Chove, Chove!
Farta a terra transborda os rios.
E eu aqui fechado em quatro paredes, com a
cara colada à vidraça, vendo as valetas fartas de água e o riacho ao longe a
transbordar de raiva, devido à força da sua água.
Que remédio tenho, se não esperar por
melhores dias!
Ainda por cima, a neve recente derrete
vagarosamente, trazendo os detritos contidos nos montes longínquos, que se
agarram às árvores que dão sombra aos rios. E quando estes retomam o caudal
normal, esses detritos alojam-se nos galhos como lixeiras
sem fim.
E o domingo ainda vai
no fim da manhã!
Vou fazer um petisco.
Tenho bacalhau do
Natal e couve com fartura, trazidas do quintal da vizinha.
Assim sendo, no dia seguinte tenho mantimentos para confecionar a roupa velha, que tanto gosto.
Assim sendo, no dia seguinte tenho mantimentos para confecionar a roupa velha, que tanto gosto.
Depois numa corrida
pelos beirais dos prédios, para me abrigar da
chuva. Tomo o café no bar da esquina, curto o futebol de primeira e rio-me com
as diabruras da pequenada. Que ao domingo têm direito às guloseimas que
tanto aguardam.
E de cara colada à
vidraça, olho para o nada!
1 comentário:
Olá, Nuno!
Estive a visualizar o seu blogue, com olhos de ver, e aqui está o seu mundo, passado, presente, acho eu.
Não vi comentários, mas, talvez, seja uma opção sua. Escreve para si, desabafando com as teclas.
Gostei bastante deste seu texto: "Olho para o nada", onde deixa transbordar os seus sentires e sentidos.
Gostei também muito do rostinho daquele menino, que há pouco tempo, fez dezasseis anos, e que tanto, mas tanto lhe diz!
Dias felizes, desejo-lhe!
Um afetuoso abraço, e a felicidade já está a caminho.
Enviar um comentário