domingo, 9 de dezembro de 2018

A chuva



A chuva resolveu envolver o meu domingo, do início ao seu final!
Pensei em passear.
Pensei em sentir as ervas altas no correr do meu caminho. Passando a mão pelo seu pico, sentindo o sabor da agradável comichão.
Mas a desagradável chuva, tolheu os meus desejos.
Dentro deste quarto, que guarda os meus segredos. Sinto, olhando pelo janela, que me oferece estes caminhos sem fim. A vontade de amar!!
Amar sem fim!
Amar até à exaustão do meu corpo, do meu espírito.
Amar do tamanho destas montanhas,  pingando gotas da chuva que escorrem pelos íngremes caminhos, que nem as cabras selvagens se aprestam para os desafiar.
Amar do tamanho da distância que me separa do ninho, tão longe que a palha que ele foi construído. Foi entrelaçada por anos de sonhos finalmente conseguidos.
Vai domingo, encharcado e acinzentado.
Trás o próximo que mesmo que venha com a mesma cara, não vai negar que será o último neste ano, que foi a certeza de amar como nasceu a Natureza!

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