segunda-feira, 29 de junho de 2009

As Peripércias Que Isolam-me do Mundo, num Fim de Semana


A manha está fresca salpicada de uma chuva miudinha, que arrelia quem necessita de andar pela calçada e amolece a alegria, de quem já sonha com o calor para se refrescar na praia e as férias que estão à porta num abrir e fechar de olhos.
Terminei um excelente fim-de-semana que me isolei do mundo que me assola diariamente.
Isolei-me da barafunda politica!
Das peripécias de Sócrates, na tentativa de mostrar que segue o rumo traçado desde que tomou posse, mas aqui e ali transmite uma insegurança disfarçada, fruto dos resultados ainda frescos de umas eleições que neste momento muito representam, mas podem ser só fumaça.
Da tentativa do grande partido da oposição, em dar vida, dar cor, dar luz. À sua líder Manuela, para de uma vez por todas convencer os indecisos que está ali a mulher da salvação do país.
A mulher da realidade das dificuldades dos Portugueses e não da realidade virtual.
A mulher que arregaçou as mangas para trabalhar na convicção cada vez mais real segundo o PSD, de levar o partido à vitoria. À grande vitoria que afaste definitivamente as politicas nefastas que o partido do governo tem implantado no País ao longo desta legislatura.
Quanto à restante oposição, ainda a festejar o pecúlio angariado nas recentes eleições que pode ser um lindo sonho, mas que a realidade esfumará com o resultado das próximas eleições.
Urge trabalhar mais e mais para consolidar os resultados alcançados.
E não deixar a sensação, que tudo não passou de um caso de excepção e logo que surgiram eleições tudo voltou ao normal, ou seja, o atirar dos restantes partidos com assento parlamentar para o canto da hibernação sem dia para espreguiçar o primeiro bocejo.
Isolei-me da morte do Michael Jackson, que já virou endeusamento e uma correria desenfreada para arte comercial de candongueiros famintos por explorar: sentimentos, dor e histerismos.
Chegou a vez do homem, que fez o que lhe apeteceu do seu corpo, desafiando limites, que a própria alma desconhecia.

E entreguei-me à felicidade, à tranquilidade da família!
Chupei ameixas de paixão, na frescura de uma árvore humana que balançava a cada encosto dado pelo abraçar apertado de braços arrepiados de prazer.
Recordei-lhe peripécias marcantes de anos já passados de uma união de altos e baixos de uma escada de veludo com cheiro a framboesa. E com degraus já gastos devido ao peso dos nossos corpos a descarregar todo o encantamento impossível de ser controlado dentro da nudez de uns corações que galgavam a parede carnal e entravam pelo nosso cérebro, desintegrando-se em mil partículas, levando-nos a uma extinção angelical nuns minutos de sonho impossíveis de prolongar.
Comprei este mundo e o outro numa tentativa de encarar o futuro com optimismo, para poder oferecer aos meus filhotes, a realidade de sonhos ainda em construção, naqueles cérebros ainda infantis, mas já adaptados à realidade em que vivemos.
E ainda me sobrou uma horas para me divertir com amigos do peito, daqueles que partilham, o pouco que têm connosco e vice-versa. Numa amizade que já não se descobre nos dias de hoje tão cheios de impurezas e traições, que despedaçam logo à nascença a alegria de conquistarmos amigos.
Agora enfrento o começo de mais uma semana! Cheia de ebulições já usuais. Mas com esta sensação de bem-estar, de felicidade estampada neste rosto ainda jovem, mas já com meia dúzia de rugas a assinalar de que nem tudo são rosas. Estou pronto para tudo e tudo é mesmo tudo!

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Cavaco Como o Líder da Nação



Tem perfil para ser presidente da República, mas não tem o carisma de ser o homem em quem o povo possa acreditar e em seguir as suas doutrinas.
O seu papel também é muito de assinar positivamente uns despachos e uma vez por outra vetar uns projectos de lei, que na sua óptica esbarram nas suas duvidas em se é ou não constitucional e vai daí veta, obrigando a ser de novo apreciado no parlamento para as necessárias alterações.
Tem viajado muito. Matando os desejos da esposa em visitas à muito sonhadas, mas onde a oportunidade por artes magicas só chegou com o marido a Presidente, juntando-se assim o útil ao agradável.
Mas não é por aí que se irá fazer um bicho de sete cabeças, com isso pode o País. E as viagens presidenciais são um mal menor. Contribuindo para o presidente estar perto do povo e levar a bandeira hasteada na sua figura quando visita países amigos ou então países para estreitar relações diplomáticas e comerciais, tão necessárias como pão para a boca.
Lembro-me bem de Cavaco como primeiro-ministro!
Liderava um governo de maioria absoluta. Onde o quero, posso e mando eram apanágio da sua governação.
Foi um biltre para os trabalhadores que numa atitude de louvar, se uniram contra as suas petulantes decisões sem o mínimo de recuo.
Mesmo com indirectas de figuras prestigiadas do País, onde o Presidente fazia ouvidos de mercador, numa convicção que pensava ele, lhe davam a certeza, da certeza, que o que decidia era o melhor para os trabalhadores e fundamentalmente para o País.
Perdeu em toda a linha e numa união sem precedentes, o País parou numa greve geral que deixou o governo pasmado e principalmente Cavaco confundido.
Confundido com a enorme união entre os trabalhadores, que ele até ao ultimo segundo pensava não ser possível tamanha mobilização. Não esquecer que Cavaco governava com maioria, portanto governava a seu belo prazer.
E o Pais, parou de Norte a Sul, obrigando Cavaco a recuar nas suas políticas.
Foi o princípio do fim para Cavaco! Esmoreceu num términos do seu mandato sem honra nem gloria e não se recandidatando para disputar novas eleições pelo PSD, delegou a Fernando Nogueira, a batata quente de uma derrota já anunciada.
Cavaco passou uns anos a hibernar! Voltou à ribalta politica com a candidatura à Presidência. Perdeu e voltou para a toca repetindo a hibernação. E hoje é o nosso Presidente. Alguma vez o teria que ser, faltava-lhe essa honra num currículo feito a pulso como é seu timbre.
Mas a presidência para Cavaco não tem sido um mar de rosas!
Num inicio de boas relações com o governo e com a sua imagem de Presidente de todos os portugueses intocável.
Preocupado com as dificuldades de uma crise, que atola de desempregados a Sociedade, aumentando a pobreza e a exclusão social.
Sempre pronto para no contacto com as populações transmitir-lhes as suas preocupações e o possível apoio que ele como Presidente poderá facultar. Viu-se de um momento para o outro, envolvido no caso BPN, com a cruel realidade vinda a público do comportamento a todos os níveis escandaloso de um conselheiro de estado, por si nomeado.
Dos seus negócios com a SLN, proprietária do BPN, onde esse mesmo conselheiro e os demais responsáveis, lhe proporcionaram chorudas compensações por aplicações, à partida altamente rentáveis em prazos recordes, deixando no ar a ideia de os grandes amigos são para as grandes ocasiões.
Mas amigos desses para Cavaco, era melhor dar um tiro no pé. Porque mancharam o seu fato de gala que levará essa mancha até ao fim de um mandato que ele teima em tornar revoltoso, lembrando um passado de teimosia que deixou mossas.
Como se constatou ainda recentemente no reparo sobre a transparência dos negócios e dos comportamentos associados que se aplaude.
Mas o mesmo fervor não aplicou com os casos que acima relatei e que teimosamente o Presidente, repetia a quem lhe barrava o caminho de microfone na mão. Que a confiança continuava a ser o garante da continuidade em acreditar no que todo o Pais já à muito no virar de cada esquina sabia: a corrupção dessa gentalha amiga e pertencendo anos antes à equipa do presidente, enquanto primeiro-ministro.
Só esperamos que Cavaco não se incline para ajudar a criar condições para confundir os portugueses nas eleições que estão à porta.
Já se manifestou, que um governo com estabilidade era o melhor para o País. Portanto não ajude a ser a alavanca de uma mudança, que nada de novo trará, a não ser mais dificuldades aos portugueses.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

