terça-feira, 22 de março de 2016

Não Quero sair de Casa


Eu não me livro da vergonha
 De me humilharem sem piedade
 São traidores sem rosto
 São degraus profanados

 Os terroristas de ALA
 Imaginam-se no paraíso celeste
 Rebentam com as próprias entranhas
 Para mutilarem uma Europa atemorizada

 Fuzilem as tocas dos monstros
 Que se multiplicam como ratazanas
 Antes que se espalhem loucos
 Pelos caminhos da nossa esperança

 Apressem-se enquanto ainda há tempo
 Para que as novas gerações não falem de genocídio
 Será a vergonha de um mundo
 Que abriu as portas ao terrorismo!

sábado, 12 de março de 2016

Um Puto




Soltei as amarguras do corpo e libertei o coração das amarras amorosas, que se eternizavam em actos piedosos.
Caminho por entre calçadas esculpidas pelos portugueses que se amarram onde houver trabalho e em cada canto, lá está um tuga acampado.
Levo os ainda cabelos com poucas brancas soltos ao sabor do vento, de encontro às portas que se abrem para me afagar
Sou um homem mimado, que procura a chupeta num leito mais pequeno que uma manjedoura, mas asseado por lençóis inocentes.
Vou e venho, de trem ou em passo acelerado. Numas horas de pausa da semana, bem durinha para a minha idade.
Mas eu sou um puto!
Um puto crescido, com uma vontade em viver os dias bem longe de alguns, mas tão perto de mim.
Um puto que teimam em ofuscar o sorriso, num rosto já evidenciando vincos de batalhas arquivadas, mas cativa cachopas de rabo empinado.
Um puto com mazelas já evidentes onde nem o creme hidratante, faz esconder as porradas diárias nos socalcos não areados.
Um puto com impertinência, no meio de putos desafortunados que insistem descaradamente em vícios ancestrais, que os levarão para a cova mais cedo do que contavam.
Um puto por vezes pancado, que grita o que lhe vai na alma quando o cérebro farta-se de uma rotina forçada.
Um puto….

terça-feira, 8 de março de 2016

Dia da Mulher






Mulher que és poeta dos teus lamentos
Mas sem folga para distribuíres belas paixões
Nós homens, colhemos de ti, maravilhosas emoções
Que raio dedicar-vos um dia? Se precisamos de vós todos os dias!

domingo, 6 de março de 2016

E a fezada Era




Acordei pela claridade da janela, depois de uma noite com uma rosa na farpela.
Existe sempre uma rosa para ser colhida mesmo num clima, que dá mais voltas do que eu, pelo dia fora.
 Sabia que se jogou o dérbi, mas nada conhecia das incidências da partida.
Tinha um prognóstico, quando procurei o trem para me trazer de volta e a fezada era, que o Glorioso tinha vencido por uma bola.
Esqueci por momentos a rosa pousada num vau de escada atapetado de vermelho. Na noite nem percebi, já dia me lembrei, que era um prenúncio de vitória.
Um benfiquista é benfiquista nos confins de longos abraços. Ou em copos a transbordar de cerveja com evidente gravata.
E mal cheguei, mais feliz fiquei pela vitória!
Existem jogos que tudo fazemos para em dúzias de remates, fuzilarmos a alma do adversário e no final os louros vão, para quem em três descidas à nossa baliza comemorar a conquista de mais que três pontos.
Outros pé ante pé, chegamos ao fundo das redes do rival ancestral. E depois toca a recolher os heróis para a guarida da nossa área e esperar que o apito final seja a coroação do objectivo inicial.
A rosa sempre permanece vistosa!
 E a vitória abriu as portas a mais que merecida glória.