quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Batem Sempre no Ceguinho Que Tenta Ver Mais do Que a Sombra



Não sei porquê, mas quando surgem notícias nada abonatórias para a Sociedade Portuguesa, onde nelas misturadas, aparecem nomes de pessoas sonantes, neste caso das escutas onde Sócrates é referenciado em conversas com Armando Vara, o peso pesado do Face Oculta, que se vê em maus lençóis, apesar de vir a público manifestar a sua inocência. Quem leva por tabela é sempre aqueles que têm em mãos o tornar importante ou não, factos laterais ao cerne do processo, embora possam ter um cheirinho de penetração no mesmo.
Estou-me a referir ao jogo do empurra que Procurador-Geral e Juiz Conselheiro, protagonizaram, no deve ou não deve ser aberto a todos. Os conteúdos das famosas conversas, de amigos de longa data, que como todos sabemos os amigos são para as ocasiões.
E andamos nisto largos dias, com um a não se descoser e outro a dizer que por ele abria as chamadas numa espécie de leque para quem quisesse ouvir. Mas perante o segredo de justiça não o poderá fazer.
Quero com isto dizer que, como não podiam chegar a Sócrates, visto que não sabiam do conteúdo das conversas, ou se sabiam descobriram que nada de relevante contém, no que diz respeito ao Face Oculta. Trataram de empolgar a troca de galhardetes entre os dois homens, um Juiz e o outro Procurador-Geral. Na esperança de com um toque aqui e um berloque acolá, sair cá para fora algo de interessante para entreter cá a gente e vender mais umas rodadas de jornais para matar a sede desta crise.
Nada se conseguiu saber até agora e cá a gente que vive isto bem por fora. Chegou à conclusão que nem Juiz Conselheiro nem Procurador, tem tomates para fazerem algo por este País em matéria de dissipar dúvidas e com isso clarear as consciências.
Um empurra para o outro e andam nisto até os media se cansarem em malhar nos pobres coitados, apanhados na boca do fogo de um processo quente, quentíssimo quando estalou. Mas hoje já com arrefecimento acentuado e procedendo-se ao rescaldo de ouvir os implicados que não perderam tempo a se munir dos melhores advogados para lhes salvaguardar as costas mesmo pelo preço da chuva, que escasseia já em todo o mundo.
Advogados esses que darão todas as garantias. Já que uns acabaram de sair de outros processos mediáticos e com desfechos vitoriosos que até tiveram direito a champanhe.
Os restantes ainda labutam na recta final de processos morosos e que se inclinam para o mesmo desfecho dos colegas acima. E por entre advogados vitoriosos, nada melhor que todos nós que pouco entendemos a nossa justiça. Cheguemos à conclusão que todos se irão safar num mar de dias e dias de audiências, porque quem é inocente (dizem eles), não pode ser condenado por da cá aquela palha.

Existem Momentos Que Quero Amar o Mundo


Outros fico-me pelo marasmo de um dia triste que nada me diz e deixo-o passar na casmurrice de um capricho ciumento. De um capricho acriançado que me deixa babado de teimosia e empestado de orgulho!
Mas também existem aqueles dias que são meus!
Desde o acordar até ao deitar num arrastar da excitação que cresce quando descarregamos as nossas emoções num enlace profundo que mais parece um cruzar de corpos que se transformam num amontoado de carne tão pegada que virando e revirando não se descola. Amolecendo, num abrir como se de um manto se tratasse e mostrasse a pureza de dois seres adormecidos pelo cansaço do amor virados para o céu que está tão perto. Ao nível do tecto branco tão branco, que se reflecte a imagem que vem do chão!
Também há aqueles duros, bem durinhos! Tamanha a solidão, que me invade porque, estou só. Bastante só!
A minha felicidade está longe, bem longe, mesmo longe de mim!
Está no paraíso terrestre, que fica do outro lado do mundo. Onde busca todas as energias celestes para aguentar a pressão quotidiana, mantendo assim a chama acesa da paixão para amar e ser amada, mesmo que os dias sejam negros carregados de nuvens ameaçadoras.
Enquanto eu estou na prisão de um beco que parece que não tenho forças de o deixar, mesmo por meia dúzia de dias. Mas tenho a trupe por minha conta e eles são tudo na vida. São os nossos anjos numa família que vive no meio de tantas outras, mas que tem o seu canto só deles. Porque só eles serão portadores de boas novas para seguir em frente neste mundo carregado de olhares malignos prontos a contaminar a pureza indefesa.
Aguento os dias. Aguento as noites!
Aguento a espera porque no final a compensação será triunfal.
Um simples beijo à chegada será o refrescar de uma boca sequiosa há vários dias, que se contentava em fazer o gesto enquanto sonhava procurando-a sem a encontrar.
Um abraço nesse mesmo instante é o sentir daquele corpo que estava afastado de mim dias, que mais pareciam séculos.
O regressar a casa com os miúdos excitados com as novidades, falando ao mesmo tempo. Criando birrices compreensivas e amuos logo sanados. Criará um ambiente lindo, porque dará tempo para te olhar e sentir como és importante para mim, para todos.
E lá continuaremos a nossa vida, igual a tantas outras. Sinal de que muitos são felizes e outros mais não se cansam de passar uns dias sem a companhia de um deles, para fortificar uma união, que também tem que ter espaço para que cada um viva os seus momentos e com isso o amor crescer a cada segundo. Sendo em trabalho ou lazer!

