quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Este Homem Merece Ser......



Este homem só diz disparates!
Mais um que não deve estar bom da cabeça!
Ninguém no seu juízo perfeito, diz baboseiras grotescas como este verme. É mesmo um verme!
Com que direito tem este banqueiro sanguessuga, vir para a rua através da linha aberta oferecida, por quem tem interesse em o usar e opinar, usando os pobres sem-abrigo como exemplo para todos nós.
Que ditador latoeiro é este paquiderme, que usa e já abusa das considerações melindrosas que estão a levar milhares de portugueses para as escarpas do abismo.
Primeiro abriu as portas da sua caixa forte para empurrar milhões de euros a juros do tamanho do seu nariz e empanturrou os portugueses de dividas até aos cabelos.
Queria lá saber se os portugueses poderiam ou não pagar, passados alguns anos! O que queria era encher a caixa forte e enviá-la para as ilhas Caimão, ancorá-la junto aos compadres da sua igualha, uma autêntica matilha de cães raivosos.
Este tio patinhas da era moderna, com os óculos na ponta do nariz, para ver o que não vê! Ou seja, a proximidade de alguém, até mesmo um sem-abrigo, alguns dos quais infelizmente caíram na sua armadilha. E foder-lhe a canastra num virar da esquina bem próximo do palacete, que ergueu à custa de todos nós.
Este banqueiro de meia tigela, sempre a lacrimejar, junto ao governo que abra as portas aos euros para ele levar para as caixas do seu BPI. E assim auxiliar os portugueses, coitados que sem esses euros nem sem-abrigo viram, vão directos para as pontes e de lá se atiram para fugir às enormes dividas que estes cães lhes fizeram chegar às caixas de correio como promoções de Donuts. E agora lhes estão a levar o apartamento, mais a mobília que lá tem dentro.
As torneiras que já nem água pingam e os radiadores enferrujados da crosta lá introduzida, devido á não manutenção porque não à cheta para o gaz.
Este infeliz, que usou apoderar-se da desgraça de quem se encosta às entradas dos prédios para se resguardar do frio. Devia ser encurralado por eles e obrigado a embrulhar-se em dois metros de papelão e sem poder arrotar a dois papo-secos, porque é isso que já acontece a muitas crianças que já não vêm pão, em casa, quanto mais uma malga de sopa.
Este infeliz, que não se atreva mais a dar a cara à raiva dos portugueses, senão, nós não respondemos por nós e vamos mesmo desfazer-lhe aquele focinho!   
São estes tipossssssss, que me fazem reaparecer o sonho!

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Mais Branco não Existia.



Era tudo branco, mais branco não existia.
A natureza pintou a terra de branco, deixando por breves momentos as peugadas de quem se aventurava, descobertas, para que não sentíssemos que vivíamos fechados em quatro paredes.
Durou vários dias que pareciam uma eternidade.  
Nisto o tempo muda, (só não muda as desgraças desta crise), e aquece de um dia para o outro.  
E acordo com a chuva a desafiar a neve, num confronto de titãs.
A neve até então dona e senhora, da superfície terrestre. Vê-se confrontada com os pinguitos e está-se marimbando para essa amostra de chuva, continuando a espalmar-se pelos montes e bermas de estrada como barreiras sem arado.  
Mas o tempo malandro, resolveu aquecer mesmo e a meio da manhã, já obrigava a tirar a samarra, com que eu afastava o bater do dente.
E aquecendo, foi-se o frio intenso e veio, agora sim a chuva miudinha.
Então foi um espectáculo! Chuva e neve envolvidas num abraço gigante, para ver quem sucumbia. E como esta chuva caía, como outrora a neve o fazia. Não demorou muito tempo até que a neve sucumbisse.  
Mas a neve deu luta. Luta tremenda e a cada pedaço que se transformasse. Outro fazia questão de lutar até se diluir. E aqueles que ainda duravam, davam formas artísticas ao chão que eu ia pisar e vislumbrei, o que o meu cérebro me indicou.
Era arte pura que o chão, metros e metros de degelo me oferecia. Parava por segundos e admirava a forma antes de se evaporar e ser levada, num fio de água pela calha, até se esbarrar na terra dura, que constantemente a piso.
E no fim do dia. já a noite era dona e senhora das horas, que por direito universal lhe são consagradas. Fiquei com pena da neve!
Ao ir-se por água abaixo, deixou um rasto de desilusão para os olhos já acostumados com a brancura até perder de vista. Porque deixou a descoberto o que queimou!
Os campos estão com um aspecto negro, dá a sensação que uma bomba lá caiu e queimou tudo o que tinha vida.
E a chuva vai continuar e a temperatura a aumentar.                       
Virou-se tudo do avesso!
Onde antes existia neve, já vira lamaçal.
Onde antes se escrevia e construía-se bonecos e frases amorosas. Agora enterra-se as botas e salpica-se as roupas de terra barrenta.
Vou torcer para que o sol benze esta zona para matar saudades de um local plantado à beira mar, com as estrelas a tomar conta de cada lar.
Porque temperaturas positivas é só um ar de sua graça, já que para o fim de semana, o frio e a neve voltarão e com toda a força. Que pintarão em meia dúzia de horas, novamente, tudo de branco.

