Acordei pela claridade da janela, depois de
uma noite com uma rosa na farpela.
Existe sempre uma rosa para ser colhida mesmo
num clima, que dá mais voltas do que eu, pelo dia fora.
Sabia
que se jogou o dérbi, mas nada conhecia das incidências da partida.
Tinha um prognóstico, quando procurei o trem
para me trazer de volta e a fezada era, que o Glorioso tinha vencido por uma
bola.
Esqueci por momentos a rosa pousada num vau
de escada atapetado de vermelho. Na noite nem percebi, já dia me lembrei, que era
um prenúncio de vitória.
Um benfiquista é benfiquista nos confins de
longos abraços. Ou em copos a transbordar de cerveja com evidente gravata.
E mal cheguei, mais feliz fiquei pela vitória!
Existem jogos que tudo fazemos para em dúzias
de remates, fuzilarmos a alma do adversário e no final os louros vão, para quem
em três descidas à nossa baliza comemorar a conquista de mais que três pontos.
Outros pé ante pé, chegamos ao fundo das
redes do rival ancestral. E depois toca a recolher os heróis para a guarida da
nossa área e esperar que o apito final seja a coroação do objectivo inicial.
A rosa sempre permanece vistosa!
E a vitória
abriu as portas a mais que merecida glória.
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