sábado, 29 de agosto de 2009

O Euromilhôes que Devia encher Milhões de Corações



Jogo no Euromilhôes todas as semanas numa sociedade de empresa, onde uma dúzia, sonhamos com a riqueza.
A riqueza que ilumina a certeza em jogarmos, porque se não o fizermos, certamente nada nos sairá.
Chega a sexta-feira, milhões jogam na sorte do pouco ou muito. Ou nada!
Todos querem o primeiro prémio. Mas se for o segundo já ajuda a equilibrar a vidinha e talvez sobrando um pouco para os mais chegados da família, que é sempre lembrada nestas ocasiões.
Claro que muitos referem o segundo, numa espécie de contentamento, já que o primeiro é sempre o mais difícil de atingir e só um milagre, poderá dar esse consolo ao felizardo que lhe sair.
Mas sai sempre! E se não sair hoje irá sair na próxima, ou na próxima… Sair é que tem que sair. Diz o povo e com muita razão!
E como tem que sair a alguém demore o tempo que demorar, o tempo não é infinito e se acumular ao fim de dois meses e meio, ele tem que saltar cá para fora e correr com os felizardos num pé só, rumo a um avião para bem longe do bairro onde assenta arraiais. Para num mar de alegria e felicidade incontida, quase a roçar um ataque que levará tudo a perder antes mesmo de sentir os milhões e milhões que darão para comprar este mundo e o que aí vem!
Estou a imaginar todo aquele mar de dinheiro, que enche uma caixa forte, tipo tio patinhas, onde as notas até são expelidas pelas ranhuras das portas de tanto dinheiro lá introduzido, que de certeza levará à loucura momentânea a quem tem essa fézada, de primeiro nem acreditar que lhe saiu. Pedindo a quem está junto a ele: belisca-me, morde-me o braço e até num frenesim canibalesco. Ferra, ferra por amor de Deus, para eu saber que não estou a sonhar!
E como se tem visto já saíram de uma tômbola, onde milhões de olhos postos na TV, rezam para que as bolinhas tragam os números do seu boletim, onde os olhos parecem saltar das órbitas e entrar também na roda da sorte e procurar as bolinhas do primeiro para as fazer sair pelo palanque e rolarem suavemente pelo corredor metálico de encontro as que já lá estão.
Estou novamente a imaginar cinquenta bolas e milhões e milhões de olhos num frenesim de doidos, onde quem chegar primeiro, empurra a bolita para fora da roldana e pumba lá está a primeira.
Logo milhões, gritam pela Europa fora! Foi o meu olho, foi o meu olho!
Vem a segunda bolita e ainda milhões voltam a gritar!
Foi o outro meu olho, á grande olho, foste buscar logo o segundo. Só faltam três, esfregam as mãos numa de que é agora ou nunca.
Rola o terceiro e quase um milhão, batem palmas e viram-se para as suas Marias e dizem: já ganhamos algum! Já paga o que gastamos. Reza Maria, tu que vais à Missa todas as semanas. Reza e ao menos que saia mais um!
A quarta salta como quem não quer sair junto das outras. E milhares já sentem um friozito pela coluna acima e tentam esconder a ansiedade de gritarem que já têm quatro números.
E a quinta e última póque, caí como uma pena. Talvez por ser a ultima dos números e leva ao desespero milhões, que já sabem na velha Europa que não será desta vez que algo de palpável lhes sairá. Para a próxima à mais pensam os resignados.
Rolam as bolas das estrelas, para iluminarem os que ainda alimentam as esperanças do grande prémio. Que será a loucura total!
Primeira estrela! E milhares vêm logo milhões de estrelas, como se de um terrível soco se tratasse e ficam logo KO, do resto do concurso, onde estavam perto e agora bem longe, estatelados sem reacção perante tão grande desilusão.
E chegamos à última bola!
A bola que poderá ser a alegria sem fim para alguns, ou até um só. Das centenas que estão, já sem unhas, a sangrar pelos sabugos e com princípios de incontinência urinária.
E ela sai devagar devagarinho. Para muitos, séculos de espera na saída.
E pronto, ponto final em mais um concurso!
Se não foi desta vez, para a semana terá mais uma oportunidade em ganhar, basta apostar! Finaliza assim a apresentadora loira, mas que nada tem de …., para levantar a moral aos que nada ganharam.
E o vencedor quem foi?
Ninguém sabe e todos querem saber! Tanto dinheiro, tanta coisa para poder comprar!
Duas horas depois o veredicto final! A Europa é percorrida e PUM. O primeiro prémio foi para Portugal!
Meses depois estão em tribunal, desavindos porque o dinheiro lhes subiu àquelas cabecinhas, apagando um amor que se dizia para toda a vida e foi por água abaixo com tanto dinheiro que lhe caiu em sorte……

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

A Praia Fechada a Banhos de Sol



A manhã estava fresca, deixando dúvidas para ir ou não, à praia!
Mas pés ao caminho e sós, porque também precisamos de tempo para nós. Lá fomos rumo ao mar, que tanto gosto e que fica bem perto, só o tempo de dois dedos de conversa e num ápice ele desponta numa imensidão de água que parece infinita.
Dez horas de uma manhã com o tempo encoberto. Resolvemos dar uma caminhada praia fora, enquanto o sol não despontava, já que as nuvens algo carregadas, não deixavam o sol deitar o rabinho de fora.
Passamos por duas dúzias de jovens que iam iniciar um concurso de construções de areia, patrocinadas pela Autarquia local e isoladas por um dispositivo próprio para estes eventos com publicidade bem visível e o publico ainda não muito, fazendo guarda em redor do rectângulo das construções.
Descemos o paredão que o homem construiu para que a areia não fosse levada praia fora e deixasse esta zona despida de areal e revestida de rocha um pouco por todo lado.
Caminhamos calmamente, com a toalha pendurada no pulso e os chinelos na mão. A outra mão tinha por obrigação dar a mão, á mão da minha jovem. Que de saco a tiracolo e a toalha metida no meio das alças, lá caminhávamos praia fora, pelo areal imenso.
Depois das marés vivas que trouxeram um mar em fúria para bem perto onde estavam centenas de barracas, que tiveram que arregaçar a farda até ao cimo deixando os quatro paus a descoberto num espectáculo desolador em pleno Verão. Agora o mar, dava a sensação que se encolheu, se encolheu, sendo preciso ir procura-lo metros e metros para molhar os pés e sentir a temperatura da água, ponto crucial para testar a possibilidade ou não, de dar uns bons mergulhos e sentir a frescura de um banho tão apetecido, mas muitas das vezes devido à temperatura da água, um autentico martírio.
E lá caminhávamos, conversando da vida, recordando aventuras anos antes nesta mesma praia, onde o nosso amor nasceu para a intimidade incontrolável, ora nas dunas que enquanto caminhávamos recordávamos os nossos poisos resguardados, ora bem perto naquele emaranhado de casas, onde a que os meus pais alugavam durante o mês de Agosto serviu para em algumas horas unirmos os nossos corpos e jurarmos juras de amor.
Entretanto descobrimos que já estávamos bem longe do centro da praia, numa zona deserta a convidar virar para trás e regressar ao inicio para estender as toalhas e curtir um pouco o sol que entretanto dava mostras de abrir numa luz tão clara que ficamos com a sensação que o dia de praia ia prometer.
Puro engano! Ao vislumbrarmos novamente as construções de areia, onde cada miúdo (a), já apresentavam a sua imaginação vincada em areia. Agora repleta de curiosos que não davam espaço para nos debruçarmos nos trabalhos arenosos dos miúdos. O sol foi-se para nunca mais voltar!
Então saímos do areal e percorremos a Vila acabada de sair de um fim-de-semana festivo e ainda com as barracas de vendas de tudo um pouco, a embelezar a calçada. Coscuvilhamos as quinquilharias e tentamos descobrir no pouco peixe das mulheres dos pescadores, no espaço destilado à venda, se algum poderia valer os bons euros que pediam, pensando que éramos turistas vindos de outras zonas com os bolsos cheios de euros, para comprar o que diziam fresco mas que um bom olho descobria o contrario.
Como o peixe não agradou e a hora já avançava, procurei um restaurante típico de beira-mar já conhecido e saboreei umas gostosas sardinhas assadas com batata a murro, acompanhado de uma boa salada. Que me souberam pela vida e aumentaram a minha excitação de felicidade perante a minha jovem que não parava de conversar de velhos tempos e com altas temperaturas amorosas.
Como a restaurante ficava mesmo em cima da praia, só evitado pelas dunas e foi por elas que descemos e novamente de encontro à praia, caminhamos rumo à longa extensão, que ia-nos levar até o cansaço nos fazer parar.
O mar continuava numa maré tão baixa que descobria os rochedos outrora difíceis de vislumbrar.
Os banhistas, poucos nesta zona de praia, aproveitavam para tentar retirar mexilhão e assim passavam o tempo. Já que o sol não aparecia e o céu mostrava-se encoberto, ameaçando até chuviscar a qualquer momento.
A meio de mais uma caminhada, onde já não se vislumbrava qualquer sinal do centro da Vila, numa praia onde poucos eram os banhistas que se cruzavam connosco. Resolvemos virar e voltar ao ponto de partida.
Não é que começa a chover!
Primeiro uns chuviscos. Dava a sensação da névoa a dissipar-se. Pegamos nas toalhas e enrolamos cada qual na sua para proteger dos chuviscos.
Tentamo-nos abrigar no meio de umas dunas, mas o local não era convidativo.
Enquanto caminhávamos, pensamos em alugar uma barraca e ficar por aí, na esperança de ainda podermos curtir alguma praia e juntarmo-nos corpo a corpo fora do alcance dos olhares indiscretos.
Mas é que a chuva resolve aparecer a valer e só uma valente correria até ao carro já meio ensopados socorre-nos de um valente banho, não de mar. Mas de chuva e vestidos o que não era nada agradável.
Não houve sol, nem banho de mar!
Houve praia acima, praia abaixo. Num recordar de emoções de tempos idos, que deixam a nostalgia ferver.
Fomos corridos a meio da tarde pela chuva que nos levou a casa, de encontro a um banho quente e a uma paixão ardente, que já ameaçava transbordar ora num cantinho perdido de uma duna. Ora numa barraca no meio de tantas outras, fechadas. Já que o tempo deixou os banhistas em casa e a praia repleta de gaivotas a debicar restos enrolados na areia que a maré viva da véspera, remexeu vezes sem conta.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Nós Portugueses, Precisamos de Viver com Alicerces de Segurança!