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Adoro O Meu Cunhado!



Conheci-o na plena paixão com a minha namorada que viria a ser a minha esposa. Numa festa que serviu para apresentar cá o jovem à família e lá fiquei a ser o bombo da festa das piadas dos cunhados e como eu não me deixo ficar por dar cá aquela palha, retribui na mesma moeda e acabamos por entabular dois dedos de prosa e desde aí ficou gravado uma ligação que dura, dura como o sol que tanto brilha para aquecer amizades saídas de uma forte mímica. E hoje quando nos encontramos, sentimos grande apreço, um pelo outro que não existe barreira que nos desligue.
Partilhamos segredos. Fomos de férias juntos numa semana que deixou saudades e que ajudou a cimentar ainda mais a nossa amizade. Tem um filho que é padrinho do meu pequenote e tem a minha consideração nesta vida e na outra.
Só que a vida prega partidas a quem não merece e atingiu este meu amigo fortemente. Abanando-o de forma rude num curto espaço de tempo que me tem abalado duramente. E sinto-me impotente para o ajudar e pior, conseguir estar com ele sempre, porque é para isso que servem os amigos. Os grandes amigos!
Tenho-o visitado regularmente e olhando para aquele homem que de bom sempre teve tudo, ajudando quem lhe batesse à porta e fazendo questão de receber quem por lá passasse e não eram poucos. Sinto um carinho especial por ele e tento lhe transmitir isso, para que ele se sinta mais confortável e carregue a cruz que o destino lhe reservou, de uma forma mais aliviada, para que no final, vença a guerra que esta vida muitas vezes madrasta lhe destinou como se de uma vingança se tratasse.
Tem uma família espectacular que perante tamanha adversidade, sabe rodeá-lo de todo o amor que ele sempre mereceu, já que é o melhor pai do mundo.
E tem uma legião de cunhados e cunhadas que o adora e reza para que rapidamente volte a sorrir para todos nós e seja o patriarca como sempre foi, de grandes encontros onde a sua alegria em que todos estivéssemos juntos enchia o coração de todos nós.
Todos nós precisamos dele! Não é só os filhos e a esposa que o querem restabelecido o mais rápido possível, para que já no fim do ano possamos brindar e desejar um bom novo ano a todos. Queremos o Zeca no nosso meio e ouvir as suas novidades que nos alegram e transformam umas horas nuns momentos fantásticos. Queremos ouvir da sua boca os incentivos para que todos nós nos demos bem e fazia muitas das vezes de pai que muitos não tínhamos!
Queremos este homem ao pé de todos nós! Comendo, bebendo e com as bocas do costume. Porque ainda tem muito para dar. Porque quem oferece a sua amizade, a sua bondade e muito do que é dele. É porque tem direito a ser abençoado pela sorte de superar este mau bocado e afugentar o mal que o quer minar. Para voltar o mais rapidamente possível, para junto da esposa. De quatro filhos. De dezenas de familiares. Centenas de amigos e milhares de conhecidos.

