quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Vão-se Embora Vão partir e deixam Barcelos


Barcelos regressou à normalidade.
Foram-se os imigrantes que enchiam as ruas e avenidas desta cidade pequena, pequenina. Que durante uns belos dias deste mês, rebentou pelas costuras.
Uns vão, num vai e vem constante neste querido mês de Agosto.
Lá montaram a barraca da sua nova vida profissional. E esgravatam horas a fio para ganharem mais uns euritos, que ao enviarem para cá, ajudam a pagar esta crise que não dá mostras de se ir juntamente com as malas do regresso.
Outros tentam a todo custo partir também e aproveitar esta abertura de possibilidades, de um futuro fora da terra na busca da qualidade de vida, que ameaça fugir a cada dia que passa. Sempre com o sentimento que vão-se embora, vão partir, cheios de gana. Para mostrar a este país, que os seus filhos sempre alcançam, o sustento da esperança.
Vão-se embora, vão partir logo que a passagem lhe surja nas mãos. Deixando para trás um país sem esperança. Que abandonou o povo num barco à deriva esperando o naufrágio mais dia, menos dia.
Vão-se embora, vão partir, cheios de sonhos. Carregados de malas, a abarrotar de conquistas, para mostrar a eles próprios. Que o futuro, deixou de ser ao pé da porta.
Vão-se embora, vão partir, para a Europa.
 Para um país que embala o horizonte.
Trabalhar, trabalhar é o seu lema, assim se espera. Por isso o futuro é uma certeza.
Vão-se embora, vão partir pelo céu iluminado. Pousando os pés no chão, como falcões empinados.
Numa língua ainda incerta, mas de braços e mente aberta.
Vão-se embora, mas logo voltam. O Natal está á porta num abrir e fechar de olhos.
Para abraçar, as saudades infinitas.
 No início a ausência será um castigo. No final, um esforço para todos, merecido.
E Barcelos vai continuar a esperar que os seus filhos, longe da terra, voltem a encher as suas entranhas e ajudem a dar um pouco de alegria, ao comércio local tao esmirrado pela crise.
 Ao mesmo tempo que abraçam os velhos amigos e familiares queridos, que forçosamente tiveram que se separar, porque a vida é bem dura de roer.
  


 


segunda-feira, 27 de agosto de 2012

As Almas oferecem Amor


Estou a ficar com esperança em encontrar uma alma que me abrace.
Para lhe pedir que me estenda a passadeira do amor,
Assim gatinho, sem esfolar, os joelhos de tanto penar para o alcançar.
O  amor sempre o amor!
Tantos, sobre ele escrevem. Vincando a raiz profunda de onde ele brota, para aquecer os corações dos amantes, perdidos numa loucura estonteante, que os levam aos picos infinitos em ardentes paixões, por vezes drasticamente interrompidas, banhadas em sangue dolorosamente derramado.
 Falam dele. Desse amor pelos cotovelos. Mesmo que, repetindo-se uma vez. Cem vezes. Milhares delas. Sei lá, uma vida inteira, já que o amor nasce connosco e cabe a cada um de nós desabrocha-lo enquanto a vida nos abre os olhos a cada dia.
 Matam-se por ele. Só o amor nos faz correr esse risco.
O risco da vida que está associado ao risco do amor, quando ele se quebra na mulher da nossa vida. Na amante proibida.
Mas aqueles. Ai aqueles!
Homens e mulheres que amam anos a fio, mergulhados na escuridão de um rosto, sonhando no belo dia, que a luz deste sol, o traga de encontro aos seus olhos e o beije de tanta alegria.
Ou no pior dos casos, levam nos olhos pela última vez fechados, que a terra irá comer. As memórias desse rosto tantos anos amado. Tantos anos glorificado. Tantos anos adorado.
E pedra sob pedra, construímos o que somos, com o amor fortificado no nosso destino.


