domingo, 13 de janeiro de 2019

Partilhamos



Libertei- me por uns dias da obrigação profissional e embrenhei-me no encanto de uma sereia, apostada a viver um amor terrestre natalício.
Já tinha saboreado um pouco das algas que abrilhantavam o seu corpo. Mas inspirar o amor angélico no ninho celeste. Levou-me ao paraíso infinito, onde o homem só chega como predestinado.
Não tenho capacidade para descrever a pureza de longos momentos, em poucos dias de férias.
Se existe amor verdadeiro, que ultrapassa a imaginação humana, esse surgiu no meu encantado caminho.
A noite chegava e o nosso amor principiava.
A madrugada silenciava a calçada. E o nosso amor, soltava-se em sílabas adocicadas
O dia rompia gelado. E o nosso amor transpirava de uma fragrância até agora desconhecida, para produzir o perfume mais puro que nos encantava.
Erguiamo-nos de um ninho, salpicado de divinos instintos e soltavamos os nossos sorrisos, logo que a porta nos levava a sentir o sol de inverno.
E percorremos  o resto do dia loucamente felizes. Que sabíamos onde encontrar o destino, para libertarmos uma vez mais o amor. Introduzindo-o no nosso destino.
Partilhamos prendas que o nosso corpo desejava.
Partilhamos oferendas que o nosso coração comandava.
Partilhamos a nossa vida e incluiamos a vida dos nossos rebentos.
Só ainda não partilhamos o nosso destino!
Já que cada um permaneceu por agora no seu ritmo ainda temido!
Por agora, por agora!
Para um dia,  nos abraçarmos sem despedidas.


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