domingo, 22 de novembro de 2009

O Grupo Que Eleva a Alegria


A noite estava inquietante! Ameaçava chuva e corria um vento que esbarrava no rosto e fazia pingar o nariz.
Resolvi, a convite de uma amiga de longa data, assistir a um concerto que nesta terrinha são uma lufada de ar fresco para quebrar a monotonia de uma cidade mergulhada na escuridão, do apagamento de ofertas culturais e de diversão, para que os seus habitantes possam fugir à rotina e sintam a cidade com eles e eles com a cidade.
Mas como dizia, assisti ao concerto dos OqueStrada. Grupo já com uns anitos, mas só agora ressuscitado para a ribalta e acredito com pernas para andar neste mundo musical de feroz concorrência e cedências a todo o custo.
Grupo multifacetado com misturas cativantes e actuações empolgantes.
Juntam o improviso como forma de alterar a rotina e sentirem-se empolgados para cativar o publico e expressar toda a alegria que lhes vai na alma. Fazendo do seu espectáculo um motivo de satisfação para quem os ouve e acima de tudo um prazer para eles, que tanto gostam de se juntarem e divertirem-se.
Foi uma actuação bela! Bela mesmo!
Bela na simplicidade. Sem grandes primores espampanantes, adaptando o espectáculo ás características do local. onde só o fuminho aparecia para recrear o tema do momento.
Bela na interacção com o publico. Nem um só ficou apegado à cadeira tamanha a alegria que eles nos brindaram.
Bela na musica, que entrava como um perfume campestre no nosso cérebro e desabrochava em fortes aplausos e manifestações de agrado entusiasmante. Num sexteto que irradiava alegria, graça e até gargalhadas devido ao estilo curtido dos elementos quando chamados a ter a sua oportunidade para mostrar os seus dotes de equilibristas musicais e não só.
E assim se passou quase duas horas que confesso me transcendeu, eu que só uma pessoa recatada vivendo as minhas emoções bem resguardadas da ribalta que me rodeia. Mas neste caso dei largas à emoção e bati palmas até cansar(eles bem o mereceram), levantei-me largos minutos para os saudar e pedir para cantarem mais um pouco. Não uma, mas duas e ficou por aí para não se repetir o que já tinha sido ouvido.
A Manuela a vocalista, mulher endiabrada. Não parava e numa graciosidade que encantou, chegou-se ao publico num largo sorriso e numa voz que lembra o fado lançou alegria, lançou empatia. Lançou sinceridade musical que a todos tocou e como tal esgotou os cds, que já no Hall, foram rapidamente adquiridos. Cantava em francês em português, em crioulo e sei lá que mais.
Mas não só da Manuela, vive este grupo. São cinco elementos com características que nos lembram, cenas pitorescas ao longo da vida.
O concertinas, saído do sózinho em casa. Aquele alto com suíças compridas.Ria-me lembrando aquela figura.Deu show sentado quase todo o tempo. Com o rosto bem colado ao instrumento balouçando a cabeça ao som do entusiasmo das musicas.
O guitarrista, cabelo comprido forte como um touro. Moreno, saído de um grupo gangsters lembrando a saga o Padrinho. Olhar tenebroso para se incorporar com as musicas. De colete de fazenda salientando os músculos fortes como troncos.
O da guitarra portuguesa, alto. Muito alto! Magro como uma vara, nariz comprido e curvado, com rosto lembrando personagens do inesquecível Senhor dos anéis.
Toca como o vento levando a harmonia do som da guitarra portuguesa ao coração de todos nós.
O do instrumento com uma só corda do tamanho do dedo mindinho de um bebé. Com cara de palhaço de circo, porque alegrava e encantava. Salientava as tatuagens onde uma sweat estilo anos sessenta deixava observar.
O trompetista vestido de banda filarmónica, aparecia de longe a longe. Elemento novo o benjamim do grupo, embora já bem crescido e com a escola musical já bem sabida.
Toda a gente saiu satisfeita! Esperando por eles para autografar os cds e quando chegou a minha vez, já ia com uma frase decorada para ficar gravada na minha história tão simples como banal.
Mas a Manuela não estava pelos ajustes e disse que não costumava escrever o que lhe diziam e ficou-se por um "a bater palmas 1 bem haja de Barcelos com a Manuela e Ana Maria" e ficou-me com a caneta metendo-a no bolso do blusão junto ao peito que chamava a atenção num espectáculo cheio de emoção!

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

A Ausência Abala, mas é Necessária




A ausência de quem nos diz muito por mais pequena que seja, deixa-nos muito sós!
Encontro-me entre quatro paredes depois de deixar quem me ama, conhecer novas culturas, novas formas de viver, novas fronteiras para desbravar. Seja perto, num fim-de-semana que expira num abrir e fechar de olhos. Seja em longos dias que nunca mais terminam e que aumentam as saudades e me envolve num arrepio de solidão. Mas a consolação é saber que estou pertíssimo do seu coração! O amor assim obriga a recolher num cantinho da gaveta daquele órgão que bate, bate sem cessar daquela mulher fantástica, toda a paixão que sente por mim.
Perante ambiente enternecedor nada mais me resta do que assumir harmoniosamente a sua “fuga”, na procura de se enriquecer, de se valorizar e de aproveitar as oportunidades que a vida lhe reserva e que hoje é primordial e amanha pode ser tarde.
São dias numa recolha familiar onde os filhos oferecem o consolo necessário e aliviam a ansiedade de esperar por quem está longe, bem longe.
Abraçamo-nos num círculo imenso e superamos a ausência!
Fechamos as portas aos "intrusos" e toca a olhar em frente, porque quem viaja para aliviar o stress e recolher novas e renovadas energias espirituais ou meramente divertidas. Trás consigo na volta, mais saudade em abraçar quem lhe quer bem e mais amor a quem a ama.
Hoje parte ela em meia dúzia de dias que passam como um jacto transatlântico, para quem vive esse período na busca de tudo conhecer e tudo absorver, enquanto visita os locais predestinados. Anotando monumentos, observando comportamentos e partilhando sensações.
Mas quem espera, é a eternidade que se acumula! Onde a ansiedade da espera do dia de regresso a casa, é o fim de uma longa demora.
A liberdade de cada um fortifica a união de uma família!
Hoje é ela que transpõe barreiras para alargar horizontes culturais e renovar a força em trabalhar em prol de inúmeros propósitos.
Amanhã serei eu! Como já aconteceu. Com a certeza de que comungamos os mesmos objectivos e fortalecemos o amor que há longos anos sentimos.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