  

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Faltam poucos Dias para o Fim


As férias estão no começo do fim!
É hora de procurar queimar as ultimas energias, no prazer que as férias proporcionam. São milhares a encher as praias, num pé apressado, já que o carro ficou bem longe do rebentar da onda. Com a lancheira numa mão e o filho mais novo na outra, deixando várias vezes o chinelo para trás, que irrita o pai, ansioso para ocupar o areal bem perto do mar, já fortificado de guarda-sóis da Coca-Cola e da Olá.
 Espalmam-se em banhos de sol, com o mar sempre presente, onde a água nos oferece uma temperatura de presentear os mais renitentes. Colorindo os corpos com um bronze, mesmo aos mais resguardados, nestes dias cheios de sol, com calor intenso. Enchendo as explanadas, com imigrantes dos quatro cantos do mundo.
 Dezenas e dezenas de romarias que estão a meia dúzia de minutos, com cantores cheios de energia, procurando cativar a alegria dos presentes, não se cansando de pedir palminhas para cima, braços estendidos para as estrelas e bailados bem junto ao palco. Por fim lá vem o fogo-de-artifício, iluminando o céu, e deixando por segundos contar as estrelas numerosas, que enfeitam as noites belas deste querido mês de Agosto.
Já se correu para Fátima, numa paragem obrigatória. Pedindo a ajuda da Nossa Senhora, na protecção de mais um ano, para lá das fronteiras deste país, que logo que Setembro chegue, nos vai azucrinar com mais tentativas, para nos abafar ainda mais as parcas economias.
 E acima de tudo a união da família que sempre distante, se junta agora em momentos de alegria. São os avós, que se prontificam a ser os caseiros dos bens dos filhos, amealhados pelos euros ganhos na labuta lá longe.
São os netinhos que de ano para ano crescem como os feijões, obrigando os avós a esticar as mãos para os abraçar ao mesmo tempo que se emocionam perante a estatura dos garotos.
E claro os filhos que regressam neste Agosto, cheios de novidades e saudades, para abraçar os pais e gozarem um pouco das comodidades, do lar que ergueram bem juntinho ao coração dos progenitores.
 É gozar, é gozar. Antes que as lagrimazitas comecem a desabrochar nos rostos marcados pelas canseiras da vida. Porque o regresso está quase, quase a ser uma realidade.
Enquanto ainda resta alguns dias, à que aproveitar esta adrenalina e encher as ruas, de cidades, vilas e aldeias. Com a agitação popular, de saco às costas e chinelos de dedo, calcorreando as calçadas em direção ao consumo, cada vez mais minguo.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Vou-me Embora, Vou Partir


Vou-me embora, vou partir, cheio de ganas.
Para mostrar a este país,
que os seus filhos sempre alcançam,
o sustento da esperança.

 Vou-me embora, vou partir para a semana.
Deixando para trás um país sem esperança.
Que abandonou o povo num barco à deriva
Esperando o naufrágio mais dia, menos dia.

Vou-me embora, vou partir, cheio de sonhos.
Carregado de malas, a abarrotar de conquistas,
para mostrar a mim próprio.
Que o futuro, deixou de ser ao pé da porta.

Vou-me embora, vou partir, para a Europa.
Para um país que embala o horizonte.
Trabalhar, trabalhar é o seu lema,
por isso o futuro é uma certeza

Vou-me embora, vou partir pelo céu iluminado.
Pousarei de pés no chão, como um falcão empinado.
Numa língua ainda incerta,
mas de braços e mente aberta.

Vou-me embora, mas logo volto
Para abraçar, as saudades infinitas.
No início a ausência será um castigo,
no final, um esforço para todos, merecido.
  


