sábado, 4 de abril de 2020

A máscara


Levantei-me, depois de ultrapassar a hora do despertador.
Que suavidade de espírito sentir que o fim-de- semana chegou, para me esticar ao comprido.
Ainda a manhã deixava as ruas desertas já eu caminhava para as compras da semana que me defendem da semana: casa, trabalho. Que evitam respirações malévolas.
Entrei no SPAR, hiper cá da cidade e logo uma funcionária me ofereceu a máscara para percorrer as prateleiras do meu consumo, num protege e és protegido!
Antes um funcionário, passava álcool nos carros que acabaram de ser usados e são resguardados para quem chega.
Raio de vírus, que afastas- te, a alegria do mano a mano diário!
Terminaram os sorrisos de boas vindas.
Findaram as saudações de quem é bem vindo.
E afastaram simétricamente desenhadas na tijoleira da superfície.
As pessoas que trocavam alegres frases enquanto na fila aguardavam pela vez de   ao chegar ao caixa e sentirem o sorriso da menina com o cabelo pintado como um arco íris. Agora amortalhado pela máscara obrigatória.
Estamos no pico da pandemia!
Estamos no pico de tudo ser feito para aniquilar este demónio!
Estamos no pico de sentirmos que somos inteligentes para cumprir as normas e logo logo. Voltarmos a retirar a máscara e sorrirmos para o céu azul e para os nossos queridos!
Tenho fé, tenho fezada, tenho a certeza. Que ainda as barracas do sector 2 da praia que me acolheu ainda nem um passa dava. Me vão acolher de calçado de banho e toalha!


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