Somos meia dúzia, onde nem vemos o dia!
Uns desistem, outros revoltam-se com o
destino
Continuamos meia dúzia, porque uns vão,
outros equipam-se
Uns, gritam como crianças, sem poder dar um
passo para alcançar o banho
Outros, guilhotinam-se nos dentes da serra,
deixando o sangue estatelado
Continuamos meia dúzia, mas por dias, somos
só quatro a entrar onde deixamos um pouco de nós!
Quatro, que tudo fazem para que quatro, lutem
por seis
E das dez horas programadas, carregamos no
corpo. Onze, doze….
Recupera-se a meia dúzia, por entre gargalhadas
em rostos amarelados
Cada dia que finda é um rosário de queixumes.
Só dá tempo para devorar o frango frito e
emborcar uns copos de tinto
A cama é abençoada e não tarda, dormimos como
meninos
Mas umas horas depois, entram todos na carrinha
com os olhos ainda inchados
Já nem a sexta é fim-de-semana! O sábado é
tão duro, como todos os dias da semana.
Por fim abraçamos a noite de sábado!
Deixamos de ser meia dúzia
Uns, aprisionam-se nos quartos. Matando saudades
e aliviando as feridas
Outros, procuram desanuviar a tortura. Procurando
as luzes da noite, para alongar o dia.
E não tarda, é Segunda-feira!
A roupa cheira a lavado, mas as nódoas negras,
são como remendos recordados
E o dia não finda e a semana, ainda se inicia!
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