  

terça-feira, 14 de agosto de 2012

O meio de Transporte era a Mota


O Verão é a marca da vida.
Dias longos, imensas horas para fazer de tudo um pouco.
 Calor que se estende horas a fio, a convidar saídas pela noite dentro.
Praia, rio, bebidas para afugentar o calor e para adocicar encontros amorosos.
 E futebol, como prato forte para que nas freguesias, imensas no nosso concelho, o povo tenha algo para se entreter e até mesmo se divertir.
Era assim quando formávamos a equipa de futebol da empresa. E como nessa altura eram muitos, os trabalhadores e de várias freguesias. Originava, onde fossemos jogar, estar lá alguém a ver e no dia seguinte, todos sabiam as peripécias do jogo e o desempenho de cada um. Sendo o tema de conversa, nessa semana e surgiam treinadores de todos os lados quando os jogos se perdiam.
O meio de transporte era a mota, onde uns levavam os que nem transporte tinham e como o calor apertava, alguns ainda aguentavam e só paravam no campo. Mas outros, os tais que já nasceram com sede, ou evitam de a ter, não aguentavam e têm que parar (no meu caso, era o mais novinho e só bebia água).
A primeira tasca que aparece, ainda é só olhada em andamento. Tapa-se um olho, o capacete ajuda e só se vê com o outro, para que a tentação não seja muita.
Mas logo que surge a próxima tasca, não há contemplações. Parar é obrigatório!
É só um copito, todos dizem, não faz mal nenhum.
Copito abaixo, toca a arrancar para o jogo.
Só que numa distância de dez quilómetros, as tascas são como as alminhas, encontram-se por todo lado.
Bem passamos por elas e tapamos os olhos, até deixamos de respirar uns segundos, só para não sentir o cheiro. Mas é demais!
Surge mais uma e desta vez não existe resistência, lá vai mais um copito.
Quem bebe um, bebe dois. Pensam todos ao mesmo tempo e de dois, passam a três….
Finalmente a curva que leva ao campo, com a tabuleta bem á vista de todos, mesmo para aqueles que já vão a arrotar ao verde, é feita num speed, a deixar pó no ar, já que a hora marcada já foi ultrapassada.
Juntamo-nos e enquanto nos equipamos, o treinador tenta sempre dar umas ideias muito próprias. De forma, a que o jogo corra o melhor possível. Mas a atenção é sempre quebrada, com a correria para a casa de banho, já que o verde desgastado afeta a bexiga e á que aliviá-la.
E por fim vai-se para o campo e seja o que Deus quiser.
Deus quer e com as malguitas emborcadas, é golos à fartazana!
E tudo isto aos Domingos, com os campos da bola, cheios de gente, para ver o futebol popular, que as empresas, cá da terra: Fiação, Tor, Guial, Barcelense (empregavam famílias inteiras, hoje monstros de cimento abandonados, deixando enormes manchas de desempregados). Levavam aos sete cantos, do nosso concelho.
O culpado era o calor. E no Verão, os torneios de futebol terminavam com o parar da bola. mas quase sempre no final, até metiam grandes sardinhadas e fêveras assadas. Broa d´aldeia e chouriças caseiras.
Que só eram sossegadas com o verde tinto, naquelas canecas brancas com listas azuis, que enchiam as malgas com desenhos das bailarinas dos ranchos folclóricos.

   