Segurança ao nível do emprego!
Nesta fase não existe nada semelhante onde são já meio milhão, que já o perdeu num lamaçal de fecho de empresas, onde na maioria dos casos não tem suporte financeiro para adquirir a sustentação para fazer rolar a actividade produtiva.
Mas também se assiste a insolvências fraudulentas, para desta forma reduzir os colaboradores e assim tempos depois, retomar a actividade com o emagrecimento da mão-de-obra e quem fica, terá que aumentar a responsabilidade, a única forma para garantir o emprego e recebendo o mesmo salário que já não é revisto desde que os sinais de crise se espalhou pela Europa fora. Só deste modo a empresa poderá continuar a laborar e tentar manter os postos de trabalho.
Portanto soluções para reduzir o desemprego a curtíssimo prazo, é fundamental para não aumentar o drama social, acompanhando ao mesmo tempo a ajuda às empresas na continuação da laboração e na garantia de preservar os postos de trabalho.

Necessitamos de alicerces de segurança, no dia-a-dia da nossa vida!
Para que não sejamos surpreendidos por bandos de energúmenos, que vivem à custa do esforço dos outros e não olham a meios para se apoderarem do pouco, que tanto custa a conquistar com tanto trabalho e num abrir e fechar de olhos é pura e simplesmente roubado, na maioria dos casos com abordagens violentíssimas.
Deixando marcas vincadas na sensibilidade dos infelizes assaltados, que pela vida fora em muitos casos não conseguem recuperar do infortúnio, cravando mazelas profundas e sem fim.
Infelizmente este flagelo tem tendência a engrossar os números da insegurança.
Claro que todos temos que tomar precauções. Estar atentos aos menores indícios de instabilidade. Mas cabe ao Estado o garante dos níveis de segurança da população. A ele é exigido os meios para combater essa insegurança. A nós população cabe-nos estar alerta e seguir as indicações básicas, para que os riscos sejam nenhuns, ou em último caso, não passem de simples ocorrências, para não manchar de sangue uma vida, que poderá findar em poucos segundos.

Necessitamos de justiça justa, sem olhar a estratos Sociais!
Uma justiça que defenda a justeza de todo o ser humano, dando-lhe todos os meios materiais, no julgamento das suas faltas, sendo a condenação ou não, fruto das provas reais com que é confrontada. Assim a ferida que a justiça não consegue fechar, com os mais poderosos, que escapam mediante o seu poderio económico e conhecimentos que extravasam a própria justiça, deixe de abrir em chagas e feche em justiça aplicada.

Fundamental diminuir as desigualdades sociais!
Como forma de auto estima de um povo, onde nascemos todos da mesma forma e devemos todos assumir de uma forma coerente e natural a necessária capacidade acima da média de uns, sem prejuízo dos menos capazes. Que em muitos casos não tiveram as mesmas oportunidades para conseguirem triunfar e singrar.
Um País só caminha para o desenvolvimento e estabilidade em todos os campos com a mais-valia humana que possui. Mas isso não pode ser sinónimo de elevar as desigualdades sociais. Porque todos somos precisos para levar uma nação rumo ao desenvolvimento constante.
Cabe ao Estado criar as estruturas para conscientemente posicionar um povo dentro do lugar que cada um pode ocupar na Sociedade, sem prejuízo de criar rombos na estrutura social, já que à lugar para todos, dentro da capacidade de cada um de nós.
Porque hoje poderemos não ser tão capazes. Mas no futuro quem sabe, poderemos ser os maiores já que conseguimos agarrar a oportunidade que nos surgiu quase como uma dádiva. E a história é rica nestes pequenos milagres.
Quase sempre a vida só nos dá uma oportunidade e se a agarrarmos com unhas e dentes poderemos ser as estrelas cadentes dentro de uma família. De uma comunidade. E quem sabe no seio de um País.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Blogues de Não descolar Olho


O blogue em ascensão meteórica na blogosfera Pensamento Alinhado teve a amabilidade de oferecer este selo "Seu Blog É Viciante" a quem agradeço.
São com estas distinções, que o alento em continuar a movimentar o meu blogue ganha mais entusiasmo.
Posto isto e para respeitar as regras do jogo terei de dizer três coisas que pretendo fazer no futuro:
-Utilizar o meu blogue como um meio de alerta para as desigualdades Sociais cada vez mais visíveis.
-Acreditar convictamente que a justiça será justa para os acusados independentemente do estrato social.
-Fazer passar a mensagem de que um mundo feliz e em Paz é possível.