A Perigosa Tentação Que a Todos Rodeia


Porquê correr em busca da felicidade meramente instantânea e que depois pode deixar marcas destruidoras, quando bem perto de nós no aconchego do já partilhado, temos tudo o que corremos a procurar.
Porquê correr em busca do proibido meramente explosivo e de amarras muito brandas, quando se nos entregarmos de corpo e alma rodeado da paixão que nos juntou numa união consagrada para toda a vida. Obtemos a plenitude do amor que nos une para todo o sempre.
Dizem algumas, que quando se sentem perseguidas pela indisfarçável atracção que os homens manifestam por elas, são possuídas por uma adrenalina maravilhosa que as alimentam e lhes proporciona sentimentos diversos.
Dizem outras, que a idade vai avançando e atinge o clímax do amadurecimento deixando a pessoa consciente de que necessita de ser bajulada e de ser admirada. Alimentando o ego e ajuda a refazer uniões.
Outras mais, não dizem. Mas o esconder tem limite e libertam a excitação da aventura que vai de vento em popa e enquanto o ultimo a saber não descobre, vive o dia do encontro como se do último se tratasse. E não olha a meios para se encontrar em qualquer lado com o homem do momento.
E finalmente aquelas mais conservadoras e que têm berço, habituadas ao embalo dos princípios ancestrais. Que lhes incutem o pertencer a um único homem, numa pureza para levar até ao fim da vida. Mas a vida é madrasta, devido aos sucessivos trambolhões de uma sujeição de mulher casada e sentem que aquele olhar insistente de dias e dias, lhe quer dizer algo.
E como as forças vão soçobrando e recuar já é praticamente impossível, lá vai tremendo como varas verdes de encontro ao abraço que não sente á imensos dias.
De encontro ao carinho daquele longo beijo que loucura das loucuras, não consegue juntar um único só do marido com que vive anos a fio para comparar a ternura que esse mesmo beijo se reveste.
De encontro ao toque da pele nua num enlace tão profundo que junta dois corpos num só, mesmo sem antes terem tempo de se conhecer. Para descarregar toda a paixão acumulada nos longos dias de luta titânica para não se entregar ao inevitável, que mais cedo ou mais tarde, teria que forçosamente acontecer.
Mas no final de cada sensação que abana com as entranhas do nosso mais fundo ser, enfrentamos a realidade e a porta que antes se encontrava escancarada para nos lançarmos na aventura, umas por sentir sensações novas. Outras como inevitáveis tamanha a fragilidade sentida. Irá se fechar num estalido seco e doloroso para a maioria de quem as procurou como um escape e colocar tudo no seu devido lugar e guardar este segredo tão fundo que irá junto para a cova e servir de memória a quem nos levar a alma.

Os Portugueses Querem, é a Vitória da Selecção


Os Portugueses estão-se marimbando para o processo Face Oculta!
Já vivem com a certeza que é, um ver se te avias para encher o saco e quem está próximo de oferecer favores, também está pertíssimo de lucrar com eles.
O que eles querem é que a selecção vença a Bósnia e atinja a fase final do mundial.
Num apuramento que se iniciou numa de favorito, andou num choradinho de lamentações de estarmos com um pé bem fora do mundial e agora a um empate de lá estarmos para salvar meia dúzia de cabeças que já dão a sensação de fazer da Selecção um abrigo para toda a vida.
Querem lá saber o que o Primeiro-Ministro disse ao Armando Vara, pessoa que a maioria dos Portugueses nunca a viu mais gorda e como tal, nada lhes diz esta personagem, já com alguns casos marcantes que atingiu agora o destapar de um véu, numa forma humilhante que muito dificilmente lhe dará uma nova oportunidade para recuperar a imagem.
Querem de Sócrates aumentos salariais para ajudar a adquirir mais meia dúzia de bens essenciais e compor a despensa, tantas vezes com pouco espaço e agora livre da fartura de tempos não muito distantes.
E soluções para afugentar a crise. Onde a falta de trabalho, num desemprego dramático que arruína os neurónios e faz nascer depressões graves que desmorona famílias inteiras.
Deixando para quem tudo tem, a preocupação de saber o que Sócrates disse ao tal Vara. E para a oposição que a medo fala do Face Oculta, já que dentro dos seus partidos podem existir telhados de vidro.
Porque sabem que todos sabem, que tudo se vai esfumar com o tempo e que as tais escutas de parte a parte não serão relevantes no processo porque escutas são o que são. Que o diga o Apito Dourado e as pessoas que lá estão envolvidas.
Querem, é, que a Selecção vença!
Jogando mal ou bem é indiferente. O que realmente interessa para os Portugueses é que lá para o Verão, no meio de uma cervejas fresquinhas e uns pistachos. A Selecção inicie o Mundial que pela primeira vez se vai desenrolar em África, Continente apaixonado pelo futebol e ansiosamente a aguardar pelo primeiro pontapé de saída.

