domingo, 19 de julho de 2015

Tsipras e a desgraçada Grécia




Nestes últimos dias assistimos à luta do David contra Golias, numa batalha já com destino traçado.
Nunca por mais que pudéssemos dar uma forcinha, a Grécia conseguiria obter o que ingenuamente os seus recentes governantes, prometeram enquanto candidatos a governar o país.
Deram tudo, o que podiam para levar em frente os seus propósitos de negociar uma divida astronómica.
Mas o tempo não pára e o povo faminto, com já escassíssimos recursos na despensa, via-se da noite para o dia com os multibancos reduzidos a três janelas onde se podia levantar meia dúzia de euros por dia.
E o governo de jovens políticos feitos na vanguarda da oposição, lutando contra a corrupção dentro do seu próprio país. Foram eleitos e logo desafiaram o Golias europeu na cedência do perdão de mil milhões como se eles, fechassem os olhos a uma noite de enorme folia onde se gasta tudo, mas fica a perpetuar para a história a magnificência da inesquecível noite.
O Golias nunca cede a um bando de garotos saídos das cinzas de Che Guevara e logo quando está em jogo, tantos milhões. Que o digam os vizinhos também endividados, mas obrigados a pagar com sangue suor e lágrimas.
Ceder é deixar emergir pela Europa fora, centenas ou milhares de sósias Tsipras, levando a uma viragem que nem em sonhos pode ser concretizada.
Mas o bando libertador de uma Grécia esperando por um milagre, começa a dar sinais de negligência negociadora, perante aves de rapina que tudo retém e nada oferecem do que é delas.
Ainda dão tempo, para que David repense nas imposições contidas nas suas débeis armas, deixando que se troque galhardetes em reuniões já com o assunto encerrado.
A comunicação social, arreguila os olhos perante a audácia do bando onde nasceu a democracia, mas cedo se conforma que a democracia nasce não para todos, mas sim para quem a impõe.
E ao fim do tempo, que Golias achou por bem ser tempo de por um fim a esta guerra com o vencedor antecipado (eles), deu dois passos em frente e desbaratou o bando do mar Egeu, remetendo-o desfeito em pedaços para as ruínas onde muitos anos antes, nasceu o que hoje é ditado por quem pode e manda.



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