Segue agora a lista de blogues a quem atribuo este selo (máximo 10):
O valor das ideias
Delito de Opinião
Palavras... Apenas... e Só...
Pensamento Alinhado
POLITEIA
Aliciante
rititi

domingo, 23 de agosto de 2009

O Mês dos Imigrantes e as Remessas de outros Tempos



O mês de Agosto é o mês por excelência das férias da grande maioria das pessoas.
É neste mês que o País fica atolado de imigrantes, hoje dos mais variados pontos da Europa, onde a França continua a predominar. Mas vemos as estradas, os estacionamentos e até infelizmente os passeios, entupidos de viaturas estrangeiradas de vários países do velho continente.
Os imigrantes outrora, os suportes da nossa economia, onde as remessas dos dinheirinhos enviados cá para o País dos brandos costumes, eram o maná para equilibrar o barco português e manter-nos á tona numa navegação aos soluços, mas com mais ou menos dificuldade lá iríamos levando a água ao nosso moinho. Hoje os imigrantes, continuando a ser aos milhares e milhares, já se recatam em enviar as tão necessárias remessas de euros, tão necessárias como a chuva para as planícies alentejanas, porque deixaram de ser como os avós e já trabalham para se fixarem nos Países que os acolheram, onde os seus filhos já constituíram a família junto com as mulheres desses Países e por lá querem permanecer, só vendo Portugal em Agosto para que todos se juntem num arraial de imigração que na maioria dos casos já vai na terceira geração.
Mas dizia que os avós, que iniciaram a imigração com um só sentido: ganhar o mais possível, nem que para isso passassem enormes contrariedades, só para enviar o mais possível para cá, para acabarem a casa e juntar no banco, que os juritos que dava, eram o engordar da conta e o justificar de prolongada ausência fora da mulher coitada contando os dias numa ânsia a pairar o desfalecimento e os filhos embora com pai, mas tão longe dos braços indispensáveis do progenitor que tanta falta fazia.
Era assim a imigração, quando eu era um garoto!
O meu pai esteve a um passo de partir para a Alemanha e virar imigrante como milhares. Mas no último minuto ficou ao pé de nós, três miuditos a chorar por sentirem o pai a partir rumo ao desconhecido.
Eram cinco da manha e todos nós acordados e amarrados à mãe esperávamos a hora do meu pai partir rumo ao comboio que o levaria numa viagem tão longa para ele lá chegar e infinita para nós até ele voltar, rumo à Alemanha que eu, pequenito nem sabia onde ficava. Para mim era no fim do mundo!
Só que o meu pai desistiu! Desistiu de procurar bem longe dos nossos braços o sustento que nós pequenos não precisávamos, só o queríamos ao pé de nós. Todos os dias, todas as horas!
E ele ficou!
Voltou para o seu trabalho, liderando uma secção e ficou juntinho a nós por longos anos, passando a ser o nosso anjo da guarda nos caminhos por nós calcorreados, por essa vida fora à procura do nosso futuro.
Ora bem perto do lar onde sossegávamos as nossas ansiedades.
Ora longe! Procurando o diferente, já que longe da rotina, longe de ver tudo igual. Tornava-me na pessoa que realmente era e aí dando azo a toda a capacidade que emanava de mim, corria em busca da felicidade. Em busca da pureza das pessoas, para descobrir aquela que iria me acompanhar pela vida fora, fazendo nascer uma ligação adulta e segura para dar frutos no futuro. E como quem não quer a coisa, já leva umas boas polegadas de anos coesos e harmoniosos e assim se vai manter mesmo que alguém cá da família resolva procurar uma pátria, para soltar os seus conhecimentos bem longe de nós, já que no nosso país as oportunidades são como descobrir uma agulha num palheiro infelizmente!

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Afinal as Escutas estão Alimentadas de Boca e pela Boca




Afinal as escutas tão alimentadas de boca e pela boca, são como se constata e lá mais para a frente iremos chegar a essa conclusão, verdadeiras verdades do quotidiano. E iremos todos dizer a uma só voz que a montanha pariu um rato!
Estamos a entrar nas marés vivas da pré campanha e todos jogam com as armas que tem ao seu alcance.
Joga-se o tudo ou nada no lugarzito que pode ser seu, quando se encontra lado a lado com a fortaleza que assegura lugares tão cobiçados por muitos, mas só meia dúzia é que estão na linha da frente.
A vitória de um partido assegurará o esforço em muitos casos a qualquer preço de um lugar avidamente disputado no seio do círculo que tão arduamente se entrou por caminhos que só os mais capazes, não interessa o porquê conquistaram.
A batalha será longa e ainda a procissão vai no adro!
Começam a sair os primeiros figurantes!
Cada um com as bandeiras que simbolizam os partidos concorrentes a dois actos que tentarão dividir o país em duas frentes. Por um lado o PS e o julgamento destes últimos anos de governação, numa conjuntura nada favorável, altamente penalizante para um partido governo, que programou a governação num sentido: a criação de postos de trabalho e o melhorar da qualidade de vida dos mais idosos. Centrando também o elevar da escolaridade a milhares e milhares de portugueses, através das Novas Oportunidades, que no mínimo elevam o grau de conhecimentos a toda essa gente que aderiu e faz crescer a sua auto-estima.
Tenta a bandeira do PSD, posicionar-se bem na frente da procissão. Já que a vitoria nas Europeias dá-lhe o mote para tal benefício.
Usa as armas que possui e outras que se encontram armazenadas no chefe supremo da Nação que como todos sabemos é uma espécie de presidente honorário laranja.
E lá vai levando a água ao seu moinho, mas que pode de um momento para o outro ficar turva e desancar numa serie de opiniões nada abonatórias para quem quer ser alternativa, mas sem capacidade para tal.
Atrás surgem as bandeiras da esquerda!
Uma, já se sabe nestes longos anos de slogans repetitivos, onde a matéria das suas reivindicações são utopias numa sociedade à muito que ultrapassou as suas ideologias.
Outra, bem recente de uma conjugação esquerda revolucionaria, com o moral alto já que obteve um resultado que encheu o peito de conquista ao seu líder. Avança para lutar sozinha para a consolidação dos resultados recentes.
As duas têm um propósito! Lutar contra o PS!
E assim estão a abrir o caminho para que pouco ou nada ganhem e oferecendo de mão beijada, a mais, uma possível aliança da direita que assim poderá sonhar em governar nos próximos quatro anos.
Mas estou como diz Sócrates "são disparates de Verão"!
E no final iremos chegar a esse desfecho. E sentir que os socialistas irão continuar a governar!

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

A Procura Das Mulheres Bonitas


Enquanto tomava a minha caipirinha, estatelado num puf na esplanada ao pé do rio, resguardada do vento ao som de musica cubana, que enchiam aquele espaço e criava um ambiente próprio de férias onde todos davam um pezinho de dança e divertiam-se até às tantas. Pensava em todas aquelas pessoas felizes e divertidas, que dançavam, riam e manifestavam uma disposição contagiante e esfusiante.
Foram duas horas numa noite fresca que emborquei duas caipirinhas e deambulei a vistinha por toda aquela gente na esperança de encontrar mulheres bonitas.
Gosto de estar num sítio e encontrar mulheres bonitas!
Mulheres que enchem o local de beleza, de encanto e muitas das vezes justificam permanecer lá muito mais tempo que o previsto.
Apreciar o que é belo é positivo. É apreciar o que a natureza criou e o que a mulher continuamente mantém belo.
Mesmo acompanhado pela minha beleza. Aprecio a beleza dos outros e aprecio dentro dos parâmetros educacionais, os pontos que mais me fascinam nas mulheres dos outros.
Sem maldade! Sem malícia! Só o prazer de apreciar a beleza. E desde já confesso a mulher portuguesa é mesmo bela e atraente.
Adoro estar de mão dada e apreciar quem chega. Quem vem cá fora fumar um cigarro. Quem até se apercebe que estou filado e puxa os galões de boa brasa e já ninguém pode com a tipa.
Aprecio as mulheres bonitas, na maioria dos casos acompanhado pela minha beleza que como está ligada ao ramo da estética, tem uma apreciação que alia o profissional ao visual e que também leva com muitos como eu.
O que é belo é para ser apreciado e trocamos opiniões sobre as mulheres que eu acho interessantes e embora em alguns casos as opiniões não sejam unânimes, chegamos a um consenso a respeito da visada. E se não for num aspecto que mais sobressai à primeira vista, é num outro que depois de uma olhada mais estudada chegamos à conclusão que aquela jovem, ou mulher madura, é mesma uma brasa.
Sorte do homem que a tem, digo eu para acirrar os ânimos!
Contenta-te com o que tens e dá-te por feliz, responde ela de peito feito, já que tem noção do seu valor.
E como quem tudo quer tudo perde. É adorar o que com tanto esforço me custou a sacar em longos meses de vigilância constante, trazendo-a sempre debaixo do olho. Ainda meio homem, meio rapaz e só depois de um amadurecimento de umas experiências que ajudaram, é que entrei decidido a conquistar a mulher boazona e inteligente. Seguida por muitos, mas passando ao lado transportando a indiferença, como quem nada quer com aqueles bandos de rapinas sem asas para voar de encontro à conquista.
Só eu, um pequeno pombo-correio, saído do pombal da comunidade é que pousei no seu ombro e rolhando-lhe ao ouvido, obriguei-a a desenrolar o papel que trazia estampada a mensagem do meu amor por ela e que se estava a tornar numa obsessão doentia.
Conquistei o que muitos queriam. Disso me orgulho!
Porque tive perspicácia para conquistar o que muitos (os amigos), julgavam impossível. Já que um fedelho sem um tostão, não podia sacar um filão.
Hoje tenho o filão e multipliquei o meu tostão por milhões e quando os troquei pelos euros, verifiquei que tinha uma pequena fortuna. Uma família que vale todo o ouro na terra, no infinito e mais além.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