sábado, 14 de novembro de 2009

Ora Agora Levas Tu. Ora Agora Chega a Tua Vez


Lá estamos nós no vira o disco e toca o mesmo! Onde só muda a filiação partidária.
Primeiro vieram a publico os escândalos de ex governantes ligados ao PSD, em virtude de negócios banhados a lume denso que encobriam as jogadas mirabolantes que emagreciam os lucros do BPN e enchiam os bolsos de todo o guarda-fatos de Dias Loureiro e companhia.
Claro que nenhum politico reputado veio a publico esgrimir argumentos na condenação de tais actos, só apareceu o mais alto manda-chuva da nação, a pôr as mãos no fogo no inicio da polémica, pela idoneidade de Loureiro.
Um amigo é sempre um amigo e logo amigos do peito que nos enche o sótão de euros na valorização de acções de forma cordial e claro está, merece a confiança de quem vê o País bem no cimo da autoridade e de lá só sairá quando a lei não lhe dá espaço para mais.
Mas evitando em me alongar mais dizia, que mais ninguém veio a terreiro lançar a primeira pedra. Existem demasiados telhados de vidro nos telemóveis e não só, dos políticos portugueses e não vá o diabo tecê-las e o feitiço se virar contra o feiticeiro.
Claro que os mais entendidos nestas tramóias de encher as contas dos mais arrojados na corrupção quase gratuita, sabem que agora eram pessoas ligadas ao PSD. E não tardaria que chegasse a vez de serem figuras ligadas ao PS, as próximas vítimas. Num sistema mais virado para os países do terceiro mundo, mas que cá neste cantinho virou moda, tamanha é a facilidade em cobrar favores pela notoriedade que se ganhou quando se desempenhou altos cargos em prol deste País que nem ata nem desata num ritmo que só serve meia dúzia de torres humanas que comandam do ultimo piso perto do céu azul, tudo o que se passa cá em baixo onde os mais desafortunados deambulam na vá esperança de, lhe chegar do cimo a senha da brecha da fé e assim conseguir abrir o sorriso para mostrarem que algo lhes chegou á boca e a fome fugiu para bem longe.
E agora bem agora, lá está a fava a cair nas mãos do PS e toca a ser a vez dos socialistas se verem envolvidos em escândalos graves, mas que o povo já se começa a habituar e até acredita, apostando sem pestanejar, como vai tudo terminar.
E lá encontramos de novo ex governantes que são apanhados com a boca na botija, numa ingenuidade gritante. Ou quem sabe, no pressentir que tudo pode, já que tem as costas largas de poder e conhecimentos que vão sabe-se lá, até perto do cimo da hierarquia. Onde Sócrates é sempre mencionado numa praga que já denota indícios de clã siciliano e que nada nem ninguém se aperceberá.
Alguém saiu da toca e pôs-se à escuta com escutas!
Apanhando o rato com a boca no queijo fresco e soltando as amarras da ratoeira o deixou ali entalado sem apelo nem agravo.
E assim vivemos nesta sociedade que cria ministros e que por sua vez criam a corrupção que mancha este País, num já abanar de cabeça resignado. Esperando o esperado.
E já não se espantando que daqui a maia dúzia de meses, outros ex governantes, sim outros mesmos, já que todos eles aprenderam na mesma escola e com os mesmos professores. Sejam descobertos em mais uma operação com nome bizarro, que irá encher milhões de folhas brancas de histórias de um inicio de dois ou três e quando aberto ao público, sejam dezenas a encher os bolsos de euros vivos e sentar o rabiote em bombas sobre rodas acabadinhas de sair de stands para o efeito e outros menos afortunados, com portáteis como prenda pelos favores banais prestados.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Sexta Feira 13, Pode Ser o Dia da Esperança



Todos sabemos que na vida nada é perfeito!
Sentimo-nos bem, felizes da vida como a expressão assim o diz. Mas a realidade não é muitas das vezes o que parece. A vida é feita de altos e baixos, que nos obrigam a ajustar o volume para que a balança da vida nos encaminhe num percurso contrabalançado para que as perigosas curvas sejam feitas com a segurança devida.
Pescamos momentos felizes nos filhos! Eles são a nossa riqueza, a nossa fonte de inspiração para lhes proporcionar a felicidade necessária para enfrentar os seus desafios diários. Ora na escola, no começo de uma etapa que lhes moldará a personalidade. Ora já na idade da maioridade que vincará a personalidade entretanto criada.
Abraçamos num gesto carinhoso a esposa, num acordar bem-disposto que nos irá assegurar um auspicioso desenrolar do dia.
Assim o necessitamos para que as amarguras surgidas em notícias que se agravam como uma bomba pronta a rebentar a qualquer momento, sejam recebidas com o apoio tão essencial de alguém que nos é especial.
Em muitas ocasiões somos exigentes e pedimos que tudo seja um mar de rosas!
Mas a vida é um oceano de ondulações, que nos prega de quando em vez dolorosas partidas.
Ameaça-nos com a perfuração da mais dura realidade que um ser humano resiste. A dor da certeza que o mal é irreversível. Ainda por cima numa pessoa que nos é tão querida e nos deixa pregado à esperança ténue de um milagre porque Deus é grande e está no meio daqueles que sofrem de uma maneira ou de outra. Ou seja no meio de todos!
Ameaça-nos com perda da segurança profissional, onde meia dúzia de seres gulosos pelas riquezas que já eram imensas e queriam mais e mais, tamanha a sofreguidão em sacar todo o espólio que devia ser repartido por todos, numa sacanice sem precedentes. Que acabou num turbilhão de crises profundas, que ainda hoje não se vislumbra o seu fim.
Mas nós fazemos frente a todo o drama! Rodeamo-nos da família, que é o nosso grande amparo e onde descobrimos que a união faz a enorme força em derrubar os tentáculos do mal.
Buscamos os amigos. Os amigos de longas caminhadas, já habituados a oferecerem o que tem de especial e num círculo criado num aperto de mão conjunto, onde nos resguardamos dos vírus infecciosos prontos a devorar o mais sensível órgão exposto. Criamos uma força quase indestrutível para que toda a nossa energia chegue ao coração de quem está no corredor da salvação, possa se sentir abençoado por esta onda querida, feita de carinho, ternura e enorme consideração.
A vida por vezes é madrasta demais. Confere-nos um cenário macabro de fragilidade intensa.
Lutamos para que ela deixe de nos atormentar e vá procurar descarregar a sua raiva noutro lugar, bem longe. Mas mesmo bem longe da nossa vista. E nunca mais nos corroía a paciência. Mas a vida é a vida!
Foi criada para o bem e para o mal. É fugir de nos encontrarmos no meio da sua fúria. Não à milagreiro que nos salve de um desaparecimento prematuro.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Paulo Bento Pau para Toda a Obra




