segunda-feira, 28 de abril de 2014

De Joelhos amargurado Correndo extasiado





O homem perde tudo num abrir e fechar de olhos.
Jogos e jogos carregados de vitórias. Festejados como se o título já cá cantasse, por entre abraços e sorrisos estridentes.
E num simples jogo com o vizinho que até oferece a praia, lá se vai a diferença para até perder no dragão. E o medo instala-se em poucos dias, depois de tantos a carimbar grandes jogatanas.
Deus é ingrato para Jesus seu filho da bola.
Deixa-o lançar as redes para recolher o peixe bendito. Mas por uns simples segundos, desaba-lhe o teto em cima, sufocando-lhe a respiração e nem de joelhos recebe a absolvição.
E como não há uma sem duas, espera pelas duas sem três. E lá se vão as finais tão perto da alegria. Como das lágrimas da amargura.
As férias acalmam um pouco o mundo Benfiquista. Mas o futuro de Jesus está nas mãos de Vieira.
Acredita piamente nele. Logo depois de lhe apertar a mão, oferece-lhe também os anéis.
E quem possui anéis dá logo nas vistas. E pela negativa!
Meia dúzia de jogos e já deixou fugir a carruagem.
Deus é generoso, levanta jesus e leva-o à vitória.
Primeiro arrefece o fogo do dragão. Depois de longas labaredas o dragão deixa acabar o gás.
Jesus apressa-se a chamar a menina da botija para aquecer o banho aos jogadores e num abrir e fechar de olhos o Benfica já está na corrida.
Saca ponto aqui, vai buscar mesmo à Madeira pontos nas barbas de Jardim (confesso portista) e a duas jornadas do fim é campeão numa festa de parar a respiração.
Não há resposta dos adversários. Mesmo a jogar com dez, não um jogo, mas mais que dois. O Benfica derruba o Porto e rouba-lhe duas finais.
Mas a época ainda não terminou!
Deus é grande e enche Jesus de vermelho para se juntar á nação encarnada.
Aproximam-se mais trofeus!
Dois canecos podem ser fáceis. Outro, além-fronteiras pede bênçãos bem perto do Vaticano.
É rezar aos novos santos, Papas recentes. E como tal, virados para quem mais rezar e como somos seis milhões, seremos os primeiros a ter as bondosas graças.

sábado, 26 de abril de 2014

Preciso das tuas Palavras





Preciso de ti!
Preciso que me estendas a mão e me encaminhes para os teus desejos.
Preciso que me olhes ternamente para me arrepiar de orgulho em te ter tão pertinho.
Preciso que o teu sorriso seja a força para abrir o meu, iluminando assim o nosso dia.
Preciso destes simples gestos que já os conheço e saboreio, mas necessito deles todas as horas, já não pensando em todos os minutos. Para olhar o céu por cima da minha terra, com os olhos brilhando e a felicidade estampada.
Nada mais interessa do que necessitar da tua presença.
Escorraça o vazio que se esbata no meu semblante logo que me levante.
Quase me afoga em alegria, sentindo-te ao meu lado desejosa de um beijo a cada passo na calçada.
Abençoa a noite com sonhos reais, depois de trocarmos um olhar matreiro no meio da barafunda que grita um golo, como se descarregasse a tensão ainda prensada pelos constantes anseios.
Preciso das tuas palavras sem ser das teclas que não largam os dedos. Daquelas que são soletradas ao ouvido, soltando a língua macia e deixando um zumbido encantado.
Daquelas que o cérebro recolhe. E as envia diretamente ao coração, fazendo com que ele acelere as batidas apelando à paixão.
Daquelas que são trocadas chova ou faça sol. Mas em locais abrigados.
Onde possamos desenhar na janela embaciada o símbolo do nosso amor. Com o único dedo que conseguimos soltar.
  
  
 


segunda-feira, 21 de abril de 2014

É amor dizemos Nós







É carinhoso, contemplar um sorriso e ler nele a beleza de uma paixão.
Parece simples em poucas palavras definir este momento tão querido. Oferecendo de braços abertos, emoções que não conseguimos esconder.
Onde escolhemos os instrumentos para dar música, transformando as frases da pauta, Numa melodia magnífica.      
As horas que partilhamos empurram-nos para um afeto mil vezes repetido, que não deixa de ser a cada encosto, a segurança merecida. Depois de confessarmos o quanto necessitamos da força de cada um.
É estonteante, admirar o teu olhar e observar a pureza dos teus infinitos desejos.
Seja num carinho que percorre a mão que tentas segurar para não me levar. Seja num beijo macio que balança o coração, batendo apressadamente para nos unirmos, refreando os desejos que não param de ser intensos.
É amor dizemos nós!
 No amor não existe motivos para duvidar, só oscilações por se amar demasiado. Porque oferecemos prazer, tendo prazer, com o prazer que nos é oferecido.