O Jipe Levava os Dossiers e Será, Também as Escutas



Andava cansado e hoje depois do almoço sentia-me a arrastar as pernas e caí em cima da cama numa soneca de duas horas que me soube pela vida.
As férias cansam!
Refugiei-me um pouco no computador para saber as ultimas e dou de caras com notícias de fazer rir o Hugo Chaves!
Não é que andam a espiar o presidente!
Apetece-me voltar à cama e continuar com o meu soninho.
Mas também quero chegar a alguma conclusão e perceber como noticias destas aparecem na estampa da nossa vidinha.
Cavaco anda a ser vigiado e escutado?
A que propósito isto chega aos meus ouvidos ainda com réstias de água salgada de mergulhos diários numa semana de muita praia.
Claro que uns estão de férias refastelados em cadeiras que seguram o corpo a tostar num sol que avermelha os custados enquanto dormitam umas horitas.
Outros estão no seu trabalho a dar-nos as ultimas e logo a de que o Presidente possa andar sob escuta.
Claro que isto é mentira! Todos juram que é um boato tão falso, que quem o enviou através do Público rua fora, merece punição severa.
Uma coisa é certa! Alguém ligado à Casa Civil bufou a alguém ligado ao PS!
Talvez um amigo do peito, numa conversa de café a horas já avançadas e mergulhado já em bebidas frescas para desanuviar um calor de pico do Verão.
Talvez numa reunião de família, alguém lançasse rumores de que isto e aquilo aconteceu. E quem estivesse nessa roda familiar fosse a correr contar a história que apanhou e pusesse a arder o rastilho pronto para seguir o seu rumo, só faltando o alguém que o acendesse.
O que é certo, temos aqui uma história que vai aquecer uma semana de Verão que está no auge do aproveitamento. E perante as opiniões já ventiladas nos órgãos de informação, não restam dúvidas que vamos ter folhetim novelesco.
O nervosismo deve já imperar de forma bem visível lá para os lados da residência presidencial.
As férias do Presidente esfriaram com esta notícia. Mas olhando para o perfil de Cavaco Silva, sinto que o nosso presidente levou com a batata quente, que rapidamente terá que a esfriar, embora não precisando de a comer. E juntar o A mais o B, para descobrir (se já não descobriu), de onde surgiu este fumo cheirando a escuta e vigilância.
Claro que temos o jornal o Público, como uma Bíblia que lançou mais este mandamento que abriu as portas à corrida a novas noticias sobre este tema.
Nesta altura outros concorrentes esforçam-se para encontrar matéria para desvendar os contornos ainda bem camuflados deste drama político. Que ameaça estragar (se já não estragou) o sossego veraneante dos visados e dos que irão de certeza surgir proximamente como os responsáveis pelo conteúdo de uma noticia, que irá de toda a forma castigar uns e porventura beneficiar outros, que neste momento lavam as mãos como que a dizer: deste vírus não tenho intenção de ser contaminado.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

O Domingo de Férias Que Não Termina Com as Férias





A manhã está fresca, agradável! As férias atingiram a metade já saboreada e a consolação de ter pela frente outro tanto para gozar os prazeres ainda escondidos e esperando verem a luz do dia para a atingir o apogeu da felicidade, que de tão simples que possa parecer, alimenta o ego e levanta a moral para enfrentar as encruzilhadas da vida. Que não está fácil e como tal à que estar preparado para todos os desafios que nos batem à porta de um momento para o outro.
O Domingo que passo em tempo de férias, é tão vasto que no final ao fazer o balanço fico com a sensação que cada hora é vivida duplamente.
Pela manhã ainda cedo agarro na bicicleta e percorro uma vasta zona e refugio-me nos locais de infância, que trazem belas recordações, onde o rio que mergulhava enquanto o calor apertava é sempre o local da primeira paragem e em cima da ponte que divide duas freguesias imagino-me garoto a nadar de um lado para o outro num vai e vem até cansar, já que era a zona mais funda do rio e como tal só os destemidos mergulhavam.
Bem ao lado do rio, hoje um campo onde o silvado esconde as marcas do tempo em que os putos do lugar de cima se batiam em despiques de ferir canelas os do lugar de baixo, em horas que se prolongavam até a tarde se recolher atrás da fabrica de moer a farinha que alimentavam o Conselho nos tempos dos avós de todos nós e já a cair aos pedaços devido aos longos anos inactiva e abandonada.
O almoço termina e a praia da Amorosa onde o cunhado tem casa que só a estrada a afasta da praia ali tão perto que se houve o mar a rogar que o abrace já que nos abençoou com água tão agradável que até parece mentira, nesta zona onde o frio constante nem deixa que a maioria dos banhistas molhe os calções, porque fogem logo a sete pés. E numa caminhada que começou timidamente, só termina no Cabedelo, num espectáculo deslumbrante de desportos, onde o surf, windsurf, bodyboard, jet-ski, enchem a praia de velas coloridas e de balões que salpicam o céu de beleza num festival de cor e formosura.
De volta a casa conversa-se da retoma de uma crise que altera a vida profissional do empresário actividade do cunhado e da necessária continuação do PS, como governo como solução partindo de mim, já que o PSD, não é alternativa, nem a solução para enfrentar os grandes desafios que nos continuam a bater à porta.
Deixo Amorosa e apanhando a fila dos banhistas que deixam as praias desde Amorosa, até Apúlia. Paro na Cabana restaurante típico bem juntinho às dunas, onde saboreio um arroz de marisco e recordamos os primeiros tempos de casados, que nos finais de semana nos dirigíamos à Cabana, a transbordar de paixão e fazendo juras de amor que se mantêm neste caminhar de construção de uma família unida e feliz.
A noite já cobre a estrada, mas ainda o dia não terminou e percorro mais uns largos quilómetros para encontrar um casal amigo que fica no cú do judas, mas a amizade como não tem preço, supera todos os obstáculos e numa hora matamos saudades e preparamos juntos a semana que não pode ser só farra.
Já é segunda-feira, quando caio no sofá, cansado mas feliz. Como uma fruta que já se vai tornando um habito e um tanto ou quanto desanimado verifico que o meu Benfica apesar de uma luta titânica para furar as redes adversárias, mais não fés do que empatar um jogo que só podia terminar em vitoria.
Mas como de futebol ninguém vive (os que por fora vivem os seus clubes), não é motivo para manchar um dia cheio de prazer e alegria. Porque as pequenas coisas da vida, são o garante da plenitude da satisfação que alimentam o dia-a-dia.
E o consolo da cama, mais a companhia que se encosta num abraço que diz tudo, acabo por adormecer mergulhado num aroma apaixonado que me embala até os primeiros raios da manha fresca e agradável me empurrar cama fora rumo à vida para aproveitar o dia!