As Areias Movediças e a Salvação em Não Deixar que Desapareçam as Cabeças



Vive-se o momento crucial das trocas e baldrocas de uma politica assente em bases sustentadas por areias movediças. Onde os que estão a ser engolidos e já só tem a cabeça fora da areia, esperam que quem ainda está em solo seguro, lhe dê a mão na busca da salvação.
Isto vem a propósito das recentes afirmações dos dois líderes dos maiores partidos. Onde um, em pleno hemiciclo o Primeiro-Ministro, resolveu em dois golpes de mestre quase silenciar uma plateia de deputados, ou seja, vincou quem manda é ele ao afirmar que as funções institucionais de Carlos Guerra, a mais recente entrada para a lista do caso Freeport, estavam terminadas. Nem dando tempo a que o Ministro da Agricultura responsável directo de Carlos Guerra se inteirasse das conclusões finais deste processo e como tal fosse apanhado em contrapé. Já que o seu atraso implicou o não estar a par da estratégia delineada do PM, para o debate. Mas logo que ocupou o seu lugar e ficou por dentro das linhas traçadas para essa tarde, confirmou o que já o PM, tinha anunciado.
Mais tarde num golpe sempre vem vindo, nesta altura que o cinto dos Portugueses se aperta a cada dia que passa, anunciou algumas medidas de efeitos quase imediatos para os estudantes, num aumento das bolsas de estudo e na redução do valor dos passes, entre outros incentivos. Num apoio claro à escolaridade, cada vez mais difícil de suportar para uma grande fatia de famílias.
Argumentos do PM, para um debate que deixou uma plateia sem soluções de ataque. Virando-se para um possível negócio PT-TVI, que já circula pelos anais da comunicação e presumo fará excitar muita gentinha ávida por novidades. Mas que do lado do governo a resposta foi um silencio, deixando a oposição de dentes cerrados por não ter argumentos para atacar e passar para si o rumo do debate.
Feito o balanço de mais uma secção, onde a oposição, se afundou nas tais areias, deixando que o PS, lhe deitasse a mão através do seu ministro Jaime silva sempre atrasado para o essencial e que durante quatro anos andou sempre na cauda de um governo onde todos eram poucos para fazer frente aos desafios.
Para os lados do PSD, a líder defende as Eleições no mesmo dia, para bem da Democracia alega a senhora, o único partido a faze-lo.
Logo depois um seu rival e antecessor, vêm a publico dizer que as eleições devem ser em datas separadas.
Um pouco mais tarde numa entrevista MFL, a mesma que anos antes aumentou o IVA e que liderava os destinos da nossa economia. Vem anunciar que se for governo existiria a possibilidade de descer os impostos.
Descer os impostos quando esta crise se refugiar nos confins do universo, é a promessa de MFL, mas mal ela sabe, que todos nós Portugueses sabemos, que quando isso for uma realidade, o País vai estar tão endividado, tão endividado que nos vão sugar até ao tutano seja este ou, o partido de MFL que ganhe as Eleições.
Portanto mais uma vez à que deitar a mão ao PSD e liberta-lo das areias movediças e sacudi-lo vigorosamente para de uma vez por todas, esperar que o PSD, apresente um programa sério, realista e elaborado por uma equipa capaz, de, discutir umas eleições para bem de todos e fundamentalmente para o bem do País.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

O Dia é dela e a Festa Continua!


Hoje é o dia de São João!
A manhã trás o rescaldo de uma noite de folia! Com martelinhos a serem amassados de encontro ás nossas cabeças, libertando um som característico destas festividades. E com os ouvidos cheios de zumbidos misturados com toda a algazarra de uma noite quente. Quente de vinho, de sardinhas, de alegria de gestos amorosos e de engates.
Portanto hoje, principalmente pela manhã, os Portugueses que saíram à rua para festejarem o São João, irão abrir os olhos pela entrada de uma tarde fresca com ameaças de chuva, sendo o melhor que lhes podia acontecer depois de uma noite de borga e alguns excessos.
Metade do Norte ainda dorme e vai dormir muitas mais horas.
O tempo fresquinho, é refrescante para quem já se encontra no ritual, de todas as manhas.
Sem feriado para gozar a festa que se prolongou pela noite e hoje quando saí para a rua, ainda existiam indícios bem frescos da loucura que a noite de São João se reveste.
Os Portugueses adoram folia. Adoram matar as amarguras de uma vida que hoje em dia infelizmente custa levar a bom porto.
Por isso aproveitam toda o turbilhão de alegria que se instala com o acumular das horas e toca a gozar pela noite dentro, que tristezas não pagam dívidas.
Muitos excedem-se, bebem demais e cambaleiam de encontro ás confusões impossíveis de controlar nestas alturas. Mas tudo acaba bem, já que se tolera sempre uns excessos.
Outros divertem-se pela noite fora, com amigos e familiares, dando azo ao cariz das festividades e lá andam de martelinho na mão e logo que uma tola entra no seu raio de acção. Toma lá que já cá cantas! E lá vai uma martelada, tudo num espírito saudável, já que, agora levas tu, momentos depois levarei eu.
O São João do Porto é o clímax da euforia. É o centro destas festividades. Todos os caminhos lá vão dar. As Avenidas enchem-se de tripeiros e forasteiros. Todos com o mesmo propósito, divertirem-se até à exaustão. Festa é festa e como a vida não está para muitas festas à que aproveitar a que nos bate à porta e gozar até o dia raiar, porque depois o Feriado descansa o físico e acalma a mente. Consolando a excitação de dois corpos que passaram a noite em sucessivos toques e encontrões amorosos, pedindo a paixão que só horas depois teve consolação.
Tudo é bom quando acaba bem! Lá diz o povo e com razão.
Mas o dia ainda começa a dar os primeiros passos.
Hoje também a minha filhota faz anos. Ainda dorme e dormirá mais algumas horas. Depois ninguém a segura. O dia é dela e a festa continua!

terça-feira, 23 de junho de 2009

Sinto o País a Passo de Caracol


O Comércio está estagnado!
Não existe poder de compra para remexer com a barafunda das lojas cheias de gente, num vai e vem de pessoas. Que entravam com as mãos a abanar e saíam, com elas ocupadas com sacos coloridos e a alegria estampada no rosto. Porque satisfaziam uma necessidade de se vestirem, aliado ao prazer de se sentirem bem com elas próprias.
Hoje entram também com as mãos a abanar e só se servem delas, para remexerem com os modelos mirando-os de alto a baixo e até os encostando ao corpo. As mais afoitas ainda se infiltram nos aposentos de provas para pelo menos durante alguns minutos se convencerem se valerá a pena o investimento que a peça está valorizada. E todas elas resignadas com um olhar saudosista de tempos não muito distantes, abandonam as lojas do mesmo modo que entraram: de mãos a abanar!
E como a procura está pelas rua da amargura, o Comércio tenta por todos os meios chamar o povo, introduzindo preços convidativos, mas como na maioria dos casos se comprova, a qualidade deixa muito a desejar e o feitiço vira-se contra o feiticeiro, porque o povo já não vai em cantigas.
Os Serviços estacam na falta de consumidores!
Onde não existe dinheiro, é o que se constata pela fase indesejável que atravessamos. Não existe consumo, ou então, é mínimo e que não cria riqueza que por sua vez não alimentará outros sectores da Sociedade.
Os Portugueses estavam habituados a um certo conforto consumista e hoje relevam-se para o resguardo dos lares, solução para combater esse conforto consumista, porque os orçamentos deixaram de contemplar tamanho prazer.
A Indústria emperra no retorno da actividade de um tempo não muito distante!
E arrasta empresas para o encerramento e trabalhadores para o desalento.
O consumo recuou drasticamente e com ele arrastou a Indústria para o isolamento de uma produção ao relanti, que agoniza Empresários, Trabalhadores, Fornecedores. Enfim, agoniza toda a Sociedade.
Os engarrafamentos em hora de ponta martirizavam a nossa paciência, mas tinham o condão de ser o sinal de a Sociedade se agitar.
Da Sociedade proporcionar oferta e procura nos vários sectores, porque existia trabalho. E trabalho era o fundo de maneio, que alimentava quase freneticamente toda a necessidade que a população sentia em adquirir o que achava que lhe fazia falta. Para uma qualidade de vida que levantava o ego e que justificava o estarmos vivos e milhões de nós felizes.
Hoje os engarrafamentos são de uma maneira geral, fácies de superar!
Não entopem Avenidas. Não estagnam rotundas em anéis comprimidos que sufocavam quem infelizmente lá era obrigado a permanecer. Principalmente fora dos grandes centros, mas onde também se concentram milhões de seres humanos.
Tudo porque o país está parado, ou a caminhar como os idosos, pedindo a uma perna para a outra andar, arrastando-as pelas ruas, outrora cheias de vida, cheias de movimento, cheias de um povo com auto-estima procurando a melhor qualidade de vida, que era aberta como um girassol, da cor do sol que quando nasce é para todos!

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Lembraram-se do Espaço, Sinto-me Envaidecido


O blog o Valor das ideias e simultaneamente o Pensamento Alinhado, tiveram a amabilidade de me distinguir com um prémio.

Quanto ao Valor das ideias: O Carlos Santos é um mentor, para reconhecer mérito e incentivar pessoas que ele sente que podem transportar para a blogosfera toda uma vivência que deixe um pouco de utilidade. Acompanho-o desde os primeiros passos e nos dias de hoje mesmo correndo afincadamente, sou sempre o primeiro dos últimos a ombrear com todo o seu poderio de conhecimentos.
Aconselho a pesquisar o blogue dele, é um manual de informação e a cada dia que passa mais se assemelha a uma biblioteca ambulante, basta um clic.

O jovem Daniel, lembra-me o meu filho inteligente e com um largo futuro pela frente.
A diferença é que no meu filho assisto a muita parra e ainda pouca uva, enquanto no Daniel já vinca presença na blogosfera e tenho já uma certeza que vamos ouvir falar muito e bem deste jovem!

Assumo a distinção dos sete blogues com o Prémio Lumniscata.
Segue o texto oficial, e o pedido que o repassem a outros 7.

“O selo deste prémio foi criado a pensar nos blogs que demonstram talento, seja nas artes, nas letras, nas ciências, na poesia ou em qualquer outra área e que, com isso, enriquecem a blogosfera e a vida dos seus leitores."

