quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Quem Sou Eu




Os meus dedos, já me assustam
Assemelham-se a sapos negros
Coitados, já fartos de marteladas em falso
Carregam unhas sem esmalte

Os meus braços estão traçados de tatuagens
São rascunhos ainda vermelhos da dor
Nenhum tatuador as pode copiar
Porque o artista que as sente sou eu!

O meu cérebro sente as turras sem conta
Crescem uns altos que magoam imenso
Nem me penteio direito para não sofrer
Nada mais me resta do que cortar o cabelo rente

Já nem ligo ao meu corpo
Ao tomar banho escondo-me do espelho
Venceria qualquer concurso de tatuagens originais
Só ligo ao meu espírito, limpo como o paraíso



Sem comentários: