sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Portugal no seu Melhor


Que povo somos nós que aguentamos todas as cacetadas que nos impõem!
Todas as marteladas na tola deixando galos sucessivos como quedas mortais dos andaimes assassinos.
Todas as injustiças possíveis gerando depressões contínuas, levando a tragédias suicidas.
E como senão bastasse neste sufoco troiquiano, cortam o subsídio de Natal e nós encolhemos os ombros. Porque quando lá chegarmos em vez da alta posta de bacalhau, comemos a badana com o rabo a encher o prato, sugado até à secura.
Aumentam os transportes brutalmente e nós assobiamos para o lado. Porque a necessidade fala mais alto e o almoço debaixo do braço com a marmita de arroz seco com pataniscas gordurosas, será a realidade imperiosa.
Aumentam o IVA, logo naquilo que não podemos desistir (gás e electricidade) e nós em vez de darmos faísca, mais uma vez damos aos ombros. Até que alguém nos venha cortar a chama que corre para lá da porta.
Cortam na saúde, onde as parcerias são como as melancias. E toca a poupar, obrigando a que o paciente enfrente as pevides como inevitáveis infecções, já que as reformas nem dão para os genéricos que os farmacêuticos escondem para não perderem os milhões.
Os ricos dizem que não o são (só podia) e lamuriam-se que são trabalhadores, logo que alguém acena do coração da Europa, para tributarem as suas fortunas.
Somos um povo fraco!
E com sangue de conquistadores. Conquistando mundos desconhecidos e monstros julgados instintos.
Hoje deixamos que meia dúzia desbaratem este país. Todos eles são inocentes, com as altas entidades de mãos dadas numa de pôr a mão no fogo por eles e depois temos que pagar, os buracos que eles deixaram, autenticas crateras sem fundo à vista.
Somos fracos e cada vez mais nos vamos enterrar na lama que os porcos chafurdaram.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

José Mourinho


Mourinho, Mourinho!
O Mourinho respira vitórias!
Quer a atenção da afficion dividida num misto de adoração e perseguição.
Quer a satisfação total, que lhe mantenha a adrenalina nos pícaros, porque só assim a vida tem valor para ele.
Mesmo que isso tenha um preço elevado! Mas Mourinho sabe que o pode pagar, custe o que custar!
Presentemente Mourinho está agarrado a um colete-de-forças, que só se livrará dele com hematomas bem visíveis.
Tem a liga espanhola à perna! E como senão bastasse, a UEFA já lhe garantiu a bancada como castigo, deixando-o longe dos seus meninos.
Mourinho iniciou bem esta temporada. Bateu-se de igual para igual com o Barcelona, tão só a melhor equipa do planeta.
Só não bateu o Messi, porque o tarreco grande jogador, é por si só garante de golos e passes para golos, que enchem as vitrinas do Barcelona de troféus a perder de vista.
Como perder para Mourinho é como um enorme murro no estômago, então o homem não se contem. E ora pelas palavras, ora por gestos, vai-se a eles e pumba borra a escrita e é cercado pela justiça.
A época ainda nem deu os primeiros passos. O primeiro caneco é para os pardais e como Mourinho está no auge das tácticas futebolísticas, estou mesmo em querer que o El Special português, levará de vencida qualquer equipa.
E no final, na hora de se fazer balanços, o Real Madrid, será considerado o melhor. O mais regular e claro Mourinho o obreiro da enorme e entusiasmante maratona.
Fugirá dos holofotes que conduzem ao céu e irá se refugiar no canto dos balneários com vista para esse mesmo céu, que tem sido o repouso para descanso de tantos triunfos.


quinta-feira, 11 de agosto de 2011

A Praia dos Sonhos Reais


Caminhas pela praia, contemplas a imensidão do mar e os infinitos grãos de areia macia. Abres os braços ao vento e voas com os teus sentimentos!

Voas infinitamente por cima da imensidão da água. Descobrindo despojos boiando, esperando que alguém os descubra, como agulha num palheiro.

Voas infinitamente com o pensamento. Que deambula ao sabor do vento como penas caídas das gaivotas persistentes por alimento.

Por momentos pousas na areia macia, de olhos vincados nos finíssimos grãos de areia, tentando encontrar algo reluzente, que talvez o mar empurrasse praia dentro.

Caminhas praia fora, meia hora, uma hora ou um pouco mais. A linha da partida desapareceu no horizonte, deste meia volta e abris-te os olhos, admirado pela longa distância.

Encontras umas pegadas e segues no seu encalço. Pisas aqueles pés enormes, até que a onda os levou de encontro ao mar.

Paras por momentos, não vislumbras viva alma. Estendes a longa toalha e abraças quem faz parte dos teus sonhos.

Abres os braços e gritas de prazer. O vento leva os teus gritos, misturando-os com a beleza de todo este momento.

Amas-te alguém estendido na areia fofa. O céu foi testemunha e o mar malandro quase chegava para estragar o belo momento.