Sobre o significado de LEMNISCATA: “curva geométrica com a forma semelhante à de um 8; lugar geométrico dos pontos tais que o produto das distâncias a dois pontos fixos é constante.”Lemniscato: ornado de fitas Do grego Lemniskos, do latim, Lemniscu: fita que pendia das coroas de louro destinadas aos vencedores(In Dicionário da Língua Portuguesa, Porto Editora)

Acrescento que o símbolo do infinito é um 8 deitado, em tudo semelhante a esta fita, que não tem interior nem exterior, tal como no anel de Möbius, que se percorre infinitamente.

Texto da editora de “Pérola da cultura”
Seguindo as regras este prémio é para ser atribuído de seguida a 7 blogues. Assim, sem qualquer ordem prévia:
O valor das ideias
Politeia
Pensamento alinhado
Corta fitas
Delito de Opinião
Palavras...apenas...e só....
Cinco Dias

A razão é simples, são blogues que acompanho diariamente, fazem parte já de um cantinho da minha vida, quando me resguardo em frente à blogosfera em busca de algo para completar o meu dia.

domingo, 21 de junho de 2009

A Praia Trocada Pelo Jornal



Levantei-me muito cedo para dar uma saltada à praia.
Mas a família não achou a ideia interessante. Deitaram-se já a madrugada ia bem alta e então nada de se levantarem cedo. Só mudaram a posição do corpo e mandaram-me passear.
Eram nove horas e alguns minutos estava numa esplanada, a gozar a fresca da manha e a deitar os olhos ao JN, enquanto de um gole absorvia o meu café.
Nisto um vizinho, por sinal meu professor no sexto ano, entabula conversa e durante uns largos minutos conversamos de tudo um pouco, onde nos debruçamos sobre as maleitas da vida e sobre os males físicos que nos afectam. Mais a ele, recheado de algumas mazelas, que não à meio de serem curadas, deixando parte do corpo, com visíveis nódoas negras de tratamentos regulares, que segundo o professor já reformado, nem atam nem desatam.
Passado algum tempo o Prof, debandou para outras margens e então dediquei-me à leitura do jornal.
A primeira página, toda ela azulada, mostra o que o bom povo gosta de ler.
Agressões! Normalmente entre casais que já o foram e que a separação tem muitas vezes um fim nada agradável, terminando em violentas agressões, que deixam marcas para toda a vida, no quase sempre elo mais frágil, ou seja as mulheres.
Violações! Terrível drama com sequelas dramáticas no futuro para quem sofre de tamanha penetração do seu corpo e da sua mente. Em muitos casos por pessoas do seio familiar, ou então com responsabilidades delegadas por organismos estatais, na orientação da sua plena integração social.
Mortes! Sempre estranhas para a família dos pobres coitados que desaparecem desta vida, num abrir e fechar de olhos.
Mas para os mais entendidos na matéria, se resumem a actos de puro desespero. E a acontecimentos fortuitos que acabam de uma forma trágica.
Ou outros, puro assassínio levado a cabo por autores cadastrados, muito perigosos e sem o mínimo de escrúpulos para apagarem numa fracção de segundos com a vida de quem escolheu a vida mais fácil de viver à sombra da bananeira, ou tão ter a infelicidade de estar no local errado, à hora errada.
Segue-se o que já deixou de ser uma novidade e passou a ser a rotina de milhares na busca de ganhar algum dinheiro, para engrossar o reduzido vencimento. Refiro-me ao póquer, onde os portugueses já se rendem numa sedução de mãos dadas entre jogo e dinheiro.
Na política onde as novidades, são o continuar das novidades do dia anterior. Com a ressalva de José Sócrates, em negar que esteja a mudar de estilo para ganhar votos que todos sabemos é o que lhe fugiu nas eleições de há quinze dias. Aproveitando o mediático Fórum Novas Fronteiras, para o embalar nessas reflexões.
Continuo a ler o drama de uma jovem que numa greve de fome, entretanto já terminada. Esse testemunho passou a ser assumido pela sua mãe, que também já o deu por terminado. E neste faço e deixo de fazer (esperemos que fique por aqui) de greve de fome, algo de positivo germinou, a promessa de rever a mais que provável entrega da criança para adopção. Pensando eu, e todos os portugueses, que o menino irá finalmente ser entregue à sua mãe, hoje sim já com todas as capacidades para abraçar, amar e amparar todos os dias o seu filho.
O Irão continua na ordem do dia a nível internacional, temendo-se um fim trágico para quem dá largas à insatisfação, da já forte certeza de uma manipulação dos resultados eleitorais. O que está a levar o poder a exibir uma forte repressão na travagem das manifestações, esperando todos nós que o bom senso vá imperar e que as duas partes cheguem a um entendimento a bem do País e do seu povo.
No desporto é a dança das transferências e a estupefacção do ainda quente chumbo do negocio da venda do jogador portista devido aos dentes, mas quanto a mim o pretexto para que os italianos desistissem do negocio. Que seria ouro sob azul para as gentes do dragão.
Quanto ao Glorioso, ainda os ecos das peripécias de umas eleições que estão à porta, mas que ainda deviam de estar a entrar na segunda circular. E como tal afugentou a concorrência que se avizinhava feroz.
Na Necrologia descubro a lembrança de uma família que não esquece o familiar morto há quarenta anos na guerra do ultramar (Moçambique). Devido a um acidente que segundo sei roubou imensas vidas de militares portugueses.
E termino o jornal com a entrevista de Nuno Melo, na última página. Quanta honra de um político que viveu o drama de as projecções aventarem a hipótese de não ser eleito deputado europeu, o que seria trágico para o partido.
Mas que no fim nada disso se concretizou, até o seu partido elegeu, não um. Mas sim dois deputados. O que o levou a ser o protagonista durante os dias subsequentes, disparando em várias direcções, tentando acertar no inimigo que não passava de um fantasma com vários rostos.
Agora o almoço já está na mesa. E quem sabe daqui a umas horas estarei a mergulhar nas ondas de dois metros num recanto da praia que tanto gosto e me acolhe desde garotito já lá vão uns anitos.

sábado, 20 de junho de 2009

Estes Benfiquistas Sabem que Não à Vitórias a 30hora




O Benfica cobre o país de lés a lés!
Com as suas façanhas, densamente infiltradas naquele vermelho vivo. Que é a capa estampada no dorso da águia, voando autentica super-águia pelos confins do mundo nestes longos anos de vida deste enorme, enorme clube.
Mas a realidade actual não honra todo o seu passado. Pelo contrário, envergonha quem por lá andou, tanto como jogador, como dirigente máximo.
Hoje o clube é uma autêntica manta de retalhos. Em termos desportivos!
Cada fragmento dessa manta representa a desilusão de milhões de benfiquistas. Em presenciar momentos dolorosos deste clube, que não é capaz de mostrar em campo todo o seu poder e categoria em vencer quem quer que seja. Como anos não muito distantes, era usual e em muitas épocas, banal.
Cada época que se inicia, o grito em vencer tudo e todos e chegar no final campeões dos campeões é o antídoto para chegar ver e vencer.
Mas a realidade que os benfiquistas e desportistas em geral começam a presenciar é: uma equipa amedrontada seja contra um adversário poderoso ou limitado e no final a desilusão estampa-se nos rostos e mais uma derrota, cimenta a diferença para os que vão em frente rumo ao título.
O final da semana trás novamente a esperança dos benfiquistas acreditarem na equipa e lá estão todos em frente ao ecrã, prontos a roer as unhas. Prontos a suportar males de saúde, para verem o glorioso vencer e acima de tudo convencer!
E no meio de meia dúzia de vitorias para reanimar os seguidores encarnados em alimentar sonhos e poder gritar alto e em bom som. Que é desta que vamos ser campeões. Surgem as terríveis desilusões!
Surgem os jogos do tudo ou nada! Jogos que definem a capacidade da equipa em que os milhões de benfiquistas tanto esperam. Mas essa mesma equipa deixa-se abater como codornizes quando a caça é aberta.
Deixa-se abater ao menor rugido do adversário e encolhe-se amedrontada tremendo dos pés à cabeça e no final é mais uma derrota que deita por terra, sonhos e ilusões para desespero das multidões encarnadas espalhadas pelo mundo fora.
Os dirigentes actuais, reforçam a esperança em novos dias e novas conquistas!
Esses mesmos dirigentes que verdade se diga, estancaram o enorme passivo ainda bem fresco na memória, devido a anos de autêntica catástrofe nos comandos do glorioso. Não conseguem juntar dois mais dois. Ou seja, juntar o vencer o passivo e tornar a instituição nos dias de hoje com envergadura financeira para encetar necessários negócios. Com a vertente desportiva, que verdade se diga, está a tornar um clube de topo, num clube banal além fronteiras e até mesmo dentro de portas, onde o terceiro lugar surge como a consolação normal depois de uma época, onde até ao Natal se luta pelo primeiro lugar.
No começo do ano já surgem as primeiras nuvens negras de se ver o título pelo canudo.
Pela Páscoa, já só o segundo lugar é a meta a alcançar. Porque o título já não ressuscita.
E bem perto do fim de um campeonato mau de mais para ser verdade. Luta-se para conservar o terceiro lugar, como consolação de uma época, que todos os benfiquistas querem que termine o mais rápido possível, para acabar com a vergonha de assistir ao arrastar pelo relvado de uma equipa que de Benfica só tem a cor da camisola. Que tanto pesa aos jogadores, que não se conseguem livrar desse peso, mesmo aqueles que já habitam aquela casa à, uns bons pares de anos.
Hoje prepara-se uma nova época!
Novo treinador de nome Jesus. Poderá ser um bom prenúncio, para inverter as desilusões dos maus resultados. Homem do futebol, que vive para o futebol.
Acolhe a simpatia de quase todos os benfiquistas. Oxalá assim seja no final, para alegria de todos em acreditar que o passado é para deixar atrás das costas.
Os grandes feitos desportivos e até a projecção de um clube segundo narra a história do futebol, tem sido escrito por treinadores outrora meros desconhecidos.
Mourinho assim continuou com o mote, não infelizmente no nosso glorioso!
Aí se de lá não saísse………. Aguas passadas, não movem moinhos!
Esperemos que o mesmo se passe com Jesus e que os seus apóstolos por ele escolhidos, entrem em campo para espalhar a doutrina do mestre e colher no final os resultados esperados. Que só podem ser o de campeão para iluminar a moral dos benfiquistas que desesperam por uma enorme alegria para consolar a alma ofuscada de tristeza nestes já longos anos de penúria vitoriosa.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Nunca Estamos bem


