terça-feira, 29 de setembro de 2009

Terminou a Campanha Nacional Logo, se Iniciou a Caseira




Caminhava fixo no que realmente me interessava resolver nesta cidade que não ata nem desata, adormecida num marasmo incompreensível de estagnação há longos anos, quando sou despertado pelo barulho estridente de uma carrinha a lançar baboseiras do que o Presidente da Câmara da minha cidade tornou possível nestes já longos quatro mandatos e com a promessa bem estampada nos vários painéis distribuídos pelas rotundas deste concelho, de mais um que não deveria acontecer, mas devido aos vários pedidos dos grandes amigos, aqueles que todos conhecemos acedeu a cumprir o ultimo mandato em prol dos cidadãos cá desta terrinha.
Pensei ingenuamente que tudo já se tinha acabado!
As manifestações por todo lado.
A gritaria em tudo que era praça central.
Eram beijos e abraços em mercados municipais e feiras semanais.
E no Domingo tudo isso se traduziu em votos que deram a vitória a quem fez mais por ela. E deputados a cinco partidos que serão os nossos olhos e boca, segundo eles para no Parlamento defenderem os interesses das Regiões para que foram eleitos. Mas todos sabemos se irão resguardar numa cadeira com o computador em frente subjugados às directrizes do partido para o bem da nação num combate que pouco beneficia o País já que continuamos a habitar na cauda da Europa. E muito a eles próprios, já que deram o que tinham e o que não tinham para lá estar.
Mas lá tenho que levar com mais quinze dias de barafunda politiqueira caseira!
Esta bem mais ruidosa!
Num correrio porta a porta, para convencer os habitantes que algo se vai fazer para terminar de uma vez por todas com o domínio laranja que se apossou da entrada do Município desde que o povo foi chamado para eleger o staff camarário já lá vão trinta e cinco anos. Mas mandato após mandato os Sociais-democratas vencem e convencem, não adiantando que nos grandes centros urbanos vença os Socialistas, porque nas Freguesias do interior e elas são mais de setenta. Os votos laranjas passam de pais para filhos e já os netos nascem com a certeza de serem laranjas quando forem chamados para votar.
E assim se criam caminhos alcatroados para chegar a duas casitas perdidas no monte.
Leva-se a electricidade a ruelas que iluminam os insectos que deambulam num círculo de voltas sem fim, escurecendo as lâmpadas depois de muitos deles lá ficarem colados num fim de vida tão curto mas tão clareante.
Leva-se a electricidade e telefone a um acampamento cigano, já que todos eles foram se recensear e com a certeza de votar no Partido da seta bem laranja, recomendações bem decoradas, já que à porta da secção de voto todos apontavam para a setinha e contavam o lugar que ocupava no boletim afixado à entrada. Não existia duvidas os votos eram uma certeza como dois vezes dois serem quatro!
Os filhos entram nos quadros camarários, por paga de um favor continuado já que a eleição é ganha mandato a mandato e quem diz o filho diz o vizinho que tem uma família bem composta.
E assim, temos os pais, os filhos, os filhos dos filhos e ainda os vizinhos. Todos a votar sempre no mesmo partido e assim sendo o Presidente já vai para o quinto mandato, sempre a acreditar que as gerações das freguesias perdidas por entre pinhal e ruas estreitas são os baluartes de uma eleição que à partida está ganha. Só faltando a certeza se mais uma vez a maioria aparece, para abrir as portas de par em par na aprovação sem a mínima contrariedade de documentos feitos por quem conhece a Câmara para beneficiar quem lhes ofereceu, através do voto tamanho conhecimento.
Este ano não fugirá à regra, doía a quem doer, os mesmos irão vencer como o tem feito até aqui.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Sócrates Venceu e o PS Convenceu


A vitória do PS, foi antes de mais a vitória de Sócrates!
Sócrates era o mal amado da política portuguesa.
Era o inimigo a abater por uma oposição que o escolheu como o alvo, para justificar o fim de um mito que durante quatro anos e uns meses, governou Portugal com a arrogância e agarrado a uma maioria sólida que lhe davam cobertura para governar a seu belo prazer.
Tudo isto eram as cantigas diárias de uma oposição, embalada pelos resultados das Europeias, que lhe elevaram a certeza da queda de Sócrates e toca a malhar no pobre do homem que verdade se diga, sempre mostrou que tinha as costas largas para aguentar todos os sopapos vindos da boca dos esquerdistas radicais e da direita odiosa.
Sócrates venceu e o PS convenceu!
Sócrates venceu os líderes da oposição que já se perfilhavam de peito feito, numa de notoriedade e peso político, vangloriando-se na escusa de um possível aperto de mãos para pontuais acordos, pensando que o povo se iria levar num projecto de radicais medidas que à partida iriam se esgotar no lirismo de governar uma nação!
Sócrates venceu o ódio de uma direita que embandeirou em arco pelo resultado de umas eleições (Europeias) autêntica armadilha para que a lebre caísse no covil da raposa. E se esqueceu que muitos Socialistas se reservaram para que um abanão ao PS seria o adormecer da direita à sombra de um resultado tão festejado, mas como se vê agora, de nada lhes valeu porque o abismo ficou ali tão perto, às 20 horas com as projecções de uma certeza que caiu como uma bomba.
Os socialistas acorreram em peso e deram mais uma vitória ao seu partido e guindaram o seu líder ao alto pedestal de uma noite que ele soube merecer.
Mereceu porque recuperou a confiança dos Socialistas indecisos. Que sem essa confiança iriam ficar em casa e oferecer a vitoria a quem pouco ou nada fez para a obter.
Mereceu porque se preparou de forma brilhante, mostrando que é neste momento o melhor político português, no afrontamento com os demais líderes em debates que mostrou a sua capacidade e desde aí abriu o caminho para uma campanha a todos os níveis espectacular.
Não é todos os dias que um líder se vê a recuperar de uma diferença que fez grande mossa e muitos já previam o seu fim prematuro, em eleições bem recentes (Europeias), para uma vitória de maioria relativa passados simplesmente três meses.
Por isso era natural a satisfação de Sócrates quando enfrentou os seus apoiantes e os socialistas em geral.

domingo, 27 de setembro de 2009

Acabei de Exercer o Meu Dever


Em quem não digo, porque já o disse muitos dias antes!
Dirigi-me à secção número três, das oito que se estendem pela escola fora já que a freguesia onde resido é vasta e o dia corre num entrar e sair de eleitores.
Escola, onde o meu pequenote entrou, para iniciar o segundo ciclo. E as recordações voltaram quando entreguei a minha identificação ao Presidente da Mesa.
Também já fiz parte de Membro de mesa de voto! Durante uns anos de eleições para todos os órgãos incluindo a primeira sobre o aborto. Onde de certeza, foi a mais concorrida pelos jovens, pelas razões sobejamente conhecidas.
E às oito horas, tudo a postos para abrir a secção de voto e receber as primeiras pessoas a exercer o seu dever cívico.
Os primeiros a votar eram os madrugadores, as pessoas já de idade que se levantam cedo. Os que vão à primeira missa numa freguesia com duas igrejas!
De seguida vinham às centenas, a segunda missa tinha terminado e todos se deslocavam para votar.
Recebíamos as freirinhas, na minha zona existe um convento de Irmãs Franciscanas e a meio da manha era uma fila de irmãs, todas vestidas da mesma maneira, sempre sorridentes e apoiando-se umas nas outras, já que elas formavam um grupo de todas as idades.
Passada esta azáfama era tempo de acalmia e oportunidade de ir tomar um café, conversar um pouco e fazer o balanço da adesão da população ao acto eleitoral.
Entretanto com a chegada da hora do almoço, era a altura de decidir quem ia primeiro almoçar, visto que neste período de pouca adesão de eleitores, o mínimo obrigatório de elementos presentes na secção de voto, teria que ser três, entre eles tinha que permanecer o Presidente ou o Vice-Presidente.
O fundamental e dever de todos nós era que, a partir das treze e trinta todos tivéssemos presentes. E assim enfrentarmos a altura mais crítica de afluência de eleitores, porque todos viriam no final do almoço exercer o seu direito de voto e assim poderem no fim, dar a sua voltinha.
Era a loucura total no bom sentido claro!
No espaço de duas horas votavam mais eleitores, do que nas horas restantes. E nós os cinco num frenesim diabólico, dávamos baixa dos eleitores nos cadernos eleitorais, no momento em que o presidente da mesa ao receber a identificação do eleitor lia o seu nome e o número de eleitor.
Como cada elemento representava uma força política candidata, éramos fiscais ao mesmo tempo do trabalho de cada um. E uma falha poderia dar uma queixa por escrito, o que era sempre um transtorno para todos os componentes da mesa.
As horas avançavam e o encerrar aproximava-se. Lá vinham os atrasados a correr, os chamados indecisos que de certeza passaram o dia a dizer:
“Vou? Ó, não vou! Ó vou!”
E acabam alguns por se decidir já no final do escrutínio.
E pronto dezanove horas encerramento nacional da votação!
Abre-se a urna para contar os votos. Todos estão curiosos para saberem quem ganhou. O avolumar de boletins dá o primeiro indício. Cada monte representa um partido e no final, o maior era o vencedor mesmo sem a contagem final. O que amolecia logo o entusiasmo dos vencidos.
De realçar que mesmo depois destes já longos anos de democracia que trouxe as eleições livres, ainda se verificava eleitores que não sabiam votar, ou seja assinalavam a cruz, fora do quadrado o que tornavam o voto nulo e outros enganavam-se na escolha da força política, riscavam o quadrado e só depois assinalavam a cruz correctamente, o que não podiam. Deviam pedir novo boletim, para aí sim votar na sua escolha. E registávamos casos extremos, embora de número muito reduzido de eleitores que pura e simplesmente rabiscavam o boletim.
O final aproximava-se com o afixar dos resultados na porta de saída da secção de voto. Para que o povo interessado registasse os resultados apurados e tirasse as suas conclusões!
Voltávamos a casa já as televisões projectavam os vencedores e cada um caminhava com sensações diversas. Onde a noite era a acompanhante, numa Freguesia solitária já que os seus milhares de habitantes estavam presos ao ecrã, acompanhando o desenrolar dos resultados, num País que tenta arranjar espaço numa Europa que nos está a fugir por entre os dedos.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Domingo Votarei PS



