Um dia
irás correr de mão dada!
Pelas
pradarias da Holanda.
Colhendo tulipas sem fim, que rodeiam as casas com
telhados em bico.
De volta ao teu poiso familiar, subirias ao cimo do
monte para poder respirar aquele ar puro e sentir aquela paz que só a Natureza
transmite.
E da enorme
quantidade de tulipas que colheste. Serias obrigada a soltá-las uma a
uma e, apercebias-te na tua felicidade sem limites, que elas ganhavam de novo
vida e abriam-se
numa beleza colorida. Que cunhariam o prazer desse maravilhoso dia.
Pela noite, ainda de mão dada, com quem te ofereceu um
coração do tamanho da tua passada. Irias sentir sem resistir, o meu amor à
minha maneira. Bem longe de ti, mas tão perto, que os nossos corpos falariam
por nós!
Desenhava a configuração do teu corpo esculpido no meu
lençol que me afaga do cansaço, de uma forma perpétua. Para quando acordar,
sentir o aroma forte das tulipas e a doçura do teu respirar. Até que o dia se
desvaneça e a noite me traga de novo o teu recordar.