Era já um treinador carismático!
Autentico fazedor de cérebros iluminados que com a sua imagem criavam momentos humorísticos, que enchiam cenários de gargalhadas bem-dispostas. E tinha até virado coqueluche, devido a frases suas que enfeitaram o País de lés a lés.
Era um homem com personalidade fortíssima!
Fruto do seu carisma e de um percurso que até hoje, não enfrentava qualquer tipo de barreiras, que o impedissem de continuar o seu caminho em direcção ao grande objectivo. Alargar as fronteiras do Sporting no caminho da glória.
Era um cérebro futebolístico!
Nas ricas conferências de imprensa. Sem pressas e sempre pronto para responder a todo o tipo de perguntas, fosse qual fosse a rasteira que as envolviam. Onde explanava as tácticas como ninguém. Falava de tudo um pouco e num português fluente. Para ser entendido por qualquer pessoa que se juntasse a ouvir os seus argumentos futebolísticos e não só.
Era um excelente condutor de homens!
Muitos deles ainda verdes para a vida e também para o mundo da bola. Lidou com situações conflituosas e fazia prevalecer os seus pontos de vista.
Batia o pé aos jogadores com a cabeça no mundo VIP, obrigando-os a descer á terra, para a realidade presente onde o Sporting estava acima de tudo e todos.
Era o omnipotente sportinguista!
Falava por ele, pelos jogadores, pelos dirigentes e também pelos funcionários. Compreendia os adeptos e lançava-lhes palavras de compreensão.
Era o elo mais fraco!
Quando tudo corria menos bem. Habituado a ser mais um, de uma direcção que se escondia nos gabinetes e se refugiava nos erros da arbitragem.
Era o treinador que mais tinha perder!
Começou no acordo de cavalheiros e sempre num amor à camisola que deixava dó. Hoje podia ter amealhado para se deitar à sombra da bananeira. Mas ao menos deixa bem presente que o dinheiro não é tudo na vida. E não é!
Era o abono de família sem estar presente!
Dava tudo em prol do Sporting, mesmo deixando a família órfão da sua presença. Não foram ocasiões esporádicas, foram vezes sem conta que jamais se recuperarão. Mas tudo a família compreende e nesta hora está com ele bem juntinho ao coração.

Paulo bento era o Sporting na sua mais pura essência.
Mas como tudo na vida tem um fim, foi chegada a hora de Paulo Bento abandonar Alvalade.

Sócrates Enfrentou a Oposição Que fez o seu papel, Nesta Fase de Poucas Surpresas



