domingo, 9 de dezembro de 2018

A chuva



A chuva resolveu envolver o meu domingo, do início ao seu final!
Pensei em passear.
Pensei em sentir as ervas altas no correr do meu caminho. Passando a mão pelo seu pico, sentindo o sabor da agradável comichão.
Mas a desagradável chuva, tolheu os meus desejos.
Dentro deste quarto, que guarda os meus segredos. Sinto, olhando pelo janela, que me oferece estes caminhos sem fim. A vontade de amar!!
Amar sem fim!
Amar até à exaustão do meu corpo, do meu espírito.
Amar do tamanho destas montanhas,  pingando gotas da chuva que escorrem pelos íngremes caminhos, que nem as cabras selvagens se aprestam para os desafiar.
Amar do tamanho da distância que me separa do ninho, tão longe que a palha que ele foi construído. Foi entrelaçada por anos de sonhos finalmente conseguidos.
Vai domingo, encharcado e acinzentado.
Trás o próximo que mesmo que venha com a mesma cara, não vai negar que será o último neste ano, que foi a certeza de amar como nasceu a Natureza!

sábado, 8 de dezembro de 2018

A vida é tão esperta que nos Enrola


A vida é tão esperta, que nos enrola na nossa medíocridade.
Desabafamos, mendigamos.
Fazemo-nos de fortes quando uma nesga de boa aventurança, nos assume um pouco a nossa liderança.
E enchemos de ar os pulmões. Cientes que iremos morrer, quando a pele se descascar do nosso corpo, quase em decomposição.
Batemos palmas colando as mãos perante a eterna velhice, porque no nosso consciente, vivemos mais do que merecíamos. E mais do que os nossos vizinhos e amigos.
Pobre de nós que nos elevamos no apego do próximo, porque se deixou levar pelo, "vou viver tudo hoje, já que posso morrer amanhã". E o amanhã, é tão longo que desespera mesmo quem nem por sombras sonhou, com o martírio do desconforto!
Por isso no Natal, aflora-nos uns momentos de elevada alegria e felicidade incontida!
Lembramo-nos dos mendigos.
Aconchegamos os doentes com destino traçado.
E oferecemos prendas, mesmo aqueles que durante o ano, nem em sombras nos encontramos.
A vida é tão esperta que nos enrola!
Já nos domina, no eleger em quem nos engana a olhos vistos.
Já nos encaminha para a rotina que nos envelhece dia a dia.
Até nos rouba o amor, que nos surge, nuns laivos  de amor à primeira vista. Que pensávamos só existir no tempo, que o coração era só  possuído,   pelo calor da nossa alma. 

domingo, 25 de novembro de 2018

Sinto-me um menino Mimado


Chego ao fim do domingo, embrulhado nas mantas que me aquecem e enrolado nelas, encolho - me. Para não largar os meus sonhos!
Fico assim algum tempo.
Perto da parede onde a cama se encosta. Só deixo uma nesga de manta,  para respirar de vez enquando.
E sonho e sonho!
Sinto-me um menino mimado, agora a transpirar de amor!
Sinto-me como fizesse amor pela primeira vez. Num emaranhado de braços e pernas brancos, como a neve tão próxima de cair.
Entrincheirado num beco divinal. Que caí rodeado de  estrelas. Quando o meu corpo se elevou num frenesim incontrolável, atingido por uma onda magistral, que ainda hoje a desejo como tal.
Não quero deixar de sonhar, mesmo tendo o Natal, como a referência do amor como magia.
Sinto que me vai oferecer o espaço que por fim conquistei. Mas, raios!
Daqui a horas, tenho que batalhar pelo meu domínio.
Que a pulso, passou do sonho, a um caminhar pelo meu destino!

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Os sonhos Voltam


Acordo deixando que os sonhos se vão.
Não adianta esticar os braços, porque já não os apanho.
Ao menos estico-os, para me espreguiçar e preparar-me para mais um dia.
O frio já enregela os ossos, estão menos quatro graus,
Sento o rabo no banco da carrinha e enregelo o corpo todo.
E o Inverno ainda não bateu à porta!
A viagem é curta, não dá para aquecer o espaço.
Corro para os vestiários e sento-me no aquecedor.
Uns minutos de alívio e já estou aquecidinho. Já sinto o que é meu!
Em duas corridas estou no estrado do trabalho.
Está quentinho, que maravilha!
Por momentos os sonhos voltam. Porque os sonhos comandam a vida.
Não os posso perder, tenho que os guardar no meu coração!
Aí,  esperam que volte ao meu ninho.
E no conforto da palha macia, eles libertam-se e envolvem-me num sorriso genuíno. Que só o adiantar das horas escuras, nos fazem adormecer como meninos.


sábado, 17 de novembro de 2018

Enquanto não surge


O Inverno ameaça queimar o que esgravata do fundo da terra, para sentir a luz do dia.
Enquanto só ameaça, milhões de rebentos e outras vidas que se debatem. Perfuram a terra escura e surgem logo que haja uma nesga de dia.
Poucos rebentos, sedentos de emergir. Abrem-se em asas fictícias e soltam partículas quase invisíveis que enchem o espaço infinito, numa espécie de bolas de sabão coloridas como o arco íris.
É belo! Belíssimo.
É a Natureza a transformar-se no apogeu da luz solar. E na imperiosa necessidade de se tapar do eclipse invernal, que não tarda feroz. Escondendo na sua densa carapaça como muralha impenetrável as enormes montanhas, que rodeiam a entrada do meu dia a dia.
Um dia, outro mais e o Inverno bate à porta e fustiga as janelas, dando as boas vindas a quem deseja que ele só devia permanecer, no cume das altas montanhas.
Deixando a cada metro que descesse,(e são centenas), vislumbrar um raio de luz, para que chegando ao seu inicio. Sentisse o calor de um sol maravilhoso. 