Eu vou votar PS, porque acredito que se amadurece com os erros que se cometem e assim sendo não se voltarão a repetir!
Por isso o caminho está aberto para retomar as grandes medidas como sendo o objectivo primordial na melhoria da qualidade de vida de todos os portugueses e na consolidação de um País virado para as grandes questões europeias e ocupar o lugar de direito desde que conquistamos a independência e descobrimos o mundo desbravando os oceanos que pareciam não ter fim, dando ao mundo de então a possibilidade de se aperceberem que o mundo não tinha limites.
Por isso temos que entrar no caminho da resolução do desemprego!
Praga Social sem precedentes. Onde todos os esforços devem ser encaminhados para reduzir drasticamente este drama, para que milhares de famílias não resistam ao desespero de tudo terem perdido e deixarem-se dominar pela resignação que termina com a exclusão da Sociedade.
No caminho da concórdia!
Com os professores baluartes no ensino dos nossos filhos. Na urgente reforma que conjugue as soluções de ambas as partes. E se chegue a um consenso o mais rápido possível para não sufocar a aprendizagem de uma geração que terá forçosamente de subir degrau a degrau, para assimilar todo o que apreende porque o Futuro assim o vai exigir.
No caminho da imagem deste País!
Através de mais investimento na Cultura, para que se mostre ao mundo e a quem nos visita, toda a historia de um País e toda a capacidade dos portugueses em serem tão ou melhores que os demais.
No apoio aos cidadãos que não sendo de cá querem cá construir o seu futuro. Dando seguimento à historia recente, de um País de imigrantes que enviavam todo o seu suor em forma de divisas para nos mantermos à tona de um naufrágio sempre presente a qualquer momento.
No caminho da Segurança!
Onde possamos passear de mãos dadas sem ter que as juntar numa prece.
Para que só nos levem os anéis e nos deixem os dedos, para continuarmos a dar a mão a quem mais amamos.
No caminho da Saúde!
Para que os meios materiais e logísticos reforcem a prontidão no atendimento. E não nos deixem com mazelas irrecuperáveis a caminho dos hospitais e mesmo dentro deles.
Consagrar como um dever, a todos os cidadãos ter o seu medico de família. Que para além de médico, será o garante do bem-estar do paciente que lhe vai garantir uma melhor qualidade de vida.
Tudo isto foi prometido! E confio que será uma realidade.
O meu voto assim o exige!

O Grito de Saber o que Desejo se Tudo o que não Tenho me Apetece




A nossa vida é feita de lutas constantes!
Sentimo-nos numa selva onde cada um tem que possuir quatro-olhos para montar vigilância e não ser apanhado em contrapé.
Somos perseguidos pelo infortúnio de um drama mundial que invade as nossas consciências e rebenta-nos com os tímpanos e cega-nos a visão. Para assim nos encostarem a um canto remoendo as desgraças e suicidar as esperanças.
Mas muitos de nós ressurgimos das trevas que milhentas mãos poderosas nos lançaram sem piedade. E numa autêntica ressuscitação dolorosa e quase interminável desabrochamos de novo para a vida, prontos a conquistar o tempo perdido.
Olhamo-nos por nós abaixo, salpicados de tatuagens de sofrimento. E com uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma. A boca seca de vida e mantendo-a pelo ar que custosamente respiramos.
Grito! Grito!
Com todas as forças que me restam, para que o vento leve aos quatro cantos do mundo. Como hei-de saber o que desejo, se tudo o que não tenho me apetece!
Apetece-me correr sem parar, pelas estradas sem fim e ir apalpando terreno para encontrar um lugar onde possa pensar, pensar, pensar no que desejo!
Preciso do voo da felicidade que me ajude a correr bem ao lado das estrelas para encontrar um lugar bem juntinho ao azul celeste, se tal for impossível cá em baixo na imensidão da terra que é de todos e ao mesmo tempo de ninguém.
A correria desenfreada e angustiante prossegue a um ritmo desesperante.
E por entre uma escuridão tenebrosa descubro uma mão milagrosa, que me ampara e me guia para a luz que ao fundo do túnel surge como o sinal do lugar que eu procuro!
Encontrei o lugar!
De uma entrada minúscula, esforçadamente penetrada. Dá lugar a um espaço infinito cheio de desejos e desejos. Salpicados de cores infinitas que dão um colorido como se do Paraíso se tratasse.
E convida-me dando-me todo o tempo do mundo, pudera o tempo aqui não passa, navega num mar de luz, que aqui nasce e aqui permanece. A saber o que desejo.
Como hei-de saber o que desejo, se tudo o que não tenho me apetece!

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

A Varanda Onde se Pode Contar as Estrelas




Conheci recentemente alguém que vive em frente ao Tejo, bem pertinho da sua brisa e de todo o seu encanto.
Com o Cristo Rei como vigilante da varanda, poiso de grandes convívios de tantos amigos, que te levam uma palavra de carinho. Uma palavra de conforto! Uma autentica corrente de emoções!
Essa varanda onde se pode contar as estrelas. É um desaguar de sensações, mais parecendo um oceano que recebe os variadíssimos braços de rios, que te abraçam para te confortar!
Em redor, toda a beleza daquela vista, com a ponte 25 de Abril no seu esplendor mais ao fundo, como porta de saída e de entrada para uma Lisboa centro das grandes decisões que agitam este País.
Como a varanda não é para todos e a distância ofusca toda a beleza que ela oferece, mandei estas simples palavras, na forma de um pombo-correio para pousar no varandim esperando que desates o cordel e lendo a mensagem te possas convencer que além do pombo, o dono também quer partilhar dos barbecues deliciosos, que o vento eleva no céu o aroma, que ao passar nas narinas do Cristo Rei, o faz arrotar tamanha a delicia que o envolveu.
Não esperes pela próxima maré! Aproxima-te logo da varanda para veres o pobre do pombo, que ele não tem o dia todo e pode-te deixar o varandim sujinho de caca.
E mais a mais tem que voltar para junto do dono!
O dia já ia longo e voltava a casa depois do meu treino que me limpa do stress e envolve-me numa frescura gratificante quando, encontro o meu pombo.
Trazia uma mensagem simples, mas que ma levou a lê-la já três vezes!
Sabes o que não queres!
A vida já te deu essa luz, essa maturidade.
Mas dizes que não sabes o que queres.
Eu penso que sabes!
Só que em várias ocasiões pedes muito e pouco recebes!
E noutras mais, pedes muito pouco e mesmo esse pouco não te é consentido.
Existe também aqueles que te querem dar tudo, mas esse tudo não te enche um cantinho do coração e como tal estão fora da tua verdade.
Acabará por entrar na tua vida aquilo que queres!
E como já te disse, estará logo ao virar da esquina!
E como adoro o meu pombo, vou voltar a enviar-to, para ele te debicar o braço meigamente para que baixes o rosto que ele leva um beijo meu para ti.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

