Em cada atentado, vivemos horas e horas apreensivos.
Imaginamos o local devastado pelas balas assassinas.
Pelos corpos inertes no chão ensanguentado e destruído pelo terror em tentar fugir pelo buraco da agulha.
Pelas imagens logo a seguir ao massacre ainda
se avistando vestígios de pólvora ardente, misturado com o que resta de dezenas de inocentes.
De paramédicos impacientes e outros mais
descrentes em tentar salvar vidas. Que mesmo se salvando, se mudarão para
sempre.
Em militares fortemente armados, depois do
caos instalado, esperando sei lá o quê? Talvez surjam outros terroristas enlouquecidos!
Passados uns dias, esquecemos e olhamos pela
nossa vida. Nada mais sobra que voltar à vidinha, já de si um tanto ou quanto crítica,
em virtude do que nos prometeram, que logo viraram mentiras.
Por vezes sentimo-nos reféns de imensos
terroristas.
Sejam eles de arma em riste, roubando-nos o
que nos alimenta para a vida. Ou de braço no ar, aprovando medidas assoladoras
que nos mingam a alegria.
Até mesmo em discursos eloquentes de uma dor
banhada em lágrimas de crocodilo.
Estão tão perto, que já não receamos pela própria
vida!
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