isca


O povo morde a isca do, fazendo sacrifícios hoje, amanhã colheremos os frutos desse mesmo sacrifício.
Mas o sacrifício que ainda não deu para um balanço concreto do que realmente poderá valer. Já vai criando mossas bem visíveis em grande parte da população.
As notícias vindas a lume não são nada encorajadoras, dado que só se reflectem em mais sacrifícios, mais e mais.
O consumo bate recordes históricos pela negativa.
Come-se muito com os olhos, mas o estômago e a auto-estima, andam pelas ruas da amargura.
O desemprego aumenta, porque não existem soluções para o conter, já que não nascem investimentos para empregar os que engrossam a lista, quanto mais para os que despertam para o mercado de trabalho.
O país não tem recursos para iniciar os grandes investimentos que dariam mão-de-obra a encher milhões de mãos, apesar de durante um largo período se gastarem milhões de euros só em projectos no novo aeroporto e no tão badalado TGV.
Traçou-se projectos. Discutiu-se locais para de uma vez por todas localizar o aeroporto.
Expandiu-se mesmo a loucura de se construir uma nova travessia do Tejo. Eram uns atrás de outros e no final decidiu-se o que era uma gritante realidade: o país estava de tanga. Já não existia manta para cobrir o que quer que fosse.
E assim se gastou milhões e milhões, enchendo os bolsos dos que faziam fica pé no acreditar, no impossível.
Hoje ouvem-se vozes dos banqueiros, que o modelo adoptado a Portugal pela Troica sanguessuga e compadres, não irá resultar. Visto que em outros países, com o mesmo cenário como o nosso, também não resultou, deixando a olhos vistos gravíssimos problemas sociais, pelas medidas entretanto tomadas.
Sem ovos não se fazem omoletes, principalmente quando já não existem ninhos quanto mais galinhas.
Procuram-se soluções desesperadas. Andam inúmeras pessoas só a dedicarem-se a isso.
Mas como já todos choram, muitos, lágrimas de crocodilo. Principalmente os que escondem o dinheiro que fugiu deste país. Ameaçando encerrar empresas e deslocando-se para países onde por uma bucha de pão, se confecciona um blusão. Que pousando cá, custa tanto como encher os seus bolsos em euros.
A fava toca sempre ao mexilhão. E o aperto do cinto que já não tem espaço para mais furos, parecendo degraus de cima para baixo, de tanto serem apertados nestes poucos anos que foi anunciado o crach, que ameaça durar uma era. Poderá ser também servido infelizmente para pendurar quem desistiu em acreditar.
Acreditemos em milagres. Santos existem e foram homens como os de hoje.
Agrupemos todas as energias positivas, que juntas darão boas noticias.