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

E de Novo


Os dias movem-se no ritmo que a vida me conduz.
Saciado dos momentos recentes, entre o céu e o cume da terra. Caminho solto de perturbações e conduzo as minhas horas, entre a obrigação e a vontade, em realizar o plano que me é destinado.
Sobra-me tempo para orações sorridentes, enviadas pelas montanhas infinitas, que as oferecem a quem aguarda, num socalco que aparece do nada e que serve de espera, para a felicidade.
E de novo fim de semana!
E de novo as caminhadas.
E de novo o sorriso estampado no céu azulado. Que teima em não deixar o cinzento nublado, tapar os raios solares idolatrados.
Desta vez solto as castanhas, nas brasas da madeira escancarada.
Lanço um punhado de sal e ouço os estalos no avermelhado do lume, que arregaça a carcaça do fruto. Mostrando as entranhas prontas a degustar, no prazer do São Martinho.
Venha o vinho que não novo, mas sabe pela vida, neste caudal de verde e castanho. Que me ilumina o final do dia.

domingo, 4 de novembro de 2018

Quem tem boca vai a Roma


Reservei o meu regresso pela Internet, como o fiz com a chegada a Portugal, por uns dias.
A chegada, sem problemas!
O regresso, manchado de desespero.
Obtive a confirmação, mas no sistema da companhia onde viajei, não constava a minha identificação.
Encaminharam-me para reclamar com a agência virtual. E adquirir novo bilhete era a única solução.
Num voo com uma escala, iria ser o cabo dos trabalhos.
Cheguei esbaforido a Düsseldorf e de novo no balcão da companhia, nada de registo surgia.
Desespero acentuado neste rosto que nunca se tinha visto numa situação tão delicada.
Enviaram-me para adquirir novo bilhete. Nos balcões com fila, que serpenteava de gente o Hall enorme da entrada.
Descobri alguém que falava a minha língua e num esforço titânico. Orei para ele me tirar um bilhete, junto da colega que percorria as vagas no ecrã do PC.
Voos completos e eu ainda agarrado ao meu TLM, com a confirmação do meu voo já pago e tão fugido dos dados informáticos. Numa razia pirata!
Sem voos e com o dia avançar perigosamente. Olhei à minha volta e o pânico instalou-se.
Que fazer neste momento?
De novo corri ao colega que me tentou ajudar e numa prece pedi, uma solução para voltar a casa, que logo no dia seguinte pela manhã, o trabalho chamava-me.
Levou-me à estação do trem bem perto do barulho dos aviões. E tirado o ticket para o meu destino, sigo numa viagem de cinco horas, rumo ao encontro de quem finalmente me vai levar a casa.
Vou reclamar, vou ripostar!
Vou dar todas as voltas e recuperar o dinheiro que se não o tivesse, ficava em terra, onde tentei aproveitar quatro dias de paz e alegria.
Longe de casa, esta minha segunda casa.
Longe de compreender a língua madrasta desta terra.
Longe de conseguir soluções imediatas para acalmar o desespero.
Consegui, qual tuga desesperado. Estar perto de casa. Tendo pelo meio almas caridosas, que me indicaram o caminho para o meu destino.
Ainda tenho umas horas num comboio a abarrotar de mochilas e malas grandiosas.
Muitos foram em mini férias. Regressam agora de rosto mais calmo e lábios rosados.
E logo eu, que não viajava década  comboio à longos anos.

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Imenso céu Azul






Da janela do avião, vejo ainda mais perto o azul do céu.
Que vontade de abrir a janela e esticar o braço, para rebentar um pouco da nuvem, que por momentos, é minha vizinha.
O avião vai subindo, nada o perturba na sua rota.
E mais azul. Imenso azul. Milhões de anos de azul.
Assim bem pertinho, o céu é infinito.
Os meus olhos não distinguem minimamente, onde ele encontra algo que lhe perturbe a sua divinal imensidão.
Neste momento, acredito, que existe sem sombra de dúvidas espaço, para todos aqueles que merecem ter um lugar no céu. Pelo decorrer dos séculos e séculos.
Olho para baixo e da terra nem Sombra.
Só o planar das inúmeras nuvens que me oferecem figuras giríssimas.
Espetáculo deslumbrante. Beleza sem fim!
Por vezes o avião sofre um abanão.
Como pode, se tudo é azul sem nada que ofusque está cor!
A tarde já vai longa e o brilho do sol esconde - se, para lá da minha vista.
Não tarda e o início da noite vai manchar este azul, que tão perto me saúda.
Sei que logo, as milhões de estrelas vão colorir o negro da noite.
Serão as guardiãs do nosso destino. E uma delas tem o meu na mão. Só desejo que não esteja preso por um fio.
Estou a brincar, o meu destino é como o céu. Infinito!
Porque é para lá que ele me leva e trás!

