Os meus dedos, já me assustam
Assemelham-se a sapos negros
Coitados, já fartos de marteladas em falso
Carregam unhas sem esmalte
Os meus braços estão traçados de tatuagens
São rascunhos ainda vermelhos da dor
Nenhum tatuador as pode copiar
Porque o artista que as sente sou eu!
O meu cérebro sente as turras sem conta
Crescem uns altos que magoam imenso
Nem me penteio direito para não sofrer
Nada mais me resta do que cortar o cabelo
rente
Já nem ligo ao meu corpo
Ao tomar banho escondo-me do espelho
Venceria qualquer concurso de tatuagens
originais
Só ligo ao meu espírito, limpo como o paraíso
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