sábado, 15 de setembro de 2018

Pelo negro da Montanha


Noite ainda de Verão!
Fresca e encantada.
Com os seus segredos noturnos, embrenhados no vasto arvoredo, estendendo-se pelas infinitas montanhas e só deixando uma nesga, por onde o rio barrento, corre como o tempo.
Mas tão negra, pelo negro montanhoso.
Que amedronta quem tentar penetrar onde deambula os fantasmas ancestrais, que em longas gerações, surgem para reivindicar o seu lugar.
Procuro a luz, ainda longe da cidade.
Para me guiar até lá e ressuscitar a vontade de me divertir um bom bocado.
Reencontro velhos conhecidos de idiomas dificilmente traduzidos, já que a língua não se solta, enrola. Pelo álcool que assola.
A música solta-se como o burburinho das pessoas e envolve-me a nostalgia, de ainda recente viver, tudo tão presente.
Só aí, sinto o dia, que me proporcionou a tarde.
Repleta de saudade e de recordações.
Soltei sorrisos felizes por sentir momentos divinos.
Mesmo longe, estou tão perto do paraíso!

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