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Tantos Desejos


Uma sala de espera para apanhar o voo com a certeza de abraçar a saudade. Que me aguarda, inquieta pela demora.
A grande maioria das pessoas estão agarradas aos telemóveis (como eu). Mas existe sempre alguém que lê. E uns pares que namoram.
O silêncio impera, quebrado por uma só criança, que não para quieta e fala intensamente, que já desespera.
Falta uma hora sem os atrasos do costume. Para ir-me daqui para fora.
Fujo um pouco da rotina diária e embarco para satisfazer a minha crença em ser feliz.
Tenho uma montanha de desejos que acredito, não vão dar à luz, nos poucos dias que consegui subtrair, ao constante apelo para realizar o intenso trabalho.
Claro que parto sempre com muitos desejos!
As noites fazem-me sonhar constantemente com o céu estrelado. E nas milhões de estrelas lá penduradas, são destacados imensos desejos.
E noite após noite, os desejos amontoam-se. Criando uma montanha do tamanho da minha alma.
Uma meia hora me separa. Da pista que está para lá da porta envidraçada.
O avião já é conhecido. Tem as cores do paraíso!


domingo, 28 de outubro de 2018

O coração




A chuva voltou para me intrincheirar nas.
quatro paredes.
A hora mudou e o Inverno está próximo.
Falo com os meus botões, os melhores amigos para buscar soluções.
Compreendem os meus anseios e dão-me razão, nas decisões que já tomei.
São eles, melhor que ninguém, conhecendo-me profundamente e vivendo tão perto de mim. Sabendo quando tenho necessidade de me aconselhar, eles estão prontos para me aliviar!
Tenho falado com eles muito de amor.
O amor é dor, porque a dor nos faz viver!
Sem amor, sobrevivemos!
A dor do amor é interna!
Só termina quando deixamos de existir.
Por isso nasci para Amar!
Isto a propósito, de amar à distância, não ser nada fácil. É dor!
Não é para qualquer um, só para os fortes. Para quem ama de verdade!
Pensamos, que um amor perto, é a garantia da estabilidade.
Uns tempos depois, caímos na realidade e vemos que não é tão importante assim.
E perdemos tudo o que era mais importante.
O amor longe ou perto, é para os guerreiros. Que terão de usar toda a sua força para conservar o amor que sentem, bem perto do coração.

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Vivo


Vivo o feriado que se cruzou com o fim de semana.
Numa paz, que incomoda quem por cá, não se conforma com tantas horas, sem fazer contas,  a essas mesmas horas.
Vivo estirado no leito, dormitando e bocejando, numa preguiça apetitosa. Só espalhada quando alguém resolve, quebrar o aconchego que me envolve.
Vivo uma satisfação merecida. Depois de ser posto à prova, num vendaval de emoções, que chegaram, como um turbilhão sem fim.
Vivo com a alegria de menino. Esperando impaciente que para a próxima semana, mais um feriado se aproxima e irei cruzar o céu, noutro destino.
Vivo para mim!
E assim sendo, encho o coração de bondade para partilhar da forma que mais desejar, quem por perto me apanhar.
Vivo hoje!
Sabendo que amanhã, continuarei a viver por entre o verde que por aqui não tem fim. E os momentos que guardo, num coração do tamanho do mundo, para que esses momentos se multipliquem enquanto continuar a sorrir.


domingo, 21 de outubro de 2018

A porta se Abre


A porta se abre, na noite cerrada que o Outono já vai longo. Para me levar em mais um dia, no sustento interminável.
A porta se abre, com a cabeça inquieta e os olhos ainda meios cerrados. Na palpitação anormal, no foco constante de tudo estar como desejo.
A porta se abre, ainda envolto nos sonhos, que desejo bem longe e através deles, encontro-me tão próximo.
A porta se abre, saboreando momentos ainda recentes, de um mundo que criei, nos dias que merecidamente gozei!
É lá vou eu, pela estrada que no início da montanha,  a percorre, rumo à empresa onde trabalho.
A porta se abre, para deixar entrar este corpo mascarado. De manchas negras e de turras sistemáticas.
A porta se abre, para de saco ao ombro do lanche devorado. Aterrar na cama uns minutos e juntar os ossos, separados pela força (onde a vou buscar), em juntar o cofrado.
A porta se abre, para o repouso de umas horas, por entre tachos que dão guarida, à refeição tão apetecida.
A porta se abre, sem antes oferecer um sorriso às flores que me saúdam. E ainda a contar os degraus, já levo os ténis na mão para de chinelos sentir, finalmente.  Os pés livres e agradecidos.
A porta também se abre e fecha, para sentir o paraíso que me rodeia!
A porta é a minha vida!
Abre-se no aproximar do meu destino.