A Semana do Vale Tudo




Dando uma olhadela pela blogosfera, apercebo-me que estamos na semana do tudo ou nada!
E como tal, é o vale tudo que irá prevalecer segundo rezam as crónicas dos anti socialistas.
Mas não é verdade! O vale tudo não pode ser equiparado:
Ao descobrir a falta de soluções dos adversários. Porque sem soluções o povo Português apercebe-se que não existe alternativa. E vai apostar ainda mais na continuidade. Porque sem soluções que são tão visíveis, ao nível dos programas eleitorais. Ao nível das alternativas pessoais. Ao nível dos diversos atropelos e gafes constantes que vulgarizam uma oposição descredibilizada e impreparada.
É no descobrir dessas fraquezas do adversário que está o caminho aberto para a vitória.
O vale tudo não pode ser equiparado:
Ao apontar gravíssimas decisões como, o integrar pessoas arguidas em processos.
Ter no seu historial ex ministros do tempo do governo do Presidente actual, arguidos em fraudes dantescas, que lesaram um banco e os seus clientes virando-os do avesso em direcção ao abismo.
Serem liderados pela sua líder, ex ministra das finanças, que subiu o IVA, afectando os do costume nesta Sociedade virada para martirizar os menos abonados nos salários tão rasteiros que este País não se cansa de consagrar.
Ex ministra da educação num tempo em que os alunos fechavam os livros à aprendizagem, pelas politicas desta mesma senhora. Alarmavam o País em manifestações caricatas onde o traseiro de alguns era posto a nu perante a ministra, hoje líder da oposição. Num enxovalho de corar um País com oitocentos anos de história.
O vale tudo é a forma mais esfarrapada de caracterizar um fim! Um fim que tentava ganhar forma no emaranhado de escutas que foram impostas ao PS e hoje caíram bem no coração de Belém, com baixas já registadas e ainda a batalha só teve meia dúzia de tiros.
Um fim que pensavam ganhar alento, estar ligado a um desligar repentino do jornal das sextas, onde todos sentiam ser um ataque pessoal a uma pessoa, repetido mil vezes e com continuação até já meter dó e ainda ajudado por um comentador de voz de quem come tremoços com casca. Até o homem que é o PM, cair do pedestal como o outro caiu da cadeira enquanto dormitava no orgulhosamente só.
O outro caiu para nunca mais se levantar mas o nosso primeiro aguentou firmemente e viu o jornal cair sem deixar sequer a apresentadora aquecer nesse dia a cadeira.
Um fim que imaginavam ser mesmo o fim, com a saga dos professores num correrio infernal para não perderam o saco do farnel pronto para a seguir às quatro horitas de aulas,ir para outras paragens, no encher o pecúlio e coitados dos pais a pagar fortunas com os filhos no ATL.
E fazendo finca-pé das avaliações que diziam, todos queriam, mas não as que o Ministério pretendia. E acabavam por não conseguirem apresentar avaliação de espécie alguma para se entender, como raio os profs, queriam ser avaliados.
Esse fim será no dia 27!
Os perdedores irão ficar a chuchar no dedo, alguns!
Outros irão ter sempre assegurado um cabide para pendurar o vale tudo!
Os restantes aqueles que estão nas trincheiras a assistir à morte do artista irão pedir a cabeça da líder ainda os foguetes dos vencedores fumegam estendidos nos quintais a cheirar as rosas.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

A Campanha Está ao Rubro!




Os partidos esforçam-se para ir a todo lado. Seja no Sul na segunda-feira aproveitando o final de um Verão que nestas paragens ainda concentra banhistas e turistas vindos de todas as partes do País.
E pela manha de terça-feira, lá estão eles a caminho do Norte para enfrentar o povo que ora se desliga das buzinas a anunciar a chegada dos candidatos. Ora se encostam aos candeeiros públicos para assistirem ao subir da Avenida Central do aglomerado de militantes e simpatizantes do partido que nessa hora escolheu a sua terrinha.
Oferece-se lembranças já tão batidas que poucos estendem a mão para as receber.
São os chapéus que dão colorido às cabeças dos curiosos, mas nem todos querem amassar o cabelo.
São as esferográficas, outrora tão úteis para a escola, mas hoje em tudo o que é loja comercial à sempre uma que escreve para oferecer como amabilidade por uma compra.
São as bandeirinhas nas mãos dos mais jovens que engrossam a caravana, alguns deles nem idade tem para votar. Mas todos juntos fazem um agitar de bandeiras que poucos parecem muitos, num quadrado esvoaçante com ou sem vento andante.
E assim caminha a caravana percorrendo o Pais de lés a lés, nos restantes dias. Sempre com a agravante de nunca se cumprir horários. Fazendo muitas das vezes mossa nos apoiantes destemidos que não arredam pé do cantinho do encontro, guardando lugar bem á frente, para quando o candidato chegar, ser o primeiro a o abraçar e quem sabe aparecer em primeiro plano na televisão num abraço desconcertante, ou num beijo palpitante.
As noites de fim-de-semana são aguardadas para os grandes comícios nas capitais de distrito.
Aí as televisões na abertura das notícias, ligam directamente com os jornalistas destacados e lá descortinamos as grandes salas de jantar onde se acotovelam os militantes nuns comes e bebes politiqueiro, onde por doze euros enche-se a pança enquanto se ouve a lenga-lenga dos discursos. Que começa como um concerto de música, com a banda convidada para dar ambiente à sala (O discurso do candidato a presidente da autarquia local, ou o presidente dependendo da cor partidária) e termina com a apoteose do candidato que diga o que disser, leva com barulhentas palmas intermináveis que alongam o discurso pela noite dentro, num frenesim de vitória, que irá favorecer meia dúzia e durante o mandato enfurecer uma centena que pagou para ouvir o candidato que venceu e os esqueceu.
No final todas as caravanas irão acentuar perante o rescaldo de mais uma campanha, que o objectivo foi plenamente conquistado e por entre optimismos, uns logo à primeira visto como demagógicos e exagerados. Mas outros dirão os entendidos, uma boa surpresa e se surpresas houvesse na política nacional! Já que o vencedor é saído dos dois grandes opositores, cada vez mais parecidos e aposto que daqui a mais uns anitos, almas gémeas nas pequenas e grandes decisões para o País.
E claro é só esperar a noite das eleições e logo que bate as oito badaladas, saberemos pelas projecções quem foi o vencedor!
O vencedor que governará este cantinho rodeado de água por um lado e de uma fronteira irmã, mas que já foi um inimigo histórico, pelo outro.
Mas também numa sede de espera dos resultados, se dará uma grande festa!
Será o vencedor dos partidos mais pequenos, que efusivamente festeja a eleição do primeiro deputado da história deste pequeno partido, que sempre se candidatou às eleições portuguesas e viu agora a grande oportunidade de se fazer ouvir, na grande sala para o efeito que é a Assembleia da Republica.

O Jovem de Resposta Pronta mas Obras nem Vê-las



O jovem meteu os pés ao caminho e num impulso sem precedentes resolveu tratar de vida.
Habituado a que os pais lhe fizessem a papinha toda, aconchegava-se ao conforto do sofá curtindo o computador e esperando que os dias passassem para regressar à Faculdade com tudo a postos para mais um ano na boa vida e como é bom aluno, na menor dificuldade para estudar e assim se passava o ano na lei do menor esforço.
Desta vez tudo foi diferente! O ano terminou e o novo que agora se iniciou, iria recomeçar do zero e por à prova o jovem destemido nas palavras. Mas de obras, tá queto! Nem uma palha era mexida e conta-se pelos dedos de uma só mão passos dados por livre iniciativa, na procura de rasgos que pudessem elevar aquela consciência aos anais de envaidecimento.
Manhã bem cedo apanhou o comboio e lá foi Avenida acima parando no primeiro café que encontrou para engolir duas buchas e toca a esgravatar para encontrar o lar doce lar, que o iria embalar durante mais um ano de Ciências Farmacêuticas.
Depois de ter comprado o JN, ainda na estação da cidade natal. Aproveitou a hora da viagem para vistoriar os anúncios e ir já preparado para enfrentar as primeiras visitas que rodeavam a Faculdade. E as ligações via telemóvel das mais distantes, pouco do agrado a quem se sentia cansado com meia dúzia de caminhadas, Já que aquele corpo malandro se aconchegou a ter tudo bem perto da mão.
O resto da manhã foi passada sem novidades e já com um punhado de chamadas a engrossar mais a conta, fazendo-o tremelicar no dinheiro que o pai lhe dera, se daria para cobrir o dia.
Lá almoçou no restaurante do tempo de aulas, com o dono de sorriso feito. Uma forma de agradecer ao jovem cliente habitual permanecer no poiso usual.
Mas ainda nada existia os foguetes não podiam ser lançados porque a festa tinha que aguardar o desfecho certo.
A tarde estava a ameaçar chuva, mas ele suava de calafrios com receio de nada encontrar já que o novo ano estava a bater à porta.
Subiu a Avenida até se agarrar aos semáforos para carregar no pichavelho e assim abrir o verde para mais rápido virar para outra rua.
Já ia em vinte chamadas e nada encontrara! Estava tudo cheio de jovens estudantes.
Agora menos custoso já que, quem sobe terá que descer nem que seja na rua ao virar da esquina, tentou novo número numa pesquisa feita no Pingo Doce e…. Aleluia, aleluia!
O céu abriu-se de par em par! Deixando vislumbrar as portas do quarto que ele precisa!
A alegria era incontida! Era mesmo aquilo que imaginava. Todos dizem o mesmo quando desesperados já nada enxergam a cem metros.
Mirou o aposento! Aprovado. A cama confortável num lançar para cima, deixando cair aquele corpo franzino e esgotado de caminhar horas a fio.
Com janela para entrar o ar e dar cor ao amarelo pálido que todos os estudantes se revêem.
A dona, senhora de grande respeito, resolveu correr com os vícios dos anos anteriores que ameaçavam fazer do prédio habitação própria e ainda por cima com atrasos de pagamentos significativos. E reiniciou uma nova etapa de alojamento, com visionamento ao pormenor dos interessados e questionários de elevada valia. Assim pensava ela, nada lhe iria escapar e logo de entrada repreendeu-lhe devido ao atirar-se assim para a cama.
Estou muito cansado minha senhora. Justificou-se o jovem. E lá entraram nos pormenores de pagamentos e num até Sábado dona Quirina.
Apanhou o comboio esbaforido! Quase, quase a partir sem levar este jovem que nunca fez nada e hoje num assomo de coragem e valentia, provou a todos, mais a ele que tem boca para chegar a Roma a não se deixar encostar numa de chulice aos progenitores. Porque mais vale tarde do que nunca, conseguiu tratar de vida!