domingo, 16 de agosto de 2009

A Festa Que trouxe à Memoria Recordações Frescas e tão Distantes



Juntei-me com toda a família, numa festa religiosa de uns sobrinhos que estão longe do nosso contacto mas pertíssimo dos nossos corações.
A festa foi bonita no local onde toda a família nasceu e hoje está repartido pelos três irmãos mais novos e bem no meio foi o nosso encontro, na casa do mais novo.
O mais novo deixou-nos há dois anos, num mar de dor numa família numerosa e muito unida. Tão novo que foi tão fácil a morte corroer-lhe o corpo num final angustiante que deixou de luto uma família que lutava bem longe deste País, para ter uma vida afortunada e de tão longe o condenou a um fim tão duro que de lá regressou nos braços de Deus, que deixou o corpo perto de nós e levou a alma para o céu!
Por isso, dois anos depois voltamos a juntar-nos na casa do cunhado mais novo, para a festa dos seus dois filhos, ainda na idade de chamar pelo pai que do céu vela por eles e fortes como somos onde a união faz a força, tratamos de recordar coisas felizes, num local onde todos nasceram e como 14 filhos foram criados, numa época de grandes dificuldades.
E começando pelas entradas, onde cada um se servia do que lhe apetecia. Alguém recordou que nesse mesmo local onde nos encontrávamos, existia uma eira, onde se malhava o centeio e onde os mais pequenotes brincavam uns com os outros (eles eram seguidos) nas longas tardes de Verão até a noite os levar de volta às camitas com a barriguita cheia do que havia e o campo sempre dava o alimento para que eles pudessem adormecer sem a barriguita dar horas.
Com o fim das entradas, cada um escolheu a mesa e a companhia que mais lhe agradasse e depois de se ajustar os guarda-sóis para que a sombra tapasse um sol que queimava os braços e os ombros dos que ainda aparentavam o branco característico de pouca praia gozada. Recordou-se as árvores de fruto que todos eles gostavam de subir para directamente da árvore comer e comer até a barriga não ter espaço para mais.
E eram árvores de toda a espécie de fruta. Nespereiras, Cerejeiras, Macieiras, Pereiras. Enfim num terreno onde hoje estão três vivendas, com espaço para outras tantas, existia quase tudo para alimentar uma família que parecia um rebanho.
Terminado o primeiro prato, recordou-se o percurso das mais velhas. Afortunadas naquela época, a matriarca como era professora, optou por frequentarem o colégio e viveram assim um período que nessa época não era para qualquer um.
Como na minha mesa estava uma, hoje já com sessenta anos, foi um regalo ouvir histórias de colégios de três e o seminário do rapaz mais velho.
Entretanto aparece o segundo prato bem perto do meu nariz e de volta às recordações de um tempo já distante, fico a saber que a família leva uma volta na vida, tudo por causa da doença da mãe daqueles filhos todos e toca a que toda aquela gente se vire na procura do ganha-pão, já que o que vinha da força daquela heróica mulher, tinha findado devido à doença que iria anos depois leva-la para bem longe da vista de tantos filhos e alguns genros.
Os jornaleiros foram embora já que não havia dinheiro para lhes pagar. Viraram os filhos os jornaleiros diários.
Outros foram trabalhar bem cedo, para desgraça da moribunda que tudo fazia, para que todos estudassem na esperança de um futuro melhor. Que valha a verdade hoje todos gozam de uma vida sem necessidades e rodeada de felicidade.
A tarde já ia longa e o fresco do anunciar da noite que não tardava, chamava os presentes para o regresso, que para alguns ainda se revestia de vários quilómetros.
Findadas as sobremesas e o café indispensável nestas ocasiões, ainda se foi a tempo de enumerar os casamentos de cada um. Começando os mais velhos com a boda acarinhada em casa, numas matanças do porco e meia vitela, que enchiam até à boca os convidados e deixavam a vizinhança curiosa e a espreitar pelas frinchas do portão, autentico marco gigante da entrada da propriedade.
No final já a noite anunciava a sua entrada, terminou-se esta festa com o famoso caldo verde, para temperar o estômago, numa tarde de mais de oito horas de convívio, onde olhamos para a geração que levará o nome desta enorme família pelos anos que aí vêem, a dormitar nos ombros dos pais depois de tantas correrias e brincadeiras sem fim.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

A Água é Fria raios, mas o Calor é Insuportável



Porra, o calor é sufocante e nada melhor que fugir dele e procurar a praia e as águas frescas do mar.
O mar tem estado calmo com a bandeira verde a convidar a dar umas braçadas. As ondas embora não muito altas como eu gosto, mesmo assim são apetitosas para mergulhar de encontro a elas e perfurar o seu lombo e momentos depois de pé limpando a água que ainda permanece nos olhos, sigo o seu rebentar de encontro à areia seca onde enrola e ninguém sabe o que ele diz.
Mas antes de saborear este prazer que a natureza me proporciona, tenho de passar por um pequeno martírio, que é o entrar na água, que nesta zona é bastante fria.
Com temperaturas de torrar os neurónios e mesmo à beira-mar que tem me brindado com dias de fazer inveja ao Algarve. Só a água destoa e obriga a pequenos tormentos até chegar ao mergulho que finalmente me prepara para uns mergulhos até ficar arrepiado.
Primeiro é um pé para testar a temperatura da água. Está sempre fria!
Uns segundos depois lá se entra até aos joelhos, com as lamúrias do costume.
Enfrentamos as primeiras ondas já sem força, porque estão perto do areal, mas mesmo assim já molharam os calções e levam a temperatura fria até ao cérebro que parece que estala.
Depois de uma mijasita, não à que evitar, já temos água pelo peito e depois de meia dúzia de saltos para evitar as ondas, conta-se um, dois, três e lá vai o primeiro mergulho para abrir o começo do banho.
Ele é tão rápido que nem dá para que o corpo fique ensopado de água. Ela está de facto gelada e toca a sentir-me seguro de pé no meio de vários gritos para espantar a gélida agua que entra ferozmente até à alma.
Como estou com o filhote e ele já vai em meia dúzia de mergulhos e a cada um chama-me medricas, lá entro de peito aberto de encontro às ondas, que me refrescam o corpo e desanuviam-me o espírito.
De facto esta água afasta milhares de banhistas, que lotam o areal como abelhas numa colmeia e muitos deles, mais elas, só vão ao mar para se aliviar.
Aguento sempre meia hora, até o puto começar a tremer e pedir para sair num tiritar que já mete pena.
Como a zona de banhos que prefiro, fica sempre uns duzentos metros da barraca dos velhotes, que ano após ano, gozam o mesito de Agosto na praia de Apúlia. Quando para lá caminho o puto vai sempre em pulgas, porque não vê a hora de mergulhar. Mas quando regressa, mesmo enrolado na toalha que o cobre dos pés à cabeça, vem sempre a resmungar que tem frio e nunca mais chega. Mas não despensa a nossa zona de banhos, que já virou mania de muitos anos.
A praia é a salvação para afugentar este calor! A brisa do mar que se sente ainda a estrada nos rouba a atenção, já refresca o pensamento e dá uma ajuda a gastar menos combustível, porque posso desligar o ar condicionado e abrir o vidro levando com a aragem marítima como convite a aceitar e já a imaginar os mergulhos embora gelados mas obrigatórios nesta canícula.
Os mergulhos já lá vão. O lanche já foi devorado e numa correria ao bar do concessionário, lá vem os cornetos Olá, devorados em meia dúzia de lambidelas. E sempre ansioso o filhote agarra na bola e lá vou eu dar uns chutos, para ver se canso o puto e fazer horas para o regresso.
Duas ciganas passam a pregoar uns vestidos de todas as cores, a cinco euros, de braços abertos mostrando a qualidade made in china.
Ninguém do sector onde entretenho o puto está interessado e elas lá vão praia fora repetindo: vestidos de Verão a cinco eurooooos! Vestidos de Verão a cinco euroooooos!
E eu no meio de um chuto para o rapaz fazer um voo e ficar felicíssimo com a bela defesa, saio com esta: vestidos de Verão a cinco eurooooos!
E toda a gente se ri! A minha mãe até acordou do seu banho de sol e dá uma gargalhada.
Aquilo saiu-me também, assim de improviso que fiquei corado com os banhistas a rirem-se com tamanha performance.
Às vezes dá-me para estas coisas!
O fim da tarde aproximava-se e a hora de regressar ao lar despertava.
Enquanto o calor não me deixar a praia será o meu refúgio. O calor é meu inimigo e com inimigos destes mais vale pôr-me a léguas!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Apesar do Calor um Arrepio percorre-me ao Ler a Facilidade com Que se Tira a Vida a uma Pessoa