sábado, 20 de outubro de 2018

É dentro desse tempo Estipulado


O fim de semana é tão aguardado, como o dia de regressar, por uns dias maravilhosos.
Sorrio para o teto branco, enquanto relaxo este corpo martirizado.
São semanas estafantes e ao mesmo tempo gratificantes.
Semanas de exigência máxima e concentração rápida. Para que o trabalho ganhe a forma, como é exigido pelo cliente.
O tempo é infelizmente dinheiro!
É dentro desse tempo estipulado, que o lucro é repartido pelo empregador e empregado.
É dentro desse tempo estipulado, que o stress assume contornos inimagináveis, quando por momentos, sinto o controle das inúmeras tarefas, fugir-me das próprias mãos.
É dentro desse tempo estipulado, que por momentos rejubilo com o trabalho de um dia. Mas logo, entro em transe, porque de novo volto a ter que executar, o que no dia seguinte terá que sair perfeito!
É dentro desse tempo estipulado, que o que me resta do meu tempo. É baloiçado em noites claras. Ou melhor, fartas de sombras, que espelham a incerteza do 'será que me esqueci de algo? "
É dentro desse tempo estipulado, que felizmente surge os fins de semana tão aguardados.



domingo, 14 de outubro de 2018

Flores sem Fim


Caminhamos juntos ao longo de horas, que fizeram nascer um jardim sem fim.
Com flores perfeitas. Salpicadas de finíssimos fios de ouro, que queimavam as ervas daninhas teimosas. Brotando nos cantos de difícil acesso.
Agora estamos longe um do outro.
Mas como a distância, só afugenta os desprovidos de amor.
O meu coração de tanto bater, ao recordar os maravilhosos momentos que já passamos. De um salto, está junto ao dela.
E entrelaçados bombeiam a paixão, que ainda brota do nosso jardim.

domingo, 23 de setembro de 2018

Falo com as Montanhas


O Domingo despede-se no negro frio da noite. Que se apodera do silêncio bem evidente, para lá da porta da varanda.
Cedo senti-o ainda no conforto da cama.
Também cedo me levantei, sem ser um fantasma.
A minha vida é baseada em: deitar-me derreado pelo cansaço e levantar cedo obrigado!
Uma obrigação satisfatória num rosário diário já com dedicatória.
Como cedo me levantei. Acredito com as galinhas da vizinha.
Cedo dei de caras com o que me rodeava.
E como estou rodeado de montanhas. Uma fortaleza expugnavel.
Dou por vezes admirado, falando com elas de cabeça bem levantada.
Tão levantada que para ver o seu fim, vejo também o céu já coberto de nuvens semi negras, anunciando o tempo frio, não tarda
nada.
Reparto com elas os meus segredos, os meus anseios, as minhas indefinições!
E como por encanto, sinto os seus conselhos através de figuras desenhadas nas nuvens que se cruzam com elas.
E no libertar da humidade da noite. Que a caminho do céu, enviam-me sinais mesclados de letras que decifro, dentro do que sinto no momento.
Assim, seguindo esse enorme anjo da guarda. Tomo decisões que nem à almofada por vezes sigo o que me aconselha.
Do frio e chuva irritante da manhã.
Pelo início da tarde, o sol brilhou num calor querido. Que acredito, as montanhas embrenharam-se para afastar as nuvens desagradáveis, para que o sol aquece-se ainda mais, o meu coração grato!



sábado, 22 de setembro de 2018

Uma Semana


Uma semana de intensidade.
De responsabilidade.
De capacidade!
Uma semana que encurtou o tempo da saudade.
Da ansiedade.
Da vontade!
Uma semana que deixou bem vincado a camaradagem.
A amizade.
A realidade!
Uma semana que me ofereceu a beleza da Natureza.
O brilho do sol
O ar puro da montanha!
Uma semana de oferendas amorosas.
De desejos maravilhosos.
De momentos recentes que me consolam!
Uma semana de bacalhau vindo da terra.
Do nascimento da filha de quem foi à terra.
Da partida do Madeira e da lembrança do barriga d'erva!

domingo, 16 de setembro de 2018

Necessito desta Tranquilidade


Caminhei sem tempo nem destino.
Deixei-me levar pelo trilho, num silêncio tão intimo, que se assemelhava a um lugar de oração.
A Natureza é um paraíso divino.
Estilhaçava as últimas folhas caídas como sinalizando, a minha presença nesses trilhos de animais noturnos.
Dei voltas e mais voltas, acabando por dar de caras com o lago. Que tanto refrescou a minha ânsia, em que chegasse a hora de volver uns dias, ao toque indiscritivo.
Agora o tempo está mais fresco.
Já não agrupa pessoas que salpicavam o verde em redor do lago, de cores garridas tipo arraial minhoto.
O verde voltou a circular o lago e as poucas pessoas que o frequentava. Encolhiam-se nos locais onde o sol, ainda aquece o corpo para o bronze.
Tirei uma soneca de alguns minutos de barriga para o ar, estendido no pontal de madeira. Chapinhando os pés na água já fria e claro, pouco convidativa.
Necessito desta tranquilidade para equilibrar o pensamento.
Só assim, levo a semana com o prazer e a alegria obrigatória.
Esperando que os dias se movam, para voltar ao descanso longe do quotidiano. Mas tão perto, de um abraço bem apertado!
O Domingo já se vai no barulho agora sim, das árvores incomodadas pelo vento.
Volto pelo mesmo trilho iniciado.
Pelo caminho apanho uma fruta e acalmo o apetite, ainda um pouco longe de casa.