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Esmiuça os Politicos de Bandeja


Os Gatos Fedorentos trouxeram para a ribalta o melhor que os políticos nos podem oferecer!
Por uma vez, estes líderes partidários, oferecem-nos de bandeja o que de melhor o povo adora.
Numa iniciativa original, os Gatões colocam diariamente durante esta campanha os líderes frente ao ecrã. Para nós lhes sentirmos o pulso na capacidade deles em responder a perguntas embaraçosas numa mistura de humor e realismo a que eles de uma maneira ou de outra terão que por à prova o seu real sentido humorístico.
E a cada Esmiúça os Sufrágios, o entusiasmo cresce, cresce. As audiências aumentam, a um ritmo entusiasmante. A SIC, de uma hora para a outra descobriu a sua galinha de ovos de oiro, a lufada de ar fresco para desanuviar um pouco a grave crise que atravessa.
Depois dos badalados debates mano a mano. Nada melhor que este entretenimento para quebrar o gelo politiqueiro e oferecer um pouco de boa disposição para quem andou a por os Portugueses divididos na luta por uma mudança, ou na firme posição da continuidade.
E como a SIC dias antes esteve a visitar o lar de cada líder partidário, mostrando como eles se resguardam dentro das suas modestas habitações. Sozinhos, ou com a família. Tudo estava preparado para conhecer mais uma faceta de cada um deles numa rara sequencia a que os Portugueses tiveram o privilégio.
Sentou-se o primeiro e logo Sócrates pessoa sob quem cai todas as desgraças deste País. Mas com margem de manobra para continuar a ser Primeiro-Ministro.
Sócrates numa de homem de estado, cheio de responsabilidades e preocupações diárias, não conseguindo fugir a uma importante eleição à porta, não correspondeu ao clima do programa e como tal, pouco cativou a enorme plateia o que deixou o programa aquém do esperado.
Sócrates não é homem de fácil humor. E quanto a mim seria um pouco desagradável ele entrar por caminhos de sorriso aberto a responder a perguntas feitas com espírito natalício. Mas que o podiam levar a cometer arrepios friorentos numa fase crucial, onde a sua pessoa será figura predominante até às eleições tão aguardadas.
Nem mesmo Ricardo o nosso humorista de momento conseguiu que Sócrates despisse a pele de primeiro-ministro e vestisse a de Sócrates pronto, a ir beber um copo à ribeira.
Isso, ele conseguiu com Manuela Ferreira Leite, que me surpreendeu pela positiva com tiradas engraçadas que até fizeram corar o apresentador, que em momentos levaram a que os papéis de ambos se trocassem. Passando MFL, a ser a Gatinha.
Como MFL, estava vistosa! Aquele ar sorridente deu-lhe anos de vida e cativou a multidão que a ouvia na troca de trocadilhos durante meia hora. MFL, deve ser uma avó extremosa, que lê belas histórias aos netos nas longas tardes de Inverno com a chuva a bater raivosamente nas vidraças da bela moradia.
Portas, esse politico desde pequenino. Estava como peixe na água e brincou com as redes, com o isco e acabou por obrigar Ricardo a dar banho à minhoca nas variadíssimas vezes que lançou e recolheu o anzol.
Venham mais destas parece dizer Portas! Está em grande forma o Portas e sinceramente espero que ele consiga mais uma mão cheia de votos.
Faltam os dois esquerdistas!
Louça irá abrir um sorriso de orelha a orelha. E o Jerónimo com cara de avó Português, irá se emocionar refugiando-se num sorriso terno e cativante.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

As lembranças ainda Frescas Enquanto o Bronze se Mantêm



Lembrei-me agora de uma ida à praia e ao chegar ainda com os olhos meio abertos meio fechados, depois de uma noite quente e metido com três barrigudos contadores de histórias de tempos idos. Onde se mistura as diabruras de um tempo a roçar a saudade tantos foram os episódios rocambolescos e a deixar um aperto no coração para aqueles que já se foram numa ida sem volta, que obrigava a beber a fresquinha como quem bebe água e enquanto eu fiquei-me pelas não sei quantas, eles dobraram as minhas. Que acompanhadas pelos pistachos que quanto mais se comem mais se quer, levou as horas a passar e a madrugada a chegar a passo apressado.
E de toalhita ao ombro, desci as escadas do paredão e encontrei o passadiço em madeira que me levou areia fora, a escolher o melhor local da praia para curtir um pouco de sol e satisfazer com uns chutos na bola o puto armado em jogador, numa idade em que ainda se pode sonhar em ser jogador de futebol e fazer disso uma profissão.
Mas a praia estava diferente!
A maré estava mesmo baixa e mostrava um areal expansivo que só acontece raras vezes e destapou as rochas, dezenas delas a descoberto.
Pareciam ilhotas minúsculas onde só as gaivotas podiam aproveitar para debicar algum peixe ou molusco, que tivesse ficado surpreendido com a baixíssima maré e se tornasse alimento para essas aves que tudo comem tanto no mar como em terra, onde já se açambarcam dos restos das comidas e já se familiarizaram com os lugares onde os podem encontrar, no meio do turbilhão citadino.
Mas o que mais me chamou a atenção foi o espectáculo da apanha do mexilhão. Onde dezenas de banhistas de faca na mão, lá esgravatavam os mexilhões do tamanho da palma da mão.
Eles eram tantos que davam para todos!
Faca numa mão, na outra, o balde que os pequerruchos usavam para construir os castelos imaginários na areia húmida, serviam de recolha dos mexilhões e desde manhã bem cedo lá estavam homens, mulheres e famílias inteiras na apanha do dito cujo, que iria encher um panelão de mexilhões que bem preparados era uma iguaria e pêras.
E naquelas marés bem baixas que levavam o mar para bem longe e ofereciam um espaço de areia tão lisa. Palco privilegiado de grupos que se gladiavam em encontros rijos de futebol, até que a maré subia e reclamava novamente o seu espaço. Obrigando os banhistas a recuar e a acotovelarem-se na imensidão das barracas, até que o mar terminasse a sua fúria e voltasse a brindar os banhistas com o espaço, para que homens, mulheres e crianças. Pudessem caminhar, banhar-se e mergulhar naquele mar que nunca acaba num vai e vem de marés ao sabor da lua que quando caí à noite, monta vigilância para que a terra não se afaste do espaço que lhe destinaram numa galáctica imensa, mas cada um no seu cantinho.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