Será que merecemos aquilo que pretendemos!
Somos umas chagas a pedir o que nos falta.
Somos umas chagas a pedir o que não nos faz falta, só para que outros não embalem no colo, a verdadeira necessidade. E assim sendo, ficam órfãos de um consolo que afugentava a fome.
Nunca estamos bem com aquilo que possuímos.
E recorremos sempre à boleia de um apoio. À boleia de um subsídio social. À boleia de um desconto especial!
Não é o que conseguimos, que nos alimenta a ansiedade. Mas dá-nos um gozo, enganar os crânios atestados de mestria.
Esbugalhamos os olhos para adquirir o mundo!
Única salvação para suprir constantes emergências.
Calcorreamos a fase que nos seca a fonte do pecúlio já agonizante.
E não se desenha chuva no horizonte que regue a semente, para brotar e ressuscitar a esperança de um sorriso mascado de vida.
Rezamos, rezamos cientes na fé que move montanhas!
Prometemos graças em aflições que nos sufocam em avalanche.
Desesperados corremos, a sete pés sem direcção assumida. Batendo em corpos moribundos numa desgraça sem fim.
Por fim! Porquê tanto sofrimento. Alcançamos o céu, dando lugar a uma nova vida!

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Duas Realidades tão Desiguais e tão Perto, que Até se Tocam



No mesmo País, mais concretamente no Reino Unido assiste-se ao encontro de duas realidades bem diferentes!
Vivemos numa sociedade onde os balões de oxigénio aterram cheios de euros em Manchester devido à loucura de um clube pagar perto de cem milhões e levar a jóia da coroa dos Red Villes. Não deixando margem de manobra para pensar sequer em conservar essa jóia.
E bem perto, na famosa British Airways, foi lançada uma petição por correio electrónico numa tentativa da empresa superar a má gestão financeira, a solicitar numa espécie de aterragem de um Boeing de emergência. Um pedido a 30 mil trabalhadores para que renunciem voluntariamente ao salário, entre o período de uma semana e um mês, mas não ao trabalho.
E para que não restasse a mais pequena duvida e numa forma de dar o exemplo, o presidente da companhia aérea, decidiu não receber o seu ordenado de 72.700 euros correspondente a um mês salarial.
Aqui temos o exemplo concreto dos trabalhadores dar o “corpo ao manifesto”, é mesmo e, não receberem o salário, para assim a empresa conseguir uma lufada de ar fresco na continuação da sua actividade evitando despedimentos, que incidiam sempre nos trabalhadores que engrossam o sector visível da manutenção e como em quase todos os exemplos os quadros seriam praticamente mantidos obviamente com ligeiras excepções.
Resta saber se os trabalhadores estão receptivos a este desafio, levando-os ainda mais no encolhimento do seu orçamento, que como todos sabemos perante a crise instalada é um pau de dois bicos.
É uma medida drástica e acredito que seja a ultima hipótese de muitas que a empresa recorreu, de salvar para já, todos os postos de trabalho.
Portanto dois casos de, por um lado, choverem euros num autentico dilúvio que alagam todo o estádio do Manchester, deixando um enorme sorriso de orelha a orelha nos responsáveis deste grandioso clube, que obreiros em descobrir pérolas ainda em fase de lapidação. Transformam-nos depois em meritórios negócios, quando os resultados desportivos são no mínimo alcançados. Sabendo que no outro lado da barricada existe um clube comprador que conseguiu através de entidades bancárias, situação não muito usual nos dias que correm, as garantias para pagar a jóia pronta a mudar de ares e com a mala cheia de milhões e ilusões.
No caso seguinte, uma empresa, a mais consistente no ramo da aviação, cheia de voos negros para transportar saúde financeira a bons aeroportos. Sem entidades bancárias para amparar amaragens bem sucedidas. E como tal, recorre da maneira mais rápida e sem custos de enfrentar cara a cara milhares de trabalhadores, a rogar um apoio drástico mas sem alternativa, de todos. Para que todos possam amanha logo que novos ventos elevem as aeronaves ao cume do céu, esse mesmo céu seja a bênção de que tudo já passou e se pague o que tempos antes, se ficou por receber.

Aí está o Irão



Quase a ferro e fogo, onde os apoiantes dos dois lados gladiam-se pelas Avenidas de Teerão e não só.
Tudo começou com umas eleições que declarou vencedor um candidato que desde logo se suspeitou obter um resultado que no mínimo para nós, simples observadores de sofá cheira a manipulação.
Mas para quem segue de perto, existe a certeza de serem resultados falseados e como tal umas eleições gravemente feridas no seu propósito ou seja, revelar por este meio a vontade de um povo. Que utiliza o único meio posto ao seu alcance para escolher conforme a sua consciência.
E como as manifestações ameaçam estender-se num banho de sangue pelas ruas de um país que alega combater o imperialismo mas afunda-se no radicalismo. O seu núcleo duro com o chefe supremo ayatollah Ali Khamenei, que vigia a nação como quem fecha a sete chaves o pecúlio de uma vida. Já vem a terreiro proclamar que se fará uma nova contagem, para assim dissipar todas as dúvidas que estão a levar o País para as bocas de todo o mundo e logo pelas piores razoes, numa altura que o Irão gozava de uma certa acalmia junto da comunidade internacional.
Todos os dedos estão apontados bem em riste, a este país dos ayatollahs que adopta a repressão como forma de unir um povo, utilizando a psicose vezes sem conta do mundo ser seu inimigo.
Mas como se tem visto o inimigo do Irão está agora dentro de portas, a reclamar que se anule umas eleições que se realizaram para inglês ver e não para repor a liberdade de um povo em exercer a vontade da sua consciência.
Entretanto o seu presidente Mahmoud Ahmadinejad chegou à Rússia na sua primeira visita ao estrangeiro desde a contestada eleição que o levou de novo à cadeira do poder.
Viagem que veio em boa hora para lançar um pouco de água na fervura, junto de um sector da comunidade internacional. Dado que a Rússia, se prontificou a ser o primeiro país a reconhecer que recebia Ahmadinejad como Presidente eleito das eleições iranianas. O que não é de admirar, já que o Irão é como um amigo do peito, para os russos que não tem qualquer pejo em acolher um Presidente saído de umas eleições falsas como judas.
Se pensarmos bem os Presidentes do Irão e da Rússia saíram vencedores de eleições com desfechos já traçados. O que me leva a acreditar, que serão meros foguetes nas mãos dos poderosos, onde impera os ayatollahs de um lado e o todo-poderoso Putin uma espécie de presidente sombra, que tudo houve e pensa. Escolhendo as cartas que Medvedev lançará, caindo no rumo já traçado.
Aguarda-se pela única alteração imposta, a recontagem parcial, que não dará em nada e proclamará Mahmoud Ahmadinejad como presidente do Irão, mesmo que se venha a assistir a um banho de sangue que terminará em meia dúzia de dias sem apelo nem agrado, já que ninguém acredita num volte face de um regime enraizado num fanatismo doentio pronto a fazer valer uma ideologia em volta dos ayatollahs liderados pelo Ali Khamenei.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Os Bombos da Festa


