domingo, 30 de outubro de 2016

Do tamanho da tua Passada




 Um dia irás correr de mão dada!
 Pelas pradarias da Holanda.
Colhendo tulipas sem fim, que rodeiam as casas com telhados em bico.
De volta ao teu poiso familiar, subirias ao cimo do monte para poder respirar aquele ar puro e sentir aquela paz que só a Natureza transmite.
 E da enorme quantidade de tulipas que colheste. Serias obrigada a soltá-las uma a uma e, apercebias-te na tua felicidade sem limites, que elas ganhavam de novo vida e abriam-se numa beleza colorida. Que cunhariam o prazer desse maravilhoso dia.
Pela noite, ainda de mão dada, com quem te ofereceu um coração do tamanho da tua passada. Irias sentir sem resistir, o meu amor à minha maneira. Bem longe de ti, mas tão perto, que os nossos corpos falariam por nós!
Desenhava a configuração do teu corpo esculpido no meu lençol que me afaga do cansaço, de uma forma perpétua. Para quando acordar, sentir o aroma forte das tulipas e a doçura do teu respirar. Até que o dia se desvaneça e a noite me traga de novo o teu recordar.

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Agitação sem Precedentes




A vila está numa agitação sem precedentes.
Depois da reabertura do Spar, com promoções a fazer deslocar pessoas de terras distantes. Numa azáfama de fazer inveja a outras superfícies da zona. Onde a cerveja feita na fábrica paredes meias com o Spar, esgotou ao terceiro dia, quando era para ser levada até aos oito dias de duração da louca promoção. E não foi pelos portugueses, esses coitados bebem até arrotarem a comida enlatada. Foi pelos Austríacos, que cá para mim é alimento para toda a família.
Eis, que surge Monster Truck, para esmagar carros que ainda davam para umas curvas em Portugal e dar show, para o povo esquecer as amarguras da vida e com meia dúzia de trocos, passar uns bons momentos. E logo com o surgimento do sol, para mais abrilhantar a tarde.
Camiões carregados de carros sarapintados de cores garridas, com rodas enormes que tudo esmagam. Aguardam a vez de se porem a postos num rali sem entraves de qualquer espécie.
Mas o espetáculo não cativou!
Espaço reduzido e estilhaçar meia dúzia de carros não deu para grandes euforias, embora o barulho dos motores era ensurdecedor. E meia hora depois, dei um salto até à Alemanha que fica a uma dúzia de quilómetros.
Avenida repletas de lojas. Tudo se vende, tudo é consumido!
O dinheiro abunda, as pessoas consomem o que a vista adora.
Vive-se confortavelmente por estas bandas. E viver neste ambiente é reconfortante e ajuda a darmos o melhor para ganharmos o máximo que pudermos!
Viver assim num país onde a todos é oferecido uma oportunidade para conquistar o futuro, é a qualidade de vida tão almejada.
E assim passei o primeiro feriado por terras de Mozart.

domingo, 23 de outubro de 2016

Nunca Esqueças




Nunca esqueças o teu passado! Porque oferece-te a única oportunidade de continuares a sentir a alegria em viver, no futuro.
Nunca esqueças o passado! Porque oferece-te a derradeira oportunidade de não cometeres os mesmos erros no futuro.
Nunca poderás esquecer o passado! Porque nenhuma esponja, consegue apagar o seu percurso.
Nunca esqueças o passado. Porque foi ele que te deu a conhecer pessoas que já não fazem parte deste mundo!

Vive o presente! Já que a cada hora, sentirás com o teu pensamento, tão próximo o futuro.
Vive o presente! Já assente na maturidade das tuas atitudes, a preparação do teu futuro.
Vive o presente! Sendo mais forte que o teu orgulho e, correrás feliz de encontro ao futuro.

Vive o futuro! Tão próximo como bem longe dos teus anseios. Será o objectivo a alcançar a cada minuto
Vive o futuro! Com uma mão aberta às oportunidades. E a outra, fechada para te precaveres das contrariedades.
Vive o futuro! Tendo em conta que o presente, é o caminho para o alcançares suavemente
Vive o futuro! Com o que conseguiste almejar no presente e sabendo como o passado te fez crescer, ainda com a tua personalidade a florescer.




quinta-feira, 20 de outubro de 2016

O Outono Esmorece a Natureza




O Outono carrega os carros de folhas caídas.
Despe as árvores, como virgens raptadas
Escurece o céu, anunciando próximas tempestades
Oferece-nos castanhas, no dia de finados

O Outono carrega a desconfiança,
 de um Inverno chuvoso e frio.
E deixa para trás, o Verão farto de sol
 e de corpos quase despidos!

Esmorece a Natureza
 com as cores da tristeza
As noites alongam-se, num interminável escuro aborrecido
Carregando o ar de humidade, que nos atrofia os sentidos

O tempo não voa, nem com o vento a ajudar a sua fuga.
Vem do norte assobiando aos moribundos
Não sei onde se esconde
 Mas arrasa os jardins, de uma ponta a outra