quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Setembro o Mês do Regresso
O Setembro entrou embrulhado no calor de Agosto e cria um dilema que só daqui a meia dúzia de dias passará.
Criou a moleza no corpo carregado de sol, dando-lhe um aspecto escuro para muitos e muitas daquelas, que ainda não meteram na cabecinha que as horas impróprias de sol são o martírio para a pele daqui a poucos anos.
E essa moleza transporta-se para a entrada ao trabalho criando intermitências na integração do mesmo.
Mas nada de grave se passará e logo, estamos prontos para mais um ano de entrega ao sustento que ainda nos proporciona uns bons dias de férias.
As cidades voltam à rotina de sempre e chegando a abertura escolar, já ninguém se lembra das férias tão aguardadas e foram-se num espreguiçar molengão, que quando a boca se fechou, era hora de regressar a quatro paredes tão conhecidas.
Dos turistas que desembarcaram neste país, trazendo um pouco de linguagem para praticar o que entretanto aprendemos.
E dos imigrantes já a viver nos países de acolhimento, trabalhando, para amealhar uns dinheiritos que são a base do suportar a longa ausência longe da família.
Os cafés deixam de encher os bolsos com os clientes a gastar duas ou três vezes mais, com a ajuda do subsídio de férias que dá um pouco de alegria muitas das vezes afogada em excessos próprios da altura de férias.
Os governantes aproveitam a reentré política, para em discursos mais ou menos inflamados avisar o partido do poder, que se pensa que são favas contadas, aprovar o orçamento para o próximo ano. Que tire o cavalinho da chuva, porque desta vez, os entendimentos só se farão mediante o compromisso de não mais existir aumentos de impostos.
Já ouvi isso do orçamento anterior e foi o que se viu e se está sentir!
Portanto são fogachos em clima de incêndios, onde todos sabemos que não passam de discursos de inchar as goelas, mas logo passa e lá se vai assistir ao orçamento passar como interessa ao partido do poder e à oposição. Que partilha das mesmas soluções para endireitar o país no caminho que a grande maioria dos portugueses sabe que já não tem direcção.
Setembro é por isso o inicio de todas as actividades que sofreram um interregno para que possamos descansar e carregar baterias, para o que nos aguarda e não tarda muito.
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