Sócrates iniciou o calvário, que será pelo tempo fora, uns mais outros nem tanto, dos debates na Assembleia da Republica.
Explanou durante largo tempo o programa do governo. De uma forma clara e sem deixar a menor duvida como é seu timbre.
Conseguiu levar a mensagem a todas as bancadas que durante quatro anos lhe irão por a cabeça em água, já que o mesmo Sócrates irá governar sem o consolo da maioria e terá que se haver com a retaguarda desguarnecida, precisando de colher o reforço nos dois lados da oposição para seguir em frente com as medidas necessárias para que o País abra a porta da retoma.
Nesse longo discurso, que abriu a Assembleia ao novo governo, Sócrates deixou bem vincado que irá dialogar com os professores como prometido na campanha eleitoral.
Os professores aguardam ansiosamente por esse diálogo, na esperança de algo novo. Que faça com que se caminhe para os objectivos pretendidos por ambos os lados.
O fantasma da Ministra que ao longo de quatro anos foi sujeita a todos e mais alguns impropérios que não à memoria. Foi dissolvido e enviado para as catacumbas do outro lado do mundo e como tal, com este novo governo, será visível uma nova postura e outra forma de dialogar.
Aprende-se com os erros dizem uns! Mais sensibilidade sente este novo governo, penso eu!
Mostrou estar por perto do drama dos reformados e abençoou-os com um aumento, que embora sempre pouco, surge numa altura que todos se alegrarão, já que o Natal está à porta e um aumentozinho é sempre bem-vindo e fazendo figas para que o ano seguinte seja mais generoso.
Na chegada das intervenções da oposição, nada de novo dali surgiu. O ódio político a Sócrates continua bem vincado e é perceptível, a imagem que toda a oposição lança a Sócrates, lembrando-lhe que a maioria foi a sua grande derrota, embora o mesmo ressalve que quem ganhou as eleições foi o PS.
E as interpelações neste primeiro dia de debates lembraram as da legislatura passada e que levará Sócrates a utilizar uma nova estratégia. Claro, que a maioria perdida obriga a resfriar ânimos e a conter excessos. Mas Sócrates continuará a fazer passar a mensagem deste governo e assim faz com que a oposição seja mais responsável e pense noutra estratégia para obter os seus intentos políticos perante a Sociedade em geral.
A oposição tem neste momento o caminho aberto para se fazer ouvir e desde logo se responsabilizar pelos diplomas e não só, que lhe surgirem à frente na esperança de uma opinião favorável ou não. E assim sendo fazer questão de assumir o seu papel: melhores políticas e melhores iniciativas sociais.
O governo conseguiu fazer valer o seu programa num debate que teve nesta altura concordância da oposição.
Todos esperam para ver como será que este governo quando o novo ano se iniciar e todos sabemos que ano novo vida nova, trará para a opinião publica as medidas sempre nefastas para a maioria dos cidadãos, nomeadamente com os aumentos sempre difíceis de digerir, numa época de autenticas vacas magríssimas.
O orçamento de estado é o inicio, de uma contestação impar pela oposição. Aguardam-se pois grandes debates e porventura acordos sempre difíceis para fazer passar o mesmo.
Aguardemos então!

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Um Ano Depois Obama está Igual a si Próprio



Obama completa hoje um ano que assumiu a presidência dos Estados Unidos!
As expectativas eram elevadas na tomada de posse. Fruto da euforia devido à sua vitória que suplantou estigmas do passado e embandeirou em arco uma população ávida por melhorias urgentes numa Sociedade que ameaçava cair em desgraça Social.
Mesmo na tomada de posse, Obama alertou para os enormes desafios que teria que resolver. E não era de uma hora para a outra, que tudo se compunha e os americanos voltariam a sorrir felizes da vida já que o milagreiro tinha nascido para o bem dos EUA. Não seria bem assim, repetia ele, porque a crise ameaçava escurecer a economia americana e mundial.
Era esta a mensagem deixada naquele dia que hoje completa um ano, inesquecível para milhões de americanos.
Um ano passou e Obama não vacilou!
Continua a granjear popularidade na maioria da população Americana e continua intocável como pessoa no resto do mundo.
Transpira simpatia e simplicidade. Enche as ruas de entusiasmo, nos Países que visita e lá permanece alguns dias. Para o gáudio do povo que vê nele o baluarte para que o Mundo se sinta mais seguro e mais humano.
Obama consolida essa vontade de um Mundo mais seguro. Basta ver as suas intervenções no Médio Oriente e no desanuviamento do clima instalado com a dor de cabeça chamada Irão.
Obama quer acabar com os seguidores do terrorismo que ameaça a estabilidade mundial e prega aos sete ventos que a Europa o ajude a bloquear o Afeganistão para que o inimigo terrorista não saia das suas tocas e assim, pode ser aniquilado logo que abra uma brecha.
Obama ofereceu cuidados de saúde a milhões de Americanos que viviam na angústia de morrer num canto qualquer, já que eram repelidos a caminho dos hospitais, porque se adivinhava que não possuíam meios necessários para poderem serem tratados e como tal toca a despacha-los para um beco sem saída.
Obama foi de encontro ao povo Americano para ele sentir que o Presidente estava com eles. E foi vê-lo, a almoçar num bar como qualquer outro, para surpresa e euforia de quem teve o privilégio de contactar tão de perto com tamanha personalidade. E algum tempo depois deixar-se entrevistar por um jovenzito que era metade do seu tamanho.
Perante isto Obama teve um ano com ganas em vencer o que tinha como meta premente.
As bases para tal feito estão lançadas, agora é só seguir o rumo traçado e no final do seu mandato sentir que os objectivos de tão grande obra estão, uns alcançados. Outros em vias de ter esse destino.
A comunidade reconheceu-lhe capacidade para que durante o seu mandato, unta o mundo com menos violência e concórdia entre os grandes governantes. Por isso ofereceu-lhe o prémio Nobel da Paz, para o honrar e o sujeitar a tais propósitos.
Um ano passou bem depressa!
É sinal que o Mundo rapidamente será mais seguro para todos vivermos.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

