domingo, 29 de julho de 2018

Calor Imenso


Calor, imenso calor!
 Pela manhã, procurei a fresquinha no arvoredo em meu redor.
E num mergulho, no lago que acalmou o calor, deste corpo. A galgar as entranhas de desejos nada estranhos.
Perto do almoço, regressei aproveitando para colher umas frutas que me saúdam no caminho.
Jardineira e vinho italiano. Fruta cá da terrinha e café dos napolitanos.
Um cheirinho de whisky americano e pela segunda vez, nada de cigarretes!
Mas a carne de vaca Austríaca, apesar de me custar os olhos da cara. É tão saborosa e apetitosa.
Do nosso país, só os desejos que se mantém para serem saboreados, no regresso, daqui a um par de semanas.
Pela tarde, dediquei uma hora à sesta domingueira.
E logo a seguir, voltar a procurar a fresquinha perto da água e apanhar um solinho, para morenar um corpo franzino.
O Domingo está a terminar.
A noite refresca o quarto, onde me deito a sonhar (muito sonho). Sonho com a felicidade ainda longe, mas ciente que o longe, se faz perto!


domingo, 22 de julho de 2018

O mercado da Fruta





 O tempo não estava para graças.
A chuva mesmo miudinha, ameaçava encharcar quem como eu, se aventurou pelo verde que me rodeia.
Mas como o desejo, não se mede pelo tempo, mas sim pela intensidade. Lá fui, ouvindo música e falando com os meus botões.
Transformei o meu passeio, num passeio pelo mercado da fruta.
Um mercado de estender a mão e colher o que a natureza oferece e os agricultores ainda agradecem. Que de tanta, até apodrece.
Que prazer sentir, o sabor puro da fruta. Só comparável,  quando miúdo e subia os muros para sossegar a barriguita.
Iniciei mesmo à porta de casa, pelas ameixas que dobram os ramos de tantas e tantas.
Uns duzentos metros, maçãs pequenas e tão saborosas.
Encarnadas, verdes, amarelas e malhadas.
Mais uns passos, arrotando como sinal de presença, assustando os galináceos. Pêras pequerruchas e graúdas.
Deixando está parte habitável, entrei mata dentro, caminhando pelo estreito com mão humana, para as caminhadas de meio mundo.
Já ia farto e com sinais estridentes de um estômago ardente. Dei com deliciosas amoras ali a desafiar-me.
Meu deus, à tanto tempo que não saboreava amoras, no seu habitat natural.
Dei um jeito ao estômago para dar espaço a tão belo fruto e: uma, duas......
Bem queria parar, mas elas surgiam do nada. Vistosas e gorduchas. Escuras e encarnadas.
Que farto-te!
Na volta, senti-me embriagado de tanto fruto.
Cantava, arrotava!
Com o caminhar, aliviava a pressão estomacal e sentia o gosto desta fruta, que de tanta. Nem as aves e os animais, conseguiam pôr fim.
Caiam e apodreciam ao redor de onde nasciam.



sábado, 21 de julho de 2018

Bom Dia


Bom dia!
Dar-te o bom dia, ainda na cama, é a alegria para o resto do dia!
Só sei, que penso em ti constantemente.
Escrevo pensando em ti.
Já não sentia isto à muito tempo.
O que tens? Para tudo isto!
Fico revoltado, quando não partilho do que sinto. Não do que desejo!
Porque, a vida tão simples é boa!
Conseguimos falar de nós, de sentimentos.
Confessamos segredos, partilhamos emoções.
E ainda, deixamos respostas para mais tarde!
Por isso, sonho para te ter tão perto, que humedeces, a minha pele com o teu respirar.
Sonho ainda acordado e adormeço embalado!
Durante o meu sono, sou amparado pela tua voz tão suave, que me retém num consolo adorado.
Por fim, a manhã voltou a trazer-me, de volta à realidade!
A tua voz, essa, não mais me deixou abandonado!