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

O Mar e a Tatuagem


O mar, esse monstro de uma grandeza sem limites.
 Profundo, sem deixar ver o seu fundo, mas imensamente meigo, que nos deixa refrescar, nas suas ondas, ora furando-as com o nosso corpo deixando-nos ir uns metros até voltarmos a pôr o corpo de fora.
 Ora nadando no seu dorso, num sobe e desce a cada onda que passa, num embalo dorminhoco, onde só a onda lá longe nos desperta, depois de rebentar e chegar ao nosso pé, já a borbulhar num sabor a algas salgado.
Sonho enquanto, olho para a sua imensidão e desde muito pequeno que mantenho com ele uma aposta, de descobrir a sereia que se esconde nas suas profundezas.
A tarde já vai alta e lá longe o sol brilha tão intensamente que o mar se transforma num enorme espelho e oferece-me imagens fantásticas, mil delas. Não, milhões delas, que olhando mais demoradamente, descubro formas, de uma perfeição deslumbrante, que os grandes pintores lhes deram vida nas telas magníficas, que enchem as galerias.
 Rostos, de uma beleza incrível, jamais vistas à face da terra. Tao perto de mim que estendo as duas mãos para os agarrar e em forma de concha levo-os à boca, beijando-os apaixonadamente.
  Imagens, de todas as formas e feitios.
 Imensas, sobrepostas umas nas outras. São demais, encostam-se ao meu peito, fazem-me cócegas, rio-me com a sensação e tento mergulhar para as separar.
Mas elas continuam, como sanguessugas e puxam-me ao de leve a pele.
 Que sensação magistral!
Nisto sinto algo a penetrar-me a pele. E deixo que entre.
São agulhas rabiscando, de cima para baixo, da direita, para a esquerda. Numa velocidade estonteante, sem dor só com ardor. E nuns segundos aparece tatuado no meu peito uma imagem tão perfeita.
 É uma sereia, a minha sereia!
Mergulho, uma vez e ela lá está. Mais uma para ver se não desaparece. E ela lá continua.
 A sereia que sempre que entrava no mar, esperava lá a encontrar. E ela foi-me oferecida para toda a vida.
Gravada no meu peito, com o rosto ainda sob o efeito dos meus beijos e um corpo que logo senti que já me pertence, dado o ter tão perto e tão dentro de mim.
 Enfim, um mar, salgado de sensações. Num mar refrescante de emoções!
  

 

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Chegou a Medalha


Finalmente a primeira vitória!!!!!
Uma proeza para quem não era favorito. E por uma unha, que se revelou negra, não conseguimos o ouro tao ambicionado, nestes jogos um pouco madrastos para nós.
É uma correria das televisões, para sentirem a pulsação do povo directamente ligado aos canoistas portugueses.
Já lá estão os jornalistas a puxarem pelas emoções ainda quentes dos familiares dos canoístas.
E como o povo gosta já vaticinam, mais uma daqui a meia dúzia de minutos. Outra medalha, que infelizmente não se concretizou.
Escrevo no momento em que pela primeira vez, Portugal alcança a primeira medalha, com os nossos canoístas emocionados, vergando-se um pouco, para que lhe coloquem pelo pescoço o premio justo pela façanha obtida e se mais dois metros houvesse, o ouro seria uma realidade, duplamente merecida.
Parabéns ao Pimenta e ao Silva. Dois apelidos que retratam bem as origens bem fundas de um Portugal conquistador. Seja de caravela, seja de canoa!
Haja mais é a primeira de mais!!!!

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Do Plado para o Relvado



Aos quinze anos, assinei o meu primeiro contrato como jogador de futebol juvenil e logo no grande clube da terra, o Gil Vicente Futebol Clube.
 Foi uma enorme alegria!
O campo, os balneários eram a minha casa.
Os treinos só começavam às dezanove horas, mas muito tempo antes, já lá eu estava a assistir aos treinos dos Seniores.
Nesta fase da minha vida o jogar no Gil, era tudo!
Era a minha realização e era também um orgulho, visto que era o sonho de milhares de jovens do concelho de Barcelos, mas só duas dúzias podiam fazer parte da equipa e entre eles estava eu!
E o futebol foi uma grande paixão!
E as paixões dificilmente são deixadas para trás, porque nos invadem tão fundo, vão até ao fundo da alma, que nos embalam para a vivermos como o próprio nome indica Paixão. 
Cada jogo era um acontecimento!
 O cheiro característico do balneário e todo aquele ambiente que me envolvia. Enquanto me equipava, ouvindo a palestra do treinador, os momentos que antecediam a entrada em campo. Elevavam-me para um transe que me isolava da assistência, só via a bola e o adversário.
Onde deixei ainda no pelado amarelado, tantos salpicos de suor com gosto a adrenalina futebolística, que eram a minha vida.
Onde rasguei imensas vezes o corpo, em choques violentos com adversários corpulentos, ou em cortes corajosos, para evitar jogadas desconsoladas.
Passava as noites, véspera de jogos sem dormir. Ensaiava jogadas, para que o adversário não pudesse marcar, imaginava golos de várias formas e feitios, que nos davam grandes vitórias. Nem sempre ganhava como em tudo na vida, mas o prazer em jogar transbordava.
E revivi toda esta admirável sensação quando o Gil-Vicente (o nosso Gil), jogava um feito nunca antes alcançado. O de ir a uma grande final, nestes 88anos de existência.
A cidade parou e por todas as saídas, formou-se comboios de imensos pneus, que rolaram duas centenas de quilómetros rumo ao sonho, que só não se tornou em milhares de sorrisos indescritíveis, porque uma chuteira heróica se esqueceu de tapar o caminho da bola.
Mas o cantar do galo ouviu-se nas bancadas de Coimbra.
Poucos minutos o Galo cantou é certo, mas deu para sentir a força de uma cidade pequenina em peso, num estádio revestido de um sonho que não esteve assim tão difícil de se concretizar.
Todos queríamos aquela taça!
 Desenhada cá na terra e devia ter como poiso a cidade de Barcelos. Para gáudio dos Barcelenses e de todos os jogadores, que já sentiram aquela camisola, nestes longos anos de história.
Estivemos perto, pertíssimo de conseguir e como o Gil-Vicente se sente pequenino, mas a torcer o pepino. Logo, logo conquistará um troféu para imortalizar a sua história.