sábado, 15 de setembro de 2018

Pelo negro da Montanha


Noite ainda de Verão!
Fresca e encantada.
Com os seus segredos noturnos, embrenhados no vasto arvoredo, estendendo-se pelas infinitas montanhas e só deixando uma nesga, por onde o rio barrento, corre como o tempo.
Mas tão negra, pelo negro montanhoso.
Que amedronta quem tentar penetrar onde deambula os fantasmas ancestrais, que em longas gerações, surgem para reivindicar o seu lugar.
Procuro a luz, ainda longe da cidade.
Para me guiar até lá e ressuscitar a vontade de me divertir um bom bocado.
Reencontro velhos conhecidos de idiomas dificilmente traduzidos, já que a língua não se solta, enrola. Pelo álcool que assola.
A música solta-se como o burburinho das pessoas e envolve-me a nostalgia, de ainda recente viver, tudo tão presente.
Só aí, sinto o dia, que me proporcionou a tarde.
Repleta de saudade e de recordações.
Soltei sorrisos felizes por sentir momentos divinos.
Mesmo longe, estou tão perto do paraíso!

domingo, 9 de setembro de 2018

Um grito


O Verão lança o seu grito de raiva para se manter à tona, quando sente que poucos dias faltam, para se afastar largos meses do aconchego de todos nós.
Um grito bravíssimo!
Um grito quente. Um grito ardente!
Um grito refrescante. Um grito armonioso!
Um grito já saudoso de momentos bem recentes.
Resta-me partilhar, o dia que me oferece.
Grito com ele no emaranhado da floresta, num cruzamento de sons que ressuscitam a humidade da véspera, onde a chuva fez a festa.
Grito com ele, até que a água do lago se enfurece. Enrolando-se em ondas gigantes, pasmando os presentes estendidos na relva. Saboreando os últimos delírios solares.
Uma semana passou, desde que regressei.
Uma semana dura e longa.
Uma semana que nem deixou recordar a ternura que me envolveu, tão perto da perfeição, nas férias da confirmação.
Uma semana que anuncia outras tantas, até que de novo renasce a esperança, de voltar .
Uma semana onde prevaleceu a nossa crença em continuarmos unidos na certeza de vencermos os desafios.
Mas é tão duro estar tão perto do fascínio e agora tão longe de um carinho.

domingo, 2 de setembro de 2018

Ofereci o que me Sobra


Voltei e encontrei a Natureza como a deixei.
O tempo arrefece e o vento aparece.
Como tenho o coração farto de amor, abri-o e ofereci um pouco desse amor, para que as montanhas o abrace no seu cume.
Vão tenho a certeza, perpetuar esse aroma maravilhoso, para que as gerações vindouras, escalem o seu rasto. E na descida vertiginosa, os seus corpos vão voar. Possuídos pelas asas desse amor.
Será pelos tempos, um local de romaria. Onde o povo subirá sofregamente, na procura da essência lá encrustada. Voltando com o coração mesclado de um amor, à tanto tempo lá perpetuado.

sábado, 1 de setembro de 2018

As Idas e Vindas


A história repete-se em voos, de idas e vindas.
Sentimentos opostos, ansiedade sempre presente.
Partimos depois de meses enjaulados, num ritual amestrado.
Casa trabalho, trabalho casa.
Pelo meio, umas fugas para aliviar o stress e caminhadas pela beleza da Natureza. Mesmo coberta de branco e a zumbir ventos agrestes.
Contam-se os dias.
Somam-se as horas de trabalho e com o pé de meia em Portugal, sobram uns trocos para engordar o abdómen.
Chegamos felizes com a diferença horária, abraçados ao que nos espera.
Desta vez, um mar de emoções.
Onde nem a força da rebentação, conseguiu apagar os corações desenhados nas rochas.
Vivemos os dias, como se o mundo terminasse logo a seguir, a cada juntar de corpos.
 E acordamos felizes, por sabermos que o mundo, nos deu a alegria, de saborear o resto dos dias que ganhamos ainda longe. Como se fosse uma lotaria.
Mas chega o dia!
O dia D, do regresso.
A última noite é o somar do que conquistamos!
Desta vez, foi o apogeu da felicidade. Misturada com a alegria da rapaziada.
O dia nasce e nasce o formigueiro no estômago, que não deixa a digestão ser suave.
As horas avançam, como o afastamento já sentido, das pessoas queridas.
E partimos de encontro ao aeroporto, que uns dias antes, libertou tantos sorrisos.
Hoje os sorrisos, nem amarelos foram!
O olhar permanece nostálgico, sentindo o avião a cada minuto que passa. Afastar-me do encanto.
Vou aterrar no aeroporto já conhecido.
Vou passar as barreiras de segurança, sem ter apertado o cinto.
Vou......Esperar pelo caminhar dos dias.
Uma certeza tenho: Nasci para amar!