sábado, 14 de julho de 2018

Migalhas de Amor


Retirei do bolso, migalhas de amor!
Depois de devorar esse amor, com uma fome de lobo.
Amor intenso, volumoso, carinhoso.
Amor que nascia com o nascer do sol, quando me levantava ainda ensonado. E só repousava, quando o corpo pedia clemência, arrasado.
Amor de tratamento belíssimo!
Num bom dia tão querido.
Amor de corações encarnados, que enchiam os olhos, de um encanto abrilhantado.
Amor que resistiu a cento e tal sorrisos, a cento e tal corações espelidos.
Amor de emoções, desejos e êxtase de madrugada.
Amor agora?
De migalhas de amor. Soltadas sem dor!
E lancei-as ao ar, para o vento as levar.

domingo, 8 de julho de 2018

Uma tarde na varanda


Uma tarde na varanda!
Tempo ameno e rodeado de pura Natureza.
As aves, deambulam na procura de comida e os filhotes batalham, em quem tem mais pescoço, para chegar ao bico da progenitora.
É tudo colorido!
É a maravilhosa beleza, numa sucessão de cores, até onde a vista alcança.
Árvores carregadas de frutos. Oferecidos de bandeja, às aves que sem predadores multiplicam-se, a cada minuto.
Cabeças de gado às centenas. Cada criador com sua cor!
Pretos, amarelos, malhados e salpicados de cores garridas.Tão asseados e de sineta ao pescoço, num zumbido que por vezes martiriza.
O sol deu um pouco de cor ao meu corpo, martirizado pelas escaramuças da labuta.
Ouvi música, escrevi uns sarrabiscos.
Devorei frutos secos, bebi um lambrusco italiano, que ainda faz, da noite dia.
Vi constantemente um rosto, que me penteia o couro cabeludo.
Está a devolver- me emoções, que já imaginava distantes. E o meu corpo treme de algum espanto.
Agora a noite tomou conta de mim. E não desejo sair daqui!

domingo, 1 de julho de 2018

Desejo que o dia não Termine



Foi uma noite de sentimentos tão contraditórios, que me ofuscou o estado de espirito!
O fim de tarde prometia uma algazarra de emoções. E juntei-me a tanta comida, que foi preciso empurra-la com um garrafão!
Gente de várias línguas, mas com o mesmo apetite e a mesma sede em viver loucas emoções, regadas ainda a carne, era lançada para o assador.
Depois de uma manhã de trabalho iniciada bem cedo, que meio mundo ainda estava a saborear o primeiro sono. Parti para uma noite, que esperava maravilhosa e saborosa.
A vida é feita de emoções, sejam elas agradáveis ou simplesmente viradas para o lado que não queríamos. Por isso, essa mesma vida, tem o condão de agradar sempre a uma parte. Deixando a outra, com a esperança de mais cedo ou mais tarde se inclinar para o nosso lado. Já aconteceu e vai voltar a suceder!
Passado o momento de ofuscar a euforia inicial, fui sentir a multidão em mais uma festa que é apanágio no verão!
A alegria e a barafunda espevitou-me e só de lá saí, quando o cansaço, tomou conta de mim.
Atirei-me para a cama como um garoto cansadíssimo de um dia de correrias. E já a manhã ia mais alta, do que a janela do primeiro andar. É que descerrei o olho esquerdo, para sentir o dia.
Estou, naquele momento que desejo que o dia não termine, porque me oferece uma paz tão leve e tao profunda.
É assim que me sinto bem! É assim que construo, o meu dia-a-dia.


Seis Letras



Penso em ti, que te trago ao peito.
Como um símbolo estampado, que já me acompanha equipado.
 Falo alto o teu nome, para que fique decifrado nas paredes do meu quarto.
Assim leio-te dormindo e acordado!
Cada palavra, representa a esperança de a cada dia, ter, a força necessária de o vencer amparado.
E são seis para toda a semana.
 Acordo a meio da noite e sinto o teu rosto colado ao meu!
Tão juntos, que nem uma palavra posso prenunciar.
Só os meus lábios colados aos teus, falam em beijos suaves, depois de uma noite ancorado, ao teu corpo bronzeado.
E falam, falam! Até ficarmos com os lábios encorricados.
É tão belo pensar em ti!