Dêmos as voltas que dermos. Chegamos sempre à infeliz conclusão, que somos os bombos da festa!
Somos os bombos de uma festa, que se está a tornar numa festa rija em molestar a nossa paciência para enfrentar a continuação de uma crise que não à meio de abrandar e começar a dar sinais de que poderemos amenizar a dor de perder o pouco que nos custou a poupar e deixar um buraco sem fundo para enfrentar o futuro.
OS PORTUGUESES vivem atolados de dívidas, que lhes irão arrancar o cabelo a cada dia que passa sem conseguir atenuar os endividamentos, que por cartas ameaçadoras lhe chegam bem à frente dos olhos quando já meios a medo abrem o exíguo espaço do correio. E só lhes resta apelar a Deus, viverem até aos oitenta, para finalmente terminar o calvário, de quem já lhes comeu a carne. Mas cientes de que com a velhice lhe irão roer os ossos, porque as dívidas serão a doença crónica de uma morte anunciada.
OS PORTUGUESES correram, famílias inteiras com gerações já a envolver os netos ainda a dar os primeiros passos, a depositar economias de uma vida, no eldorado do BPN. Com promessas de juros garantidos e bem altos em relação à concorrência, para num espaço bem curto duplicar o bolo granjeado e assim fazer face aos tumultos económicos que pudessem surgir. Surgiram bem cedo com o arrastar da enxurrada da crise e hoje centenas batem à porta da sede do banco e milhares seguem-nos pela TV, num desespero sem fim para lhes darem o que é deles, mas regressam a casa revoltados e só o tribunal anos mais tarde lhes dará a justiça de reaver o que para muitos irá ser tarde demais.
OS PORTUGUESES dia após dia deslocavam-se para os empregos, numa tarefa obrigatória e realizadora, no ganha-pão diário para uma qualidade de vida, que satisfazia a auto estima e moralizava a felicidade.
E do um momento para o outro o sonho real, tornou-se no maior dos pesadelos. Com a perda do emprego e o drama Social estampado por tudo o que era esquina.
Meio milhão já engloba as estatísticas. Outros milhares vão a caminho de engrossar ainda mais este drama que destrói famílias. E rouba vidas, quando o desespero se torna num tresloucado acto de tudo apagar para sempre.
OS PORTUGUESES, sabem e já tiveram provas. Que a crise não foi causada pelos trabalhadores. Consequentemente, não deveriam ser eles a pagá-la, mediante a redução dos salários, daqueles que ainda agarram com unhas e dentes o seu emprego. E dos benefícios sociais, tão arduamente conquistados em batalhas doridas que se arrastavam meses a fio em greves tumultuosas.
Mas sem nada poder fazer, vão ser os bombos da festa, em largar umas dezenas de euros mensais para oferecer a uma Sociedade madrasta para uns. E benevolente para os reais causadores da catástrofe, que nada já têm de valor, para pagarem um décimo do mal que originaram. Porque camuflaram fortunas colossais nas saias das deusas dos ilhéus que se escondem nos bunkers sem controlo de satélite ao mínimo sinal de movimento.
E os bombos da festa que nós somos, continuarão a tocar energicamente e alegrar as festas tradicionais e as campanhas eleitorais que aí vêm, para manter este estado de coisas que se mantém há mais de trinta anos, para satisfação dos otários, que pensam que tudo sabem e que podem mudar o mundo.
Mas no fundo, bem lá no fundo! São as ingénuas marionetas do sistema.
Sistema esse, a colossal muralha invisível que nos tolhe os movimentos, marcando-nos o passo e as esperanças. Em sonhar com melhores dias e belas noites.

sábado, 13 de junho de 2009

Os Séculos Passam mas os Conquistadores Continuam a Desbravar as Ondas da Loucura.



Portugal andou nas bocas do mundo, coisa rara num país tão pequeno e sem argumentos para interferir no que quer que seja.
É um facto que esta semana Portugal através de duas das suas mais cintilantes personalidades, obrigou o mundo a prestar atenção nas suas capacidades.
E envaideceu-se com tamanha honra que até tivemos referências pelo Presidente da Republica Cavaco Silva, ao prestígio que tanto um como outro dá ao País.
Refiro-me tão só a, no primeiro caso e logo no começo da semana, com a vitória da direita um pouco por toda a EU. Garantiu a recondução como presidente da Comissão Europeia de José Manuel Durão Barroso, que no meio de tanta euforia, ele foi o único que acabou por ser levado em ombros, acabando assim por ser um dos triunfadores destas europeias.
Se duvidas houvesse, essa vitória da direita dissipou-as na recondução de Durão Barroso, obrigando os mais renitentes na sua continuação casos de Sarkozy e Ângela Merkel, a ceder e juntar-se à grande maioria, que até englobava alguns líderes de esquerda. E lá está o nosso Português Durão é mesmo, basta olhar para o rosto autentico pugilista. A liderar os destinos de uma Europa, para honra de um País, não muito habituado a que um líder político atinja tamanho patamar de prestígio. E calando de uma vez por todas algumas bocas que se abrem ainda a procissão vai no adro.

Dois dias depois o País acorda com a notícia de Cristiano Ronaldo mudar de ares e continuar a pincelar belos quadros de magia cintilante que só terminam quando a bola, essa esfera bem redondinha do tamanho de uma barriga de sete meses. Dê à luz o rebento tão ansiado, que é o golo bem no fundo da baliza, que só as redes douradas se aprestam para amparar como uns braços carinhosos e cheios de amor amparam o rebento. Que levarão ao rubro milhões e milhões de adeptos fanáticos e não só, num êxtase infinito que culminará com a vénia real de um rei coroado Imperador dos relvados.
E quem quer o Imperador bem perto do coração dos adeptos do seu País tem que abrir os cordoes à bolsa e as portas de par em par do cofre emocional. Para que o menino de ouro pela última vez deixe sua Majestade e aterre depois de sobrevoar o Canal da Mancha, na louca Espanha que não vive só de touros e castanholas. Mas de futebol Campeão Europeu e como tal berço dos meninos com pés de diamantes em bruto.
E se pedes noventa e quatro milhões! Aqui tens o A-330 cheio de euros pronto a aterrar em Manchester para de uma vez por todas, libertares o CR7, nascido numa ilha no coração do Atlântico. Bem às portas de Portugal, que o lançou para o futebol e ainda sem atingir a maioridade o vieram comprar por meia dúzia de melancias que depois de abertas cada semente valia dez euros.
Aguarda-se em apoteose a apresentação de Ronaldo aos madrilenos e a toda a Espanha.
Portugal acaba por ver um seu filho valer o seu peso em oiro.
Mais! Tudo o que ele tocar irá se transformar em oiro, até que o valor que a maior transferência de um jogador até hoje concretizada atinja os impensáveis quase cem milhões de euros.
Pelas bandas de Madrid, o Tio Patinhas deixou de ser um livro de banda desenhada para se tornar num Tio Florentino. Que comprou o Pato Ronaldo para lhe encher a caixa forte do tamanho da torre de Pisa.
Tem a bengala do poder de transformar negócios impossíveis, em transferências sensacionais. Agora espera-se que essa mesma bengala e os óculos sem hastes presos bem na ponta do nariz tragam, os resultados desportivos que todos esperam do Ronaldo e companhia, numa constelação de estrelas que ofuscam o espaço confundindo o Santiago Bernabeu, com Santiago galáctico.
Portugal tem dois filhos seus com os holofotes da ribalta a iluminar toda a sua arte.
Os séculos passam mas os conquistadores continuam a desbravar as ondas da loucura.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Dois Feriados e Tantos dias de Descanso.


Dois feriados, um atrás do outro. Um dia útil antes de um fim-de-semana. Cenário para proporcionar umas mini férias, já que uma ponte no dia de sexta-feira, satisfaz os empresários e enche a barriga de boa vida aos seus colaboradores.
Cinco dias de folia. Com chuva no inicio, a temperatura a subir pelo meio. E já nos últimos dias a praia a ser visitada para refrescar uma moleza, já a arranjar um espaço nos corpos pesados de tanto descanso.
Festejamos o dia de Portugal!
Com o País a leste destas comemorações, que pouco dizem aos milhões de portugueses.
Momento solene. Onde as figuras que comandam este País e que são os rostos repetidos vezes sem conta no ecrã televisivo. Aproveitam os discursos da praxe para alertar para o que no reino vai mal. Sempre um meio de se expressarem livremente para todo o País, tentando que essa mensagem via discurso oficial, chegue a quem de direito. Funcionando como um envio de responsabilidades, lavando as mãos como Pilatos e mostrando aos Portugueses que a obrigação de alertar para os perigos Sociais que atravessamos, foi cumprida. E cabe agora às Instituições visadas assumirem a responsabilidade de tudo fazer, perante o repto lançado pela via mais maléfica, que é, os alertas em dias de unir obrigatoriamente na praça pública todas as forças vivas do País.
Aproveita-se o dia de Portugal, para o País agraciar as suas figuras por serviços prestados e lá vai a Grau Cruz respectiva, para uma centena de figuras vestidas a preceito, dando o pescoço ao Presidente, para lá pendurar a medalha merecida. Que em alguns casos, poucos anos mais tarde, se vem a provar que esses méritos foram conseguidos à custa de golpes bem baixos, obrigando (devia ser) em cerimonia publica a entrega de volta da medalha como castigo humilhante de um mérito reconhecido, mas não merecido.
De seguida temos o dia de Corpo de Deus.
Um feriado de enorme significado para a religião católica. Que como sabemos cobre Portugal de Norte a Sul.
Cobre os nossos lares e faz-nos acreditar na fé, que quer se queira quer não, move montanhas.
A igreja veste-se a preceito e recebe a Primeira Comunhão dos jovens prontos a seguirem o caminho da fé e da união com Jesus Cristo.
E foi isto que eu pude testemunhar numa cerimónia simples e muito bonita na Primeira Comunhão do meu pequenote.
O garoto estava lindo, lindo!
Um pouco nervoso, não era para menos, mas portou-se lindamente. Mesmo quando foi ler uma mensagem a Nossa Senhora.
De joelhos bem no meio do altar, perante centenas de pessoas. O Duarte portou-se como um adulto e leu sem um simples tropeção, a mensagem de sete linhas que agradecia tudo de bom que a Virgem tem feito pela humanidade.
Muitos anos antes era eu que fazia a Primeira Comunhão. Na mesma freguesia embora a igreja fosse outra.
Revi-me no meu filho e durante uns momentos enquanto se procedia à comunhão de centenas de pessoas. Sentado para esticar a perna do joelho ainda a convalescer. Vi-me com dez anos, loirinho e timidozinho.
De velinha nas mãos tapadas com luvas brancas e o terço bem visível. Lá comunguei pela primeira vez. Numa festa sem os contornos da do meu filho. Mas tão igual, que o passar dos anos, mais parece juntar numa só.
O dia era dele!
E pela tarde fora junto das pessoas que ele fez questão de convidar, deu asas a toda a sua alegria e sentiu-se nas nuvens.
Teve imensas prendas. Teve imensos amigos. Mais primos porque são tantos que enchem um restaurante.
Restaurante do amigo do padrinho dele e como tal também amigo, que foi convidado para a jogatana que junta todos os primos num duelo aceso onde quem ganha por momentos sentem-se os maiores. E o Duarte ainda pequeno para ombrear com os primos já de barba rija. Lá andou a tentar roubar a bola e a forçar que ela entrasse na baliza. Que no final com a vitoria, era o puto mais feliz deste mundo. Que me enchia de orgulho e de emoção.
Agora sexta-feira, é tempo de descansar de um feriado cheio de peripécias felizes e preparar-me para este fim-de-semana prolongado, para continuar a descansar e sentir o meu joelho rijo pronto para resistir aos malefícios do tempo e às pancadas da vida.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Mais Uma Vez Tive um Sonho!