domingo, 27 de janeiro de 2013

Parabéns Diogo



A vida passa como um lampejo arquejante sobre o meu pensamento, não é para menos, hoje 27 Janeiro. O meu filho o primeiro, faz vinte e quatro anos.
Vinte e quatro anos! Tenho um filho com esta idade, parece impossível, apesar de já se vislumbrar umas brancas marotas que tento enviar a cada gesto para trás das orelhas.
São muitos anos e lembro-me como se fosse hoje!
Era o primeiro. E como tal era o fechar da redoma por nós construída num namoro intenso, que só podia redondar num nascimento.
Mal viu a luz do dia, logo o afastamos das ameaças diárias e resguardamo-lo numa alcofa blindada e só nós o poderíamos ver.
E o raça do rapaz, esperto demais para a tenra idade aproveitou-se da nossa fragilidade e inexperiência. E toca a fazer o que lhe apetecia.
E hoje faz vinte e quatro anos!
Gostou do adocicar das gotas que lhe colocávamos na boca e toca, logo que o sabor se desgastasse, a berrar como um cabrito, pedindo mais e mais. E os pobres desgraçados corriam apressados para acalmar o manhoso petiz.
Adorou o abanar da alcofa e exigiu que o embalássemos a toda a hora. E os pobres pais, não querendo ver a realidade; que dois” tones”, passavam a noite em vigília constante, quase caindo desfalecidos, com a alcofa nos joelhos abanando-o seguidamente, senão o maroto cabritinho berrava até por os vizinhos de pé.
Dormia na caminha bem ao nosso lado, mas exigia dormir de mão dada. Que ternura, mas o puto tardava em adormecer e o meu braço, não se podia mexer, senão era berreiro já conhecido. E ficava com o braço tão dorido que demorava minutos a senti-lo.
Que doloroso era cuidar deste filho e quanto mais crescia, mais nos ia sentindo o pulso.
Emagrecemos. Carregávamos olheiras de noites mal dormidas e o puto tardava em nos dar sossego.
E hoje faz vinte e quatro anos!
Mamava como um desalmado, não deixando que eu partilhasse o que era meu por direito.
E na fase das papas e sopinha bem ralada, não se fazia rogado e de duas em duas horas, lá estava o berreiro a alertar para acalmar o ratinho da barriguinha.
Se o ligasse à corrente dava energia para toda a casa já que não parava sossegado. Tinha uma vontade incrível de estar em constante movimento. Fosse a fazer, o que lhe viesse á mente.
 E hoje faz vinte e quatro anos!
Fez o Básico com uma perna às costas. O melhor entre os melhores
 E o Secundário, como quem não quer a coisa. Tratava por tu todos os testes.
O Superior, pouco custou. É malandro-te, para ser mais que Doutor.
E hoje faz vinte e quatro anos, senhor do seu nariz. Também é só isso que possui.
E língua afiada, mas que não o está a levar a lado nenhum. Porque tretas e mais tretas está o mundo cheio.
Não tem onde cair morto, mas tem sempre um lugar guardado neste coração bondoso.
Parabéns Diogo!




sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

O Rei faz Anos



Comecei por ser do Benfica, porque só ouvia falar em Eusébio!
Pouco o vi jogar nos seus momentos áureos, porque ainda gatinhava pelo corredor que ia de uma ponta a outra da casa.
Mas logo que pelo meu apego ao Benfica, me apercebi da extraordinária capacidade de Eusébio, para jogar e fundamentalmente marcar golos. Fiquei extasiado com este homem.
Enumerar jogos deste homem, onde fazia a diferença no meio de uma equipa toda ela servida por jogadores fabulosos. É cansativo, já que cada jogo é uma história que ficou nos arquivos para servir de testemunho, aos jovens que tocam numa bola e estão destinados a serem futebolistas.
Ele corria como uma chita, na busca da presa (baliza), com tamanha arte e bravura que forçosamente a presa teria que entrar pelas redes dentro.
Ele desafiava os apostadores e obrigava a pensar duas vezes quando o Benfica e a
Selecção Nacional, pisavam qualquer relvado por esse mundo fora.
Ele era operado aos malfadados joelhos vezes sem conta, como forma de curar as entradas dos brutamontes adversários. que só assim o paravam rumo á baliza contrária.
E como qualquer jogador, ganhar era o limite. E mais além era o golo sempre presente.
Valia o seu peso em ouro!
Mas os escudos que entravam no seu bolso eram secundários, já que o amor ao Benfica não tinha preço. E muitas vezes teso, é que brotava as grandes jogadas.
Chorou em pleno relvado, em ombros almofadados. Era a criança a brotar, quando tinha à mão o brinquedo tão querido e deixou-o ir por água abaixo.
Venceu tudo o que havia para vencer e só não mais amealhou, porque a Selecção não superou as artimanhas inglesas para travar Eusébio e companhia.
Só me mete nervos quando fala. Parece que está com a língua encravada.
Os humildes são assim! Feitos de poucas prosas e fuga aos holofotes da ribalta.
Por isso o mundo futebolístico o adora!
Ainda recentemente foi-se abaixo das canetas e mergulhou uns dias prolongados num relvado, todo branco.
Mas Eusébio da Silva Ferreira é homem de sete vidas, como o foi das sete operações para por os joelhos em forma.
O povo amante da bola e não só, porque ele já faz parte da nossa história, rezou a bem rezar para que recuperasse o mais rápido possível. E ele aí está aos setenta e um anos rijo como uma rede onde só paravam as bolas, como misseis teleguiados.
Parabéns grande Eusébio!