sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Mau Tempo Nas Entranhas do País


A chuva bate forte em quem lhe faz frente!
É como o país a bater sempre nos do costume, para os afundar ainda mais na lama que sufoca. Mas valha a salvação de não estar contaminada.
Vem acompanhada por rajadas de vento!
Levando os pobres guarda-chuvas de novos e velhos que obrigatoriamente têm que o enfrentar.
Vento e a chuva são uma união crua e dura!
Ensopa a roupa e o semblante já de si nada risonho, deixando as pessoas sem vontade de dar um sorriso e fugindo com o rosto para o lado contrário, para esconder as tristezas da vida.
Será que podem com a sua força em conjunto levar o que de mau está já entranhado?
Não! Infelizmente são o prenúncio de um Inverno rigoroso, para os que vão sofrer na pele, agora já a perder o bronze do Verão já distante. As já tão badaladas medidas postas a nu.
Fomos e somos governados por um duo, que alterna de tempos a tempos mas com políticas semelhantes que mais valiam unir-se numa coligação.
Se temos o governo socialista. Temos o presidente social-democrata. E se mudar o governo, temos o mesmo cenário.
Andamos estes trinta e tal anos a semear as couves sempre no mesmo quintal e da mesma forma.
O quintal durante anos, estendeu-se pela Europa, parando só em Bruxelas e de lá trazia couves transformadas em euros que chegadas cá bem fresquinhas, enchiam os estômagos a todos (uns bem mais que outros). Era um paraíso a arrotar a couve-de-bruxelas!
Como em tudo na vida, há um fim. E o quintal voltou à sua origem inicial.
Está bem encostado à beira mar e agora só dá para plantar couve-galega!
A Europa encurtou-nos o quintal que ainda não há muito tempo dava para ir até às portas da Comunidade Europeia.
E pior, está a exigir que a plantação seja decidida por eles. Já que se aperceberam que os nossos agricultores (governantes), só percebem de aumentar a despesa com compadrios e lugares cativos. Que levam o país para o naufrágio (atenção vem aí as grandes marés vivas).
E toca a abrir os regos do quintal, para semear as couves e quando estiverem no ponto de cozedura, só vão servir para dúzia e meia. Porque nascerão com as cores da austeridade e a grande maioria só vão matar a fome com o caule que só tem minúsculas raízes.
O quintal é meu. O quintal é dele. O quintal é nosso!
Era bom que assim fosse! Porque já estou a imaginar um enorme lamaçal de terra escura a cobrir quem quer lá plantar a sua reforma, em forma de assegurar o futuro.

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