domingo, 5 de agosto de 2012

O Vencer a água gelada e Assistir ás Olimpiadas


Acabo de chegar da praia, leve levezinho.
A água estava fria como é apanágio aqui no norte, mas a vontade em dar um mergulho supera as tremuras iniciais e depois de um pé para sentir a temperatura da água, aí meu Deus. Fria porra, fria!
Duas caminhadas e já levo com as ondinhas com vontade de pôr os corninhos ao sol, a enregelar-me até aos joelhos.
Grito, solto grunhidos, quando a água, essa brava guerreira me chega aos calções e impede que urine (estão admirados, todos urinamos!) já que paralisa por momentos qualquer fuga de líquidos do meu organismo.
Eu bem salto para que a água espumosa, depois de ainda longe do ponto onde quero chegar para mergulhar, rebenta. E ao vir de encontro ao meu corpo é recebida com um salto, não de um guerreiro que não o sou, mas sim de uma vara verde que ainda não aguentou o choque gelado desta água que me recebe sempre que vou para a praia.
Descuido-me por segundos e lá vem a onda, sorrateira, maliciosa com um sorriso bravio espatifar-me ao comprido.
Mas num salto olímpico, reajo como um samurai e de peito feito enfrento-a galhardamente.
Não me espatifei, não rebolei até à areia. Aguentei firme como uma rocha e foi o caminho para a vitória. Ou seja para os mergulhos consecutivos, nas ondas de um metro acima da minha cabeça.
Eramos para aí uns vinte na água, todos juntos, parecia que nos aquecíamos. E em centenas estendidos ao sol, para o bronze prioritário. Olhando de soslaio para estes destemidos banhistas, que desafiaram a gélida agua e mergulham a cada onda que lhes faz frente.
Quando já sentia o corpo a tremelicar é que resolvi sair.
Como estava uma tarde radiosa, sem vento, logo que saí da água, o sol aqueceu-me o corpo.
Agora que me regalo, esticado no sofá branco, aprecio todo o esforço dos atletas que treinando arduamente quatro anos para que, nesta hora do tudo ou nada, façam das tripas coração para a vitoria alcançarem.
É lógico que nem todos vão saborear tamanho elevador da glória.
Uns por uma unha negra, não arranharam a subida ao pódio.
Outros, desgraçados pela infelicidade. Caíram desamparadas na pista olímpica Londrina.
Seguir-se-ão, aqueles que não partiam para esta viagem olímpica com sonhos cor-de-rosa. Mas alcançaram o diploma carimbado com os cinco anéis entrelaçados.
E por ultimo, os últimos que são milhares de olhares desiludidos. A que só resta o Rio para melhorarem o que de mal correu e tem mais quatro anos para o fazerem.