Sonhei com as estrelas. Milhentas delas que salpicam o céu.
Sei que esgotava a minha vida para as contar e mesmo assim desaparecia desta vida, sem ter um número exacto da quantidade daqueles pontos florescentes que os meus olhos descobrem sem dificuldade, numa noite limpa.
Mas o meu sonho não era o contar as estrelas, mas sim pedir um desejo. Já que cada estrela carrega um desejo dissolvido na sua luz.
Até aqui tudo maravilhoso! Estrelas, sonhos, desejos! Um êxtase de emoções sem fim.
Só que! Tinha um enorme desafio pela frente.
Um desafio que me abriria ou não as portas de encontrar a estrela com o desejo que eu pretendia.
A dificuldade estava na estrela escolhida. Porque a distancia entre mim e ela, podia ser de tal ordem infinita, que poderia levar o resto da vida a que tenho direito, para chegar até mim. E assim de nada serviria o desejo pedido, já que o seu efeito para mudar algo pretendido por mim com esse pedido, seria em vão. Já que eu tinha desaparecido do reino do comum dos mortais.
A ansiedade de descobrir o que me estava reservado, encheu o meu sonho de uma adrenalina angustiante e no meio de voltas e mais voltas na cama, dei um salto e abri os olhos.
Olhei em volta e o escuro do quarto mostrou-me a realidade. A chuva que caía em plena noite num aproximar do Verão, que mais se assemelhava ao final do Inverno que não nos quer largar. Reforçou a realidade e quase levou o sonho para o seu desmembramento.
Voltei rapidamente a fechar os olhos na esperança de o apanhar e encontrei-o no preciso momento que ele numa espécie de zigue-zague, serpenteava pelas incontáveis estrelas para desaparecer no infinito e mergulhar na escuridão para lá desse céu.
Esperei, já totalmente embrenhado neste sonho estonteante.
Esperei uma vez mais. Só me restava esperar!
Uns segundos do meu sonho, onde a uma velocidade alucinante, as estrelas eram revistadas na busca daquela que transportava o meu desejo. Mais parecia anos de angústia.
Queria a minha estrela! Queria a sua descoberta já!
Deu-me uma dor! Mais tarde vim a descobrir que foi no joelho devido a uma repentina volta na cama.
Chorei de desespero! Parecia uma criança, quando alguém lhe tira o brinquedo que mais gosta.
Chorei com receio de o sonho terminar e eu não encontrar a minha estrela. Era como encontrar uma agulha num palheiro.
Chorava e fazia gestos com o corpo para dar mais força à intensidade na procura da estrela.
Sentia o sonho a se revestir de uma escuridade, sinal de que o seu fim estava próximo. E eu próximo da loucura.
Por fim, o fim!
O fim da procura e a luz ao fundo do túnel, indicando a descoberta da estrela e a chegada para breve de novidades sobre se eu podia ter o privilégio de conhecer e usar em proveito próprio o desejo ambicionado.
Enfim vejo a estrela do meu desejo!
Tão cheia de luz, tão cheia de vida!
Tão grandiosa, tão pura. Que me senti indigno de ser o eleito para receber desta estrela divina o desejo que pedi.
E a verdade não podia ser mais límpida!
A estrela enviou-me as mensagens através dos seus raios de luz que me cegavam e só pude decifra-las, porque entraram no meu cérebro e ao percorrer todo o meu corpo, pude sentir o coração falar.
E ele disse-me de uma forma simples e tão clara!
A estrela só poderá chegar até ti, depois do fim da tua vida. Porque transporta o teu desejo que é o teu destino. A cada dia que passa ela vai estar mais próximo de ti e no final dos teus dias. Ela pousará no teu ombro esquerdo e meigamente sussurrará o último acto que o destino reservou para ti.
A única pista que abrirá para te compensar da desilusão de tanta ansiedade pela sua descoberta, num sonho tão sofrido e angustiante. É a certeza de tempos a tempos, poderes observar a distância que ela (estrela) já percorreu.
E quanto mais tempo permanecer na imensidão das suas irmãs sem conta. Mais momentos assistirei a todo o esplendor de luz sob forma de pontinhos que perfuram o espaço sem fim, vigiando cada humano no seu percurso de vida. Seja ele longo ou finito, já amanha.

terça-feira, 9 de junho de 2009

O Rescaldo de Um Domingo



Ainda a manha dá os primeiros passos e eu dou os meus primeiros passos sem canadianas rumo a uma recuperação total.
Sinto-me bem disposto, com cara de alegria, mesmo tendo por cenário um tempo não muito risonho, com ameaças de chuva a qualquer instante.
Estou ainda a recuperar de algumas mazelas que este fim-de-semana me brindou.
Começando pelo completo repouso, onde os minutos a dado passo, pareciam horas. E as horas mais de assemelhavam a momentos intermináveis.
Depois vieram as eleições, onde a minha escolha não foi lá muito feliz, mas confesso que não me surpreendeu dada a agitação Social que o País atravessa. Mas desde já alerto, numa reflexão sensata dentro da realidade dos números destas Eleições, para não esquecer, que os vencedores de hoje, são amanha também perdedores. Porque andamos nisto à 35 anos, no entra e sai dos dois grandes partidos. E infelizmente os governos adoptam as mesmas políticas. O que se reflecte no, cada vez mais distanciamento, dos Portugueses em relação a quem nos governa.
E terminou com um incidente caseiro, daqueles que surgem de longe a longe, num aglomerado de sensações acumuladas ao longo de um tempo e que ameaçando rebentar a qualquer momento, vira discussão e torna um bate papo intenso, com insinuações de parte a parte, que não leva a lado nenhum. Mas que no mínimo ajuda a deitar cá para fora tudo o que pensamos. E que há muito tempo andava cá dentro dos corpos a remoer, remoer pronto a explodir a qualquer momento.
Claro que nem tudo são rosas numa família, onde uns pensam que tudo já sabem. Numa certeza infantil de uma idade imatura, sem a experiência de vida que só se ganha com o desbravar de um caminho cada vez mais sinuoso e perigoso.
Outros ainda mais infantis, com o despertar ainda meio ensonado para uma vida bem acordada. Vida essa, não com dois olhos de sentinela a vigiar-nos. Mas com milhentos prontos a seguirem todos os passos que damos e a qualquer momento barra-nos o caminho, quando a direcção que tomamos não é aquela que metodicamente nos é imposta.
E por fim os restantes. Senhores de toda a certeza, com a razão do seu lado. Convicção desde muito novos e por isso de difícil abrir portas da realidade. Batalham para esse fim e é esse fim que sem duvida alimenta a fome da vivência de uma vida alicerçada nessa certeza absoluta. De que em que tudo toca, é tudo bem feito e quando existe erro, esse erro é imputado ao que estiver mais próximo.
São feitios e personalidades muitas das vezes implacáveis com as pessoas que rodeiam o seu dia a dia. Mas com o decorrer dos dias tudo volta ao normal e a vida segue o seu rumo, calma e satisfatoriamente.
Estou perante o meio da manha de um dia que será bastante fatigado e de correrias constantes.
Não é para menos, os feriados estão à porta é preciso que tudo fique resolvido profissionalmente porque só voltarei ao trabalho segunda-feira.
Serão dias seguidos para recuperar da cirurgia e para resolver conflitos caseiros que de vez em quando surgem numa família já crescida, onde os mais adultos chamam a si, uma razão que muitas das vezes não é assim tão evidente como eles querem fazer querer.

