Natureza quente!
Tão
quente que nos obriga a regaçar as mangas, mostrando os corpos esbeltos das
mulheres na idade da afirmação e dos homens na vaidade dos peitorais.
A montanha presenteia a frescura para suportar
o imenso calor e oferece os seus trilhos para caminhadas. Renovando o ar
saturado inspirado nas cidades a abarrotar de escapes poluidores e aliviando o
stress, cada vez mais o cicerone das nossas disposições.
Natureza fria!
Terrivelmente fria, nestes dias a recolher o
frio polar, vindo no dorso do vento dessas bandas que cobre a montanha de
branco imaculado.
Escondemos os corpos com montes de agasalhos.
Só deixando escapar os olhos bem abertos para não escorregar na neve tão bela e
estaladiça. Mas mazinha fintando-nos com umas dolorosas quedas.
Frio que veio para ficar por uns longos dias!
Só assim se lembram dos sem-abrigo. Os
amontoados nas entradas das grandes cidades, escorraçados de uma sociedade em desequilíbrio.
Protegendo os mais ricos e enfiando em becos sem saída, os desgraçados pelo
destino.
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