O Rescaldo de Um Debate



Manuela Ferreira Leite estendeu-se ao comprido numa manta bastante ampla para a cobrir de irresponsabilidade e princípios.
Ao olharmos para as afirmações por ela proferidas no debate com Sócrates, visando os espanhóis e insinuando algo que eles porventura possam trazer no bolso para ganhar dividendos com o TGV, entrou num campo extremamente infeliz.
A esta hora no lado de nuestros hermanos, agitam-se consciências para tentar perceber onde MFL, queria chegar com tamanha afirmação de fazer arrepiar até Louça que de certeza não iria tão longe.
E interrogam-se o porquê de MFL, atirar com tamanha lambada na cara de Sócrates, visando os espanhóis, logo numa fase de grande entendimento entre os dois países, com diversas parcerias em algumas áreas vitais para nos juntarmos ao pelotão da frente em domínios como a ciência e os transportes.
Não esquecer que a mesma senhora ocupou responsabilidades num banco que por acaso é o que retêm as minhas poupanças que chegam para acertar as contas até ao fim do mês, mesmo até ao fim do mês e se não cai o ordenadito logo no dia um. Começa a contagem para pagar juros e toca Nuno a correr para tapar o buraco, enquanto a transferência bancária não arrasta o ordenado para o Santander, instituição bancária que MFL, pertenceu e claro com um ordenado mensal que dava para mandar dizer missa todos os dias e que é dos vizinhos espanhóis. Aqueles que agora segundo MFL, querem arrastar Portugal para o TGV, para usufruírem de maiores contrapartidas comunitárias.
E mais, atirou-se a Sócrates de punhos cerrados como uma matriarca de domínio absoluto dizendo-lhe que daqui a uns anos não estaria cá, um trocadilho que Sócrates levou uns longuíssimos décimos de segundos a perceber o que a mulher queria dizer com aquilo e logo entendeu a questão depois de prontamente esclarecido.
Mas eu entendi muito mais, MFL estava a ser modesta da boca para fora. Dentro daquela alma penada estava a metralhar repetidamente: não são dez anos. São quinze dias meu cantador de retóricas!
E não querendo ficar por aqui. O raio da mulher estava imparável nestes impropérios malabaristas. Lá veio a farpa do matar o pai e a mãe e fica o órfão.
Esta foi demais! Deixou Sócrates abananado com tamanho exemplo!
Abanou a cabeça duas ou três vezes numa reprovação que juntou o País.
Sempre pensei que expressões destas, servindo de exemplo só poderiam vir e se viessem, dos radicais esquerdistas que ainda navegam desesperadamente para terem visibilidade na nossa Sociedade. Mas a Nelinha não esteve com meias medidas e foi a fundo doa a quem doer.
Ainda agora estou a ver aquele rosto massacrado por anos agitados na politica e não só!
Rosto cansado e chupado! Nem belo nem feio, um pouco tenebroso quando a noite se põe, a idade também pesa.
Olhos faiscantes em direcção a Sócrates! Como a tentar dizer: não vou na tua onda de surfista de maré baixa, já que vou fazer de ti gato-sapato espera para veres o povo vai me dar a mão para te abafar logo na primeira ocasião!
Mas no restante, no que o povo português queria ouvir de MFL, para encontrar soluções na esperança de poder confiar o voto aos Sociais-democratas. Foi um vazio confrangedor, acompanhada de um programa de folhas brancas que Sócrates bem tentou encontrar as alternativas, mas encontrou uma mão cheia de nada e outra a pedir coisa nenhuma.

domingo, 13 de setembro de 2009

O Debate do Programa de Folhas Brancas




Vi o debate e cheguei a duas conclusões!
Sócrates mostra obra, embora ainda lhe falte terminar os acabamentos, que são tão ou mais importantes que a obra em si.
Manuela Ferreira Leite trouxe para o debate uma mão cheia de nada e a outra de coisa nenhuma!
Assim sendo, comecemos por Sócrates!
Se formos enumerar as medidas tomadas pelo seu governo nestes quatro anos e meio. Teremos sem dúvida de dar a mão à palmatória e reconhecer que mesmo com esta crise avassaladora, o PS, tem obra realizada.
Em todos as grandes áreas! E como se constatou, com as sucessivas enumerações da parte de Sócrates a que MFL, praticamente nem contrapôs, foram ene delas, que ajudaram milhares e milhares de portugueses a:
Usufruírem de aumento do abono de família.
Do aumento da melhoria da qualidade de vida dos mais idosos.
Do segurar o emprego através de ajudas as empresas.
Do alargamento do subsídio de desemprego para que muitos portugueses consigam esperar por melhores dias, depois da crise que dá mostras de perder o fulgor.
De reduzir em mais de metade as listas de espera e criar mais médicos de família para milhares que ainda não tinham esse direito essencial.
Enfim podíamos ir até a exaustão em enumerar outros tantos, mas o que importa realçar com tudo isto é que existe obra realizada!
Claro que nem tudo foram rosas, como assim o símbolo já mostra, mas à que aprender com os erros e lutar para os corrigir.
Manuela ferreira Leite, nada trouxe ao debate!
Descobrimos que o PSD, tem um programa cheio de folhas brancas. Sem medidas que possam por os portugueses a poder optar pela alternativa, porque pelo programa ninguém lá vai.
Sócrates estudou bem esse programa, ou melhor estudou bem o que não tinha o programa e para Sócrates, foi uma janela aberta para laçar MFL e encostá-la às cordas num aperto nada difícil dado a pouca resistência da opositora.
Descobrimos uma MFL, que levou palmadas e palmadas de Sócrates, quando lhe fez a resenha de uma mulher, antes de ser líder do PSD, onde a sua opinião ia muitas vezes de encontro às medidas tomadas pelo PS e outra mulher depois de conquistar a Presidência laranja, onde o dito por não dito era o pão-nosso de cada dia.
Descobrimos uma mulher que assinou documentos oficiais enquanto Ministra e agora na oposição contraria o que assinou e toca a dar voz ao contra e entrar por caminhos nada consentâneos numa mulher com uma vida repleta de valores muitos deles postos ao serviço do País.
Descobrimos uma mulher sem hipóteses de fuga e escondendo-se na batida frase do “Isso foi antes de …. Agora a minha opinião é outra!”
Defesa nada consentânea com o líder do maior partido da oposição e candidata a ocupar o lugar de Sócrates daqui a uma dúzia de dias.
Em suma, sinto, que este debate desfez muitas dúvidas a muitos portugueses, na opção a tomar e estou certo que as sondagens do empate técnico que já virou moda, darão dentro de muitíssimo pouco tempo, quatro degraus a Sócrates, menos esses que evitará de subir a escadaria de mais uma vitória rumo à consolidação das medidas já tomadas e outras mais, fundamentais para que o País entre nos eixos da alta velocidade para suplantar a crise que começa a virar TGV de apeadeiro.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O 11 de Setembro de 2001



A manhã já ia alta e o novo século rasgava horizontes, sem se aperceber que iria levar às costas tamanha catástrofe de contornos na altura inimagináveis, quando por todo o mundo assistíamos ao pânico do desmoronamento da América no seu próprio espaço.
Os aviões embora americanos eram odiosamente comandados pelos terroristas fanáticos em direcção ao coração americano para o perfurar o mais fundo possível na tentativa de deixar os maiores estragos mortais imagináveis numas horas de autêntica guerra sem quartel.
O povo americano andou longos minutos de cabeça perdida, sem saber exactamente o que estava acontecer quando assistiam incrédulos ao embate dos aviões comerciais nas torres gémeas que simbolizavam o orgulho americano.
Logo que a grande nação abriu os olhos para a realidade catastrófica uniu-se num cordão de força inquebrável e partiu eficazmente para neutralizar o inimigo, os bárbaros terroristas.
E dentro de todo o país uns acorriam a salvar vidas, dando as suas em prole dessa determinação. Num inferno de fogo e calor que derreteu as bravas iniciativas de salvamento.
Outros, heróis destemidos sabendo que a morte os esperava tamanha a resolução dos terroristas que desviaram o avião. Uniram-se numa vontade de os derrubarem dessas horrorosas intenções e dentro do avião levantaram um autêntico tumulto na esperança que só as vidas que iam no avião se perdessem, um dado já adquirido por todos eles e trataram de enviar o avião de encontro ao descampado evitando assim mais mortes e elevando o seu grau de patriotismo ao patamar do céu. Onde devem estar assistindo, ao castigo perpétuo dos terroristas que os acompanharam numa morte já prevista mas infrutífera já que não alcançou os objectivos felizmente pretendidos.
Outros numa corrida contra o tempo rasgaram protocolos, barreiras de impedimento e trataram de fechar todo o espaço Americano pondo a aviação militar em alerta máximo, para arrasar com mais algum avião vindo das pistas de cockpit em riste, para perfurar ainda mais os emblemáticos edifícios da nação do tio Sam.
Um deles entrou pelo pentágono coração da defesa e explodiu bem no coração fardado desse labirinto de tácticas de defesa. E arrasou com cento e tal vidas, sem terem tempo de se aperceber com o que estava a acontecer.
E durante algum tempo temeu-se mais e mais aviões, levando ao histerismo de um ataque maciço dos terroristas que podiam surgir do céu, prontos a cair em cima do povo inocente e indefeso sem culpa de nada, levando com o fanatismo macabro, covarde, desta gente que se esconde em buracos impenetráveis, só surgindo à luz do dia para morrer como mártires do diabo.
Hoje as feridas continuam abertas e chegam novos relatos do acontecido oito anos antes.
Uma grande tragédia desta dimensão é inesquecível!
Irá acompanhar o século no muito tempo que ainda resta. Mas como nos grandes males grandes remédios. O mundo ficou mais seguro e preparado para enfrentar estas ervas daninhas que querem proliferar por toda a parte, mas já possuímos o veneno para os aniquilar e bem dentro do seu próprio covil.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

