segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Todos Vão aplaudir a Aprovação do OE


O Orçamento de Estado tem que ser aprovado de uma maneira ou de outra.
Um retoque aqui, uma mudança de menor gravidade ali. Para manter a posição de maior partido da oposição sempre com uma palavra a dizer e, lá temos, o véu levantado para que o OE, seja a realidade que todos nós sabemos que irá acontecer.
Perante isto o PSD, votará na abstenção para não fragilizar ainda mais estes dias que antecederam o suspense e lá teremos o normal que se tem passado neste país, que é o de a montanha parir sempre um rato.
Claro que para a maioria dos portugueses é primordial que o OE, passe e que de uma vez por todas o país entre nos eixos da paragem para o abismo e se mantenha na balança da sustentação. Para daí para a frente, se iniciar o ciclo da melhoria que, a muitos será já tarde demais.
Em França o aumento de dois anos para se atingir a reforma está a virar o país de pernas para o ar.
O combustível já escasseia e não pára de aumentar a multidão que se alia a esta greve, nomeadamente os sempre ruidosos jovens, com mentalidades abertas e nervosas a qualquer movimento de alteração social.
Como somos um país de brandos costumes aceitamos com um abanar da cabeça estes trinta e tal anos de submissões que dois partidos alternados sempre nos impuseram. Como recentemente a comunicação russa fez eco, de constantemente os portugueses sofrerem as consequências de políticas e políticos desastrosas (os).
Comemos calados as buchas que nos atiram para que não as deixemos cair ao chão pegajoso.
Vem aí anos difíceis, onde muitos não vão aguentar e numa agonia silenciosa vão encontrar, hoje, amanhã e depois: a barreira da paragem final.
A maioria dos portugueses estão resignados e deixam - se levar por um dia de cada vez, na esperança do milagre que não existe.
O dia quando nasce é para todos, mas a qualidade de vida mínima que todos deviam ter direito será só para quem encontra a bola de cristal na casa dos amigalhaços. Que para os ajudar, empurram outros mais para as traseiras da rua escura.
O OE passará com os votos contra dos mesmos que já não fazem história e com a desculpa duas vezes seguidas de Passos Coelho que passará a ser conhecido pelo Senhor Desculpem.


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