O calor chegou para valer!
Nem mesmo a esplanada do costume, onde não corre uma aragem que encha os pulmões de ar fresco, salva a situação deste calor que tudo tolhe.
Esplanada com os clientes do costume e queixando-se do mesmo. Notando-se os imigrantes que estão em toda a parte, parecem as moscas (sem ofensa), onde numa algaraviada francesa, chamam a atenção dos filhos que não param quietos, quebrando o sossego e deixam poucas hipóteses de dar uma vista de olhos ao jornal que poucas noticias trás de encher o olho politico, mostrando deste modo que as férias adormecem o País numa sesta repetitiva.
Mas sempre leio que o processo Casa Pia não tem fim à vista. E enchem duas páginas, mais do mesmo. Ou seja, recapitulando todos os passos que o processo conheceu desde o seu inicio, com as personagens acusadas, ladeadas com o historial desde o destapar da manta que encobria o que muitos já estavam cansados de saber.
E sem final à vista, mais capítulos se irão desenrolar depois do final das férias e gastando o dinheiro de todos os contribuintes, alimenta-se um folhetim, onde os acusados de nome gravado na opinião pública se dizem inocentes das cabalas montadas contra o seu bom nome. Acabarão por levar a melhor contra tudo e contra todos e farão parte dos linchados da Sociedade (irão eles lamentar-se o resto dos seus dias), que de um processo que correu mundo e rios de tinta que dava para mudar a cor dos oceanos. Terminou numa montanha que pariu um rato, sendo esse rato o ser humano que estava pronto para todo o serviço. Servir os que são inocentes e as sobras com que ficou irão ser a sua condenação.
Fico pasmado com o que vem no jornal e que salta logo à vista: a enorme facilidade com que se tira a vida a uma pessoa. Basta uma discussão mais acesa, basta uma divida que se atrasa no tempo não muito longo, basta o interesse em se apoderar dos bens do cônjuge. Basta um simples assalto de meia dúzia de trocos e lá vai um chefe de família, ou um filho que era o amor de dois pais, para a escuridão do apodrecimento. Ficando só a revolta e a saudade como consolo.
Perante isto ninguém diga que está bem em qualquer parte do País
Viramos um Brasil de reduzidas dimensões, onde num virar da esquina somos surpreendidos por um ou dois calmeirões, prontos a roubar-nos os bens e a dar-nos cabo do coiro ao menor gesto de reacção, que muitas das vezes é o enorme susto que origina a reacção sem controlo.
Claro que não podemos nos esconder em casa, porque também aí os amigos do alheio nos surpreendem sem serem convidados.
E toca a levar o nosso recheio de uma vida e a certeza de que o, que os ladroes levam às costas nunca mais regressa ao seu canto.
Cautela mesmo é com a reacção (ou sem ela), porque estamos sujeitos a levar um balázio de bandido, que quando sai é para matar e só um milagre nos salvará.
Portanto vou deixar de pensar nisto por agora e como o calor é para todos, vou a banhos que a praia não é longe.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Um Sonho Inesperado




Numa noite estrelada, onde milhares de aglomerações de estrelas que vejo a olho nu, me despertam para sonhar com o alcance do mundo e tudo o que ele tem de bom. E como tal, sinónimo de prazer sem limites. Então começo a enumerar o que queria alcançar de uma vez só!
Procuro as estrelas que se destacam por entre a imensidão das suas irmãs.
Umas mais próximas. Outras bem distantes do nosso planeta e a cada uma delas atribuo um desejo, começando pela que logo despertou a minha visão e peço-lhe:
Eu queria ser mais forte do que sou!
Miro a segunda como se de uma prova de amor se tratasse e meigamente desejo:
Necessito de ultrapassar barreiras, vencer obstáculos, saltar abismos sem fim!
Descubro quatro bem juntinhas, que me recordam um trevo de quatro folhas bem raro, como também é invulgar o pedido que lhes faço:
Queria abraçar este mundo onde habito e o que continuamente transporto em sonhos.
Percorro demoradamente um imenso corredor de estrelas procurando aquela com formas exóticas, para meio excitado, lhe suplicar:
Quero besuntar-me de prazeres de toda a ordem. Que crescem, crescem. Antes que o fim bata à porta, porque infelizmente tudo tem um fim!
Ainda ensonado num mar de desejos. Mas rodeado de quatro paredes, com o barulho citadino a acordar-me para a realidade no reboliço diário que movimenta a zona onde vivo. Revejo o meu sonho e tudo o que o envolveu!
Então respondendo às perguntas do meu sonho que as estrelas transportaram até mim, abro a realidade da minha vida e vou colmatar o sonho com a realidade.
E obtenho as seguintes respostas reais, para os desejos do Aladino.
Sou forte feito da massa que viu a luz do dia logo que saí do ventre da minha mãe.
Ultrapasso as barreiras que me surgem, enquanto venço os obstáculos do dia-a-dia, depois de ter já saltado dezenas de abismos que poderiam ditar o meu fim prematuro.
Abraço o mundo que me suporta tão intensamente para dele retirar todo o sumo que me alimenta. Deixando de sonhar com o perfeito, dado que a perfeição é o abismo dos sonhadores que morrem sem terem acordado para a realidade.
Prazeres já eu possuo!
Os da paixão da esposa.
Os carinhosos dos filhos que são a felicidade diária.
E a ternura da sensação de assistir ao nascer do dia todas as manhas com força em sair para o mundo que me tenta esbofetear o rosto mas tenazmente lhe ordeno: mostra-me o que hoje me destinaste, para eu enganar o destino que me reservaste

Prémio Comprometidos Y Más 2009


Sustentabilidade É Acção é um trabalho de referência no panorama da blogosfera envolvida na defesa da vida e do planeta. Um blog útil e indispensável para a promoção militante da qualidade de vida... por tudo isso e pelas razões que lhe são adjacentes, O Espaço da Inspiraçao ficou grato ao blog O Valor das Ideias e Pensamento Alinhado ao integrar a lista de agraciados com o Prémio Comprometidos Y Más 2009. A sustentabilidade do nosso planeta é a base de tudo e algo essencial em todos os temas, seja o combate à pobreza, defesa dos direitos humanos, melhoria da qualidade de vida, etc. É certo que temos de mudar o nosso modo de vida e alterar a face visível da nossa presença no planeta, mas acima de tudo temos que mudar a nossa alma e o nosso pensamento.
E como sigo diariamente estes 15 blogues, opto por nomeá-los recompensando-os, pelo que me oferecem com os seus conhecimentos estampados nos seus espaços!
O valor das ideias
Pensamento alinhado
Delito de opinião
Palavras apenas e só
Corta fitas
5 dias
Mar salgado
Barbearia senhor luís
Politeia
Aliciante
O cachimbo de magrite
Camara de comuns
Causa vossa
Simplex
Vila Forte