O Secretário Geral da ONU e a Montanha Branca




O homem nunca tirou tanto do meio ambiente como nos últimos tempos. Guiado por valores fundamentados no consumismo, ele tem entrado na dinâmica da natureza, retirando dela a qualquer preço os seus recursos, tais como: os minerais, a fauna, a flora. Além da água, de um impacto devastador que está secando o solo e o ar que se torna cada vez mais local de descarga dos mais diversos poluentes.
A publicidade alerta para todo este conjunto de desgraças a que assistimos diariamente e assume a voz universal para tentar diminuir o impacto que está a ter no meio ambiente.
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, depois de uma viagem ao Árctico, voltou a lançar um apelo urgente, à luta contra o aquecimento global, durante a qual constatou destruições provocadas pela mudança climática.
De facto o Secretário-geral ficou abismado com a rápida progressão no desaparecimento do gelo árctico. E logo que pisou solo mais temperado, tratou de alertar a comunidade mundial para de uma vez por todos sentirem pela sua voz, o que os olhos viram de já tão catastrófico no árctico. A infâmia que estamos a causar ao planeta milhões e milhões de anos adormecido numa conjuntura de equilíbrio na natureza criada desde os primórdios e em três décadas a desenfreada corrida à industrialização sem precedentes, acordou para um pesadelo.
Assim sendo continuava o Secretario, estamos a levar o planeta para a destruição a passos largos.
O Secretário viajou, pelo céu limpo e frio mostrando uma beleza no ar enquanto olhava pela janela do avião e abanava a cabeça de inoperância quando avistava as desgraças humanas cometidas nas águas geladas.
O Secretário viu in loco, o destronar a cada minuto de toneladas de montanha branca rumo ao Oceano, que o enche dia a dia e origina a sua raiva. Descarregada no galgar de terreno, entrando pela terra que o homem pensou ter conquistado e aí ter ancorado. Mas que o mar raivosamente adquire como seu.
O Secretário acreditou piamente que se nada for feito urgentemente, o planeta arrastará atrás de si uma destruição que as próximas gerações, ainda algumas, que iremos no final da nossa vinda presenciar, herdarão um pesadíssimo fardo do tamanho dum cometa para descarregar. E não terão espaço, nem capacidade intelectual para o descarregar num lugar seguro onde se possa viver com o que a natureza brota do seu regaço, como milhões e milhões de anos o fez, para a vida na terra florescer.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

As Duas Esquerdas Olhos nos Olhos




O debate entre Sócrates e Louça deu para todos entender que não vale a pena votar no bloco de esquerda.
Votar no BE é votar na direita e por isso não restam dúvidas que os bloquistas irão se cingir à expressão habitual, porque não valerá a pena correr o risco de por a direita no governo.
Sócrates como se viu merece outra oportunidade, provou ser o melhor político da actualidade perante Louça que todos consideramos o único que pode roubar a vitória a Sócrates.
Não esquecer que há dois meses muitos socialistas foram dar as mãos a louça. Numa de vingar o PS e principalmente Sócrates.
Vingança feita e satisfação concretizada, as consciências sossegam e começam a ver melhor a realidade e depois de verem Sócrates em acção irão reconsiderar e voltar a acreditar em Sócrates e no PS.
Foi um debate que obrigou a quem o iniciou, a ficar até ao fim!
Os outros, confesso que nunca me despertaram grande apetência para os aturar! Eram frases estudadas, ouvidas vezes sem conta que já sabíamos de antemão a resposta do lado oposto.
As vozes ritmadas com sorrisos de TV. E num agora digo eu, para daqui a um minuto o outro contrariar e não passavam disto, que até o pouco tempo que dispunham eram uma eternidade para os ouvir.
Sócrates foi melhor, sabendo de cor o programa bloquista, tanto sabia que deu as voltas a Louça.
Usou a arma de louça e utilizando o seu calão político, algumas vezes pregava-lhe com o Amorim devolvendo-lhe a ousadia de o trazer explicitamente para o debate e o resultado foi uma espinha que Louça levou atravessada na garganta e ainda agora passadas já umas horas, tem dificuldade em retirar.
Sócrates depois de apanhar a linha que Louça lançou mas esquecendo-se do isco, fés dele gato-sapato, porque não o deixou recolher essa mesma linha para mudar a rota de lançamento e assim sendo tanto a puxou que Louça mergulhou nas ondas das privatizações, sem pernas para andar numa sociedade que não está para aí virada.
O debate teve intensidade fugindo ao habitual nestas situações e Judite viu-se impotente para o levar de encontro ao determinado.
Melhor assim! Ganhou o público e uma vez mais, para não cansar venceu Sócrates devido à sua capacidade natural. À sua preparação cuidada na procura de conhecer a casa do opositor e de certeza este será o melhor debate nesta maratona.

O Mini Ginásio da Aprendizagem




Na maioria das formações que a minha esposa se desloca e elas são já bastantes para estar a par das novas técnicas dentro dos novos aparelhos. E das novas descobertas que no mundo da estética não param de surgir para satisfazer a ânsia das mulheres (e já muitos homens), na procura da beleza total. Adquire em muitas delas o CD correspondente.
Desde massagens corporal, a ginástica progressiva, passando pelos exercícios relaxantes terminando nas ondulações de pestanas.
E depois de colocado no DVD ligado à TV, é um meio de aprendizagem, de aperfeiçoamento. E mesmo de apagar dúvidas, que sempre ficam quando se termina uma formação, dado que são formações onde o tempo é escasso e como tal é num ritmo intenso que elas são realizadas.
Como possuímos uma sala espaçosa, criamos um “mini ginásio” e juntos com a sua supervisão, praticamos exercícios relaxantes que são fortemente anti-stress e gratificantes.
Tanto no aspecto físico, deixa-nos mais soltos mais relaxados. Como familiar, onde ao conseguirmos tempo para estes momentos unimo-nos cada vez mais e fortalecemos os nossos laços familiares.
Nas massagens e nas ondulações, são os filhos os modelos da sua inspiração e até da preciosa prática que a ajuda a que no gabinete exerça a sua profissão. Sem erros e com total satisfação das clientes.
É fantástico o trabalho artístico que alcança com ondulações de pestanas na minha filha, conseguindo que fiquem compridas e com uma ondulação que lhe faz sobressair de uma forma incrível os belos olhos que possui!
Fica bela e muito vaidosa, embora um pouco corada. Criando um clima feliz, com as piadas humoradas lançadas por todos nós.
Na altura das massagens, que são excitantes e criam um ambiente de completo empenhamento. Tanto de quem executa, como quem as recebe e todos fazem, desde o mais pequeno até ao mais velho. Cada um esperando pela sua vez.
E a família unida em actividade física, mais propriamente em massagens relaxantes que além de nos dar um alívio físico, dá-nos boa disposição, porque assistir aos filhos a dar massagem nos pais é espectacular.
Só de assistir à tentativa de eles tentarem massajar, como a minha esposa o faz é extraordinário.
O jeitinho que os miúdos, com as mãos, colocam no nosso corpo. Sempre com a preocupação de darem o máximo e mostrarem que sabem tanto como à mãe e até fazem beicinho se ela os corrige.
É tão relaxante e tão divertido que a massagem, de massagem pouco tem! Tem sim um calcorrear de cócegas pelo corpo todo, que me esforço imenso para aguentar e não me desfazer numa risota sem fim! Para não desiludir quem na sua pureza genuína, sente que está a ter êxito e chegar ao fim!

