Ainda admiro as imensas estrelas que matizam
o céu de um manto colorido, quando parto para o último dia de trabalho que no
final me levará para casa numas mini férias bem merecidas como ansiosamente
desejadas.
A
noite está linda e fresquinha, apesar de já serem sete horas e a via rápida estar
saturada de viaturas.
O carro rola num silêncio habitual, hoje mais
intenso, já que dois deles fizeram questão de encurtarem o descanso. Festejando
as mini férias com alegria a transbordar em euforia, espantando os vizinhos
sempre amáveis com os excessos nem sempre contidos.
É agradável saber que no final de um longo
dia de trabalho, espera-me quatro dias em pleno na terra que me viu nascer,
junto de um sorriso ansioso e de um olhar maravilhoso.
Por isso o trabalho rola ao sabor do tempo e
com isso só ganha em ficar realizado, deixando todos satisfeitos e mais rápido abandono
os penhascos esventrados, mostrando uma obra-prima da engenharia europeia,
deixando de boca aberta todos que por lá deixam um pouco das suas vidas.
Sou o último a bater a porta de saco meio
vazio só com ilusões acomodadas, já a noite comanda a nossa longa viagem com o
destino estampado no rosto.
Agora a estrada guia-me como um anjo negro. O
Silêncio não deixa palavras nos primeiros quilómetros percorridos.
Meia hora depois de deixar pousar o silêncio,
contamos histórias passadas e quando damos por nós, a fronteira portuguesa
liberta-nos um grito de espanto.
Que rica
viagem feita de um pé para a mão, apesar de seis horas de viagem.
Contei histórias retidas no lugar que
comprimo as memórias, fazendo voar o tempo e deixando os companheiros (amigos),
absorvidos com as aventuras de uma época ainda fresco na minha mente.
Cimentamos
ainda mais a nossa união como equipa e estou certo que no regresso seremos
ainda mais fortes e assim sendo o trabalho será concretizado com mais alegria.
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