sábado, 8 de agosto de 2009

A Feira do Artesanato, dos Insufláveis e das Tasquinhas



Tenho curtido a Feira de Artesanato aqui na minha zona quase diariamente. Gosto de visitar os stands ricos em artesanato essencialmente local, onde somos os maiores do País. E ouvir alguns minutos as bandas que por lá passam, sentado a tomar um café com excelente vista para o palco, numa música de agrado aos visitantes muitos deles dançando o vira, porque é disto que o meu povo gosta. Que os deixam alegres e satisfeitos por mais um dia de feira, onde deram graças à diversão e como tal esquecem um pouco as amarguras do dia-a-dia.
Gosto de ir lá jantar nas tasquinhas, das várias colectividades do concelho.
Desde as desportivas, aos grupos folclóricos e grupos sociais. E ontem lá fui já eram vinte e duas horas, confesso que levava um largo apetite, depois de uma tarde de arrumações e passeio de bicicleta para alegria do puto e para desanuviar um pouco a tarde para mim.
Escolhi uma delas que naquela hora continuavam todas repletas de pessoas, jantando calmamente e ouvindo o cantar ao desafio como forma de entreter quem lá jantava e quem também se encostava a ouvir um mano a mano de piropos bem alegres que animavam largas centenas de pessoas.
Jantei picanha e caldo verde! Soube-me pela vida. Estava espectacular!
Fiquei admirado num tasquinho improvisado, o basquetebol local conseguir servir uma picanha realmente de elogiar e feita na hora para satisfação cá do guloso por picanha, pela dedicação de meia dúzia de pessoas dedicadas ao clube e pela pontual ajuda de empresários pouco conhecidos nestas andanças (o que fica sempre bem), que emprestam a sua ajuda no grelhar das carnes e do salmão com molho verde.
É acolhedor presenciar as jovens do basquetebol, que de certeza em suas casas pouco ou nada fazem, mas na barraquinha do clube, esmeram-se por servir as mesas fardadas com as camisolas do clube bem verde como a esperança, dando todo o esforço pela causa da ajuda à continuação do mesmo. Só recebendo as gorjetas e a oferta da camisola para os treinos juntando à única que tinham.
Depois de deixar a recompensa porque a garota bem mereceu, sempre atenciosa e graciosa, apesar já de aspecto um pouco cansado, o que não é de admirar. Levo o filhote de encontro aos insufláveis que enchem a arena do pavilhão, para gáudio de centenas de miúdos, que não se cansam de engrossar as filas à espera da sua vez para subirem lona acima, deixando-se cair de todas as maneiras autênticos corpos inertes, até ao fim do insuflável que adquire a forma de uma máquina flipper gigante.
Mais quinze minutos de espera para entrar no jogo de matrecos e cinco de cada lado lá tentam marcar um golo que é festejado ruidosamente pelos marcadores. Num frenesim histérico que não tem fim, já que novamente entram noutra correria para chegarem o mais rápido possível à fila sempre longa, esperando pela já nem sei quantas vezes, vez de entrar sofregamente lona acima…….
Por fim na visita pelas dezenas de stands a abarrotar de Artesanato praticamente sem compradores, mas imensos visitores. Compro as famosas pantufas de Monforte para agasalhar os pés nas longas noites de inverno, que não é muito rígido, mas friorento até dizer chega.
E termino a romaria na visita dos outros stands de enchidos e os vinhos da região que se associam à feira. Onde muitos visitantes provam os aperitivos juntamente com o copito de vinho delicadamente oferecido pelas meninas, numa de chamariz, para levarem uma caixita de três garrafas do que sobe à cabeça, mas a maioria foge ainda a mastigar a oferta, não dando tempo a dar a intenção de poder levar o que quer que seja.
Aceito a oferta de um naquito de pão com queijo da serra a cobrir e de um copito de vinho tinto verde, para que o pão escorregue até ao estômago. Até brinco brindando com a minha jovem à saúde…. Da nossa felicidade!
E deixando a menina satisfeita por adquirir as três garrafas, deixo o filhote levar a caixita do vinho por entre a multidão que enche o enorme espaço do parque da cidade rumo à saída, de encontro a casa que a noite já vai longa e o descanso chama para quem vai uma horas depois trabalhar, porque de boa vida anda este mundo cheio infelizmente.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

As Listas não São o Garante da Vitória Apesar de Tanto Barulho



Os blogues enchem-se de considerações no rescaldo das listas do PSD.
Todos eles têm a sua opinião, umas vezes em textos longos, escalpelizando pormenores já rebatidos logo que as listas foram conhecidas.
Outras de meia dúzia de considerações, mas que não trazem nada de novo, indo dar ao mesmo e lendo alguns, já não valerá a pena correr em busca de algo novo noutros blogues já que o essencial da contestação é frisado neles todos.
Claro que consoante a tendência politica de cada um deles assiste-se a: análises mais crispadas vindo de sectores contra. Outras mais benevolentes dentro da mesma cor.
Mas uma coisa é certa! São ponto de discórdia.
Só que numa análise mais amadora penso que Manuela Ferreira Leite, sabe que não é com as listas que vai ganhar as eleições. E como sabe, então elaborou-as na perspectiva de escolher as pessoas que lhe são mais chegadas. Que estão com ela desde a primeira hora e outras mais que lhe garanta a possibilidade de formar governo.
Mas volto a frisar MFL, sabe que não são as listas que lhe darão a vitória! Porque se assim fosse evitava toda esta agitação dentro e fora do partido a que preside.
MFL, sabe que a vitória nas eleições só surgirá com a grande contestação que impera na Sociedade Portuguesa!
MFL, sabe que quem lhe pode dar a vitória, são os desempregados. E eles são muitos e a cada dia que passa mais serão.
Sabe que no seio de milhares de professores poderá estar a diferença de uma derrota anunciada, a uma vitória contra tudo e quase todos.
Sabe que no aglomerado de forças policiais descontentes com condições de trabalho, com integrações noutros sectores. Poderá estar a subida ao céu, depois de na terra levar piropos em todas as direcções sobre a sua pessoa e a sua capacidade política.
Sabe que de um empate técnico que já virou moda em todas as sondagens que já muitos torcem o nariz, a vitória pode estar a um pequeno passo para o PSD, Mas um passo de gigante para MFL.
Por tudo isto, digo, que as listas não serão o garante da vitória!
Oitenta por cento da população, quer lá saber dos nomes que vão para a Assembleia da República.
Quer lá saber se vai alguém que tem processos pendentes em tribunais. Quando neste ultimo ano só se assiste a autarcas, procuradores, ex ministros. Enrolados em casos de fazer andar um coxo. E todos eles alegam inocência por detrás das costas dos melhores advogados que proliferam neste País, como as mulheres que se dizem virgens quando chegam à primeira noite de núpcias.
Querem lá saber se os históricos do partido A, ou B, foram afastados do Parlamento, quando sabem que do Parlamento infelizmente, a confiança dos portugueses nos Deputados anda pelas ruas da amargura.
Os portugueses querem soluções para os safanões que diariamente levam duma crise traiçoeira que os atulham de dívidas e desgraças familiares.
Portanto não são as listas que darão a vitória a qualquer partido, nesta fase tão conturbada que se instalou pelo País.
A vitória está na capacidade em os partidos, os do costume, garantir as soluções para ultrapassar este mar tempestuoso e fazer regressar os barcos apinhados de soluções que levem as populações a correr ao porto, saudando o fim da penúria e o começo da retoma.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Obama Tirou um Coelho da Cartola na Insulada Coreia do Norte



Obama jogou pelo seguro na certeza de poder colher frutos com a Coreia do Norte.
Tentou uma aproximação concertada com o líder coreano já debilitado, com sinais de uma morte anunciada faltando saber quando isso poderá acontecer.
E mais ano menos ano esse líder ditatorial seguindo a escola familiar que passa o testemunho de pais para filhos, irá sucumbir á doença arrastando-se na fraqueza física que não olha a nomes e não escolhe idades secando o corpo onde entra e levando para o tumulo da escuridão a carne que devorou e para sempre a pessoa onde penetrou.
Mas continuando com a jogada Obamiana, numa preparação reservada às quatro paredes da Casa Branca, para que nada falhasse e lograsse o objectivo fulcral da missão. Obama chamou o homem que conseguiu uma imagem positiva enquanto liderou os destinos Americanos e a direcção de quase todo o mundo. Pegando nesse legado de boa imagem que Bill Clinton deixou como imagem de marca enviou-o rumo à Coreia, rumo ao País “inimigo”.
E Clinton não se fez rogado, apresentando-se como embaixador da boa vontade. Leva a missão como se desse a vida pela pátria e num assomo de real heroísmo consegue os seus intentos e juntamente com o líder coreano Kim Jong II, mostram ao mundo que no meio de difíceis entraves políticos se pode alcançar os objectivos da missão e ajudando com essa atitude, amenizar relações um tanto ou quanto tensas e revestidas de até agora incontornáveis soluções.
Kim Jong II, que apareceu para que todo o mundo o visse, sentado já carcomido pela doença, ao lado de Clinton num gesto de realçar. Acedeu a libertar as jornalistas Americanas condenadas a um suplício norte coreano de trabalhos forçados, mais psicológicos do que físicos e deu ao mundo uma gratificante imagem de humanidade, que como se sabe não é apanágio das suas ideologias.
Tudo acabou conforme os objectivos da missão.
Bill Clinton desempenhou heroicamente o seu papel com a experiencia que adquiriu em oito anos de liderança Americana. Soube levar as mensagens delineadas por Obama, de encontro ao coração martelado de insensibilidade do líder Coreano, que acedeu aos desejos Americanos, que se sujeitaram a ir apressadamente e rodeados de secretismo ao seu Pais numa de vassalagem para garantirem a liberdade de duas cidadãs Americanas.
Tenho em mente que Kim Jong II, obteve contrapartidas para compensar a decisão que tomou. Ninguém perdoa actos que visam a segurança de um País e logo um como a Coreia do Norte, por dá cá aquela palha. Mas não deixa de ser um acto de se registar.
Mas todos sabemos que Bill Clinton, aproveitou a sua viagem para não a resumir só à libertação das duas jornalistas. Também nas recomendações de Obama através da sua mensagem ao líder coreano estava considerações sobre as actividades recentes da Coreia e também os entraves políticos que separam os dois Países.
Tudo isto foi levado em linha de conta e no final de uma visita relâmpago e inabitual, visto que já lá vão quinze anos que nenhum alto representante Americano se desloca a Pyongyang, foi alcançado o êxito que os Americanos mesmo olhando às contrapartidas esperavam. E o mundo ficou convencido de que pode estar mais seguro, afastado de mais conflitos sangrentos que a nada levam, só buscam o horror do ser humano.
Como a esperança é a ultima a morrer, estou convicto que a Coreia do Norte mais cedo ou mais tarde, irá alinhar num sistema de liderança mais aberto ao mundo e isso pode chegar mais cedo do que supomos, porque o seu líder não vai durar muito e as sucessões de pai para filhos nem sempre obedecem à mesma rigidez que o progenitor faz ditatorialmente impor.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

