terça-feira, 28 de setembro de 2010

Cada Dia é um Desafio



A vida desafia a procurar soluções, quando a caixa almofadada onde se acomodava o bem bom diário explodiu. E soltou a realidade nua e crua de olhar para as mãos e sentir que numa está cheia de nada e na outra de coisa nenhuma.
Agora chegou a altura de não olhar para trás e encher estas mãos de conteúdo, para que o caminho a seguir seja a realização no futuro.
Paga-se para aprender, novos desafios!
Ainda estão em fase embrionária, numa luz ténue que pouco se deslumbra numa imensidão de espaço.
É necessário, muita força. Muito querer, porque o tempo que medeia até ao seu final é longo e demorado.
Trabalha-se para praticar gratuitamente!
É mesmo assim. Aproveitar umas longas horas para descobrir os segredos desta nova fase, tão diferente da anterior que se foi solidificando em anos a mais, quando o seu destino estava traçado a olhos vistos.
Tenho corrido qual maratonista em busca de acção para fugir ao apego da acomodação.
Procuro pessoas que conheço em anos longos de actividade para ocupar algum tempo.
Os tempos estão difíceis. E poucos deles dão mensagens de esperança.
Tento aprender o mais que possa. Num vai e vem de promessas que embora pagas. Demoram a serem postas em prática.
Claro que quem chega a esta fase, onde devorou a carne e só existem os ossos, já a entrar num estado mirrado. Necessita continuamente de os alimentar para que a semente germine e volte a dar a carne necessária à continuidade do ciclo normal de uma vida até aqui plena de normalidade.
O Outono entrou pela janela da esperança!
A folha irá cair, como tem que cair. Mas com a mensagem de que tempo depois, uma nova folha irá brotar, para iluminar uma Primavera fresca a anunciar um Verão prometedor.
Pés ao caminho, que já se faz tarde, para conquistar o futuro.
Que só depende de quem o quer conquistar, mesmo contra ventos e marés, numa tempestade que não pode sair do mar.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

O Futuro é Já ali…….



A lama cobre-me e ameaça secar deixando-me apertado a barro que me vai sufocando.
Estico os braços, alongo as pernas e dou vida à língua para descobrir um canto onde possa desenvolver a opção profissional que quero tomar.
São os primeiros passos de um caminho longo que me espera.
Invisto o que o mealheiro guardou, dado ser o inicio para abrir o futuro. Mas só isso não chega.
A primeira tentativa é sempre um tremelicar constante, mas ninguém nasce ensinado e o prosseguir é a meta à vista.
O sucesso nesta fase é muito relativo, porque abarca situações que ainda me foge por entre as mãos.
Quero praticar, já que sem essa ferramenta não existe ensino que me guie para o êxito.
Quero aprender porque não existe idade para tal e aprendendo ou não, irei ter sempre os anos a avançar.
Mas é fantástico o mundo onde me quero inserir!
Engloba arte desde o primeiro toque que se liberta por entre os dedos.
Transforma aspectos secos e pesados em esvoaçantes gestos, que embora sejam bem pagos, contribuem para a auto estima de quem os procura.
E com tudo isto garante procura no futuro, porque arte bem modelada é sinónimo de sucesso amealhado.
Mas o caminho é ainda salpicado de lombas que ameaçam parar por momentos a certeza de ir mais além.
Nada como um dia de cada vez!
Hoje correu assim, assim. Amanhã será de certeza bem melhor.
O fácil deixou de existir. Ou melhor dizendo, nunca existiu!
Esgravatar a lama que impede chegar ao topo é o trabalho moroso que me espera.
Porque quem paga exige a satisfação. E a satisfação como tem preço, é sempre um pau de dois bicos.
Tenho quem me abre as portas para mostrar a minha capacidade.
Tenho quem me ajude a aliviar a ansiedade.
Tenho um abrigo para descarregar as tristezas de alturas menos boas.
Como tal á que continuar a luta da busca da reconversão.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Setembro o Mês do Regresso


O Setembro entrou embrulhado no calor de Agosto e cria um dilema que só daqui a meia dúzia de dias passará.
Criou a moleza no corpo carregado de sol, dando-lhe um aspecto escuro para muitos e muitas daquelas, que ainda não meteram na cabecinha que as horas impróprias de sol são o martírio para a pele daqui a poucos anos.
E essa moleza transporta-se para a entrada ao trabalho criando intermitências na integração do mesmo.
Mas nada de grave se passará e logo, estamos prontos para mais um ano de entrega ao sustento que ainda nos proporciona uns bons dias de férias.
As cidades voltam à rotina de sempre e chegando a abertura escolar, já ninguém se lembra das férias tão aguardadas e foram-se num espreguiçar molengão, que quando a boca se fechou, era hora de regressar a quatro paredes tão conhecidas.
Dos turistas que desembarcaram neste país, trazendo um pouco de linguagem para praticar o que entretanto aprendemos.
E dos imigrantes já a viver nos países de acolhimento, trabalhando, para amealhar uns dinheiritos que são a base do suportar a longa ausência longe da família.
Os cafés deixam de encher os bolsos com os clientes a gastar duas ou três vezes mais, com a ajuda do subsídio de férias que dá um pouco de alegria muitas das vezes afogada em excessos próprios da altura de férias.
Os governantes aproveitam a reentré política, para em discursos mais ou menos inflamados avisar o partido do poder, que se pensa que são favas contadas, aprovar o orçamento para o próximo ano. Que tire o cavalinho da chuva, porque desta vez, os entendimentos só se farão mediante o compromisso de não mais existir aumentos de impostos.
Já ouvi isso do orçamento anterior e foi o que se viu e se está sentir!
Portanto são fogachos em clima de incêndios, onde todos sabemos que não passam de discursos de inchar as goelas, mas logo passa e lá se vai assistir ao orçamento passar como interessa ao partido do poder e à oposição. Que partilha das mesmas soluções para endireitar o país no caminho que a grande maioria dos portugueses sabe que já não tem direcção.
Setembro é por isso o inicio de todas as actividades que sofreram um interregno para que possamos descansar e carregar baterias, para o que nos aguarda e não tarda muito.