sábado, 30 de maio de 2015

O Tempo e a Gente




Fazer anos é fácil, já que eles correm ao sabor do tempo.
Desde miúdos que tentamos apressar o tempo para sermos gente, o mais rápido possível.
De miúdos passamos a graúdos e esperamos que o tempo nos eleve na idade e nos faça ser homens.
Deixamos crescer a barba e realçamos os peitorais como homens que já somos, com o tempo a encarregar-se de nos fazer dois tostões de gente.
Somos queridos de imensa gente.
Os anos fazem-nos conhecer essa gente. E até temos o privilegio de seleccionar as companhias e ser íntimos muito para além da amizade.
Depois os anos passam. Mas os amigos conservam-se e a gente sempre aparece, quanto mais não seja no dia de mais um aniversário.
É lindo quando se lembram. Uns porque já são parte da família construída com o andar do tempo.
Outros, que se cruzam com o decorrer do tempo, em qualquer esquina. Ou no bar do Faria.
E poucos, que se mantêm no cantinho das lembranças, porque fazem parte desse tempo, que paulatinamente caminha e engrossa já os anos de uma vida bonita.
Cinquenta anos feitos há dois dias.
Meu Deus parece que ainda nasci no outro dia.
Nesse dia onde ainda se falava em surdina e brincava com carrinhos de puxar à corda, carregados de terra que não deixava brotar erva.
Agora longe, mas bem perto desse tempo. Ficam as lembranças desse mar de gente!

quarta-feira, 27 de maio de 2015

O tempo Passa





O tempo passa como, vou ali e venho já!
E já está. Mais um ano a festejar!
Fico mais pesado um ano. As quase brancas riem-se na amontoada cabeleira que não é cortada desde Janeiro.
E amanhã serei eu o primeiro, de muitos amigos que se lembrarão de mim.
Vão encher o meu espaço, com agradecimentos e abraços. Alguns, aqueles amigos do peito dirão: - Olha o Nuno, faz anos. Já tem alguns, mas ainda tem cara de rapaz cuidado.   
Vou curtir este meu aniversário de uma maneira especial. Juntar quatro artolas que comigo partilham as alegrias muitas vezes mergulhadas em pó de cabinda e dançar metade da noite, com as estrelas que estão perto do quarto andar onde vivemos, até que o cansaço nos vença.
Pelo meio sentirei a nostalgia de ausências bem notadas. Pessoas tão queridas e adoradas.
No final chegará a lágrima teimosa, que me obriga a recordar momentos não muito distantes, onde os meus rebentos ainda a saborear o doce da limonada, me cantavam os parabéns e eufóricos, me obrigavam a soprar o bolo carregado de velas e recheado de chocolate com caramelo.
Mas uma certeza tenho!
Abraço um amor belíssimo.
Estou feliz com o meu destino.
Abro os braços para os mais queridos.
E agradeço-vos como meus amigos.
Até para o ano malta, cá estarei para vos enaltecer!

sábado, 23 de maio de 2015

Bem no alto, Grito mais alto




Apetece-me escrever nesta tarde!
Que me aconselhas alma dedicada, que me acompanhas para todo o lado, sempre na expectativa de ser realmente verdade, que estou ligado a um destino que segundo os meus antepassados, tenho-no traçado.
Nem tu pequena alma, já chagada pela vida que te obrigo a percorrer, consegues segredar o que neste preciso momento me apetece desabafar.
Estou prestes a atingir a idade da certeza nas atitudes doravante tomadas. Deixando para trás a leveza, que em variadíssimas ocasiões fazia questão de me percorrer para tornar fácil, o que sabia verdadeiramente difícil.
A vida é um cordão de dois bicos, amparando uma ponte que liga dois penhascos, evitando um enorme precipício.
Bicos inquietos sem parança.
Um guia-me para uma fábula que farta uma enorme pradaria. Mas quando surge encostas ingremes, obriga-me a esgravatar com as unhas, esfarrapando o corpo já em ferida, as subidas para lá dos cumes.
Bem no alto. Tento gritar mais alto para o céu infinito, que conquistei para já o apogeu. Mesmo que seja por breves ensejos, pouco importa.
Outro empurra-me para a realidade que dura.
Bem cedo surge a aurora. Tão longe da acostumada argola que me amparava, a dois passos do abrigo do sofá fofo. Levando as horas, rápidas ou custosas. Para finalmente terminar envolvido em pó acrílico mais um dia, que se risca no calendário bem por cima da mesa do cantinho do ripanço.
Mas o dia ainda promete, reclamando as horas que oferece. Depois do inverno frio e escuro.
Oferece tempo para escutar as conversas do outro lado da linha. Salpicadas de argaço que se encosta ao areal proibido, nas noites de lua cheia com desejos.
Vem pequenina para o meu cantinho!
Acotovela-te ao meu abraço constantemente aberto, para te agasalhar na coberta do meu navio á deriva.

sexta-feira, 22 de maio de 2015

A Folha deixa Saudades




 A Natureza é alegria.
É magia, por isso cobre-nos de amor!
Oferece-nos as suas mais simples obras do acaso, que ao soltarem-se do seu local de crescimento, tornam-se nas nossas mais belas pérolas, porque nos transmitem mensagens de carinho, de amor e libertam-nos os momentos que esta imagem tantas vezes nos levou a partilhar.
É ou não é?
E esta formosa folha, deixa-me a olhar por momentos…. Mentira, Largos momentos a imaginar, o que todos ao olharmos para ela imaginamos!


quarta-feira, 20 de maio de 2015

Benfica, Benfica! Campeões, Campeões!




O Benfica foi campeão. honra lhe seja feita e para o ano há mais.
Não me venham com colinhos, porque colinhos só com as tias
E mesmo com elas tens que chorar para mamar!
Não me venham com expulsões, para facilitar a vitória.
Quem joga com receio, arrisca-se mais cedo a ir embora!
Mas quando um clube é muito grande, tentam fazer da festa, a sua própria festa.
Descarregam em inocentes, com crianças presentes. Que só querem viver a glória de estarem presentes, num momento tão eloquente.
Disfarçam-se de adeptos vestidos a rigor e tentam estragar a festa com os costados bem perto do Marquês! 
Ajoelhados ou entrincheirados, não à mau-olhado, que desvie os trilhos da celebridade!
Todos sabemos que são os jogadores e equipa técnica, que amealham num ano de glória, aquilo que numa vida, não ganhamos para os dias da reforma.
Mas a, alegria por horas, leva-nos anos de rugas inflamatórias.
Quem está longe veste a camisola e festeja mesmo ao pé da porta com vizinhos que ameaçam chamar a polícia e depois compreendem que, o Benfica é igual ao Bayern e Campões só merecem gratidão!  
Benfica, Benfica! Campeões, Campeões!
 Alguns mais velhos lembram-se do Eusébio e companhia e só um porto (tinha que aparecer por aqui), os leva finalmente, de volta á camita.