domingo, 11 de março de 2018

Isto é tão belo e Silencioso





Já sinto o chilrear da passarada!
Acordam-me ainda é tão cedo, que reviro-me na cama para saborear mais umas horas. Das poucas, que todos os dias a deixo, ainda o dia não nasceu.
A Primavera está tão perto que, a agitação da Natureza é fantástica!
A neve derreteu num abrir e fechar de olhos.
Os campos estão prontos para as sementeiras.
Os animais por fim, voltam a saborear os primeiros rebentos.
Saio para renovar os vícios da noite e encho os pulmões, da pureza que me rodeia.
O corpo manifesta-se embrulhado nos agasalhos, porque o clima ainda é tremelicante.
E dou a minha passeata, até que o frio me obrigue a dar meia volta.
Ao sair de casa, dou com a polícia de radar na mão, esperando que os mais distraídos, ultrapassem a velocidade estabelecida.
Escondem-se no barranco que conduz à minha casa e quando os desafortunados automobilistas se apercebem, já é tarde para desculpas.
Dois catraios brincam numa alegria desenfreada e embalados pela trotinete e pelos patins. Percorrem o espaço da sua casa, só parando na berma da estrada.
Saúdam-me alegremente com os rostos avermelhados e voltam a serpentear os canteiros da bela vivenda.
Já perto de casa, paro um pouco no regato que seca pelo Verão e lanço uma folha ainda húmida pelo tempo que faz.
 Vejo-a a boiar pelo que a vista alcança, rumo ao braço de rio que nasce nas montanhas gigantes e vai de encontro ao caudal enorme, que rasga a cidade ao meio. Vindo já de países distantes.
É hora de mais um café e como já sinto a balburdia da casa a despertar a rotina diária, vou preparar o almoço com gosto.
Isto é tão belo e silencioso, que a Paz que tanta gente procura, está plantada neste paraíso!

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