segunda-feira, 29 de setembro de 2014

A Queda de um líder que nunca o chegou a Ser





Finalmente terminou a enxurrada de impropérios entre os dois candidatos a liderar os destinos do PS.
Seguro era o líder legítimo, acabava de obter uma vitoria que não convenceu as ovelhas idosas do PS e logo trataram de se reunir no curral da mudança para afastar Seguro da escassa vitoria.
O patriarca socialista não estando com meias medidas abriu o leque das opções e lançou para cima da mesa António Costa como o garante da liderança socialista e o baluarte de uma maioria.
Como o tempo ameaçava ser escasso para tamanha odisseia. há que pôr toda a carne no assador e lançar Costa pelas estradas do país e convencer os militantes e simpatizantes, do agora ou nunca, em  afastar este governo da lama em que enfiou o país.
Eles (Seguro e Costa), afiaram os dentes e morderam-se mutuamente até aos calcanhares já a evidenciar pele morta de tanto esgrimirem argumentos.
Seguro reuniu o seu rebanho já a evidenciar deserções a cada luta travada.
Costa ganhava apoios enquanto as projeções lhe cantavam vitoria.
Seguro não teve cão de guarda para o rebanho inexperiente que deambulava pela erva já amarelada.
Costa recebeu de bom grado castros laboreiros de experiencia comprovada que sabiam onde a erva fresca despontava.
E na recolha aos currais, era bem visível o porte atlético do rebanho do autarca. Contrastando com a magreza e descrença do, ainda líder socialista.
E como não podia deixar de ser o rebanho do António saiu vencedor sem apelo nem agravo.
Agora que o dia nasceu depois da avaliação e do abrir portas dos currais. Todos são unanimes que os rebanhos devem-se juntar e continuar a subida do monte socialista rumo á maioria como a última batalha a ser vencida
Seguro desistiu da linha da frente onde ainda se podia ouvir o chocalho da sua presença. Remetendo-se a acompanhar o rebanho na retaguarda e cada abocanhar de erva com reduzido apetite, recordava os tempos em que liderava com a certeza que ser primeiro-ministro estava tao perto como o virar da próxima esquina.

domingo, 28 de setembro de 2014

Nem preciso de gatinhar na Escuridão




A noite oferece o silêncio das certezas.
Invade-me de aromas frescos agora que o Verão se vai, deixando rastilhos repousantes para desanuviar o peso que o cérebro farta-se de transportar. Sejam alegres ou banhadas em tristeza, dependendo da força dos abraços que me invadem nas saudades da distância.
Do amor todos sentimos falta
É ele que me aproxima da perfeição da conquista. Diversas vezes comprimida em suspeitas sufocadas em inverdades, que de tanto serem repetidas viram certezas convencidas.
O amor não pode ser soletrado por cada suspiro dado.
Esses suspiros são muitas das vezes chamas de intenso calor,
E para calor é saborear o retido no asfalto.
Asfalto amortalhado de trilhos viciados, desviando para o seu interior a ansiedade em descarregar, os desejos bem evidentes em rostos transparentes.
Preciso de gritar bem alto, a necessidade de possuir o amor.
Necessito de arreguilar os olhos, para o ver tão perto, que mesmo roçando nele o deixo escapar pelo meio dos dedos.
E nem preciso de gatinhar na escuridão porque a noite embora escura, possui a lua que oferece a claridade de o acolher.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Sou o último a bater a porta só com ilusões Acomodadas,




Ainda admiro as imensas estrelas que matizam o céu de um manto colorido, quando parto para o último dia de trabalho que no final me levará para casa numas mini férias bem merecidas como ansiosamente desejadas.
 A noite está linda e fresquinha, apesar de já serem sete horas e a via rápida estar saturada de viaturas.
O carro rola num silêncio habitual, hoje mais intenso, já que dois deles fizeram questão de encurtarem o descanso. Festejando as mini férias com alegria a transbordar em euforia, espantando os vizinhos sempre amáveis com os excessos nem sempre contidos.  
É agradável saber que no final de um longo dia de trabalho, espera-me quatro dias em pleno na terra que me viu nascer, junto de um sorriso ansioso e de um olhar maravilhoso.
Por isso o trabalho rola ao sabor do tempo e com isso só ganha em ficar realizado, deixando todos satisfeitos e mais rápido abandono os penhascos esventrados, mostrando uma obra-prima da engenharia europeia, deixando de boca aberta todos que por lá deixam um pouco das suas vidas.
Sou o último a bater a porta de saco meio vazio só com ilusões acomodadas, já a noite comanda a nossa longa viagem com o destino estampado no rosto.  
Agora a estrada guia-me como um anjo negro. O Silêncio não deixa palavras nos primeiros quilómetros percorridos.
Meia hora depois de deixar pousar o silêncio, contamos histórias passadas e quando damos por nós, a fronteira portuguesa liberta-nos um grito de espanto.
 Que rica viagem feita de um pé para a mão, apesar de seis horas de viagem.
Contei histórias retidas no lugar que comprimo as memórias, fazendo voar o tempo e deixando os companheiros (amigos), absorvidos com as aventuras de uma época ainda fresco na minha mente.
 Cimentamos ainda mais a nossa união como equipa e estou certo que no regresso seremos ainda mais fortes e assim sendo o trabalho será concretizado com mais alegria.

E Mais Nada








A noite oferece o silêncio das certezas
Sejam alegres ou banhadas em tristeza
Do amor todos sentimos falta
Do calor é saborear o retido no asfalto

Não me faças sentir-me Triste








Os nossos momentos enchem-se de beleza e perfeição. Ajudando a suavizar as noites que nos afastam.
E cada noite é um suplício!
São os fantasmas a rondar a tua cabecita, com rostos que não esqueces e palavras para ti dedicadas, mas que as transferes para pinóquias sem alma.
O domingo alarga-se num fantástico dia de sol.
É a bênção dos Deuses, para curar as feridas que se fecham com as pomadas milagrosas.
Recordo o teu sorriso, é tao fácil recordar.
Puro e apaixonado. Permanecendo estampado no vazio que o meu olhar enfrenta.
O teu olhar reclamando carinho, acompanha-me nas descidas e subidas da vida diária. Que se inicia pela madrugada.
Merecemos gostar um do outro!
Não pelo esforço em aguardarmos impacientes pelos reencontros.
Mas pela beleza que transmitimos ao nosso conforto.
Só exijo que bem mereço: não me faças sentir-me triste!
A tristeza mata aos poucos encurtando a longevidade e com isso perderei anos sem beijar o teu amor.
Entretanto repouso na leitura fazendo horas para degustar e elevar a cultura.