Enquanto saboreava o sol bem forte que
invadia o espaço onde me encontrava, com as crianças bem perto, saltando e
correndo felizes por sentirem que o tempo agora lhes pertencia.
Reparo nesta abelhinha teimosa em mostrar,
que precisa tanto do sol como nós simples mortais perdidos no infinito, esperando
que se aproxime o dia que me leve a casa.
Primeiro incomodou-me com o seu zunzum, bem
perto do ouvido. Dei-lhe umas sacudidelas para procurar outro. Mas teimosa, não
saía do meu pé.
Alguém me disse, brincando, que devia sentir
o meu aroma tão natural como o meu ser. Mas eu estava mais virado para que ela
seguisse o caminho que a trouxe ali. Do que responder a piadas divertidas.
Mais um chega para lá e a abelhinha lá foi
incomodar outro.
Momentos depois lá a vi bem pertinho da flor!
E por minutos estive a olhar para a bichinha
docemente, na árdua tarefa em procurar o pólen e depois voar para o seu ninho. Sei
lá onde, só sei que fica num destes campos floridos, com o rio bem pertinho.
Fechei os olhos e vi-me voando de asas
enormes, estava tão perto de casa que me assustei. Abri os olhos e levantei-me,
para mais uma semana.
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