Já sinto o chilrear da passarada!
Acordam-me ainda é tão cedo, que reviro-me na
cama para saborear mais umas horas. Das poucas, que todos os dias a deixo,
ainda o dia não nasceu.
A Primavera está tão perto que, a agitação da
Natureza é fantástica!
A neve derreteu num abrir e fechar de olhos.
Os campos estão prontos para as sementeiras.
Os animais por fim, voltam a saborear os
primeiros rebentos.
Saio para renovar os vícios da noite e encho
os pulmões, da pureza que me rodeia.
O corpo manifesta-se embrulhado nos
agasalhos, porque o clima ainda é tremelicante.
E dou a minha passeata, até que o frio me
obrigue a dar meia volta.
Ao sair de casa, dou com a polícia de radar
na mão, esperando que os mais distraídos, ultrapassem a velocidade
estabelecida.
Escondem-se no barranco que conduz à minha
casa e quando os desafortunados automobilistas se apercebem, já é tarde para
desculpas.
Dois catraios brincam numa alegria
desenfreada e embalados pela trotinete e pelos patins. Percorrem o espaço da
sua casa, só parando na berma da estrada.
Saúdam-me alegremente com os rostos
avermelhados e voltam a serpentear os canteiros da bela vivenda.
Já perto de casa, paro um pouco no regato que
seca pelo Verão e lanço uma folha ainda húmida pelo tempo que faz.
Vejo-a
a boiar pelo que a vista alcança, rumo ao braço de rio que nasce nas montanhas
gigantes e vai de encontro ao caudal enorme, que rasga a cidade ao meio. Vindo
já de países distantes.
É hora de mais um café e como já sinto a
balburdia da casa a despertar a rotina diária, vou preparar o almoço com gosto.
Isto é tão belo e
silencioso, que a Paz que tanta gente procura, está plantada neste paraíso!
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