Durmo só, quando já fomos três.
Embora o quarto, agradavelmente espaçoso. Era
nítido sentir bem de perto as atribulações de um ou dois, libertando o cérebro preso
pelas inquietações.
Viver momentos de cada um, principalmente em
noites que lá fora o vento varria qualquer movimento e rangia a janela num
silvo tremendo. Com os raios da trovoada a desenhar formas invulgares nas
paredes. Fazia-me encolher nas mantas como um menino assustado.
Mas só?
É a
liberdade das minhas emoções e tenho sonhos, que decoram as quatro paredes.
É tanto espaço que espalho a roupa pelas
camas e por vezes durmo, ora perto da janela para sentir o dia nascer e
descerrar-me os olhos para mais rapidamente levantar.
Ou então, bem junto ao fundo do quarto, para
que a luz lá fora onde o calor já torra. Não interfira com o prazer em alongar
o corpo, pelo correr da manhã.
Pela semana a hora resvala e o corpo reclama.
São poucas
horas para que o corpo relaxe o necessário e o sono alivie o peso do cérebro bem
apertado.
No fim dessa louca semana bocejo repetidas
vezes com prazer pela cama.
Por isso já é meio-dia e ainda estou de
pijama!