terça-feira, 28 de agosto de 2018

Ainda serei mais Feliz


Ainda te sinto!
Foi tão intenso, tanto tempo. Imensas sensações!
Estás a respirar o teu fim!
Ainda me oferecerás loucos momentos. Começando por não ouvir ainda de noite, a sineta rabugenta.
Abris-te as portas, do sorriso permanente.
Alargas-te os meus horizontes, à imaginação pura e tao evidente. De quem se chegou ao meu corpo, agora sim, relaxado e esfomeado.
Ainda tenho uns dias!
O tempo refrescou os caminhos, que me levam sempre, para o mesmo destino.
Limpou o pó, que ameaçava esconder o meu espólio. De dias intensos, numas férias desejadas e ornamentadas.
Agora já refeito das emoções constantes em dias tão quentes, como o pensamento.
Viro-me já para a mala, para a encher de esperança.
Ainda está meia cheia!
Ainda me sobram umas luas, para confortar ainda mais os sorrisos. Que irão atenuar as saudades, quando a neve e o frio, comandarem por meses muitos destinos.
Ainda serei mais feliz!!!!


sábado, 18 de agosto de 2018

FÉRIAS


Acordei sentindo o teu beijo!
Tão fofo, tão amoroso.
Abri um olho e delirei, com os teus lábios pousados nos meus.
Abri o outro e sentiste o meu acordar.
 Afogueaste ainda mais o teu beijo e levaste as tuas mãos ao meu rosto dizendo: bom dia meu amor!
Deixei-me enlouquecer pela tua vontade. Pela tua felicidade e entreguei-me ao teu amor,  de alma e coração.
Senti-me a entrar em ti. Senti-me a estremecer.
Senti-me a enlouquecer com os teus desejos.
As tuas emoções,  estavam ao rubro. O teu amor sentia-se em todo o quarto.
Senti-me elevar pelo espaço numa leveza divinal.
E sentia os teus esgares de prazer.
Eras a Deusa neste reinado privado!
Eu, o teu príncipe encantado.
Estremeci com os teus seios no meu rosto. De uma suavidade extrema.
Toquei-lhes com os lábios e arrepiei o meu pensar.
Já não dormi, já nem acordado estava!
Estava no céu, abrir-se num azul encantado,  para recolher o meu corpo embalsamado num orgasmo fantástico!
Bem vindas férias!

domingo, 12 de agosto de 2018

Subir ao Céu


Muito calor!
Só na água se refresca, o corpo e as recentes emoções de uma peregrina.
Nadei até cansar, pela frescura das árvores e cortando o verde da água.
Saboreei o sol bem forte, para morenar o corpo e não tardou, voltei a mergulhar no lago salpicado de miúdos e graúdos.
Um país sem praia, vive dos lagos que aparecem por encanto, ao terminar uma subida. Que deixa os joelhos a pedir clemência ao corpo.
Se continuarmos mais uns o kilometros, outro lago encantado surge como um paraíso verdejante, que faz desaparecer o stress acumulado em dias que nunca mais passam.
E se mais subirmos, numa montanha sem fim. Damos de caras com mais um lago, onde se diz, existem sereias encantadas.
E se ainda usarmos desafiar as alturas, que nos brindam com o mais belo azul do céu. Onde desejamos repousar a nossa alma. Encontramos um restaurante pousado lá pelas mãos dos deuses. Que nos servem comida para recordar, a um preço proibitivo.
Se ainda teimarmos em subir, encontramos cenários tipo senhores dos anéis.
Onde labirintos espremido, nos apertavam os neurónios já adormecidos.
E se ainda teimassemos em subir....  Estávamos no céu!
Seriam umas férias de adrenalina e emoção no coração da Natureza cá imortalizada.

sábado, 11 de agosto de 2018

Nasci para Amar


Acordei-te com um beijo no pescoço, tal o desejo de abrir os olhos e ver-te, ali tão perto.
Inclinaste-te, bom dia meu amor- disseste!
E beijamo-nos suavemente na boca, como um convite para o amor.
Subiste para o meu corpo e encostas-te o teu rosto no meu peito.
A tua face, ainda com laivos dorminhocos, sentia o meu coração a bater mais rápido, depois do descanso que o meu sono lhe ofereceu.
Colaste os teus lábios no meu peito.
E senti a tua língua a iriçar os meus pêlos.
Os teus lábios pareciam carimbos. E um a um, faziam brotar o enorme desejo, que o meu corpo já manifestava.
Acariciei-te a cabeça, enrolando as minhas mãos nos teus cabelos negros.
Esticaste o teu corpo ao longo da cama, para encostares os teus seios ao meu rosto.
Por fim, sobes para o meu corpo e sentas-te nele.
Cravas as mãos no meu peito, aprisionando os meus movimentos, depois de te enterrares nas minhas entranhas.
Murmuras, num grito de prazer incontivo e definitivo: Nasci, para amar, a pessoa, certa,.... .Agora....!