A Descoberta de Um até Agora Gravíssimo Imbróglio




A vida segue o seu rumo paulatinamente empedrada em calçadas de esperança na abertura de uma retoma que levante a moral ao povo. E transforme a sua tristeza de ter quase tudo perdido, na esperança de reaver a alegria em valer a pena ainda viver com um sorriso que transporte a força em acreditar em dias bem melhores.
Enquanto isso não é uma realidade a curtíssimo prazo, o que para muitos e muitos irá ser o afogar em dívidas e ansiedades terríveis, assistimos a bombas autênticas de trocas de favores entre pessoas que exercem cargos de relevância. Que se provaram numa corrupção que infelizmente é já vista como um mal enraizado num País já abraços com casos emblemáticos e muitos ainda escondidos do grande público.
Então temos pai e filho abraçados na ajuda mútua em favorecer alguém na busca do monopólio dos seus negócios e claro, com isso, colhendo dividendos a raiar a corrupção nua e crua. Transparecendo para a opinião publica que já era um dado banal, já que o pai exercia as suas influencias, através do cargo que ocupa e dos conhecimentos entretanto conseguidos da passagem pelo governo em anos não muito distantes.
E o filho, advogado do principal visado e logo desde aí um estreitamento de relações muito próximas, que visavam o favorecimento de ambas as partes. E assim sendo, um aproveitar de relações que agradariam economicamente a ambos e fortaleciam o poder da empresa no universo das sucatas e derivados.
Acontece que o tentáculo da busca em expandir o negócio e com isso afastar qualquer tipo de concorrência que tentasse lançar os corninhos de fora, tem mais visados e dentre deles, surge um antigo governante. E como acontece a quem já ocupou cargos Ministeriais, acabam no fim do seu mandato serem recompensados com a liderança em grandes grupos. Esse mesmo também ofereceu os seus préstimos e claro com o pedido do respectivo pagamento devido às influências por si exercidas e com resultados práticos para que a obra fosse parar às mãos do sucateiro que em uma década se tornou num caso raro de sucesso empresarial.
A justiça pôs os pés ao caminho e desmantelou todo este imbróglio de corrupção grave, envolvendo figuras com um rasto de responsabilidade em governos anteriores e que se deixaram boiar no favor rapidamente transformado em acto de corrupção.
Atitude que enaltece a justiça e que lança para a opinião publica, fachos de actuação que se louva. Mostrando que ela não adormece só porque se está perante figuras de proa.
Esperemos que seja levado este caso até ao fim e que quem comete gravíssimas ilegalidades, veja serem imputadas penas, pelos danos causados principalmente ao País e que não se transforme num balão de ar que só o estrondo fez mossa e caia em águas de bacalhau. Num cheiro a que tudo fosse clarificado e não passou de um molho a cheirar a choco.

domingo, 1 de novembro de 2009

O Dia Que Nos Custa de Uma Maneira ou de Outra




Este é dos dias mais revestido de sentimentalismos que vou passar.
Começa por ser um dia triste!
Chuva miudinha vai embebê-lo até, que depois de visitarmos quem já cumpriu a sua sina nesta vida que são dois dias, regressarmos a casa para comer umas castanhitas assadas e dois goles de vinho novo.
É um dia triste!
Porque se reveste de simbolismo saudoso onde se relembra factos passados no meio das figuras que olhamos estampadas naquelas lápides. Que nos deixaram prematuramente no auge da vida, onde se esperava que tudo dessem para a felicidade de quem lhes era mais querido e hoje, logo hoje, é relembrado como uma recordação que não se esquece e que nos entristece.
É um dia triste!
A folha caí planando suavemente encontrando o chão que lhe dará guarida até que alguém as junte num amontoado de centenas delas e as joguem para aterro bem longe.
Muitas delas, cobrem os carros que estão bem em baixo das árvores e com esta chuva irritante ficam coladas aos vidros criando um cenário caricato de as pessoas saírem nos automóveis com as folhas coladas a eles num misto de carros circulando, com a paisagem morta incorporada.
É um dia triste!
Aliado a quem já perdemos e que faz parte da vida. Uns nascem para alegria de todos, outros deixam-nos com um amargo terrível de suportar. Outros ainda, jogados ao acolhimento obrigatório num cenário ainda por imaginar a sua amplitude, mas com a fé de quem o admira, será porventura a força necessária para vencer a madrasta sorte que de longe a longe o visita para lhe atazanar a vida.
É um dia triste!
Apesar de todos os cenários que se reveste, a procura de o viver com uma vontade de não o carregar assim com essa imagem de cheiro a saudade e a ansiedade, leva-me a sentir também um misto de sensação relaxada já que acordei embalado num abraço carinhoso e de um beijo animoso.
Vai terminar num dia menos triste.
Já que todos reunidos numa família numerosa iremos ser muitos para conseguir um pouco de boa disposição para tornar este dia num encontro de família, para sentirmos a amizade que nos caracteriza e nos une nestes longos anos que nos abraçamos mutuamente.