O Isaltino foi Condenado. Será o Inicio de Uma Viragem na Justiça



Chegou-me esta notícia ainda quentinha, logo que a sentença foi proferida.
Finalmente algum juiz condenou uma figura pública, antigo Ministro do PSD e rotulado de autarca, acusado de corrupção nadando em muitos euros, escondidos bem no coração da Suíça. Resguardados pelas caixas fortes inexpugnáveis a qualquer investigação, dado o sigilo que as envolve.
Um juiz de tomates, dizemos todos e assim é!
Um juiz que teve a coragem de condenar uma figura pública, antigo Ministro e que ultrapassou a barreira que centenas e centenas de colegas dele ao longo de longos anos não tiveram a coragem de assumir o preto no branco, ou seja: que se alguém com galões de pessoa importante cá do burgo é provado de corrupção, tem que ser punido como tal e só pode sofrer a pena correspondente aos actos que praticou, lesando quem apresentou queixa para condenar neste caso, Isaltino o autarca do pastel escondido na Suíça.
A maioria dos portugueses já se preparava para mais uma condenação baseada no já costume a que estamos habituados, na já célebre frase a que os mais consagrados já esperam: condenado a pena suspensa e todos vão para casa felizes e convencidos que foi feita justiça, numa justiça que nunca existiu para os mais endinheirados, porque as leis foram feitas para não condenar a corrupção. Porque quem as elaborou, deviam estar a pensar em eles próprios, porque são todos farinha do mesmo saco e toca a complicar o que à primeira vista parece de fácil compreensão, mas nos olhos dos astutos advogados de primeira água, pagos a peso de oiro, é sempre levantado o véu da incerteza, seja numa simples virgula que altera o sentido de uma frase, instalando a dúvida da incerteza dos factos.
Seja num ponto final, colocado estrategicamente para confundir a acusação dando á defesa essa arma que leva a que o arguido seja limpo das acusações e parta feliz para a sua vidinha, esperando meia dúzia de meses para a poeira poisar e lá estará a comandar mais uma vez uma câmara que lhe deu o sustentinho extra, para repousar serenamente na Suíça, para ser gasto nos longos anos da velhice, longe da rotina que lhe deu o enchimento do saco azul, mas perto dos paraísos turísticos que lhe reabilitam o corpo e refrescam o espírito, aliviando-lhe o peso dos anos.
Mas este juiz condenou o Isaltino!
Mas o Isaltino perante esta condenação que ele do fundo do seu coração, jura que é inocente. Vai numa correria desenfreada recorrer para todas as instâncias gritando a sua inocência.
E como sabe. Este Isaltino é deveras inteligente, que o tempo se vai arrastar nas apreciações dos recursos, já prepara a candidatura à câmara que tudo lhe deu, aqui neste Portugal plantado à beira-mar. E o que está bem guardado num País que nasceu bem no sopé dos Alpes cobertos de neve imaculada. Irá gritar até a voz lhe faltar aos pobres eleitores que é inocente e é alvo de uma campanha política só para o prejudicar.
Irá insinuar que o juiz é Socialista e como ele foi e é Social-democrata dos quatro costados, é fácil concluir que isto tudo tem dois terríveis objectivos: sujar o seu nome bem limpo num País onde ninguém é condenado por corrupção (pessoas limpas, dignas e ao serviço da Pátria como o seu caso) e sujar o PSD, tentando impedir o que já é certo a vitória nas eleições que aí vêem.
E se o Isaltino vencer em mais uma eleição da câmara que governa há mais de três mãos cheias de anos, teremos o homem do charuto cubano, recentemente condenado. Autarca, inacreditável para noventa por cento dos portugueses.
Presidente da câmara de Oeiras em pleno gozo da sua nomeação, assinando despachos no meio de umas charutadas, esperando pacientemente pelo resultado dos recursos para onde foi choramingar a sua inocência na esperança da redução da pena, que seria o milagre do Isaltino a não entrar nos calabouços dos condenados.

domingo, 2 de agosto de 2009

O Benfica que Ambicionamos Daqui para a Frente



Os benfiquistas andam optimistas! O nosso clube percorre o País e a Europa ganhando canecos e agradando com saudáveis exibições.
Agora sim vemos os jogadores, sejam eles quem forem, a correr todo o campo. Ora procurando a bola, ora pressionando o adversário, para que não faça da nossa baliza um corredor de trinta metros, sem ninguém a fazer frente e terminando com a bola bem no fundo da baliza e bem no fundo da nossa tristeza.
O Jesus vai levando a cruz ao calvário. Nesta fase sem muito drama e horríveis privações.
Roda os jogadores como se descasca castanhas para escolher as mais perfeitas que irão decorar o onze benfiquista de traves robustas e técnica apuradíssima. Que encherão o relvado do colorido vermelho salpicado de golos decisivos e vitórias moralizadoras.
Os jogadores, dá-me a entender tem assimilado a sua mensagem. E todos eles correm em busca do êxito. Que será o reencontro de toda a nação benfiquista já conformada com a demorada travessia do deserto, que só aquece em pequenos lampejos de glória e com o voo da águia vitoria.
Acredito neste ano! Como o ano do ressurgimento do glorioso. Passeando a classe que já esta geração de jovens só assiste pelos You Tube . De uns anos nostálgicos para pessoas como eu habituadas a ver o Néné a meter golos de todas as maneiras e feitios, não maioria dos jogos eram um, dois e muitas das vezes três que enchiam o saco de goleadas, que viravam resultados banais para quem metia golos sem sujar os calções.
A direcção tudo apostou no abrir os cordões à bolsa e garantir aquisições que garantam o objectivo primordial: o título amplamente sonhado, mas continuamente perdido ainda a procissão vai no adro.
Eles são argentinos, uruguaios. Espanhóis e brasileiros. Vêem da nata do futebol. Trazem a beleza de tratar uma bola.
Todos os benfiquistas só pedem que nunca mais apareçam Balboas!
E que todas estas aquisições tragam a mais-valia da esperança do titulo. E fundamentalmente da certeza de conquistarmos uma grande equipa. Porque só assim surgirão as conquistas. Porque o nome continua a ser do tamanho da nação e a nação é o legado de todos os Portugueses, que quer queiram ou não, todos conhecem o Benfica. O seu poder de atracção é tão grande que todos falam do Benfica, seja com orgulho, seja com respeito.