domingo, 6 de setembro de 2009

O Domingo Depois das Férias



Hoje sinto que algo me falta!
Sinto uma ressaca bem visível, que me está a encostar às cordas.
Ou seja, projecta-me para um canto da casa para me refugiar em mim mesmo procurando recuperar a moral, para começar uma semana que se antevê difícil, com soluções que se tem de tomar, para mais tarde não ser mesmo tarde!
Na véspera reuni-me com colegas que já não via desde que as férias chegaram. E no meio de uma simples ligação, veio a confirmação para no final da tarde no reunirmos e matar um pouco as saudades que já eram sentidas e trocar novidades que aparecem sempre na ponta da língua quando se juntam colegas de trabalho.
Começamos num bate papo rotineiro enquanto se bebia uma cerveja bem fresca, porque o tempo continua quente e sempre a lembrar a praia ali tão perto mas já um pouco saturante, que deixa um belo bronze, mas que envelhece a pele.
A boa disposição inicia uma troca de malícias amigáveis e quando demos por nós já a noite mostrava que iria chegar, como chegou o golo da Dinamarca, que fechava ainda mais a concretização de um objectivo.
Como era um prazer estarmos juntos, nada melhor que partilhar o jantar e continuar esta saga profissional que nos junta há mais de dez anos.
Entramos na marginal da Póvoa, enquanto decidíamos o cantinho onde iríamos jantar.
Vila Conde aparece com o mar em frente e estacionamos bem junto ao rio com a caravela quinhentista a dar-nos as boas vindas.
Procuramos rua acima o restaurante de boa memoria, num ano que também lá paramos no inicio de uma férias que bem recordamos enquanto escolhíamos o cabrito bem famoso nesta casa.
Portugal comprometia as aspirações,num empate com sabor a derrota. Com o hino a ser cantado por mais um português acabado de deixar de ser simplesmente brasileiro.
Mas nós abríamos as nossas aspirações a atacar aquele queijinho tão fresco com carcacinha partida aos nacos e um vinho bom, da zona minhota a fazer fronteira com Espanha.
Como necessitamos de estar unidos nesta fase do tudo ou nada para garantir a continuidade dos nossos empregos hoje tão cambaleantes. Atiramo-nos ao cabrito e às batatinhas assadas com legumes tão frescos que era um regalo assistir ao nosso apetite e às nossas tiradas patuscas embora controladas, já que estávamos num local de aspecto requintado e clientes de voz baixa.
Terminamos as sobremesas baseadas nos pudins que em casa as mulheres não conseguem acertar, mas aqui o raio do pudim valia bem o preço.
Cafezinho no final e umas tiradas entre nós do aspecto bem original do empregado sempre amável e prestável que apelidamos de Marcelino. Lá partimos para a nossa zona e novamente na marginal entre Vila e Povoa, ainda a cheirar a férias com centenas de famílias a percorrer toda aquela calçada e outras mais a encher as esplanadas, chegamos ao local do encontro. Não sem antes terminar este dia, com uma saltada ao bar do hotel, onde iniciamos este encontro. Ainda a cheirar a novo que tem o bar no topo do mesmo, com vistas espectaculares numa noite de Setembro mas quente, que convidava a ver as estrelas.
Depois do último copo para despedida cada qual regressou à sua casinha e num até segunda, sentimos que estes encontros são o que deixa saudades num tempo de vacas magras e apertos no coração.
Agora mais animado depois de uma sesta retemperadora, vou aliviar o stress do garoto equipado à Benfica, ao parque radical dar uns chutos, entre garotos que fazem do campo o seu poiso de manha à noite. E vou ter que dar uns berros para arranjar um cantinho na esperança do miúdo fazer o que mais gosta. Dar uns chutos!

sábado, 5 de setembro de 2009

O Dedo Mindinho foi Aberto mas, os Calções Molhados é que Era a Dor


Neste tempo de férias percorri muitos lugares que já não lá passava há alguns anos e outros mais, já uma dúzia de anos que não punha lá os pés. Agora bem bronzeados e leves depois de correr boa praia calcorreando todo o cascalho que o mar resolve devolver junto com a areia que rouba em épocas de marés vivas para gáudio dos espectadores de paredão que se deliciam com o mar a limpar barracas e a só parar nas paredes centenárias do paredão da vila que embeleza a praia.
Recordei tempos de infância, tão queridos que me emocionaram dada a nitidez com que os revivi. Pareciam tão recentes e já lá vai muito tempo.
Recordo um que pela natureza deixou marcas e sempre que vejo um rio, ou até mesmo um curso de água, logo me vem á memoria tamanho episódio.
Morava bem perto do rio. Era só subir a ponte e no fim de a descer, virar à direita entrar por um caminho paredes meias com metade da ponte e lá estava a mergulhar no sítio mais fundo do rio que no Verão era o único onde se podia mergulhar e nadar à vontade fora da confusão dos mais pequenos que tinham que se contentar com os baixios.
Claro que fazia isso vezes sem conta! Só que uma vez, à sempre uma vez. Ao descer o caminhito de uma dúzia de metros, onde já urinava acho, com a ânsia de mais rápido lá chegar, reparei ao entrar na água que ela ficava vermelha cada vez que eu dava um passo.
Então para meu espanto e pânico tinha-me cortado numa garrafa que alguém tinha deitado para esse caminhito e o golpe era no dedo mindinho e sangrava pra burro (como dizem os brasucas).
Eu, um puto com sete, oito anos, ao ver tanto sangue pus-me a berrar que entrou tudo em pânico!
Saiu tudo do rio e logo os putos deram a correr ao merceeiro que ficava a uns cinquenta metros do inicio da ponte. E como ele é que tinha carro nessa altura toca a levar o Nuno para o hospital para cozer o dedito todo aberto e cheio de sangue.
Entrei no hospital em pranto e numa angústia que me abafava o pequeno coração naquele corpo franzino. Mas não era pelo golpe profundo no meu dedo do pé esquerdo. Mas sim pelos calções que estavam molhados, não pelo água do rio que eu nem cheguei a molhar. Mas pela mijadelita dada ainda fazia a volta da ponte para entrar no tal caminhito.
Estava mesmo desesperado por isso e nem ligava ao facto de me dizerem que a picada da anestesia ia doer um pouquinho só!
Até que não aguentando mais, lá disse que tinha os calções molhados de….logo o enfermeiro percebendo a minha ansiedade tão evidente sossegou-me e quase ao ouvido disse-me deixa lá puto que eu também tenho esse vicio e já sou um matulão e pai de filhos como tu.
Ninguém imagina o consolo que aquilo me deu!
Levei sete pontos no meu dedinho mais pequeno, mas pouco liguei a isso só respirava fundo pelo peso que tinha tirado de cima de mim ao dizer aquilo ao enfermeiro de bata branca e mais pelas palavras que ele me dirigiu.
A partir dali, nunca mais virei à direita para mergulhar no rio que hoje é um manto de sujidade dado o desleixo das entidades daquele lugar. Descia no caminho que confrontava com a casa da minha avó e ia água dentro para a ponte de encontro ao meu lugar, onde deixei algum do meu sangue que o rio levou espalhado pelas suas aguas, naquele tempo tão límpidas que se viam os peixes a saltar borda fora para apanhar pequenas migalhas de pão que se deitavam no descanso de tanto mergulho comprado no merceeiro junto à ponte, que me levou ao hospital na carrinha toda velha de um leva e trás de mercadoria que abastecia aquele lugar onde vivi dois anos.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