domingo, 7 de junho de 2009

A Incapacidade Forçada Dentro de Quatro Paredes



Sinto-me fechado! Agarrado às canadianas para onde vá!
Cada gesto é um elevar de contracções. E para minimizar o risco de agravar o que custou a operar, recolho-me a um sofá muito confortável, mas que se torna insuportável depois de horas a fio a deixar correr o tempo, entre televisão e computador. Analgésicos e gelo.
Sinto o meu mundo parado!
Sinto-me uma ave presa numa gaiola que serve para decorar o espaço de uma sala.
Entretanto o tempo passa devagar, devagarinho. E eu saturo-me com o mesmo que faço. O mesmo que tenho que cumprir, para o tempo se evaporar e chegar a hora de voltar a fazer o que sempre fiz: correr atraís do que me faz feliz!
O domingo aproxima-se e acredito que junto com a família, irei sair deste beco e procurar o ar puro para limpar este ar amorfo que me tolhe a mente, metido neste apartamento que se está a tornar numa prisão de gestos repetitivos.
É o preço que tenho de pagar, pelo meu joelho não resistir a anos de esforços contínuos, na correria atrás de uma bola, que desde muito novo, foi a paixão de uma ingenuidade infantil, que não me deixava ver mais nada a não ser um campo de futebol e tudo o que o futebol libertava.
Os filhos andam numa roda-viva. Falta-lhes o pai para tudo fazer e terão que se desembaraçar.
O mais novo é o meu braço direito. Sempre pronto para me auxiliar em tudo o que precisar. E como é louco pelo futebol, tem uma curiosidade constante em seguir a minha evolução.
A vida tem destas aventuras. Prega-nos partidas quando procuramos actividades para afastarmos o stress que nos massacra o dia-a-dia.
É enfrentá-la de peito aberto e esperar, esperar, que daqui a uma dúzia de dias, tudo volte ao normal e abraçar novamente a rotina, que nestas alturas em que me encontro preso é que dou apreço a toda a actividade que me envolvia.
Mesmo incapacitado irei exercer o meu direito de voto. Um voto que pode dar uma vitoria. E logo este, que me obrigará a esforços redobrados porque acredito que ainda não é tarde para que se ilumine o caminho da esperança numa Europa mais unida e mais justa para todos os Europeus.

sábado, 6 de junho de 2009

Hoje é Dia de Reflexão!



Os portugueses recatam-se numa espécie de confessionário para confessarem o porquê de não irem votar. Já que a abstenção será o vencedor destas eleições.
Irão admitir que não vão votar porque não acreditam nos políticos!
Já que durante as campanhas eleitorais, as promessas são o prato forte dos programas eleitorais e quando assumem a governação do país. As promessas ficam na gaveta resguardadas da luz do dia, porque todos sabem que não serão postas em prática. E como tal, não acreditam em mudanças!
Porque não acreditam nas pessoas!
Que fazem parte das listas e que serão os deputados, que deviam ser os defensores dos Portugueses, na aprovação de leis que possibilitassem melhor ensino, melhor justiça, melhor qualidade de vida.
Porque não acreditam nos ministros!
Que fazem parte do elenco governativo. Assumindo o cargo, sabem de antemão que no final serão os escolhidos para liderarem as grandes empresas estatais, usufruindo de regalias altamente convidativas, atingindo patamares sem igual pela Europa fora. Vincando uma desigualdade gritante entre a remuneração do comum cidadão, equiparando-nos aos países do terceiro mundo.
Alguns irão acreditar que votar é um dever!
E vão votar contra aquilo que acham negativo na Sociedade Portuguesa e a forma de o mostrar é votar. Porque existem votos para esse fim, é só exercer esse direito.

Hoje é dia de reflexão!
Para todos os indecisos, que estão na corda bamba numa mudança de partido!
Estarão na indecisão até à última hora. Mas chegarão à conclusão do que será melhor para a sua consciência e votarão. Ou na continuidade. Ou na mudança que poderá ter reflexos nos próximos actos eleitorais que se avizinham.

Hoje é dia de reflexão!
Mesmo para aqueles que persistirem a dar o seu voto ao partido do costume.
Sabem que o partido continua a ter o seu voto de confiança. E como tal irão oferecer o voto. É só um! Mas com um se ganha, sem um se perde.

Hoje é dia de reflexão!
Para todos aqueles que irão mudar a tendência do seu voto.
Muitos irão faze-lo pela primeira vez. Outros irão retornar ao partido de há quatro anos. Porque as expectativas, com a mudança na busca de uma política mais virada para a melhoria da qualidade de vida dos portugueses saíram defraudadas.

Hoje é dia reflexão!
Uma reflexão já com um só sentido. O sentido da penalização deste governo. Pelos falhanços políticos nas várias áreas sensíveis da Sociedade, como sejam: o aumento do desemprego, o aumento das desigualdades e os casos de corrupção que infelizmente ainda se encobre os culpados, fruto de uma justiça mergulhada num sistema de condenar os de fracos recursos e de absolver os mais abastados.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Já Não Tenho Vinte Anos




Dois anos antes, entrava no hospital pela urgência. De saco na mão canadianas na outra, pronto para enfrentar um internamento para que o meu joelho ficasse de novo bom!
Mandaram-me aguardar numa sala de espera, que alguém iria ter comigo.
Permaneci algum tempo a observar o vai e vem de enfermeiras. E como era a hora das visitas, o constante subir e descer do elevador num entra e sai de pessoas. Distraia-me do meu propósito de ali estar.
Recordo o conforto que o segurança me deu: -“É para operação é” - Sim disse-lhe!
- “E onde é? “ - No joelho voltei a dizer!
- “ Foi no futebol aposto, uma pancada mais forte” - Sim calmamente respondi!
Ficou uns segundos a olhar para mim e o que me disse foi um tónico importante e que de longe a longe me vem à lembrança.
- “Vai correr tudo bem não se preocupe, Deus está consigo. Se precisar de mim é só chamar enquanto espera aqui, estou ali à entrada”!
Por fim uma enfermeira chamou-me e logo aí começaram os preparativos. Mandou-me vestir uma bata, apanhou-me o braço, picou-o e colocou-me logo um cateter.
Permaneci numa cama, algumas horas esperando a minha vez. Nisto é dada a ordem para eu avançar! Colocam-me uma bata esterilizada verde e uma touca do mesmo material. E lá vou eu pelo corredor fora, empurrado pelo enfermeiro de encontro ao elevador, que me levará ao bloco operatório!
O bloco operatório era amplo arejado e silencioso! Fui recebido por uma enfermeira muito meiga e experiente. Disse-me muito meigamente quase sussurrando, mas que eu ouvia perfeitamente: - “Não tenha receio de nada, só lhe vou introduzir a anestesia e daqui alguns minutos estará pronto para que o doutor o opere”!
- Estou bem, só quero que isto termine logo. Murmurei.
As luzes fortes batiam-me nos olhos, comecei a ter arrepios. Estou com frio, estou com frio o que é que se está a passar…………. Anestesia estava a fazer o seu papel e eu mergulhei num sono profundo, imensamente profundo!
Acordei duas horas depois! Outra enfermeira aguardava o meu despertar e alegre dizia-me que me estava a portar muito bem.
Permaneci quatro dias depois da cirurgia, um pouco difíceis! Não podia me virar, nem sentia o joelho.
Retomei a minha vida e voltei ao futebol, onde encontrei os amigos, já com saudades dos grandes despiques, duas vezes por semana.
Só que o joelho não respondia ao esforço e a determinada altura bloqueava. O que me causava um desconforto irritante.
Recorri novamente ao doutor, lamentando a minha má sorte e pedindo-lhe uma explicação do porquê do joelho não ter ficado bom a quando da cirurgia.
Como os doutores tem resposta para tudo, calmamente disse-me:
- “Ó pá se não ficou bom, estamos cá para o pôr bom de uma vez por todas”!
Precisamente neste momento acabo de regressar a casa vindo novamente do hospital, onde através de uma Artroscopia, espero debelar o problema no joelho de uma vez por todas.
Lá segui o ritual como anteriormente. Um atraso de duas horas para a cirurgia, não afectou o meu estado de espírito e passadas vinte e quatro horas de ter entrado naquele hospital com janela virada para o mar azul. Já estou em casa para em duas semanas recuperar o andar sem as canadianas, sempre incomodativas e detestáveis.
E depois de uma fisioterapia essencial, para recuperar a força do joelho. Espero regressar ao meu futebol de ginásio, duas vezes por semana. Onde durante uma hora esqueço tudo e vibro com a alegria das jogadas e os golos marcados.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

O Refugio de Uma Solidão Espontânea.