domingo, 5 de agosto de 2018

A nossa História


A nossa história, é única!
É muito sonhada, muito sentida, muito desejada. E muito amorosa.
Porque as personagens dela, são uns queridos! São boas pessoas. Lindos, por dentro e por fora.
A beleza da nossa história, resume-se, à paz que proporcionamos.
À alegria de nos termos conhecido.
Ao amor que em nós descobrimos!
A nossa história, é o caminhar no nosso corpo!
Amacia-lo, com a beleza do nosso passo.
Rega-lo com o nosso amor. E ama-lo pela vida fora.
A nossa história, é um livro maravilhoso!
Que se alonga, a cada dia que passa!
Necessito de mil folhas, para escrever a felicidade que me proporcionas.
Outras tantas, para descrever a paz que me envolves.
E mais mil, para vincar no papel, a alegria com que trabalho, porque vejo o teu rosto sorridente ao meu lado, amparando a minha ansiedade.
O futuro da nossa história, é amar-te com tudo o que sei!
Com tudo o que aprendi
Com tudo o que me ensinaram.
Como Sou!
Quero, amar-te profundamente, para nunca mais te esqueceres de mim!
Nem que fique como uma lembrança.
Sei que vai ser uma boa lembrança.
Para tu guardares no teu coração, devido à história que tivemos simplesmente, estrondosa!

sábado, 4 de agosto de 2018

Vai em Frente


Escrever um sentimento.
Um desejo.
Uma carícia simples como, desejar tomar um café?
Pode se traduzir numa paixão, que assume proporções bíblicas!
Tudo se inicia, num rosto que nos chama a atenção!
Ou pela beleza.
Pelo sorriso.
Pela expressão.
Conversamos hoje, amanhã. E mais, ao fim de semana.
A dada altura, já nos envolvemos em belas emoções e a ansiedade do tempo passar, é a grande batalha, a travar todos os dias.
Desabafamos a dureza do dia.
 A nostalgia da distância e as saudades das crianças.
Por fim, um de nós assume o que até então mais parecia utopia!
"Vai em frente".
E vamos!
Num caminho, que aguarda cada dia que se vá, num calor tórrido.
Num caminho, farto de frases espalmadas. Numa folha no início branca. Mas com as horas passando, revestem-se de autênticos pergaminhos do amor!
Num caminho, sem contra curvas, onde as rectas dão azo, a emoções quentes.
Numa distância a ponto e ponto encurtada. Porque sentimos-nos tão próximos, que esperamos o bater levemente da porta. Para entrar de braços estendidos e lábios, semi abertos.
Tornamos os nossos dias encantados.
Adormecemos apaixonados. Ainda vestidos amortalhados.
Acordamos primeiro, de um magistral sonho. Depois, com o enxugar do rosto, sabemos que já não é, um conto de fadas!










domingo, 29 de julho de 2018

Calor Imenso


Calor, imenso calor!
 Pela manhã, procurei a fresquinha no arvoredo em meu redor.
E num mergulho, no lago que acalmou o calor, deste corpo. A galgar as entranhas de desejos nada estranhos.
Perto do almoço, regressei aproveitando para colher umas frutas que me saúdam no caminho.
Jardineira e vinho italiano. Fruta cá da terrinha e café dos napolitanos.
Um cheirinho de whisky americano e pela segunda vez, nada de cigarretes!
Mas a carne de vaca Austríaca, apesar de me custar os olhos da cara. É tão saborosa e apetitosa.
Do nosso país, só os desejos que se mantém para serem saboreados, no regresso, daqui a um par de semanas.
Pela tarde, dediquei uma hora à sesta domingueira.
E logo a seguir, voltar a procurar a fresquinha perto da água e apanhar um solinho, para morenar um corpo franzino.
O Domingo está a terminar.
A noite refresca o quarto, onde me deito a sonhar (muito sonho). Sonho com a felicidade ainda longe, mas ciente que o longe, se faz perto!


domingo, 22 de julho de 2018

O mercado da Fruta





 O tempo não estava para graças.
A chuva mesmo miudinha, ameaçava encharcar quem como eu, se aventurou pelo verde que me rodeia.
Mas como o desejo, não se mede pelo tempo, mas sim pela intensidade. Lá fui, ouvindo música e falando com os meus botões.
Transformei o meu passeio, num passeio pelo mercado da fruta.
Um mercado de estender a mão e colher o que a natureza oferece e os agricultores ainda agradecem. Que de tanta, até apodrece.
Que prazer sentir, o sabor puro da fruta. Só comparável,  quando miúdo e subia os muros para sossegar a barriguita.
Iniciei mesmo à porta de casa, pelas ameixas que dobram os ramos de tantas e tantas.
Uns duzentos metros, maçãs pequenas e tão saborosas.
Encarnadas, verdes, amarelas e malhadas.
Mais uns passos, arrotando como sinal de presença, assustando os galináceos. Pêras pequerruchas e graúdas.
Deixando está parte habitável, entrei mata dentro, caminhando pelo estreito com mão humana, para as caminhadas de meio mundo.
Já ia farto e com sinais estridentes de um estômago ardente. Dei com deliciosas amoras ali a desafiar-me.
Meu deus, à tanto tempo que não saboreava amoras, no seu habitat natural.
Dei um jeito ao estômago para dar espaço a tão belo fruto e: uma, duas......
Bem queria parar, mas elas surgiam do nada. Vistosas e gorduchas. Escuras e encarnadas.
Que farto-te!
Na volta, senti-me embriagado de tanto fruto.
Cantava, arrotava!
Com o caminhar, aliviava a pressão estomacal e sentia o gosto desta fruta, que de tanta. Nem as aves e os animais, conseguiam pôr fim.
Caiam e apodreciam ao redor de onde nasciam.



