sábado, 1 de setembro de 2018

As Idas e Vindas


A história repete-se em voos, de idas e vindas.
Sentimentos opostos, ansiedade sempre presente.
Partimos depois de meses enjaulados, num ritual amestrado.
Casa trabalho, trabalho casa.
Pelo meio, umas fugas para aliviar o stress e caminhadas pela beleza da Natureza. Mesmo coberta de branco e a zumbir ventos agrestes.
Contam-se os dias.
Somam-se as horas de trabalho e com o pé de meia em Portugal, sobram uns trocos para engordar o abdómen.
Chegamos felizes com a diferença horária, abraçados ao que nos espera.
Desta vez, um mar de emoções.
Onde nem a força da rebentação, conseguiu apagar os corações desenhados nas rochas.
Vivemos os dias, como se o mundo terminasse logo a seguir, a cada juntar de corpos.
 E acordamos felizes, por sabermos que o mundo, nos deu a alegria, de saborear o resto dos dias que ganhamos ainda longe. Como se fosse uma lotaria.
Mas chega o dia!
O dia D, do regresso.
A última noite é o somar do que conquistamos!
Desta vez, foi o apogeu da felicidade. Misturada com a alegria da rapaziada.
O dia nasce e nasce o formigueiro no estômago, que não deixa a digestão ser suave.
As horas avançam, como o afastamento já sentido, das pessoas queridas.
E partimos de encontro ao aeroporto, que uns dias antes, libertou tantos sorrisos.
Hoje os sorrisos, nem amarelos foram!
O olhar permanece nostálgico, sentindo o avião a cada minuto que passa. Afastar-me do encanto.
Vou aterrar no aeroporto já conhecido.
Vou passar as barreiras de segurança, sem ter apertado o cinto.
Vou......Esperar pelo caminhar dos dias.
Uma certeza tenho: Nasci para amar!

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