Acordei com o despertador via rádio, à mesma hora e normalmente sintonizado na mesma estação. E senti um desconforto. Uma solidão momentânea.
Virei-me lentamente e procurei refugio, bem juntinho do meu amparo diário.
E como um autêntico bebé, encostei a cabeça bem pertinho ao peito da minha jovem para me confortar e para ouvir o seu coração bater.
Bater cadenciadamente para lhe dar vida e para com essa vida iluminar o meu destino e o destino da família.
Aí permaneci até ao limite da hora que me chamava, para cumprir a minha missão diária, na busca do sustento que me alivia fisicamente e me eleva numa felicidade real nestes bons anos que já me incrustam este corpo.
Que prazer! Que conforto!
Aquele pedaço de um corpo onde poisei a cabeça recheada de emoções líricas tão reais, mais se assemelhava a uma almofada extraordinariamente macia, revestida de plumas de uma leveza sem fim. Que me embalou nuns minutos de uma realidade, que sei aberta, ao mais leve indicio de necessidade.
Resvalei o meu rosto de encontro ao seio mais próximo. Beijei-o meigamente e rocei a minha barba de alguns dias no seu biquinho já duro.
Ela, a princesa dona do meu ser, deu um brusco sobressalto e encostando a mão calejada de sensações reconfortantes ao meu rosto, desviou a minha sede de prazer. Guiando o meu rosto de encontro ao seu coração, onde as batidas ecoavam e infiltravam-se pelo ouvido dentro de encontro ao cérebro que comandava o meu corpo e o controlava.
Repousei uns admiráveis minutos entre o pescoço macio e uns seios que não canso de acariciar. Que amorteceram a minha solidão espontânea e clarificaram o meu começo do dia.
Custou separar-me daquele cantinho que me resguardou uns breves minutos.
Cheguei tarde ao destino. Mas feliz com o belo despertar e encarei este começo do dia com uma Paz tao leve e encantadora.

A Nuvem Negra da Abstenção



A semana já vai no inicio do seu meio e sinto um ar vazio no que toca às eleições para o Parlamento Europeu.
É confrangedor o clima estéril que se está a viver em plena campanha eleitoral.
Não à reboliço! Não à agitação.
Não se assiste a movimentos que anuncie uma caravana eleitoral. Nem uns simples automóveis com os megafones pendurados nos suportes que também dá para transportar as bicicletas, a entoar o convite para votar no líder xis, pertencendo ao partido (qualquer um).
Está tudo muito apático, o que não é de bom-tom!
É o princípio do fim para se caminhar de encontro a uma abstenção que vai deixar marcas.
Os partidos são os maiores culpados. Não conseguem mobilizar os Portugueses. Não descobrem soluções para ir de encontro aos Portugueses e mobilizá-los para de uma maneira ou de outra participarem nestas eleições e assim leva-los a no mínimo votarem.
A crise que teima em ganhar raízes nesta sociedade, também ajuda ao distanciamento dos Portugueses em relação à campanha Eleitoral. E se já sem crise a população resolvia punir estas Eleições com a abstenção. Nesta altura mais se vincará esse fenómeno da abstenção, porque muitos portugueses irão utilizar esse trunfo como forma de castigar quem fomentou a crise e como ela deriva de uma Europa desguarnecida perante a América, berço do inicio desse flagelo. Nada melhor que utilizar estas eleições como malho de todas as privações já passadas.
Eu como cidadão, custa-me assistir a este arrastar de uma campanha sem pingo de interesse.
Dá-me a sensação que para a maioria dos candidatos é um autêntico fardo, difícil de carregar e desesperadamente ansioso em terminar. Porque só os iluminados em lugares cimeiros podem aspirar a tão honroso cargo. Que dará um chorudo ordenado e regalias de encher o olho.
Argumento esse do ordenado e das regalias que levam milhares a renunciar ao voto. Porque segundo eles, é de gamela que eles pensam e não em conjunto com os Deputados de uma Europa cada vez mais dividida, em resolver os desequilíbrios tão notórios de um país para o outro.
Portanto, estas Eleições em nada alteram o rotineiro caminhar dos Portugueses. Nada lhes diz e como tal muitos deles nem lá vão pôr o pé.
E os partidos estão cientes desta atmosfera Portuguesinha. E aproveitam para com o tempo desta campanha, guerrearem-se uns com os outros nas crises internas cá do nosso quintal. Talvez preparando os grandes desafios que estão á porta, como sejam as próximas eleições já daqui a um virar de esquina.
Quanto às Europeias. No final o balanço será, num quase encolher de ombros: foi que se conseguiu num ambiente não muito favorável devido à conjuntura. E com a abstenção infelizmente a desequilibrar a balança dos resultados. Sempre uma constante assombração roendo os calcanhares aos Partidos. Autentico mosquito pirilampo teimosamente presente por onde andasse, fosse porta a porta fosse em comícios de trazer por casa.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

As Eleições Entram na Recta Final!



Vamos lá arregaçar as mangas e mergulhar de corpo e alma na procura do melhor resultado, junto do povo. Porque é o povo com o seu voto que elege os deputados ao Parlamento Europeu.
Nestes últimos dias, onde se avizinha um combate intenso entre os dois grandes partidos, por uma vitoria. As sondagens reflectem uma tendência para quem as quer tornar apetecíveis para o lado que mais lhes convêm. E assistimos, ao caso curioso de o PS, vencer por seis ou sete pontos percentuais. Ou verificarmos um empate técnico, que alguns fanáticos laranjas tudo fazem para levar o nosso bom povo, ainda acreditar que o PSD, possa lutar até ao último fôlego por uma vitória impossível de se concretizar.
O Partido Socialista enfrenta tudo e todos!
Desde um líder pouco conhecido da grande maioria do povo. Que tudo tem feito para chegar junto desse mesmo povo, num frente a frente, muitas vezes difícil e de algum embaraço. Levando com o peso de uma governação Socialista, cheia de altos e baixos, num momento muito periclitante para a vida dos portugueses.
Mas lá se vai safando com um abnegado esforço, deixar a sua mensagem junto de quem o ouve de quem o acompanha a conseguir o seu voto, porque: voto aqui, voto ali, vai enchendo o papo de confiança, que lhe vai dar uma vitória, sem muita margem de dúvida. Onde o seu grande adversário será a terrível abstenção que tudo parece indicar será a assombração de umas Eleições que verdade seja dita, olhando para as movimentações a nível nacional. Pouco diz a uma grande maioria dos Portugueses.
O Partido Social Democrata é a desilusão clara!
Entrou tarde nesta luta eleitoral. Onde a indecisão da escolha do líder, fragmentou o partido.
Escolheu um líder da nova geração Social-democrata. Muito empenhado em se dar a conhecer junto da Sociedade portuguesa, já que uma boa franja desconhecia este homem, como acontece também no PS.
Tem ido a todo lado, para cativar o que se apercebe a olhos vistos, será inútil.
A sua única arma é responder, contradizendo quase de imediato, ao que o líder adversário, proferiu na sua caminhada junto dos seus apoiantes. E como tal pouco ou nada trás de novo a estas eleições.
Quando confrontado com o seu percurso de mudança de partido, não se lembra tentando fugir ao embaraço. Arma ingénua numa comunicação que sabe tudo.
É pouco apoiado pelas carismáticas figuras do Partido. Devido a estarem habituadas a serem os indicadores da figura que liderará umas eleições. E como tal, sente-se um homem sem muletas fortes onde se podia apoiar nos momentos mais marcantes que uma campanha sempre é fértil.
Se conseguir juntar os votos dos Sociais-democratas e apanhar alguns de uma abstenção que já se sabe será forte e penalizará o partido do governo. Poderá conseguir um bom resultado e catapultar o seu Partido para altos voos nos desafios que se avizinham. E como todos sabemos bem mais importantes para o PSD, que estas Eleições Europeias, que não serão mais, que um teste, à forma como os Portugueses penalizarão ou não o PS.
Vai ser uma semana com dois sentidos totalmente opostos a nível de moral! Para o CDS e para o BE.
O BE corre por gosto e não se vai cansar até ao último segundo. As projecções são bastante animadoras e poderá dar a este partido, que sobe degrau a degrau a escada do pódio da política, o melhor resultado de sempre.
O Bloco está nas nuvens, Tudo aponta para o sucesso! Os seus apoiantes não olharão a esforços para porta a porta ir buscar o voto dos descontentes, o voto dos sem emprego. E com isso obterão um resultado que os levará a atingir uma meta que nunca esperariam conseguir, nestes poucos anos de vida do partido. Ainda a aguardar fixação consistente na política portuguesa.
O CDS, está na corda bamba de um tombo sem precedentes. Está na iminência de nem um deputado eleger ao parlamento europeu.
O que será catastrófico para o partido!
Tem uma semana do tudo ou nada!
Tem uma semana para cativar os centristas fugidos para outras paragens e fundamentalmente: cativar os que poderão engrossar a abstenção, pau de dois bicos para os Centristas. É nos desiludidos com a política deste País, deste governo (e existem milhares e milhares). Que o CDS, tem que forçosamente e quase em desespero arrancar (é mesmo arrancar) votos. Senão é o descalabro para a sobrevivência do partido. Que se diga liderado por meia dúzia de betinhos endinheirados deste país, agarrados a um líder fanático que a cada dia que passa se arrasta em direcção ás areias movediças arrastando o partido para o inferno.
A CDU é o costume. Nada de novo nas campanhas. Os discursos sempre com o mesmo fim e os apoiantes sempre trajados com o mesmo propósito.
Buscam o melhor resultado de sempre e acabam com o resultado do costume. Baloiçando para a queda que mais cedo ou mais tarde acontecerá.
Todos eles terão uma semana de intenso calor pelas estradas deste País!
Temperaturas altas, que vão ser o quebra-cabeças para todos eles, porque vão afastar os portugueses de votar. E sem votos não se poderá alcançar os resultados pretendidos.