sábado, 21 de julho de 2018

Bom Dia


Bom dia!
Dar-te o bom dia, ainda na cama, é a alegria para o resto do dia!
Só sei, que penso em ti constantemente.
Escrevo pensando em ti.
Já não sentia isto à muito tempo.
O que tens? Para tudo isto!
Fico revoltado, quando não partilho do que sinto. Não do que desejo!
Porque, a vida tão simples é boa!
Conseguimos falar de nós, de sentimentos.
Confessamos segredos, partilhamos emoções.
E ainda, deixamos respostas para mais tarde!
Por isso, sonho para te ter tão perto, que humedeces, a minha pele com o teu respirar.
Sonho ainda acordado e adormeço embalado!
Durante o meu sono, sou amparado pela tua voz tão suave, que me retém num consolo adorado.
Por fim, a manhã voltou a trazer-me, de volta à realidade!
A tua voz, essa, não mais me deixou abandonado!

sábado, 14 de julho de 2018

Migalhas de Amor


Retirei do bolso, migalhas de amor!
Depois de devorar esse amor, com uma fome de lobo.
Amor intenso, volumoso, carinhoso.
Amor que nascia com o nascer do sol, quando me levantava ainda ensonado. E só repousava, quando o corpo pedia clemência, arrasado.
Amor de tratamento belíssimo!
Num bom dia tão querido.
Amor de corações encarnados, que enchiam os olhos, de um encanto abrilhantado.
Amor que resistiu a cento e tal sorrisos, a cento e tal corações espelidos.
Amor de emoções, desejos e êxtase de madrugada.
Amor agora?
De migalhas de amor. Soltadas sem dor!
E lancei-as ao ar, para o vento as levar.

domingo, 8 de julho de 2018

Uma tarde na varanda


Uma tarde na varanda!
Tempo ameno e rodeado de pura Natureza.
As aves, deambulam na procura de comida e os filhotes batalham, em quem tem mais pescoço, para chegar ao bico da progenitora.
É tudo colorido!
É a maravilhosa beleza, numa sucessão de cores, até onde a vista alcança.
Árvores carregadas de frutos. Oferecidos de bandeja, às aves que sem predadores multiplicam-se, a cada minuto.
Cabeças de gado às centenas. Cada criador com sua cor!
Pretos, amarelos, malhados e salpicados de cores garridas.Tão asseados e de sineta ao pescoço, num zumbido que por vezes martiriza.
O sol deu um pouco de cor ao meu corpo, martirizado pelas escaramuças da labuta.
Ouvi música, escrevi uns sarrabiscos.
Devorei frutos secos, bebi um lambrusco italiano, que ainda faz, da noite dia.
Vi constantemente um rosto, que me penteia o couro cabeludo.
Está a devolver- me emoções, que já imaginava distantes. E o meu corpo treme de algum espanto.
Agora a noite tomou conta de mim. E não desejo sair daqui!

domingo, 1 de julho de 2018

Desejo que o dia não Termine



Foi uma noite de sentimentos tão contraditórios, que me ofuscou o estado de espirito!
O fim de tarde prometia uma algazarra de emoções. E juntei-me a tanta comida, que foi preciso empurra-la com um garrafão!
Gente de várias línguas, mas com o mesmo apetite e a mesma sede em viver loucas emoções, regadas ainda a carne, era lançada para o assador.
Depois de uma manhã de trabalho iniciada bem cedo, que meio mundo ainda estava a saborear o primeiro sono. Parti para uma noite, que esperava maravilhosa e saborosa.
A vida é feita de emoções, sejam elas agradáveis ou simplesmente viradas para o lado que não queríamos. Por isso, essa mesma vida, tem o condão de agradar sempre a uma parte. Deixando a outra, com a esperança de mais cedo ou mais tarde se inclinar para o nosso lado. Já aconteceu e vai voltar a suceder!
Passado o momento de ofuscar a euforia inicial, fui sentir a multidão em mais uma festa que é apanágio no verão!
A alegria e a barafunda espevitou-me e só de lá saí, quando o cansaço, tomou conta de mim.
Atirei-me para a cama como um garoto cansadíssimo de um dia de correrias. E já a manhã ia mais alta, do que a janela do primeiro andar. É que descerrei o olho esquerdo, para sentir o dia.
Estou, naquele momento que desejo que o dia não termine, porque me oferece uma paz tão leve e tao profunda.
É assim que me sinto bem! É assim que construo, o meu dia-a-dia.


Seis Letras



Penso em ti, que te trago ao peito.
Como um símbolo estampado, que já me acompanha equipado.
 Falo alto o teu nome, para que fique decifrado nas paredes do meu quarto.
Assim leio-te dormindo e acordado!
Cada palavra, representa a esperança de a cada dia, ter, a força necessária de o vencer amparado.
E são seis para toda a semana.
 Acordo a meio da noite e sinto o teu rosto colado ao meu!
Tão juntos, que nem uma palavra posso prenunciar.
Só os meus lábios colados aos teus, falam em beijos suaves, depois de uma noite ancorado, ao teu corpo bronzeado.
E falam, falam! Até ficarmos com os lábios encorricados.
É tão belo pensar em ti!