A Bomba Caiu Bem no Meio do Inicio da Pré Campanha



Foi a bomba que faltava para agitar o começo da pré campanha e atiçar as feras de encontro não ao PS, mas a Sócrates. O principal visado em todos os abalos que atulham de poeira e suspeição a Sociedade em que vivemos.
O jornal de sexta foi ao ar! E com ele foi a Manuela Moura Guedes!
Era um pouco previsível, que depois do afastamento (ou dispensa dos seus serviços) de Moniz, ficasse aberto o caminho para afastar a Manuela Guedes.
Mas tanto quanto o sei, ninguém levantou essa hipótese!
Ninguém por artes mágicas, ou num mero exercício de antecipação, ou até mesmo numa fuga de informação. Levantasse o véu do que iria acontecer.
Temos cérebros inteligentes neste País e muitos deles com informações bem infiltradas nos buracos, de onde podem brotar decisões que agitam um País e obrigam a que todos os partidos e os mais variados sectores da sociedade a pronunciar-se e até a confessar que nada tiveram a ver com tamanha e anti democrata decisão. Para num golpe de mestre divulgar e assim levantar o véu do que iria acontecer em breve e embalar para si os louros de tamanha façanha. Mas não!
Neste caso particular, nada que pudesse juntar dois – mais - dois, levaria a descobrir tamanha bomba.
E no momento que essa bomba caiu na comunicação social, foi uma correria louca para ver quem seria o primeiro a divulgar tamanha pérola para vender.
Momentos depois já se contava pelos dedos os apregoadores de notícia bombástica.
Nem chegou a uma hora já centenas de blogues estampavam cada um na sua forma a grandiosa notícia.
O caso extravasou para patamares preocupantes que todos os partidos vieram a terreiro manifestar a sua opinião.
E logo com as figuras mais sonantes na frente do pelotão a dizer de sua justiça e apontando o dedo a bloqueio democrático, fazendo lembrar tempos idos que se pensava já banidos da nossa sociedade.
A pré campanha do inicio do mês de todas as decisões, levou uma alteração de levantar os cabelos aos mais visados.
Ao partido do governo, de por os cabelos bem em riste, porque poderá trazer dissabores num resultado que se quer vitorioso para continuar no ritmo que a conjuntura agora com resultados mais optimistas tem consagrado.
Ao principal partido da oposição os cabelos irão se elevar mas na forma de proveito, já que a bomba deflagrou do lado que não o deles e como tal, serão sempre os menos culpados do lançamento e os dividendos poderão ser uma certeza.
Os outros, estão no ver para querer, no aproveito ou não da situação, em forma de mais uns votos.
E como sempre nestas situações Portas, não se contem e fás valer a sua mestria na forma como tenta chamar a atenção da população.
Quanto ao cerne da questão: uma entidade resolveu terminar com um programa que na sua óptica não reunia os requisitos para continuar no ar e então pura e simplesmente resolveu acabar com ele e prescindir da pessoa que o apresentava.
Tão simples como isto irão eles dizer com toda a certeza!
A Sociedade rege-se nestes moldes e quem pode, pode! Venha de Espanha ou da Conchichina. Quem tem poder e costas forradas por guarda-costas invisíveis mas de olhos bem abertos a vigiar se tudo rola por caminhos direitos. Pode fazer o que entende, mesmo que isso jogue com princípios que pensávamos banidos de uma vez por todas da SOCIEDADE que respiramos.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

José Sócrates Iniciou o Périplo Dando aos Adversários uma Última Oportunidade


Iniciaram-se os debates dos candidatos a ministros e dos candidatos a candidatos da esperança de um dia não se sabe quando, poderem ser alternativa a um sistema político interno, que só tem duas alternativas.
José Sócrates começou com uma excelente preparação na grande entrevista, tipo ensaio final para enfrentar os opositores.
Aproveitou essa mesma entrevista moderada pela Judite de Sousa, toda ela laranja, mas sem sumo para o primeiro. E desde logo deixou os argumentos para a próxima legislatura bem vincados, tipo abrir o jogo para, jogar abertamente ao ataque e dar azo a quem vier a seguir, poder, ao menos contrapor com bases sólidas, para todos sentirmos no final que algo de positivo saiu do mano a mano televisivo.
José Sócrates está bem preparado para enfrentar os quatro magníficos.
Deu provas disso perante o olhar de Judite, sem pedal para travar o primeiro, num desfilar de argumentos que todos nós sentimos serem os mais capazes para nos guiar nos próximos quatro anos.
Teve a hombridade, mais vale tarde do que nunca (situação que nunca podia ocorrer com Cavaco, o homem que nunca se enganava), para reconhecer alguns erros no decorrer desta legislatura, a dar os últimos fôlegos num final que a oposição não contava. Já que boas notícias surgiram para o País e que lhe está a dar voltas e mais voltas e sempre para o mesmo lado. Para seguirem num novo rumo de estratégia para enfrentar o governo e fundamentalmente José Sócrates.
O primeiro deu o mote de que não é homem para lhe tirar o sono!
Portas é só demagogia! O político que corre as feiras e mercados, onde num arraial de beijinhos e abraços, tenta mostrar o seu lado humano e passar a mensagem de protector dos mais desfavorecidos e dos idosos que tantos anos trabalharam e agora só vêem meia dúzia de migalhas de euros de reforma, que nem dá para os remédios. Apregoa este político agarrado ao tacho centrista, fazendo-se dono e senhor de um partido de freiras e padres. De agricultores que ainda seguem os mandamentos da igreja que os obrigavam a votar num CDS de Freitas do Amaral e muitos deles coitados ainda pensam que Portas é filho do FREITAS e como quem manda pode. Toma lá o meu votito.
Que levanta a bandeira dos problemas dos mais desfavorecidos da nossa sociedade bem alto. E discursa no parlamento, cheio de certezas com os olhos flamejantes em direcção a Sócrates, fazendo questão de que todos vejam que de apontamentos só traz um papelito do tamanho do de uma multa. Mas quando esteve no governo, não correu para a pasta dos portuguesinhos desfavorecidos, para os salvar de uma morte lenta. Mas para a pasta dos submarinos autênticas sereias de ferro e aço. Na certeza de apanhar os monstros marinhos desprevenidos e atónitos com a chegada dessas sereias. Mas que cedo deu polémica e Portas apanhou foi nos costados saindo com o rabo entre as pernas, pela porta dos fundos de um governo que nasceu torto e a meio abriu ruptura devido ao abandono do capitão e não chegou ao fim porque o Play boi, pensou que era tudo um mar de rosas.
Portanto o Portas passou um bom bocado a pregar para o ar, já que da sua boca saiu frases vezes sem conta escutadas e já ninguém acredita que terão algum dia significado.
José Sócrates fez o seu papel, dando continuidade à grande entrevista da véspera e abandonou o local com a certeza de ter arrumado o primeiro e virando-se para o seu staff, recolocando a celebre gravata no seu devido lugar disse: quem é o próximo!

terça-feira, 1 de setembro de 2009

A Felicidade não Cai do céu! Conquista-se!


Hoje estou feliz!
Amanhã não saberei se o mesmo sentimento se vai apoderar de mim, com a mesma intensidade ao de hoje, porque o amanhã tem muitos ses e como tal é imprevisível assegurar tamanho sentimento que me tem iluminado até ao momento.
A felicidade não cai do céu! Conquista-se!
Conquista-se com as armas que possuímos e que vamos aperfeiçoando e modernizando através dos anos, para equilibrar os pêndulos de uma balança que se quer calibrada para pesar os prós e contras, das oscilações diárias onde os pratos, de um lado se enchem de desafios exigentes. E do outro, os obstáculos que se ultrapassou e no final o resultado é a felicidade ao longo destes anos pura e simples, maravilhosa e apaixonada.
A felicidade pode ser um punhado de areia, que se transporta nos calções de banho, depois de uma praia perfeita. Onde se chega pela manhã e perante a neblina cerrada que abafa o sol, não o deixando despontar para aquecer a areia e temperar um pouco a água para que nós possamos mergulhar nela e possamos refrescar o corpo e o espírito.
Mas a neblina também queima e convida à caminhada praia fora chutando a água que vem ter com os nossos pés, trazendo o sargaço que ao longe dá sinal de vir parar à areia algum tempo depois, que até embeleza os nossos pés entrelaçando-se nos dedos, parecendo sandálias reais que transportam os nossos pés, alguns metros pela areia revestida de minúsculas pedrinhas que coçam a planta dos pés, criando uma sensação de massagem terapêutica.
Mas o sol com todo o seu esplendor, afasta a neblina para os confins do oceano e abençoa toda a praia. Origina aglomerações de banhistas de encontro ao mar.
Pais levam filhotes, alguns ainda bebés, aos primeiros contactos com a água. Onde muitos chapinham nas pocitas que o mar recuando no princípio de maré baixa deixou como prenda.
Belas jovens entram na água, pé ante pé, não por medo de assustar alguma sereia. Mas à falta de ar que a água fria origina ao pequeno contacto com aqueles sedutores corpos que parecem quebrar os sensíveis ossos.
Logo alguns jovens atentos à deslocação das beldades, se posicionam a par das pobres criaturas, que não param de se lamentar da água fria. E tentam, quem sabe, com frases galantes e movimentos calculados, causar algum calor e dar alento às miúdas para as levar a mergulhar e assim quebrar o gelo que barra a prosseguir com a entrada mar dentro.
E lá vão todos juntos rumo às ondas e aos mergulhos que originam gritinhos estridentes e risinhos maliciosos.
E lá estamos, eu e os filhos a dar cambalhotas a cada onda que vem de encontro a nós e com ela lá vêem as algas que se enrolam nas pernas e nos braços.
São ondas vistosas que extasiam qualquer um e zás corpo inclinado, mãos bem esticadas e, onda passa para rebentar na inclinação da areia e nós aparecemos momentos depois, limpando a água dos olhos e prontos para mais uma e mais uma.
O banho quente retira a areia colada ao corpo e restos de algas que mais parecem tatuagens que se colaram e agora desaparecem pelo ralo da banheira e irão de certeza ter como tumulo o mar de onde vieram coladas a alguém.
Eu colo-me a um corpo limpo, tentando desenhar uma tatuagem simbolizando o amor que penetre pelas entranhas de um ser e marque o meu território para toda a vida.