Finalmente terminou a enxurrada de impropérios
entre os dois candidatos a liderar os destinos do PS.
Seguro era o líder legítimo, acabava de obter
uma vitoria que não convenceu as ovelhas idosas do PS e logo trataram de se
reunir no curral da mudança para afastar Seguro da escassa vitoria.
O patriarca socialista não estando com meias
medidas abriu o leque das opções e lançou para cima da mesa António Costa como
o garante da liderança socialista e o baluarte de uma maioria.
Como o tempo ameaçava ser escasso para
tamanha odisseia. há que pôr toda a carne no assador e lançar Costa pelas
estradas do país e convencer os militantes e simpatizantes, do agora ou nunca, em
afastar este governo da lama em que
enfiou o país.
Eles (Seguro e Costa), afiaram os dentes e
morderam-se mutuamente até aos calcanhares já a evidenciar pele morta de tanto
esgrimirem argumentos.
Seguro reuniu o seu rebanho já a evidenciar deserções
a cada luta travada.
Costa ganhava apoios enquanto as projeções
lhe cantavam vitoria.
Seguro não teve cão de guarda para o rebanho inexperiente
que deambulava pela erva já amarelada.
Costa recebeu de bom grado castros laboreiros
de experiencia comprovada que sabiam onde a erva fresca despontava.
E na recolha aos currais, era bem visível o
porte atlético do rebanho do autarca. Contrastando com a magreza e descrença do,
ainda líder socialista.
E como não podia deixar de ser o rebanho do António
saiu vencedor sem apelo nem agravo.
Agora que o dia nasceu depois da avaliação e
do abrir portas dos currais. Todos são unanimes que os rebanhos devem-se juntar
e continuar a subida do monte socialista rumo á maioria como a última batalha a
ser vencida
Seguro desistiu da linha da frente onde ainda
se podia ouvir o chocalho da sua presença. Remetendo-se a acompanhar o rebanho
na retaguarda e cada abocanhar de erva com reduzido apetite, recordava os
tempos em que liderava com a certeza que ser primeiro-ministro estava tao perto
como o virar da próxima esquina.
Sem comentários:
Enviar um comentário